Dilemma escrita por Han Eun Seom


Capítulo 15
I Wouldn't Mind


Notas iniciais do capítulo

A bagaça chamada internet deu pau e eu fiquei sem -.-
* Capítulo Sem Revisar *



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/611839/chapter/15

Ao chegar a casa dela eu me repreendi pelo que tinha pensado. Não fazia sentido nenhum, fazia? Mas também não havia por que eu estar me repreendendo, era um sentimento comum querer que um momento dure para sempre. Não importe a pessoa que seja, é normal.

Eu passei pelo menos uma hora tentando me convencer daquilo. Assim que chegamos à mãe dela disse que seria uma boa que jogássemos um pouco de vídeo game para espairecer. Disse que Nicolas havia saído para reencontrar uns antigos amigos e que não estaria de volta tão cedo então poderíamos jogar sossegadas. Ofereceu, também, para levar o vídeo game para o quarto dela, mas preferimos ficar na sala.

O jogo que escolhemos foi um de dança e durante uma hora ficamos jogando e durante esta mesma hora eu fiquei me convencendo de que não havia absolutamente nada de errado no que eu tinha pensado antes.

De qualquer maneira, eu estava morta no final e ela ria da minha cara abertamente. Dançar nunca foi meu forte e era bem cansativo. Já Sara tinha algo para dança que era impressionante, não importava o quanto havíamos dançado ela continuava rindo e sorrindo durante os movimentos e os realizando perfeitamente.

– Vamos lá, Rexy – ela fez um muxoxo. – Só mais uma!

Ela vinha me enrolando com aquilo havia no mínimo uma meia hora, mas eu estava me divertindo também e não queria que acabasse tão rápido. Sorri para ela fazendo um gesto para que esperasse um pouco, acabou sentando do meu lado e respirando fundo.

Dona Flávia de repente aparece e ri.

– Já está assim Roxy? – eu suspiro o que só provoca mais risadas. – Seu pai esqueceu uma pasta aqui em casa então estou indo no trabalho dele, ok? Devo estar de volta em duas ou três horas – concordamos e ela deu um beijo em nós duas. – Eca, estão muito suadas - nós rimos e ela saiu da casa.

Ficamos mais uns minutos somente sentadas no sofá com Sara mudando a música do jogo escolhendo uma cuidadosamente. Estávamos escutando um pouco de cada uma quando Sara pega o controle da TV do nada e deixa a TV muda.

– Sara? – eu pergunto estranhando a ação dela. – Está tudo bem?

Ela não disse nada durante um tempo e também não me olhou. Comecei a ficar preocupada e já ia falar novamente quando ela pegou o celular dela na mesinha e abriu o player colocando outra música.

– Eu quero que escute essa música, simplesmente não consigo tirá-la da cabeça – ela sorriu como se estivesse tudo bem e eu com a testa um pouco franzida assenti.

Deu play e eu escutei atentamente. A música era bonita com um som legal e a letra... A letra era extremamente bonita. Ela parecia ansiosa e eu perguntei o nome da música.

– I Wouldn’t Mind da banda He Is We – ela suspirou um pouco aliviada. – Estava com medo de você não gostar.

– Nossa – eu ri. – Por que eu não gostaria? Desde quando eu não gosto de algo que você me mostra – eu pisquei e por um momento ela me encarou um pouco sem jeito. – Sara, está tudo bem mesmo? Você parece que quer falar algo.

– Não é nada – ela riu. – Vamos, seu intervalo acabou. Pode levantar!

Depois de falar aquilo ela se levantou, colocou o som de novo na TV e escolheu uma música para dançarmos. Levantei-me também e comecei a fazer os movimentos com ela, mas fiquei com aquela sensação de algo estava fora do lugar. Ela sempre me mostrou músicas das mais diversas bandas e mesmo que não fosse o meu estilo eu curtia o que me mostrava, não tinha por que ter medo.

Dançamos mais um pouco e conforme o tempo passava e mais eu me cansava nós fomos fazendo intervalos maiores a cada final de música. Quando ia dar duas horas e meia de dança nós realmente decidimos parar. Ela desligou o Xbox e eu me joguei, praticamente morta, no sofá.

– Rexy, você é muito mole – ela riu e sentou ao meu lado. – Não aguenta duas horinhas de dança.

– Para sua informação, estamos aqui faz duas horas e meia – eu estava arfando.

– Não pode contar os intervalos, Rexy – ela me cutucou e eu fiz a melhor cara de emburrada que tinha. – Aw, não faz essa cara!

Ela começou a me cutucar e eu comecei a rir. Uma sessão de cócegas se seguiu e eu apenas me debatia rindo. Apesar de ser mais forte, eu não queria tirá-la de cima de mim.

