All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 3
Gotta run, ain't for fun


Notas iniciais do capítulo

Esse ficou pequenenin também :x
Desculpa gente mas não vejo necessidade de ser enorme e eu passei o que eu queria nele entonces... Boa leitura!



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— Seja lá quem você for, saia daqui.

Ele riu um pouquinho e puxou a mão que segurava minha cabeça, soltei a outra e ergui a cabeça, olhando para ele. Ele ainda segurava minha mão.

— Vai ficar tudo bem com sua mãe, ok? Com você também.

— C-como você pode saber?

— A polícia por aqui é rápida já que a cidade é pequena, não tem muitos casos assim. E sua mãe conseguiu te avisar, o que ganhou tempo pra gente, certo?

— Sim, mas eu queria falar com o diretor, e... Ele nem está aqui e... — me levantei e virei irritada para a porta — Por que merda ele não está aqui?! Miserável! E se eu não tivesse conseguido ligar com vocês...E...E... —comecei a chutar e socar a porta com toda minha raiva, minha mão já estava quase se abrindo nos nós dos dedos quando o menino do cangote me puxou pela cintura me afastando da porta.

— Ashton! Ashton para!

Eu me debati nos braços dele e comecei a chorar, até que me acalmei e ele ficou me segurando. Me virei e apoiei a cabeça no peito dele, soluçando.

— E se a gente não tivesse conseguido falar pra polícia? E se eu não conseguisse falar pra vocês? E se a gente tivesse precisado do id-diota do diretor?

Ele mexeu nos meus cabelos e me puxou mais contra ele.

— Ashton, realmente, você está certa. Mas não foi o que aconteceu. A polícia provavelmente já está lá.

— E-eu quero ir lá — choraminguei.

— O que? — ele me afastou, ainda me segurando para me olhar nos olhos — Você não vai. Definitivamente.

Me soltei dele bruscamente.

— Você nem me conhece! Quem diabos é você pra me dizer o que fazer? — Fiz menção de sair correndo mas ele pegou no meu pulso.

— Ashton, chega, cacete.

— Vá se ferrar.

Me desvencilhei com muita dificuldade e sai correndo, muito rápido. Certo, eu sabia o caminho. A merda da minha jaqueta estava me irritando então arranquei ela e larguei no chão enquanto corria em direção ao portão de trás, que não estava trancado! Graças a Deus, mas tinha um homem lá. Fui correndo e quando cheguei ele tentou me impedir e chutei o saco dele. Não que eu fosse o the flash ou uma fortalhona, mas o medo motiva e impulsiona a gente. E eu já tinha resistência e velocidade devido as minhas constantes corridas. Olhei pra trás e o menino do cangote vinha veloz atrás de mim.

— Ashton pare com essa merda!

Apertei o passo. Eram dois quilômetros e meio. Eu ia chegar lá meu deus, eu ia! Acho que já tinha se passado um quilômetro e meio olhei pra trás e o menino ainda estava lá. Certo só mais um quilômetro, apertei o passo de novo, e muito. Eu geralmente fazia isso em finais de corrida e era isso o que eu estava fazendo agora, ou seja, eu sabia o que estava fazendo, olhei pra trás e ele estava um pouco e desvantagem, sorri porque na próxima curva ele já me perderia de vista, provavelmente. Cheguei no meu gramado, tinha viaturas da polícia, vazia, então eles deviam estar dentro de casa, me agachei atrás de um arbusto. Certo, Ashton, pensa.Eu entraria, pegaria a arma no meu... Antes que eu terminasse de raciocinar meu incrível plano- do qual só me dei conta que não existia quando cheguei no gramado- uma mão forte se apertou contra minha boca. Comecei a gritar, mas meus gritos eram todos abafados pela mão, me virei pra ver quem era e era o garoto do cangote.

— Ashton, vamos sair daqui! Por favor! Deixe a polícia cuidar disso!

Balancei a cabeça negativamente e lágrimas escorregaram por minhas bochecas.

Ele estava ofegando.

