For The Love Of A Daughter escrita por Dreamer


Capítulo 6
Expulsa?!


Notas iniciais do capítulo

Olarrrrrrrrrrrrrrrrrr!
Gostaram da nova capa?? Gente, juro que achei a foto PERFEITA da Elena um pouquinho crescida, pra usar futuramente (Oi? Como assim? Spoiler? Talvez!).
Anyway, desculpem a demora e qualquer erro que esse capítulo possa conter. Beijos!



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Acordei com Elena resmungando algo que vagamente, lá no fundo soava como “mama”. E foi assim, de pijama, descabelada e com Elena brincando que eu desci as escadas e parei na sala, onde a cena tão bela e muito rara de Olga e Ramalho se abraçando me esperava. Fiquei um tempo só olhando até que Olga notou minha presença e eles se separaram constrangidos. Tossindo e vermelha, Olga disse:

–Acordou e já trouxe trabalho pequenina?

–Não tem jeito Olguinha, o Studio está até o topo de trabalho. As inscrições já estão chegando.

–Então faz assim, eu te trago o café da manhã aqui e você pode tomar enquanto trabalha. – ela falou enquanto Ramalho trazia o carrinho de Elena.

–Se você puder Olguinha, fico muito agradecida. – falei para ela, que foi sorridente para a cozinha - Obrigada Ramalho, onde está papai?

–Ele saiu bem cedo com Angie, não disse para onde foi. Se me permitir, devo voltar ao trabalho – ele deu um sorriso e se dirigiu ao escritório. Brinquei um pouco com Elena até ela se entreter com seu cobertor e alguns brinquedos, peguei os papeis e comecei de novo a organiza-los. Depois de um tempo, a campainha tocou e Olguinha abriu, deixando Leon entrar.

–Olá Olga – ele disse todo educado.

–Ah, eu estou ficando velha! Como você cresceu menino! – ela gritou o abraçando. – Você viu que pequenina linda eu ganhei?

–Vi, inclusive vim visitar as duas. – Leon sorriu.

–Você já tomou café? – ele negou – Então sente com a pequena grande que daqui a pouco trago alguma coisinha pra vocês. – Olga saiu afobada para a cozinha.

Leon riu, sentando ao meu lado. Elena ergueu os braços, pedindo colo.

–Posso? – pediu.

–Sim, já faz um tempo que ela está ali. – falei, observando ele a pegar delicadamente do carrinho e brincar com ela. Elena fazia a festa nos cabelos de Leon, mas ele não parecia se importar. Olga trouxe algumas coisas em uma bandeja e comemos ali mesmo, com Elena repetidamente fazendo festa e Leon me ajudando com os papéis. Era quase meio-dia quando a porta se abriu novamente e papai e Angie entraram, ela com uma cara um pouco magoada.

–Ah, ótimo! Ele está aqui. – meu pai disse de cara fechada. – Violetta, você sabe que eu só quero o melhor pra você e para Elena, mas, como disse ontem, você é totalmente capaz de criar uma filha.

–Obrigada por entender...

–Eu ainda não terminei! – meu pai disse quase rude. – Como você é totalmente responsável, terá que se mudar dessa casa em um mês.

–O que? – perguntei levantando.

–Não pode fazer isso, German, é injustiça. – Leon falou se pondo ao meu lado, atitude pela qual agradeci mentalmente a ele.

–Injustiça? Ela mesma disse que poderia dar conta de tudo sozinha, quero uma prova! – meu pai cruzou os braços. – Hoje à tarde você tem visitações marcadas com um dos melhores corretores de Buenos Aires. Quando chegar em casa, quero que uma das casas seja sua.

–Mas... – tentei falar.

–SEM DISCUSSÕES VIOLETTA! – meu pai falou alterado. – Você sabe o quanto eu trabalho para manter tudo isso, manter essa casa e você! Desde que Elena nasceu, a situação piorou. Você ficou respondona, achando que pode dizer o que quiser para mim na cara dura, como se você fosse adulta. VOCÊ NÃO É ADULTA. Você só tem 18 anos, você não deveria ter uma filha, você deveria estar fazendo uma faculdade. Direito, administração, qualquer coisa! Mas não... Tem que ficar em casa por causa dela e trabalhar, levando-a junto, com certeza!

A cada palavra falada, parecia que um alfinete espetava minha pele. Nunca vi meu pai tão alterado, nem Angie tão quieta, Olga tão indignada e Ramalho tão surpreso. Até Elena, que não entendia nada do que estava acontecendo, ficou quieta, escutando o avô gritar tudo o que tinha a dizer sem praticamente se mexer. Leon parecia tão indignado quanto Olga, mas ficou em silêncio, segurando Elena junto ao corpo.

–Já terminou? –perguntei.

–Não, mas se falasse tudo o que eu quisesse você não sairia daqui tão cedo. Vai pro seu quarto Violetta, e leva sua visita com você.

Obedeci. De cabeça baixa, subi as escadas acompanhada de Leon e Elena. Chegando ao meu quarto, deixei-os entrar e, assim que fechei a porta, senti as lágrimas descerem por meu rosto.

–Vilu, não chore. Nada do que ele disse é real, nada. – Leon disse colocando Elena no berço e me abraçando. Pressionei meu rosto em seu peito, deixando as lágrimas caírem à vontade.

–Mas e se for verdade Leon? E se eu não der conta de tudo? – falei com minha voz abafada por sua blusa.

–Você vai dar conta de tudo, Vilu. Vai dar tudo certo, eu juro.

