Oxford, Dois de março, festa de boas-vindas de Alice.

“Bella”

 Às vezes eu acho que fui trocada na maternidade, só pode. Em menos de quarenta e oito horas Mary Alice – doida maluca de pedra- Brandon organizou uma festa para conhecer a turma. E aqui estou eu no meio de centenas de convidados, a maioria eu não conheço. Tentando ser super simpática na minha própria casa.

A musica de Lady Gaga tocava, o povo dançava e eu tentava a todo custo me esconder dos olhares de Edward. Ou cruzar o caminho do Phil. Tentei me movimentar, devido ao numero de pessoas por espaço quadrado se tornava meio impossível.

Depois de longos minutos conseguir chegar a varanda que dava vista para enorme jardim inglês. Eu adorava aquele lugar, para falar a verdade era o único lugar de Londres que eu me sentia bem. Mas também me lembrava a coisas que eu queria realmente esquecer.

O vento forte e frio soprou, bagunçando levemente os meus cabelos.

Suspirei.

Como estaria James? Depois do acidente, Regina me impediu de visitá-lo no hospital, que mal eu fiz para ela? Se ela pensa que eu estou feliz, saltitando e cantando melodias alegres, ela está muita enganada. Eu também queria está no lugar dele... Mas eu não posso mudar o destino... Mas se tivesse esse poder de escolha ou de voltar no tempo faria diferente...

- Você esta ai! – Alice falou animada, que é o estado normal dela.

- Em carne e osso! – falei me virando para ela.

- E coração? – ela me perguntou se aproximando para encarar a vista da sacada.

Não respondi, meu coração estaria tão fragmentado, tão penalizado, tão destruído que não sabia se ele estaria ainda respirando. Vivo.

- Você deveria dar uma chance ao Edward, ele parece ser o cara ideal! – ela comentou quando percebeu que não ia obter resposta.

- Eu não preciso que ninguém sofra comigo! – falei.

- Você não precisa sofrer. O Ed não precisa sofrer! – ela falou.

- Mas é isso que vai acontecer! Eu vou-me apaixonar. Ele ira me fazer de boba primeiro ou o Phil vai acabar com ele... – Alice sabia toda a verdade, mas ela nunca concordou comigo em ceder às chantagens do Phil.

- Primeiro: eu vejo nos olhos dele o quanto ele daria para ficar com você. E segundo: a culpa é do Phil te atormentar é exclusiva sua, que ainda não o denunciou para a polícia.

- Você sabe os meus motivos! – falei cortando o seu discurso. Ela suspirou em sinal de impaciência.

- Que tal mudar de assunto?! Vamos dançar! – ela falou, voltando a ser a Alice de sempre, e me puxou sem obter a minha resposta para dentro da minha sala, que tinha virado pista de dança.

Agora tocava Beyoncé. Alice dançava com a Elena fazendo alguns pacinhos de dança coreografada tentei acompanhá-las, mas ficam difíceis com um salto trinta finérrimos verdes neon. Os meninos se juntaram com agente. Emmett como dançarino era um ótimo capitão de futebol. Jasper conversava intimamente no ouvido de Alice, minha prima que não é boba nem nada ria de algumas besteiras e o abraçava indecentemente no meio da pista.

Jacob não tinha vindo à festa alegando que estaria ocupado no Dix e a Leah se voluntariou para ajudá-lo. O que chocou a todos quem iria imaginar, Leah -cabeça dura- Swan iria ajudar o Jake, se me contassem eu não acreditaria.

Cansada de ser vela dos casais e de tentar dançar em vão me sentei ao lado da Ângela, do Ben e do Edward. A Ângela parecia entediada, os meninos estavam falando de futebol ou de algo parecido.

- Cannos venceu ontem! – comentou o Edward. Eu não disse que eles falavam de jogo.

- Foi sorte, cara! O Terry estava machucado! – Ben argumentou.

- Como se um meio-campo fosse mudar a partida! – Edward resmungou.

Alguém, por favor, pode me dar uma bóia? Eu estou afundando.

- Cara, velho é claro que muda... – bláblá Whiskas sache. Ninguém merece futebol. Olhei para a Ângela e depois para os garotos que pareciam envolvidos de mais para notar a nossa presença. Revirei os olhos. Eles estavam na hora de pararem de discuti sobre times, se eles ainda tivessem falando de David Beckham, mas não... Eles estão discutindo se o Cannos ou tal time do Terry é o melhor. (N/A: Bella querida, segundo o meu irmão casula é Liverpool)

- Edward! – o chamei calmamente e pela primeira vez no meio daquela conversa sem nexo de futebol, ele me encarou. Deixando-me ser ar por alguns segundos e depois abriu o seu maravilhoso sorriso torto.

