Só Para Manter O Jeito escrita por iRibeiro


Capítulo 5
5º Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora. Esse feriado foi bem corrido. Espero que aproveitem o capítulo :)



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No domingo acordamos cedo para organizar nossas coisas e partir rumo a Las Vegas. Até que seria animador se fossemos a turismo. Pelo o que pesquisei são 34 horas de viagem a luta está marcada para a quinta, o Natal esse ano será na segunda. Então acredito que vamos conseguir trazer o Revoltado com folga. Durante a viagem vou tentar organizar o máximo de coisas possíveis para os dias que nossos amigos ficarão conosco.

Fiz Percy conferir sua mochila pela terceira vez enquanto arrumava nosso café, ele sempre reclama que se esqueceu de algo.

— Annie pela terceira vez digo: “não me esqueci de nada”.

— Ótimo, era só para ter certeza sabe. Agora come logo, já são quase oito horas. Quanto mais cedo chegarmos, mais cedo voltamos para os nossos amigos. Inclusive devíamos mandar uma mensagem de Íris para Jason e Piper avisando que vamos para uma missão. Só de garantia né.

— Boa ideia, depois pega uma moeda lá no carro.

Antes de comer fiz uma prece para Atena e Poseidon, para que me guiassem nessa missão e cuidassem de nós.

Terminei rapidamente meu café e fui escovar os dentes. Dei outra conferida na minha mochila:

– Roupas. OK

– Dois cantis de néctar. OK

– Dois saquinhos com ambrósia. OK

– Meu boné. OK

– Dracmas. OK

– Relógio no braço. OK

Tudo certo na minha. Na mochila do Percy coloquei algumas garrafas d’água e pacotes de bolachas. Desci com nossas coisas enquanto ele terminava de escovar. Minha espada de osso de dragão já estava embainhada na minha cintura. O Cabeça de Alga veio pegando minha mão e nos levando para fora. Quando tranquei a porta fiz outra prece, dessa vez para Afrodite, pedido à que voltássemos juntos para os nossos amigos.

Quando chegamos ao carro digitei no GPS “Las Vegas”. Logo ele nos mostrou o mapa e também apontou o Hotel e Cassino Lótus como ponto turístico mágico. Jamais iria ser turista nesse hotel. O que me lembrou da minha primeira missão com o Cabeça de Alga, tivemos uma breve para não dizer longa passagem nessa cidade.

— Ei, ei. Tá muito calada, o que foi?

— Nada, só pensando na missão. Lembra que passamos por Las Vegas naquela situação do Raio de Zeus?

— Como eu ia esquecer? Foi bem louca aquela missão. Olha como hoje em dia é mais fácil. Vamos de carro, com dracmas infinitas, comida, água.

Disse ele em tom de diversão.

— Você não perdoa nada em. Aquela missão foi tudo armação, do começo ao fim. Nem gosto de me lembrar daquele hotel.

— Na boa, me diverti muito lá. Mas foi terrível quando percebemos o tempo que ficamos lá.

— Foi mesmo. Espero não ter que pisar lá mais.

— É, eu também não. Mas me conta o que anda planejando para a reunião?

— Tenho pensando mais nas comidas. Porque são muitas pessoas, como cozinhar para tantos e agradar? O Frank tem aqueles problemas de intolerância. A Piper é vegetariana. O Nico mal come. Complicado, vamos ter que fazer vários pratos.

— Ainda bem que eu sou um ótimo chefe. Vou fazer ovos. Ovos de todos os jeitos. Quem não come ovo? Problema resolvido Annie.

— Risos de você Percito. Ovos do Natal ao Ano Novo? Melhor você ligar para a pizzaria lá perto.

— Olha você acabou de solucionar o nosso problema. Ovos e pizza, muita pizza!

— Ai, pelos deuses! E o que vamos fazer durante esse período? Vai estar frio demais para irmos à praia. Falar nisso, saudades de ir para a praia.

— Sei muito bem do que você sente saudade dona!

Ele disse apertando minha coxa.

— Percy! Qual é, tô falando do mar, seu bobo.

— Eu sou o mar querida!

E me olhou, e parece que nesse instante seus olhos ficaram no meu tom favorito “Mar do Caribe”.

— Você tá muito ousado querido, até parece que aprendeu a mudar o tom dos seus olhos.

— Segredo, segredo. Agora o que vamos fazer? Ah, podemos patinar, ir a algum lugar, turistar, fazer compras atrasadas de Natal, essas coisas que Nova York nos oferece.

— É parece bom, decidimos isso com eles. Já saímos da cidade?

— Claro! Essa máquina aqui faz milagres com a velocidade. Além de que nunca serei multado. Eu amo esse carro.

— Rum, seu amor é meu. Não desse carro.

— Você tem 98% do meu amor. 1% é para os amigos e outro 1% é para esse carro.

— Caramba em.

— Amo você tá bom?

— É, tá melhorando. Agora vou terminar de estudar alguns projetos do Dédalo. É incrível, já tenho esse laptop há tanto tempo e esses projetos nunca acabam. Quando quiser descansar é só falar.

— Você quem manda chefe.

Revirei os olhos para ele depois desse “chefe”.

Percy ligou o rádio que pegava uma estação aleatória. Ele cantarolava baixo, ainda bem que ele sabia que não tinha o dom do canto.

