Art Rebel, a arte do amor. escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 5
Capitulo 5




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Nada mudou.

VIOLETTA
Eu, Diego e León vamos para uma sala de gravação com um pequeno estúdio integrado.
–Vai ser bem simples e rápido. - Diego fala, colocando fones de ouvido. - Vou selecionar aqui alguns instrumentos para conversão e quando eu der o sinal, vocês cantam, ok?
Assentimos. Nos posicionamos em um microfone com captador e filtro e aguardamos que Diego reaja. Ele faz um sinal de positivo com a mão e nós começamos. Ao final, ele escaneia nossas vozes e transfere para vários instrumentos.
–Muito legal. - Elogio o trabalho de Diego.
–Tenho que ir. - Ele anuncia, mas com um sorriso malicioso no rosto.
–Até que enfim, ele saiu. - Diz León.
–Como assim “até que enfim, ele saiu”? O que está acontecendo aqui?
Ele abre um sorriso largo, pega a minha mão e me guia por diversos corredores e escadas, até chegar ao telhado do teatro. Ele abre uma pequena porta e sai por ela; sigo-o.
–Você se lembra de mim? - Pergunta ele.
Realmente, o rosto de León não me é totalmente novo, e desde que cheguei aqui, não tive tempo de observá-lo com calma, mas agora, noto pequenos traços familiares. As maçãs do rosto fofinhas, o verde dos olhos, as covinhas… Tudo isso me lembra um garoto que conheci quando tinha sete anos e estava em Milão. Tive uma banda nessa época, com uma garota de cabelos cacheados e pretos, Naty Vidal; um italiano com um topete bem grande, Frederico Reys e um outro loirinho, Leonard Vargas.
–Leo… Leonard? - Pergunto.
–Eu mesmo.
–Como me encontrou? Eu mudei tanto desde a época da nossa banda…
Ele aperta meus dedos com certa delicadeza, fazendo com que a marca de nascença em forma de “C” em minha mão fique visível.Ele a toca, desenhando-a, o que me causa arrepios.
–Você odiava quando eu fazia isso.
–Ainda odeio, mas estou me segurando para não chutar você nas partes.
–Ai! - Ele exclamou - Você me ameaçou de fazer isso uma vez, lembra?
–Lembro, foi antes de eu sair da banda e ir para Monte Vidéo. Na verdade foi quando eu estava no aeroporto, partindo. Brigamos na despedida, não gostei de ir embora brigada com você. Mas, depois que eu sai, vocês continuaram com a banda?
–Nós tentamos, mas não conseguimos. Não concordávamos em nada e eu e Frederico quase saímos no tapa uma vez.
–Ah, entendo.
Um trovão relampeja no nada. Assusto-me. Desde criança, odeio trovões e aviões. Ele me abraça, segurando minhas mãos junto ao seu peito. Como se estivesse me protegendo. Alguém parece chutar a porta. Reprimo um grito e cerro os dentes.
–Estamos presos.


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