Afastei-me e olhei para os olhos verdes que eu tanto amava. Como eu queria dizer isso para ele. Como eu queria gritar para todo o mundo que eu o amo...

–Será que pode piorar? O que devo fazer? – perguntei.

–Acho que deve avisar as meninas. Você ficou de sair com elas hoje né?

–É, vou ter de desmarcar. Mas eu nem sei escolher uma casa, Leon. Talvez seja melhor eu convidar elas pra me ajudarem... – falei pegando Elena no colo, já que ela começara a resmungar.

–Eu te ajudo, vou com você. – ele falou se aproximando do berço.

–Mas e a gravação? – pedi. Já tinha o feito perder algumas preciosas horas.

–Sim, a gravação... – ele ficou pensativo. – Vou falar com o Alex para ele me liberar mais cedo, assim eu consigo te ajudar um pouco. Não íamos acabar hoje mesmo. E, aliás, eu preciso falar com você sobre uma coisa.

–O que é? – falei quando a porta se abriu.

–Vilu, me desculpe, não consegui impedir seu pai. – Angie falou magoada.

–Não Angie, você não tem culpa. – a abracei rapidamente por causa de Elena.

–Vou tentar falar com ele novamente, mas seu pai não quer que vocês dois almocem aqui hoje... Está bem chateado.

–Tem um restaurante pertinho daqui que é ótimo, podemos almoçar lá. – Leon falou, se pondo atrás de mim. – Posso cuidar da Elena pra você se arrumar, Vilu.

–Obrigada Leon. Angie, não se preocupe, nós vamos dar um jeito – entreguei Elena a Leon e fui para o banheiro e coloquei a roupa que já tinha separado. Depois de pronta, coloquei uma roupa mais quentinha em Elena, que, ao contrário das outras vezes, reclamou.

–O que houve Vilu? – perguntou Leon diante da cara que fiz enquanto descíamos as escadas.

–Acho que Elena está doente. Ela reclamou na hora de se vestir e está um pouquinho lenta... Deve ter pegado uma gripe ou coisa assim. – falei apertando Elena contra meu peito, onde ela tinha adormecido.

–Ah... Como você percebe essas coisas tão rápido? – ele pediu admirado enquanto saíamos de casa, ou ex-casa, já que eu tinha sido expulsa.

–Coisas de mãe, Leon. Coisas de mãe. –disse sorrindo. Caminhando mais um pouco, chegamos ao restaurante. Leon escolheu uma mesa no fundo do local, e logo uma garçonete veio nos atender.

–Sejam bem-vindos ao... AH MEU DEUS, LEON VARGAS!

Pronto, sério que eu teria de aguentar uma histérica gritando o nome dele por todos os lados? Leon abriu o meu sorriso favorito, aquele que evidenciava todas as suas covinhas.

–Meu Deus, Leon, eu adoro suas músicas! Desde o tempo do You-Mix! Sempre estou te acompanhando... Será que posso tirar uma foto?!

–Pode, pode sim. Mas será que você poderia falar um pouco mais baixo? – ele pediu olhando sugestivamente para Elena, que continuava reclamando. – Acho que temos alguém com dor de cabeça.

–Ah sim, claro. Eu vi, é sua filha? – pediu quase avançando para cima de Elena.

–Sim... – respondi simplesmente. Todo bem gritar o nome de Leon pra todos os lados (com ciúmes Violetta? Talvez), mas avançar pra cima da minha filha já é demais! Graças a Deus ele percebeu e tirou a bendita da foto de uma vez. Depois de mais uma crise de histeria, ela nos deixou escolher os pratos e comer em paz.

–Desculpe por você ter de passar por isso. Sabe, com o negócio da foto e coisas assim... – Leon disse envergonhado.

–São ossos do ofício, Leon. Mas você disse que precisava conversar comigo sobre uma coisa, o que é?

–Bom, querem que eu grave uma música com uma garota pro novo álbum, então pensei que... Bom, nós sempre soamos bem juntos.

–Está me convidando para gravar uma música com você?

–É, se você aceitar, claro.

–E como não aceitar? Mas quero que você saiba que não canto desde que Elena nasceu, nove meses atrás! – avisei tentando ser séria, mas o sorriso com covinhas acabou com todas as minhas chances.

–Não acho que sua voz tenha mudado Vilu. Deve continuar linda.

Baixei a cabeça, sentindo minhas bochechas esquentarem e tendo certeza que deveria estar muito vermelha. Elena, que apagara no caminho de volta do restaurante e agora ressonava tranquilamente no colo de Leon, passou a mão no narizinho. Ela realmente estava gripada, a questão é: Onde ela pegou a gripe?

–Leon, acho que é melhor você ir direto para o estúdio, daqui a pouco vou sair para as visitações e você tem um álbum para terminar. – falei quando chegamos à porta de casa.

–Sim, eu já vou indo. – disse me entregando Elena. – Acha que pelas cinco você ainda vai estar procurando uma casa?

–Espero que não, mas me conhecendo bem, sei que antes das sete não terei parado.

–Então nos vemos as cinco, na mesma sorveteria de ontem, ok?

–Ok.

–Tchau princesa, fica bem ok? – ele falou para Elena, depositando um beijo no topo de sua cabeça. – Nos vemos depois, Vilu.

Observei Leon desaparecer na esquina antes de entrar em casa e deixar minha pequenina com Olga. Menos de cinco minutos depois, o corretor chegou e a tarde mais longa da minha vida tinha se iniciado.


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Notas finais do capítulo

E então? Não façam que nem eu e sumam... Comentem, eu juro que não demoro a postar!!!
Beijos!



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