Wendy & Peter escrita por Igor Carolino


Capítulo 14
Sonhos de um futuro imperfeito – Amanhecer


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é um sonho ou é real?



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No primeiro momento ao despertar tudo parecia um sonho estranho, o dia nasceu e Wendy acorda de bruços no chão a beira de uma praia deserta, ela sente várias coisas estranhas simultaneamente, mas o que ela percebe logo de cara é o gosto salgado na sua boca e que está completamente seca. Ela não tem ideia de onde está o seu corpo está pesado, sujo e uma forte dor de cabeça não a deixa pensar direito Wendy tenta se levantar, porém o chão fofo da praia a desiquilibra e ela desaba esfregando o rosto na areia. A luz intensa do sol praticamente a cega e o calor insuportável a deixou desidratada e fraca.

Porém aos poucos Wendy vai se acostumando com intensidade da luz do sol e com dificuldade se vira e vê um céu azul, limpo e com poucas nuvens, ela também ouve o som das águas do mar arrebentando nos recifes de corais e nas pedras ao redor daquela praia. Mesmo fraca ela não consegue ficar ali parada muito tempo o sol forte castiga a sua pele branca, ela se levanta e olha em direção do imenso mar azul a sua frente ela nunca tinha visto o mar, depois ela se volta para trás e vê uma densa floresta e decide caminhar em busca de algum lugar com sombra para descansar e talvez em outro momento pensar e procurar saber onde está.

Wendy caminha até as árvores mais próximas que estão um pouco depois da praia algumas delas são coqueiros. Se aproximando devagar ela vê um coco cair no chão e derramar água, ela corre o pega e bebe o que sobrou, depois ela desmaia outra vez a sombra do mesmo coqueiro. Horas depois Wendy acorda sentindo o fio de uma espada em sua garganta e fica aterrorizada. Wendy não consegue ver ou reconhecer o estranho, seus olhos ainda falham, mas a voz que ela escuta é muito familiar, mas seja quem for não fala coisas que fazem sentido para ela e a sua vida está por um fio.

– O que está fazendo aqui? Você é uma pirata? - Pergunta o estranho.

– Não eu sou só uma garota não sou uma pirata. - Wendy responde ainda mais assustada e com o coração acelerado.

O estranho ri e a insulta - Você só uma garota? Você parece mais uma pobre pirata mendiga esfomeada isso sim.

Wendy se olha e vê que está vestida com a sua roupa de dormir, porém ela está completamente suja de areia da praia e por isso implora por sua segurança. - Por favor não me machuque eu não sou mendiga.

– Me diga o seu nome primeiro e eu penso no seu caso.

– Tudo bem olha eu estava no quarto dos meus pais dormindo e acordei aqui nesse lugar e eu não sei onde estou.

– Diga o seu nome rápido ou vai morrer.

– Tá por favor é... o... meu nome é Wendy.

Ao ouvir o nome o estranho recuou um pouco assustado e parado ficou por uns dez segundos, ele então embainha a espada que tem na mão e avança sobre Wendy a levantando bruscamente com as duas mãos segurando-a pelo seu pescoço firmemente e esbraveja.

– Wendy está morta! Quem é você? Se não falar a verdade eu mato você de um jeito muito longo e doloroso. Você ouviu sua pirata nojenta?

Wendy não consegue respirar direito, mas consegue agora ver o rosto daquele estranho é um jovem aparentando ter a mesma idade que ela, Wendy tenta falar, mas não consegue, pois ele está a sufocando até que outra pessoa aparece atrás do estranho jovem gritando.

– Pare Michael você está sufocando ela.

Ele olha para trás e larga Wendy imediatamente que desaba no chão com dificuldades de recupera o folego, o jovem olha para as próprias mãos assustado e depois olha para Wendy e pergunta. – Quem é você?

Wendy começa a chorar e percebe que quase morreu nas mãos de alguém que tem o mesmo nome de seu irmão caçula o Michael, ela está apavorada e fica assim até que a outra pessoa que a salvou se aproxima dela e Wendy a reconhece.

– Sininho é você?

Sininho que está na forma humana se aproxima, os seus olhos estão marejados por ver a Wendy, ela se abaixa e as duas se abraçam chorando e Sininho diz. - Sim minha pequena sou eu.

– Sininho onde estou? Quem é ele?

– Wendy eu acho melhor... - Sininho tenta argumentar, mas Wendy já sabe o que ela vai dizer e fazer e a impede dizendo.

– Não Sininho por favor não apague mais a minha memória.

– Sininho é a Wendy mesmo? - O jovem que achou e atacou Wendy se aproxima interrompendo a conversa das duas ele olha Wendy atenciosamente e depois acaricia o seu rosto tentando aparentemente reconhecê-la.

