Dias de um passado esquecido – Crepúsculos.

Uma forte luz nas trevas, foi como um sol que brilhou muito intensamente e “apagou” a escuridão da noite onde fui lançada, foi isso que me salvou e me trouxe de volta ao verdadeiro lugar aonde o sonho desejava me levar ao começo de algo que terminou há muito tempo em uma terra que eu havia me esquecido e não podia mais me recordar um lugar que visitei poucos anos atrás na companhia de Peter Pan a maravilhosa ilha do Nunca Nunca ou como ficou conhecida pelos que sonham ou tiveram o prazer em conhecê-la realmente como eu a Terra do Nunca.

Wendy contempla a Terra do Nunca e os seus olhos mapeiam toda a pequena grande ilha e num piscar de olhos as sua lembranças começam a retornar e ela vê a si mesma se materializar mais jovem ao lado de Peter Pan e dos seus irmãos Jonh e Michael e também os garotos perdidos que moravam com Peter naquela época na casa da árvore. No momento Wendy está obrigando a todos a tomar o remédio ofertado por ela numa pequena taça que na verdade era apenas uma flor com um pouco d´agua eles fogem e Wendy sorrir.

Depois Wendy se vê presenciar a última luta do Capitão Gancho contra Peter Pan a qual o garoto foi vitorioso e logo ela chega aonde tudo começa e termina com Peter na janela de seu quarto.

– Essa foi a primeira vez que vocês se despediram. - A voz familiar faz Wendy suspirar e começar a entender o que está acontecendo.

– Sininho você apagou a minha memória? - Wendy olha para a fada que sorrir sem graça e um pouco constrangida.

– Bem meio que não fui eu realmente.

– Como é?

– Na verdade eu sou só uma parte que a Sininho deixou guardada dentro você para evitar que chegasse aqui.

– Você me jogou naqueles lugares estranhos?

– Claro que não, só queria evitar que você chegasse aqui, mas muito foi perigoso dessa vez e quase destruiu você de dentro para fora, fiquei com medo que não acordasse desses sonhos por isso abri esse lugar e te trouxe.

– Então eu estou dormindo em minha casa?

– Sim.

– Ufa! Que alivio.

– E quando acordar vai voltar pra lá na verdade eu também vou voltar de onde eu vim e então todas as suas lembranças estarão livres.

– Como assim?

– Você amadureceu Wendy e agora pode lidar com as lembranças de suas histórias com Peter Pan.

– São tão ruins assim?

Sininho esboça um sorriso e fala. - Não a maioria é muito boa, mas quando ele ia embora você ficava muito triste e por isso a Sininho apagou sua memória quer dizer eu apaguei.

Wendy caminha e vê uma imensidão azul e prata refletindo diversas coisas que aconteceu com Peter e ela e uma delas chama a atenção dela uma que a faz lembrar que ela adorava conversar com Peter como a mãe dela com o pai.

– Obrigado por cuidar de mim todo esse tempo Sininho. – Wendy abraça a fada que se desfaz dizendo.

– Ah! Não esqueça me tira da gaveta, provavelmente vou acordar muito brava comigo mesma. - Ela sorrir e se despede acenando feliz.

– Será que vou acordar agora? - Após se perguntar Wendy desperta deitada ao lado dos irmãos num lugar improvisado ao lado da cama dos pais ela suspira e diz para si mesma. - Ainda bem.

Wendy acordou cedo e foi a primeira a se levantar e foi ao seu quarto ao entrar tudo estava uma bagunça, Peter estava dormindo todo coberto em sua cama, mas antes ela abriu a gaveta aonde Sininho estava, e também acordada e sentada em tubo de linha com a cara um pouco triste.

– Oi Sininho.

– Oi pequena Wendy.

Elas ficaram se encarando e Sininho saiu da gaveta voando e pousou sobre a cômoda. - Me desculpe eu só não queria que vocês sofressem, mas agora estamos aqui outra vez.

Wendy sorrir e diz. - Me prometa que não vai mais apagar minha memória.

– Fique tranquila, mesmo que eu quisesse agora não poderia mais fazer isso sua mente é muito diferente agora.

– Como assim?

– Você está crescendo.

– E eu estou começando a lembrar-me que você usou magia em mim e me fez crescer mais do que devia por isso estou tão adulta. - Wendy se olha do espelho que fica dentro do guarda roupa e percebe como estava mais parecida com mãe em tamanho e corpo.

– Achei que iria gostar. - Sininho brinca e elas riem uma da outra e o barulho acorda Peter que se levanta num pulo, Wendy e Sininho ficam num misto de surpresas e assustadas ao vê-lo “daquele jeito” e ele nem percebeu o que aconteceu.

– Que foi?

No outro quarto Mary e George se levantam e acordam os filhos Jonh e Michael eles se sentam na cama e George pergunta. - A Wendy já acordou?

– Acho que sim. - Responde Mary olhando em volta no quarto imaginando se a encontraria ali escondida em algum canto só que logo que em seguida ela pergunta ao marido. - E então querido você pensou sobre o que lhe pedi?

– Sim eu pensei e se você quer tanta ajudar esse garoto, como se chama?

– Peter.

– Sim é Peter, então vamos ajudá-lo só não sei aonde vamos por ele no quarto das crianças não tem mais camas.

– Quem é Peter mamãe? Pergunta Michael que está ao lado de Mary.

– É um garoto perdido e vamos ajuda-lo a encontrar a mãe dele.

– A mãe dele se perdeu?

– Não meu filho na verdade ele se perdeu da mamãe dele e acabou ficou sozinho por um longo tempo, mas agora ele vai ficar conosco até que encontre a família dele ou em então talvez uma nova.

– Eca! Eu não ia querer uma mamãe nova só quero você.

Todos riem pela ingenuidade de Michael.

De volta ao quarto das crianças

– Peter você cresceu? - Wendy põe as mãos na frente da boca para abafar o grito.

Peter fica meio desconfiado e responde rindo. - Jamais sou muito esperto para crescer ha ha ha...- Ele diminui o riso quando Wendy abre a porta do guarda roupa que tem um grande espelho na parte de dentro, ao se ver Peter fica mudo, duro feito pedra e depois desmaia no chão de susto.

– Sininho voa até a cama de Wendy que pergunta.

– O que houve Sininho?

– Ela pousa na cama e assumi a forma humana e após procurar ela encontra um pouco de pó mágico embaixo do travesseiro da cama de Wendy, diz.

– É pó mágico do crescimento o mesmo que usei em você.

Wendy olha para fada e diz. - E agora Sininho você fez o Peter Pan crescer.