– Wendy abra os olhos já é de manhã!

– Hum mamãe? - Wendy abre imediatamente os olhos ao ouvir a voz de sua mãe chama-la para acordar e ela pergunta confusa. - Onde estou? Cadê a Sininho?

Mary mede a temperatura da filha colocando uma das mãos na testa de Wendy e diz. - Está tudo bem querida teve algum sonho ruim?

Wendy olha para mãe e não sabia o que pensar não conseguia distinguir o sonho da realidade - Eu não sei dizer mãe é só que eu tive um sonho e parecia tão real.

– E o que aconteceu nele?

Wendy olha para mãe e pensa em mil forma de descrever ou falar alguma coisa, mas ela mesma sente dificuldade de aceitar o que passou na noite passada então ela simplesmente diz. - Foi só um sonho ruim quase não me lembro o que houve mesmo.

Então Wendy se dá conta que está em seu quarto e não mais no quarto de seus pais, mas parecia que algo estava diferente e perguntou. - Mãe onde estão as camas dos meus irmãos?

– Irmãos? Do que está falando Wendy?

– Dos meus irmãos Michael e Jonh?

– Querida está tudo bem?

– Mãe cadê eles? E cadê o Peter?

Mary esboça um olhar perplexo e responde tristemente - Filha você é filha única, esqueceu disso? E quem é esse Peter?

Wendy se levanta rápido da cama e vê que só tem uma cama no quarto e começa a falar assustada. - Mãe o que está acontecendo? Cadê os meus irmãos?

Mary fica com um olhar sério e se levanta, ela vai até a porta olha para Wendy e diz. - Filha fique calma eu vou mandar a Liza trazer o William. - Mary sai do quarto e tranca a porta rapidamente Wendy vai a porta e começa a bater e perguntar.

– MÃE por que trancou a porta? MÃE? - Wendy espera uma resposta e nada ela vai até a janela e vê que está trancada também, ela procura as coisas dos irmãos e não encontra nada além de suas coisas próprias ela se senta na cama e pergunta a si mesma o que está acontecendo com ela. Passa um tempo e alguém abre a porta do quarto e Wendy reconhece William que está com a aparência de mais velho, talvez por que estava de barba ele traz nas mãos uma pasta preta, ela corre até ele e o abraça ele fica um pouco constrangido e diz.

– Olá filha como você está hoje?

Wendy estranha a forma como ele se dirigiu a ela e responde. - Estou um bem só pouco confusa eu acho.

– Nós já conversamos sobre isso Wendy lembra-se aos poucos do seu dia a dia, mas continue a tentar se lembrar.

Após William falar Wendy vê dezenas de imagens na sua mente imagens dos seus irmãos, de Peter, Sininho, Naná, Liza e o seu pai e também de muitas outras pessoas que ela nunca tinha visto na vida, e então uma voz a chama dizendo.

– Wendy tente se lembrar.

Ela olha para os lados e ouve a voz repetir a mesma coisa diversas vezes Wendy põe as mãos nos ouvidos e um som agudo e muito alto soa parecendo que vai estourar os seus tímpanos, William põe a mão sobre o ombro dela e diz.

– Calma querida não force muito pode acabar desmaiando assim, lembre-se apenas tente com calma senão não vai ficar acordada.

– Fique acordada Wendy! - A mesma voz repete essa outra frase mais vezes na mente dela até Wendy gritar com as mãos na cabeça suplicando.

– Para, por favor para! Wendy tenta correr, mas William a agarra e a joga na cama, a mãe de Wendy entra no quarto e o ajuda a segura-la enquanto ele aplica um injeção que tira as força dela.

– William eu preciso ir. - Wendy se esforça para falar, mas ele parece determinado a não permitir e diz.

– Wendy da última vez que eu fiz isso você sumiu por um mês e depois por sorte a encontramos, mas você estava daquele jeito horrível não lembra?

– Que jeito? - Wendy não se lembra e sente um peso enorme sobre si.

– Foi horrível eu não posso falar sobre isso, sinto muito. - A mãe de Wendy começa a chorar triste pela forma que a filha está.

Wendy fecha os olhos e o quando abre está sozinha, o quarto estava escuro como a noite e apenas a luz de uma pequena luminária iluminava um pouco nem William ou sua mãe está lá ela se levanta com calma e vai até a porta que está aberta ela sai do quarto e desce indo para sala, lá ela encontra William e sua mãe abraçados e toma um grande susto que a faz cair no chão.

Ambos vem na direção dela e ela os olha completamente transtornada e ela pergunta.

– Mamãe por que está abraçada com o William?

Eles se entreolham e Mary responde calmamente. - Querida já tivemos essa conversa antes William é o meu marido.

– Seu marido? E o papai?

Mary respira fundo e a abraça forte e depois diz algo que deixa Wendy arrasada.

– Querida seu pai morreu já faz anos.

– O papai morreu? - O coração de Wendy parece que vai sair pela boca ao ouvir que o pai morreu.

– Sim quando você tinha dois anos e a pouco tempo William e eu nos casamos, você foi minha dama de honra não se lembra de nada?

Wendy começa a chorar e sua mãe e William a levam de volta para o quarto dela e a deitam na cama.

– Vocês se casaram? - Wendy chora e eles ficam constrangidos pela pergunta. - Desculpa é que eu não consigo me lembrar de nada é tudo tão confuso eu vivo lembrando e esquecendo tudo.

William passa a mão na cabeça dela e ela fica um pouco mais calma com o carinho dele. - Vai ficar tudo bem e poderá sair conosco amanhã que tal?

– Sair? - Wendy olha para ele e olha para algo que está atrás algo que brilha tão forte quanto sol ai ela vê Sininho sair da luz com a mão estendida para ela e dizendo.

– Vem Wendy levante-se senão você vai ficar presa aqui para sempre. - Sininho passa por William como se ele fosse um fantasma e Wendy fica surpresa.

– Sininho eu...

A fada põe uma das mão sobre a cabeça de Wendy que se sente melhor rapidamente ela se levanta da cama e William e sua mãe se vaporizam no ar e Sininho fala com ela.

– Agora Wendy atravesse a porta eu só posso te ajudar até aqui. - Sininho vaporiza no ar também e Wendy anda até porta, o quarto permanece escuro, mas a luz brilhante como o sol não diminuiu só aumentou à medida que ela se aproximou, ao atravessar Wendy se vê em um lugar desconhecido, atrás dela tem uma vida de tristeza e perda, mas a sua frente um mundo imprevisível e de pura luz.