- Olá Bella! – ele falou e soou como musica para os meus ouvidos. Ótimo já comecei a pensar besteiras.

- Vai começar! – escutei o Ben resmungar. Guardei esse resmungo para refletir mais tarde, no momento o mais importante era o Deus Grego parado na minha frente esperando que eu voltasse a falar. Abrir e fechei a boca varias vezes, mas não obtive som algum. Ótimo novamente.

- Vamos dançar amor! – Ângela falou e o Ben se pois de pé em um minuto.

 Oxford, dois de março, festa de boas-vindas de Alice.

“Ben”

Sinceramente quem aguenta esses dois nesse climinha, hein? A Bella fazendo charminho e o Ed quase babando encima dela. Eu acho que a Ângela está certa, isso é crise de PQA – Processo de Queijo Acumulado – eu sei, eu sei isso soa gay.

Sai para dançar com Ang ou nós morríamos afogados pela baba do Ed.

Eu já disse o quanto eu amo a Ang? Não hoje, mas eu estou dizendo agora. Os seus olhos puxados, os cabelos longos e bem cuidados, o seu sorriso, o seu corpo bem torneado, não era isso que me atraia nela e sim: a sua simpatia, paciência, caridade, bom humor...

- Amor o que foi? – ela me perguntou preocupada.

- Só estava pensando no quanto eu te amo, e porque eu te amo! – falei e ela sorriu abertamente para mim.

- Você sabe que eu te amo! – ela me abraçou carinhosamente.

- Eu espero! – falei – Por que nós vamos nos casar!

- E viver feliz o suficiente para as nossas vidas! – ela falou e depois me beijou.

 Oxford, dois de março, festa de boas-vindas.

“Alice”

UAU! O Jasper beija muito bem... Maravilhosamente bem... E ele é realmente gostoso. Respira Alice. Ele não é tão... É claro que ele não é tão ele é hot, maravilhosamente hot, eu me sentia nas nuvens.

Parei de beijar o Jazz por algum tempo. Olhei ao redor atrás da Bella, serio pow essa menina me preocupa, a Bella é incompreensível, ela podia muito bem denunciar o Phil. Ele é um monstro e ela uma abestalhada que gosta de sofrer...

- O foi Alice? – o Jazz gostasão me perguntou.

- Nada Jazzinho é só a Bells! – falei dando de um giro de 360° e não vi a Bella em nenhum momento do meu campo de visão.

- Ela está com o Edward! – ele apontou algum ligar onde eu não vi.

- Você não é um irmão ciumento! – falei carinhosamente.

- Não é isso. É que a Bella está relativamente bem com ele! – ele falou todo bonitinho preocupado com a irmã casula.

- Eu também acho! – passei as mãos pelo seu pescoço e o beije.

Genova, Três de março, Palácio de Genova.

“Gabriela”

A mamãe estava sentada na poltrona branca folheando impacientemente os jornais, ela estava realmente preocupada com o sumiço do Edward. Todos nós estávamos. Só o Ed mesmo para mobilizar todo esquadrão do exercido dos nossos pais.

Suspirei. Essa aula de piano não acaba nunca?

Voltei a minha atenção ao professor ou pelo menos eu tentei. Prendi os meus cabelos longos, ondulados e acobreados, em um elástico. Enquanto o professor tocava no piano. Tentei repetir a seqüência de notas, mas não conseguir. Eu tocava muito mal.

- Gabriela, pare com isso agora! –minha mãe me repreendeu. Ela estava realmente nervosa. – Alberto, você está liberado! – mamãe direcionou a voz do professor que se retirou automaticamente.

Pedi licença e sai. Eu já estava imaginado onde o Ed. Estava como Emmett, era o único louco que podia dar abrigo ao meu irmão, como eu não pensei nisso antes. Procurei o numero dele por toda agenda do palácio, encontrei nas ultimas folhas da agenda dourada, anotei o numero e corri para sala para ligar para o irresponsável do meu primo que acoberta as idiotices do meu irmão.

Oxford, Dois de março, festa de boas- vindas da Alice.