– Sim Michael é ela. - Sininho põe uma das mãos no ombro dele chorando e completa. - Ela voltou.

Michael abraça Wendy e chora também pedindo mil desculpas, ela não entende o que está acontecendo ainda, mas percebe que de alguma forma os dois estão ligados e pergunta. - Quem é você?

Ele fala ainda abraçado com ela – Perdão Wendy sou eu o Michael o seu irmão.

– Impossível! O meu irmão ainda é pequeno e você é um adulto.

Ele se afasta e a olha nos olhos e diz. - Não sou mais minha irmã e já faz muito tempo. - Ele sorrir e Wendy percebe que o sorriso dele é igual ao do seu irmão caçula e começa a reconhecer nele os detalhes das feições de seus pais George e Mary.

– Meu Deus Sininho ele é o Michael?

– Sim querida é ele, mas agora não podemos conversar muito aqui temos que ir o seu irmão vai lhe carregar e te tirar daqui conversamos depois no nosso esconderijo ou os homens da capitã Perola Negra vão nos encontrar, eles patrulham essa parte da praia nessa hora do dia atrás de crianças perdidas.

– Crianças perdidas? - Wendy questiona os dois, mas nem Michael ou Sininho explicam o que está realmente acontecendo ou onde ela está.

– Vá rápido querido e cuidado, eu alcanço vocês dois logo.

– Está bem Sininho! Vamos Wendy, vamos para o esconderijo. - Michael segura Wendy com facilidade, aquele menino pequeno que é como ela se lembra do irmão de alguma forma já tinha crescido e estava forte o suficiente para lhe levantar e carregá-la nos braços. Wendy tinha mil perguntas pra fazer, mas estava tudo tão confuso que preferiu não fazê-las naquele momento, eles avançaram na floresta adentro e caminharam por uns vinte minutos sem parar até chegarem a uma caverna pequena, mas que era muito escura e aparentemente sem iluminação nenhuma, Michael entra na caverna carregando Wendy ainda sem vacilar no escuro, ela abraça o irmão e fecha os olhos até que ele diz.

– Pronto já pode abrir os olhos Wendy nós já chegamos.

Wendy abriu os olhos e o lugar não era muito grande, mas estava cheio de coisas estranhas espalhadas pelo chão e pelas pareces da caverna, aquela parte era bastante iluminada por lâmpadas lindas e parecia que dentro delas haviam pequenos seres se mexendo e que brilhavam intensamente, Michel a coloca numa cama muito grande e acolchoada o corpo de Wendy doía muito e sua a cabeça ainda girava bastante, ele pega um copo d’água e lhe oferece ela pega o copo desesperada e o virá em segundos, Wendy sinaliza pedindo mais até sentir-se um pouco refrescada, após perceber que está tão afobada ela se sente envergonhada e diz.

– Desculpa minha educação é que estou com muita sede.

– Tudo bem Wendy. - Aquele Michael a olhava de maneira muito interessada e Wendy pensa que se Sininho não tivesse lhe dito que aquele era o seu irmão ela pensaria que ele queria algo mais dela.

Sininho chega pouco depois e ela se aproxima de Wendy e diz. - Você está bem?

Wendy fica feliz em revê-la e responde. - Sim eu estou me sentindo melhor.

– Fique deitada está bem. - Sininho faz Wendy se deitar e ela relaxa na cama grande.

Wendy fica olhando para Sininho que continua bela e jovem como sempre foi, mas ela estava um pouco diferente parecia mais humana, o cabelo estava preso e ela usa um vestido simples azul, gasto e esfarrapado, muito diferente das roupas sensuais e brilhantes que a fada usava desde que ela era pequena e que valorizavam o seu belo corpo. Wendy se pregunta o que estava acontecendo, mas quando Sininho acaricia o se rosto com a mão esquerda e ela vê um anel dourado e não resiste tantas dúvidas e pergunta. - Sininho você se casou?

Sininho sorrir e olha para Michael que sorrir também e depois coça a cabeça com a mão esquerda, Wendy percebe que ele também usa um anel dourado parecido com de Sininho, ele fica corado exatamente como Wendy faz e naquele momento ela entende rapidamente com quem Sininho se casou.

– Vou te mostrar uma coisa. - Sininho põe uma das mãos sobre a cabeça de Wendy que de repente se vê em outro lugar e assiste de camarote onde e como aconteceu primeiro beijo deles.

"Eu te amo Michael!"


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Notas finais do capítulo

Sabe é difícil mesmo encontrar imagens que combinem com o texto já escrito, mas por enquanto estou dando sorte.

Onde Wendy foi parar? Como ela chegou lá? Espera, por que ela está lá? E por fim como vai voltar de lá? Bem no próximo capítulo eu te conto como Wendy vai reagir e resolver os seus problemas com tantos lá.



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