Art Rebel, a arte do amor. escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 13
Capitulo 13




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Anteriormente em Art Rebel, a arte do amor…
–O pior ainda está por vir. - Sussurro, e tenho razão, porque ainda não tive aquela conversa com Diego.

Violetta encosta o saco de gelo mais algumas vezes em meu rosto, então para, toca-o, e seca as pontas dos dedos na calça, já que já gelo derretido na minha bochecha.
–Vou ver onde estão o Federico e o Diego. - Diz León, se levantando.
–Fran… Você disse que o pior ainda está por vir. Aconteceu alguma coisa?
–Aconteceu Vilu… É uma história meio longa.
FLASHBACK ON
Eu sou só uma menina de doze anos, e minha aparência é igual a de todas as outras que têm a minha idade. Sou uma tábua, não tenho os seios fartos da televisão, nem aquela bunda redonda e de curvas perfeitas… Sou como uma típica francesa, apesar de ser italiana.
Minha mãe diz que meu nome vem do feminino de um nome muito popular na Itália, “Francisco”, mas aí meu nome seria “Francisca”, então a mistura de italiana com francesa é “Francesca”.
De qualquer maneira, não sou atraente, mas ainda assim, o tarado do meu irmão dá um jeito de me observar enquanto troco de roupa. Ele tem em seu guarda-roupas duas ou três fotos minhas sem roupas, que ele tirou nessas vezes em que conseguiu me ver assim depois do banho.
Numa noite, meus pais anunciaram que estavam indo para uma conferência de dois dias na Alemanha, então íamos ficar sozinhos por um fim de semana. Depois que eles saíram, fui tomar um banho, e Federico conseguiu esconder minhas roupas e a toalha.
–Cadê as minhas coisas Federico? - Gritei de dentro do banheiro.
–Só conto se você sair.
Sem alternativa, coloco a cabeça para fora e pergunto:
–Minhas coisas?
–Ah, vem buscar! - Ele levanta minha toalha e as roupas.
Saio do banheiro e ele corre para o seu quarto, me puxando com ele. Com uma travada nas pernas, ele me derruba em sua cama e diz:
–Você me dá tesão.
E então ele me estuprou. Isso poderia ser considerado incesto, mas como não fiquei grávida nem casei com ele…
Na manhã seguinte, acordo com seus braços me envolvendo, mas logo consigo me soltar, correr para o meu quarto, me vestir e ir até uma fármacia para comprar um teste de gravidez. A mulher quase se recusa a me vender, e pergunta diversas vezes para quem era. Só então me olho no espelho que há lá, eu sou uma garotinha, que nunca vei ter o gosto da doce primeira vez com aquele que ama.
FLASHBACK OFF
–O Diego não sabe ainda? - Pergunta Violetta, baixinho.
–Não… Mas depois de tudo isso, eu vou ter de contar, se é que o Federico não falou.
–Se você quiser, eu peço ao Diego para vir aqui e vocês conversam.
–Pode ser. Obrigada amiga.
Ela sai, me deixando só e oca de remorso.
POV VIOLETTA
Caminho um pouco até encontrar Diego. Como vou abordá-lo? Posso deixar a parte mais difícil com Fran, mas de qualquer maneira... Quando vejo seu ombro coberto com a jaqueta de couro preta, corro até ele e digo:
–Diego... A Francesca queria falar com você.
–Hum, tudo bem. Ela está no seu quarto?
Assinto, temendo por ele. León está esfregando as mãos e se aproxima de mim.
–Cadê o irmão da Fran? – Olho para os lados.
–Não sei. Cadeia, talvez? É o destino ideal para pessoas como ele – vejo em seus olhos uma raiva sem controle. – Canalha.
–Hey, fique calmo e me responda de um jeito claro: cadê o Federico?
–Para quê você quer tanto saber? – eu cruzo os braços. – Na sala do Gregorio.
Na verdade, não quero saber onde raios está Federico. Quero saber como está León, mas me falta coragem para perguntar.
–E você? Como está?
–Ótimo – ele responde em tom irônico. – Meu dia está ótimo Violetta e a coisa que eu mais quero é que você me encha com suas perguntas.
–León, mas o que você tem? Porque está sendo tão... Grosso?
–Me desculpa... É que muita coisa mudou na minha vida.
–Hã? Não entendi.
–Violetta, há dias atrás, eu não tinha um parente sequer. E agora tenho um pai e um irmão.
–Continuo sem entender.
–Nem me lembro de algo que aconteceu antes de eu chegar ao teatro. Gregorio foi a figura masculina da minha vida, como um pai, mas sempre deixou claro que não o era. Diego e eu somos unidos como irmãos, mas nunca imaginei que fossemos de verdade.
Não sei mais o que dizer ou fazer. Sair agora me parece indelicado, mas que remédio? León me dá as costas e marcha em direção à sala de Gregorio. Volto para meu quarto, Diego e Francesca já devem ter terminado a conversa. Se é que não terminaram o namoro. Bato na porta e Francesca abre, dando-me total passagem.


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