“Edward”

- A vida é incrível! – comentei assim que nos encostamos à varanda. Bella estava encostada com a cabeça no meu ombro.

- Eu adoro aqui! Da paz! – ela me confidenciou levantando a sua cabeça jogando o cabelo para trás e encarando a vista.

Ela estava linda, não, ela era linda. Hoje estava extremamente sexy com o short jeans curto, que o cinto cobria a maior parte possível do short, a blusa presa na cintura de mangas largadas e com um tope verde neon da mesma cor do salto.

- Tudo certo para amanhã? – ela me perguntou. Amanhã seria o acampamento, iríamos de ônibus.

- Tudo ok, Bella! – falei e ela me deu um sorriso perfeito. Ok. Isso está soando cada hora mais gay.

Ela suspirou e se virou para mim, me encarando.

- Sabe Ed... – ela começou, mas eu a interrompi. Eu tinha que dizer a ela o que eu sentia. Não adianta ficar guardado para mim.

- Bella desde naquela festa eu não consigo tirar você da minha cabeça, eu não sei como agi, nunca fiquei assim por ninguém... É difícil de saber... De dizer, mas eu te amo!

 Oxford, Dois de março, festa de boas vindas da Alice.

“Bella”

Ele disse que me ama! Serio alguém pode me beliscar, por favor? O encarei por algum tempo. O que eu faço agora? (N/A: você quer mesmo que eu diga o que você faça?). Não pensa Isabella, faz o que seu coração mandar, você já foi racional de mais para uma única vida. O cara mais, mais tudo que eu já vi em todo mundo está dizendo que me ama... E parecia sincero.

Fiz a única coisa sensata no momento, me joguei nos seus braços o beijando apaixonadamente. Nossas línguas estavam em sintonia incrível. Ele me empresou na pilastra da varanda, distribuindo beijos no meu pescoço. Nossas bocas se encontraram e iniciamos mais um beijo. Dessa vez ele passou as mãos por dentro da minha blusa. Encolhi-me, tentando não parecer rude ou pará-lo de beijá-lo.

- Edward! – Emmett nos interrompeu. Eu estava super corada e o Edward parecia contar até 100 para não estrangular o Emm – O que vocês estavam fazendo?

- Rezando é que não era! – Edward respondeu mal humorado.

- Sei... – ele falou ironicamente.

- Diz logo o que você quer! – Edward falou.

- Gabriela! – Emm falou. Edward ficou de todas as cores e pegou, receoso, o telefone estendido pelo Emmett.

- Alô Gabriela! – ele falou.

Ótima Isabella, você está com ciúmes de uma pessoa que você nunca viu. Mas era o jeito que ele falava com ela, o jeito como ele ficou ao ouvi que era ela. Mas eu sou muito besta mesmo! Achar que um cara com Edward, que mais parecia um príncipe, iria dar bola para mim.

Isso só acontece uma vez na vida de uma pessoa, e já aconteceu na minha, então não sei o porquê eu ainda me iludo com essas coisas.

Genova, Três de março, debaixo da mesa de mármore do anexo II da Cozinha Real.

“Gabriela”

- Alô Gabriela! – meu irmão falou carinhosamente. Suspirei aliviada, fazia mais de um mês que não ouvia a sua voz. Nem sabia se ele estava vivo.

- Edward Cullen! Pelas barbas de Netuno, você tem o que na cabeça? Já sei titica de galinha nessa cabeça oca, você que nós matar de preocupação? Mas é claro que a Majestade Real, não pensou como ia ficar a vossa família e o nosso povo! – ralhei. Quem ele pensa que ele é? Mal completou dezoito anos e acha que pode fazer tudo o que quer.

- Você está parecendo à mamãe! – ele brincou.

- Eu estou morrendo de rir Ed, quando a mamãe por as mãos dela em você, não vai ter Doutor Carlisle nenhum para te proteger. – falei.

- Já entendi Gabriela, a situação está precária, mas me conta como está você?

- Uma vida normal de uma garota de dezesseis anos, que continua tendo aulas particulares, sem amigos, nada fora do comum! – dei de ombros.

Ele segurou o riso.

- E o Matty? – revirei os olhos. Ele sabe que a mamãe não quer que eu nem pense nele e o Ed tem que tocar nesse assunto.

- Você sabe muito bem que eu não posso enfrentar os nossos pais, só por que o meu professor de quitação gosta de mim e eu dele. Tenho que honrar o meu país.

