Oxford, 16 de fevereiro, AP do Emmett.

“Edward”

Quando larguei do Dix fui direto para o AP. encontrei o Emm largado no sofá assistindo Pica-pau e comendo pipoca com cerveja, revirei os olhos.

- Fala aí Emm! – saudei – Qual é a boa?

- AElenabrigoucomigo! – ele falou com a boca cheia de pipoca, seboso, saindo pela boca.

- Ogro, engole antes de falar!

- A Elena brigou comigo! – eu tive a leve impressão de ver seus olhos cheios de lagrimas. Meu amigo precisa urgentemente de um psicólogo.

- O que você aprontou? – perguntei roubando a sua cerveja.

- Eu não sei! – ele falou triste.

- Você não esqueceu nada de importante! – chequei. O Emm às vezes era uma criança, daquelas que temos que explicar através de desenhos. Ele parecia pensar. Dei um gole na cerveja e olhei pacientemente para o Emmett.

- Já sei! – ele deu um pulo no sofá.

- O que é super gênio? – ironizei.

- Como eu sou burro! – bateu na testa – Vou atrás dela! – ele saiu correndo atrás da Elena. Detalhe: ele estava de pantufas do Mickey e nós morávamos no AP universitário, seria o assunto do dia.

Oxford, 16 de fevereiro, AP da Elena.

“Elena”

O Emm é um burro a centésima potencia. Como ele pode esquecer que hoje era o dia do aniversario de Mercúrio é assim que ele quer que eu confie nele. Aí que raiva do Emmett e não tem ninguém para descontar a minha raiva. Não podia descontar a raiva no Mercúrio, ele não merece o pai desleixado que tem. Ele é só um pobre garotinho inofencível.

Escutei a companhia tocar e fui abrir a porta, não sem antes olhar pelo olho- mágico. Revirei os olhos era o Emm, abri a porta. Encarei-o por alguns segundos e pude constatar varias coisas entre as quais: ele devia está arrependido ou fingindo tão bem – apesar de que o Emmett não é bom ator – estava fedendo a lixo – eu não sei como ele conseguiu essa faceta – e ainda por cima de pantufas do Mickey, é vocês não leram errado é do Mickey.

Olhei horrorizada para ele e lhe ofereci sem palavras para quer ele entrasse no AP, imagine só a manchete no Jornal Universitário de Oxford: Adolescente é visto em estado precário na entrada do apartamento da futura melhor engenheira civil que o mundo já viu! (N/A: ela sonha baixo...). Iria ser um escândalo para toda a minha reputação. Cadê a Bella nessa hora? Para me perguntar se eu ainda tenho reputação. Mas voltando a história e ao Emm, porque vocês estão lendo para saber a história e não as minhas baboseiras... (N/A: Elena cuida do teu bofe e continua a história ou eu vou jogá-lo nos braços da loira má). Tudo bem, tudo bem, já voltei a história.

O Emm continuava ali parado me encarando.

- Cadê o Mercúrio? – ele me perguntou.

- Agora você quer saber dele? – perguntei exaltada e ele revirou os olhos.

- Lena... – o interrompi.

- Não me chame de Lena! E diga o que você quer. Eu tenho que destraumatizar (N/A: essa palavra existe?) o Mercúrio, sabe?! Já que o pai dele nem se lembrou do aniversário de um ano dele.

- Eu lembrei! – bateu o pé impaciente - Não é por isso que eu estou aqui, Elena? Se eu não tivesse me lembrado eu não estaria nesse... – Eu sabia! O Emmett tem sempre que estragar tudo. Esse filho da puta desculpe Dona Julieta, tinha que falar mal do meu AP. Só porque ele é um pouquinho extravagante. Talvez eu devesse pintar as paredes de cores menos chamativas do que laranja, rosa e amarelo ouro. Ou trocar o sofá de retalhos por um de verdade, colocar uma TV e dar fim as cadeiras de garrafas plásticas.

- Se você não estiver satisfeito com o meu AP ecológico, volte para o seu e me deixe em paz!- falei apontando o dedo na sua cara.

- Tudo bem Elena! – ele desistiu fácil de mais – Pode pelo menos me deixar ver o meu bebê? – ele fez uma carinha de cachorro pidão. Ele fica tão lindo assim. Elena se concentra é o Emmett lembra?! Ele cause esqueceu o aniversario de Mercúrio.

- Vou buscá-lo! – falei. Fui até o meu quarto e trouxe o Mercúrio. Emm falava com ele de um jeito tão carinhoso. Depois ele me mostrou o bolinho do Mercúrio e cantamos parabéns em Gatanês, quem não sabe o que é Gatanês é colocar o Miau na frente de cada palavra. Mercúrio comeu todo o bolinho e acabou dormindo no sofá.

- Então estou perdoado?- ele falou olhando nos meus olhos.

- Vou pensar no seu caso! – falei. Ele sorriu vitorioso e me beijou.