Paramos duas horas depois em Harrisburg, capital da Pensilvânia. Percy abastecia enquanto eu ia ao banheiro. Lá encontrei uma mulher de aparência estranha. Tinha um olhar vago e uma carranca, um andar torto. Entrei rapidamente na última cabine acionando meu relógio. Pois é, tinha um ponto vermelho piscando bem ao meu lado. Desembainhei minha espada e vi uma sombra aproximando-se da porta. Resolvi subir no vaso, imaginei o que ela ia tentar fazer. E fez, chutou a porta e veio na minha direção. Pulei do vaso, usando algo parecido com os ombros para pegar impulso e sair dali. Esperei enquanto ela vinha me atacar novamente, chutei-a com força e ela disse:

— Se eu fosse você não se preocupava comigo. Devia se preocupar com o seu namorado e com o que ele está fazendo.

Olhei para ela confusa.

— Isso mesmo filha de Atena, sinta-se confusa. É isso o que o amor faz.

Ela tentou passar sua garra em meu braço, mas o tirei antes. Então acertei a ponta da espada em suas pernas, fazendo com que ela caísse de joelhos e cravando minha espada em sua garganta.

— Isso é por falar demais sua monstra esquisita!

Limpei o pó do meu tênis e finalmente fui usar o banheiro. Nem paz para isso se tem.

Ia me encaminhando para conveniência para comprar alguns doces. Quando vim Percy conversando amistosamente com alguém perto do carro. Tão amistosamente que a pessoa não parava de tocar ele enquanto conversavam. Ele soltou uma gargalhada sonora, logo depois dando um abraço de urso na garota recebendo um beijo na bochecha longo demais para mim. Peguei meus doces e fui ao seu encontro.

— Por que tem pó de monstro no seu cabelo?

— Talvez seja porque eu matei um monstro.

— Ah, é claro. Você encontrou algum monstro?

— Pelos deuses Percy, claro né!

— Tá tudo bem? Ele te machucou?

— Não, era uma monstra desajeitada. Mas ela disse para eu me preocupar com o que você está fazendo.

— No momento estou dando partida no carro, tá preocupada?

Ele disse rindo.

— Sua sorte é que dirige bem. Mas com quem você tava falando?

— Aaah, aquela é uma amiga do colégio. Coincidência grande nos encontrarmos aqui. Ela veio passar o recesso com os avós.

— Ela sempre conversa tocando? Até parece que você é um touch screen.

Ele começou a rir.

— Essa uma mania dela. Até me acostumei.

— Acostumou querido?

— Não, não. Odeio conversar assim. Chato pra caramba.

— Ah, que bom. Agora, quem é ela?

— Hm, chama Marie, tenho a maioria das aulas com ela e ela é novata assim como eu. Fim.

— Interessante.

— E ela sabe sobre você, é claro.

— Não pareceu quando ela foi se despedir de você.

— Annie você é engraçada.

Ele disse apertando minha bochecha.

— Tá uma graça assim de braço cruzado e falando desconfiando. Mas sossega ela é amiga e você minha namorada, tá bom?

— Tá. Vou continuar com meus projetos.

— Na verdade, eu queria que você tentasse dirigir pelo menos até a próxima parada, só pra dar um descanso nas pernas.

Ele tava brincando. Eu sei dirigir, mas não é muito bem. Percy até tentou fazer com que eu melhorasse, mas não melhorou nada. Eu dirigia em casos extremos. O que não era o caso.

— Como é?

— É, tô cansado.

— O que você tá querendo?

— Que você dirija querida.

Ele encostou o carro e saiu. Bateu na porta com a cara mais lerda e eu abri passado para o lado do motorista. Ele colocou o laptop no banco de trás e abaixou o banco, tirou o óculos que estava no porta-luvas e se deitou.

— Vou descansar querida. Qualquer coisa é só me chamar. Te amo.

Eu não entendi nada. Com certeza ele estava aprontando algo comigo. Coloquei o carro na estrada e continue o caminho, olhando a toda instante de relance para ele.

Dirigi até Wheenling, West Virginia. Estava com fome e cansada de dirigir. Engraçado que dessa vez dirigi muito bem, não fiz nada errado. Acordei Percy que babava, como sempre.

— Espera eu descer.

Ele deu a volta e abriu a porta para mim, fazendo uma reverência exagerada ao abrir. As pessoas da lanchonete olharam curiosas. Ele pegou o chaveiro, trancou o carro e me deu braço. Sorrindo de lado, realmente aqueles óculos ficavam muito bem nele. Dei o braço sorrindo.

— O que tá fazendo?

— Mostrando para as outras garotas a minha garota. O que acha?

— Mas não tem ninguém aqui.

— E daí. Você é minha namorada não é? Aquela atendente ali vai ver. Vem!

Ele me puxou empurrando a porta da lanchonete. Quando se pôs na frente do caixa começou.

— Olá senhorita. Poderia arrumar uma porção de frango para a minha namorada e eu? Traz um suco de limão e uma Coca também. Nós estamos bem ali.

Ele disse enfatizando todas as palavras e usando um tom galanteador. Quando nos sentamos.

— Viu só como ela ficou? Posso fazer meu melhor para ter atenção alheia, mas só a sua importa. Você tá atenta ao que tô fazendo agora não é? Então, presta atenção. Seu tá bom? Sou seu namorado.

E me puxou para um beijo, passando o braço na minha cintura me levando para mais perto dele. Paramos quando nossos pulmões pediram ar. Puxei-o para mim novamente e dei mais um beijo.

— Sim, meu. E me desculpe galã, mas agora pode tirar os óculos e esse sorriso do rosto. A moça continua te olhando.

— Não tô sorrindo pra ela.

E assim ele me puxou para mais um beijo.


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Notas finais do capítulo

Annabeth um pouquinho ciumenta né?
Próximo capítulo Percy narrando e que tal dificultar essa missão um pouco...?

Opiniões são bem-vindas ;*



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