- E ser infeliz Gabi? O que vale esse esforço se você vai passar o resto de sua vida casada com uma cara que você não gosta! – lá vinha o Ed e as duas idéias radicalistas.

- Pelo menos eu não vou decepcionar os meus pais! – rebati. E ele suspirou.

- Será que eles vão me matar se eu disser que estou apaixonado! – OMG! Era só o que me faltava, Edward Cullen apaixonado.

- Espera ai, apaixonado por uma londrina?  - perguntei tentando não parecer horrorizada.

- Não ela é de Nova York - ele falou animado. Quando a mamãe souber vai ter um infarto dos grandes. O Ed apaixonado e ainda por cima por uma americana. Meu Deus o mundo está realmente perdido.

- Como é nome dela? Vocês estão namorando? Como ela é? Fala Ed, me conta idiota (N/A: o amor de irmão está em todo lugar!!!). É um fato inédito meu irmão destruidor de coração está apaixonado por uma americana! – estava curiosa não sabia nada sobre os americanos.

- Ela é linda, Gabi, incrivelmente perfeita. Nós ainda não estamos namorando - escutei um barulho de panela caindo.

- Ed é melhor eu desligar! – falei – Tem alguém na área I. Depois eu te ligo, beijos amor da minha vida!

- Beijos princesa! – ele desligou.

Oxford, Dois de março, quarto de Bella.

“Elena”

Toda vez que eu entro nesse quarto, é para consolar a Bella. Eu e a Alice há víamos passar desnorteada para o seu quarto e nós a seguíamos. Encontramos a Bella deitada de bruços na cama com a cabeça entre os travesseiros.

- Bella! – Alice a chamou se sentando ao seu lado da cama Box. Limitei-me a ficar de pé. A Bella era imprevisível, não sabia se ela iria gritar, nos bater, ou continuar daquele modo, por isso permaneci em pé.

- Vão embora! – ela falou abafada. Não deu para entender se estava abafado por causa do travesseiro ou se ela estava chorando. Alice suspirou impaciente e passou as mãos pelos cabelos curtos e repicados.

- Bells... – tentei.

- Me deixa em paz! – ela gritou se sentando na cama. Seus olhos estavam vermelhos, o rosto molhado devido a lagrimas.

O que foi que aconteceu com essa menina meu Deus? Ela estava todo alegre e agora se encontra nesse estado em fração de minutos.

Sentei-me na cama ao seu lado a abraçando, seguida por Alice. Ficamos alguns minutos assim até ela se acalmar um pouco. Alice a encarou esperando uma explicação. Ela respondeu a pergunta muda de sua prima:

- Edward! – ela respondeu simplesmente.

Obrigada, Isabella, isso esclarece tudo mesmo! (N/A: irônica é ela)

- O que ele fez? – Alice perguntou paciente.

- Nada, eu é que sou uma burra e me iludo com tudo que as pessoas me contam! – ela falou e depois deu de ombros.

- O que você se iludiu? – perguntei. Ela balançou a cabeça negativamente.

- É muito constrangedor! – ela me disse um pouco envergonhada.

- Você achava que o Edward gostava de você? – Alice perguntou. Ela era boa nisso.

- Ele disse que me amava! – sorri, estava na cara que ele estava de cinco por ela.

- Desde quando isso é motivo para chorar? – perguntei.

- Desde que ele atendeu uma ligação de tal de Gabriela todo meloso! – ela falou. Encarei Alice por um estante e depois desatamos a rir.

Bella nos encarou emburrada e depois enfiou a cabeça no travesseiro.

- Você está com ciúmes! – Alice falou.

- Vai procurar o que fazer Alice! – ela falou.

- Vou mesmo! – ele falou se levantando – Vou dizer ao Ed delicia que você está com ciúmes dele! – Bella jogou a almofada em forma de flor nela.

- Você sabe que mentir é feio! – Bella falou.

- Isso mesmo mentir é feio e para si próprio é pior ainda – Alice rebateu.

- Alice está certa Bella, e não adianta negar você gosta dele e deu toda bandeira agora! – falei e ela se levantou num pulo e abriu a porta.

- Fora as duas! Vão falar besteira e teorias para outra pessoa! – ela falou brava. Alice deu de ombros e eu andei até a porta mais ela.

- Sonha com os anjos Belinha, ou melhor, sonha com o Ed! – Alice falou debochada e a Bella bateu irada a porta.

Olhei para a Alice e nos desatamos a rir.