 Oxford, 20 de fevereiro, Dix quase hora de fechar.

“Bella”

Não tinha quase ninguém no Dix. A não ser pelos funcionários – Eu, Emm, Ângela, Jake e Edward – meus irmãos – Jasper, Leah e Seth, que haviam chegado há dias e a Elena e o Ben – namorado da Ângela. Enquanto eles me falavam, eu terminava de varrer o Dix.

- O que vocês acham, o feriadão está chegando... E eu estava pensando na gente subir a serra até o rio Tâmisa? – Jacob falou – Claro se todos concordarem...

- Que Mané feriado está chegando Jacob! – Leah falou para irritá-lo, coisa que ela andava fazendo ultimamente. Revirei os olhos e me sentei em cima do balcão.

- Leah, querida adulta, só foi uma sugestão! – Jake rebateu e Leah bufou.

Ângela olhou para o Ben e fez um sinal que sim com a cabeça.

- Nós também vamos! – a Elena falou.

- Claro que eu vou. Aonde vai a rainha o rei está junto! – revirei os olhos.

- Que lindo amor! – Elena o beijou.

- Procurem um quarto!- Seth falou.

- Nós já temos! – Emm falou.

- Não sendo o que fica colado com o meu! – Brincou Edward.

- É esse mesmo! – Emmett falou entrando na brincadeira e todos riram.

- Eu também vou! – falei empolgada para o acampamento.

- Fechado! – Jasper concordou.

- Então está tudo certo, só falta você concordar! – Jake a alfinetou. Eles iam começar a brigar novamente.

- A idéia é muito infantil, você já pensou se alguém se machucar? – Leah falou e Jacob bufou.

- O Jazz vai junto! – meu irmão era estudante do oitavo período de medicina – E o Ed também!

- Parem os dois! – Edward gritou – Deixem de infantilidade, vocês só sabem brigar! Eu não agüento mais.

- Noite! – eles cumprimentaram todos.

- Eu vou arrumar o estoque! – falei.

- Eu vou junto! – Edward me seguiu.

Eu tinha conseguido evitar Edward durante esses dias, mas todo o meu plano: “fugindo e ignorando Edward pós-beijo” tinha dado certo até agora. Entrei no estoque e comecei a colocar as frutas que iriam ser usadas no dia seguinte, nas prateleiras do canto. Edward provavelmente estava catalogando o que tinha no estoque.

-Eu fiz alguma coisa de errado? Se fiz me desculpa...

- Não fez nada de errado Edward! – escapei do olhar matador de consciência dele.

- Você está agindo assim desde o dia do Starbucks!

- É impressão sua! – falei voltando a minha atenção para as frutas.

- Se for por causa do beijo Bella... – respirei fundo e o interrompi.

- Não tem nada ver com o beijo!

- Então você não vai se importar se eu fizer isso novamente? – ele fazia o que meu pai? Hipnose? Controlava mentes? Porque nesse momento se ele me pedisse para me jogar da torre mais alta do mundo eu me jogaria. (N/A: Quem não se jogaria?)

Ele colocou o meu franjão para trás da orelha.

- Eu posso? – ele falou quase num sussurro. Se eu não tivesse perto de mais não teria escutado.

Ele colou nossos lábios e me beijou ardentemente. Soltando o elástico do meu cabelo e me imprensou na parede, distribuindo beijos no meu pescoço. Cravei as unhas na sua costa. Voltamos a nos beijar profundamente.

- Bella, o Felix chegou!- Jacob falou – Oh desculpe! – Jake comento nos vendo ofegantes e eu extremamente corada, como sempre.

- Você termina as frutas? – perguntei para o Jacob num fio de voz e ele conteu o riso.

Tirei o avental mais rápido possível e voei para fora dali. Isso era um sinal, alguém enviou o Felix para me lembrar que eu não podia me envolver com ele ou com mais ninguém. Eu tinha que me controlar.

Oxford, 27 de fevereiro, AP do Emmett

“Edward”

A vida é realmente confusa, não melhor, as mulheres são confusas. Mas uma em especial está me fazendo perder o sono. Isabella. Nunca vi mulherzinha tão complicada como essa. Uma hora me beija, outra hora me deixa beijá-la, mas sempre acaba fazendo a mesma coisa: foge e me ignora.

Porque Isabella Swan é complicada? Por que as mulheres são tão complicadas?

Oxford, 28 de fevereiro, quarto de Bella.

"Bella"

Ainda bem que acabou fevereiro, falta menos de sete meses para completar dezoito anos e cair no mundo lá fora. O mês tivera altos e baixos. Altos como: ter sido a funcionaria do mês, ter meus irmãos aqui comigo, ter conhecido e beijado Edward Cullen. Baixos como: continuar na mesma com o Phil ou ainda pior, não sei. James continua na mesmo – a mãe dele não atende mais o meu telefonema. É isso foi fevereiro: o mês mais curto do ano.