— Minha mãe está ai dentro menino do cangote... — choraminguei.

— Menino do quê?

Eu dei uma leve risadinha apesar da situação, e cobri minha boca enquanto ria (mania).

— Eu não sei o que deu em mim, só estou com medo — solucei e minha risada se foi.

Ele me puxou para um abraço e eu retribui, aflita.

— Vamos sair daqui.

Assenti e nos rastejamos para fora de vista da minha casa, quando estávamos um pouco longe me levantei e ele estendeu a mão para mim.

— Onde você quer ir?

Eu ia responder quando uma voz grossa me impediu.

— Ei, vocês aí!

Nos viramos instantaneamente, meu coração acelerou, até que vi que era um policial.

Corri até ele.

— A minha mãe! Ela está bem?!

— Sua mãe? Você é a Ashton?

Franzi a testa.

— Sim, como você sabe o nome dela? — o menino do cangote perguntou se colocando atrás de mim como se fosse meu guarda costas e encarando o policial.

— Bem, porque Tessa ficou choramingando seu nome quando a achamos.

Meu coração acelerou ainda mais.

— E-ela está bem?

— Sim, inclusive ela está ali — ele apontou e eu a vi.

Sai correndo e quase pulei nela, depois me desculpei repetidamente já que quase a derrubei.

O policial e o menino-do-cangote ficaram conversando e logo voltei com minha mãe pra perto deles.

— Policial, e os filhos-da-mãe que fizeram isso?

— Já foram em outra viatura a caminho da delegacia.

Suspirei aliviada. Estava tudo bem no final das contas.

— Espere aí Ashton! — minha mãe surpreendentemente berrou, vermelha — Você deveria estar na faculdade! O que diabos está fazendo aqui?

Desviei o olhar e um leve rubor subiu por minhas bochechas.

— Bem, você me ligou então eu...

— Ela saiu correndo feito doida até aqui dizendo que precisava vir — completou o policial.

O fuzilei, como ele sabia disso? Ele olhou pro menino-do-cangote, como se o culpasse, e o fuzilei também.

Minha mãe agarrou meus ombros.

— Você! Vai ficar sem correr por três meses se fizer algo parecido de novo! E duas semanas a partir de agora por ter feito isso. Está me entendendo?!

— O q-que? Duas semanas?!

O menino do cangote riu e o policial levantou uma sobrancelha

— Você gosta de correr, hein?

Assenti e em seguida fiquei parada com uma expressão de queria estar morta, tentando assimilar o fato de que ia passar duas semanas sem correr e então minha mãe riu.

— Não, você não vai ficar sem correr, Ashy. Mas da próxima vez vai ficar, e por três meses e não me importa o que você diga ou faça!

— Ufa, que susto! Não se preocupe mãe, não vai ter próxima vez.

— Ainda bem, eu quase fiquei cansado de correr tanto atrás de você — o menino-do-cangote murmurou.

Todo mundo riu, menos eu.

— Quase cansado? Fala sério! Você chegou morrendo aqui.

Ele riu.

— Claro que não!

— Seu ego está muito inflado, menino-do-cangote.

Quando pronunciei “menino do cangote” todo mundo ficou me olhando como se eu fosse louca e comecei a gargalhar.

O menino-do-cangote esboçou um sorriso e Tessa se virou para mim.

— Que raios de apelido é esse? — ela franziu a testa.

Dei de ombros.

— Oras, isso é segredo mamãe, assim vai perder a graça — eu ri —Mas não é nada demais.

— Certo... — ela me olhou como se eu realmente fosse doida — Mas...

Dei de ombros de novo e fiz um beicinho.

— É que eu não sei nome dele poxa...

— É... — ele ia falar (o menino do cangote) mas enfiei a mão na boca dele, foi quase um tapa.

— Shhh, é mais divertido assim.

O policial riu, e minha mãe ficou sorrindo, o menino do cangote tirou minha mão da boca dele rindo e empurrou minha cabeça de leve.

— Como você é boba.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostadooo
Obrigada por ler ♥



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