– Por favor, Sara! – eu disse em meio a risos. – Estamos as duas encharcadas de suor! Vamos pelo menos tomar banho.

Ela parou e me deu um sorrisinho de lado. Não tive tempo pra pensar quando ela saiu de cima de mim e subiu as escadas correndo.

– Isso não vale Sara! Estou mais suada que você! – eu gritei me levantando do sofá correndo atrás dela.

Ela chegou ao banheiro primeiro e eu ainda estava no pé da escada quando a escutei rindo e fechando a porta. Reclamei mentalmente e me sentei cansada no pé da escada. Passei a mão na nuca e vi que meu cabelo estava todo colado. Franzi o nariz e disse a mim mesma que não era tão bom assim ter cabelo curto.

A porta da frente se abriu no exato momento em que me levantei da escada.

– Meu Deus, o que aconteceu com você? – Nicolas entrou com mais dois caras atrás dele. – Está toda suada – ele fez uma cara de nojo e eu revirei os olhos.

– Estávamos dançando – eu respondi seca e fiz um gesto com a cabeça para os que estavam atrás dele. – Quem são?

– Amigos – ele disse suspirando. – Vamos jogar.

Dei de ombros e os amigos dele me cumprimentaram com um sorrisinho, sentaram-se no sofá tirando o jogo de dança e colocando um que um dos amigos dele tinha na mão. Deveria ser algum jogo de tiro e vi que cada um trazia seu próprio controle.

– Rexy! Vem tomar banho! – Sara me gritou da escada e desceu apenas com a toalha enrolada no corpo. Eu ia gritar para que ficasse em cima, mas quando vi já era tarde demais.

Os amigos de Nicolas começaram a gargalhar quando Sara parou no pé da escada paralisada. Nicolas suspirou e simplesmente voltou a configurar o Xbox.

– Cara, que merda aconteceu com a sua irmã? – um deles disse rindo.

Eu fechei os olhos com força ignorando aquilo tentando não deixar que aquelas palavras me levassem a dar um soco no meio da cara daquele garoto. Peguei Sara pelo pulso e a forcei a subir as escadas comigo. Fomos as duas para o banheiro e eu fechei a porta atrás de mim quando chegamos lá.

– Esquece o que ele falou – eu disse olhando para os olhos ainda assustados dela.

– Até os amigos dele – sua voz estava baixa e eu suspirei. – Eu estou tão mal assim?

– Claro que não – eu revirei os olhos. – Você está linda do jeito que está Sara, meu Deus.

Ela sorriu de lado e disse que iria para o quarto para se vestir e pegar roupa pra mim, já que eu tinha levado tudo o que tinha naquela noite. Eu concordei e fechei a porta quando saiu, me certificando de não trancar para que pudesse entrar e deixar a roupa.

Entrei no chuveiro e pensei que lavar o cabelo tantas vezes poderia fazer mal, eu teria que diminuir o ritmo. Mesmo assim, passei o xampu de Sara em boa quantidade e fiquei muito feliz em não ter a sensação da franja pegando na minha testa.

Sara bateu na porta e eu disse que estava aberta, ela entrou e deixou a toalha com a roupa lá dizendo que eu tinha sorte de ainda ter algumas calcinhas na casa dela.

Em pouco tempo eu terminei o banho e me vesti. Na hora em que sai do banheiro dei de cara com Nicolas encostado na parede ao lado da porta.

– O que foi? – arqueei uma sobrancelha. – O banheiro já está liberado – eu disse quando mesmo depois de sair do banheiro ele continuou me encarando.

– Sara tá legal? – ele suspirou e olhou para o chão.

– Você está muito estranho, sabia? Quer saber? Por que não vai simplesmente jogar com o seus amigos e tente mantê-los de boca calada? Eu e Sara vamos ficar aqui.

Dei um passo em direção ao quarto de Sara, mas ele se pôs em minha frente.

– Eles foram embora – disse sem nenhum sorrisinho no rosto.

Nós ficamos ali durante alguns segundos apenas nos encarando até que eu suspirei e revirei os olhos.

– Ela ficou chateada, mas não vai ficar com aquilo na mente. Nada fará mais dano do que você, fique tranquilo – dei um sorriso irônico e foi à vez dele de revirar os olhos. Comecei a andar de novo para o quarto dela, mas parei e olhei para ele. – Por que eles foram embora?

– Eu mandei – ele desceu as escadas sem me olhar e eu suspirei.

Percebi, pela primeira vez, que ainda não sabia o que estava fazendo de frente a estação quando fui entregar o pendrive ao Daniel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me avisem se tem algum erro. A propósito, há alguém aqui no grupo do Facebook do Nyah? É muito bom



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dilemma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.