Meu Papai Mafioso - Season 3 On escrita por Serafine Cullen, Soll


Capítulo 5
Capitulo 04 —I precetti di un gangster




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“Tudo isso faz parte de um espetáculo circense, acredite. Somos iludidos pelos maiores ilusionistas dessa geração. Eles fazem o banho de sangue parecer simplesmente um ato de passagem entre a vida de gângsteres.”
Com absoluta certeza posso dizer-lhes que os fatos narrados daqui em diante doeram muito mais no coração aparentemente inerte do mafioso do que propriamente nos daquele que lhe interpretam, acredite eu vi a dor passar por seus olhos. Sim eu estava lá, mas essa parte não estou disposta a convosco compartilhar.

O mafioso encontrava-se sentado na poltrona estofada os olhos perdidos em algum lugar, distante e gélido. Uma vida perdida, sua vida perdida em algum tempo, algum lugar.

— Não deixe que Renesmee caminhe pelo jardim ou saia de seu quarto, não abra as janelas do quarto e mantenha as cortinas fechadas após meio dia. — Disse olhando para os olhos da babá que brincava despreocupadamente com a criança no tapete da sala de estar. — Leve suas refeições no quarto e mantenha-a lá até que eu mude de ideia. Isto não é um pedido Isabella, portanto não estarei disposto a aceitar suas ideias.

A babá levantou-se e antes de apanhar a criança nos braços lançou uma olhadela por baixo dos densos cílios. Queria entende-lo, mas o mesmo a jogava a margem da situação. Estava trancado em seu mundo sórdido novamente. As cortinas foram abertas a fim de que o ar da manhã entra-se.

— Não deveria desobedece-lo. — A criança alertou com os olhos marejados. — Ele pode ser um homem persuasivo.

— E eu uma mulher impulsiva! Um homem seriamente pensa quando tem o coração tão cheio de trevas e querida não sei o que bate no coração de seu pai mas temo que não seja só amor.

— E o que deveríamos entender por amor, senhorita?

— Amor querida, não se entende ou define por que se entendemos ele perde o conceito e se perder o conceito não se ama só se define.

— Não entendo. — Admitiu a pequena circunspecta em suas palavras.

— Espero mesmo que não entenda. — A babá disse em um sorriso memorável. — Ainda é cedo para que compreenda a vida, mas querida um dia entenderá tenha certeza, agora me espere aqui farei um bolo para você!

— Senhorita? — Clamou calmamente. — Acha que poderei sair brevemente?

— Esta na hora de quebrarmos uns conceitos por aqui pequena, Avanzo.

A massa de bolo continha pedaços sólidos de chocolate em sua mistura de uma homogeneidade perfeita. As mãos delicadas da babá dispensaram um dos mais novos inventos tecnológicos da época... A chamada batedeira. Não que Isabella fosse retrograda quanto aos avanços nas tecnologias atuai, entretanto preferia confiar naquilo que era feito com as próprias mãos.

— Sandra, prepara-me uma xicara de café. — A voz carregada de sotaque bateu diretamente contra as costas da babá. O homem não a vira até que não obterá resposta. —Oh, perdoa-me Donna Bella.

A mulher assentiu friamente antes de depositar o bolo na assadeira redonda e coloca-o no forno que aquecia exorbitantemente a cozinha de lajotas brancas. Lavando as mãos encheu o recipiente que anteriormente continha a massa com agua, podia sentir os olhos perfurantes de Edward em suas costas, mas não daria o braço a torcer com facilidade.

— Onde esta a cozinheira, senhorita? — Indagou com a voz rouca.

— Disse que precisava de algo que sinceramente acredito não ser de vosso interesse.

O mafioso exasperou antes de puxar a cartela de cigarros do bolso e jogar as pernas sobre a cadeira de madeira depositada abaixo da mesa.

— Ragazza, não será agindo como uma criança que tirarei a outra criança do castigo.

— Não é agindo como um carrasco que a manterá sob suas garras. — Disse olhando-o nos olhos. Mas a própria abaixaria os seus a ver a onda de fúria que tomava os olhos do homem postado sobre a cadeira. A barba por fazer enquadrava-se no rosto de um moreno perfeito, os olhos de gato chamuscavam e a ponta do cigarro era amassada com força sobre o tampo da mesa.

— Temos que esclarecer algumas coisas nesta casa, Isabella. — Disse levantando o dedo indicador como forma de iniciar sua contagem.

— Foi contratada para ser babá, não psicóloga de minha família, suas opiniões devem ser resguardadas para si mesma e minhas ordens não devem ser contestadas por serem aplicadas de forma lúcida e límpida. Capiche? 

— Não se preocupe senhor Avanzo. Nunca tive a intenção de ter contatos com sua família fora dos profissionais, entretanto se me permite uma ultima intromissão. Não deixe que sua filha tenha um coração tão sombrio como o vosso.

Edward desejava mesmo agarra-la pelo braço quando esta deixou a cozinha, queria mesmo segurar-lhe o rosto e mostrar a mulher que estava cansado de sua maneira inconsequente. Giuseppe gostaria mesmo de cala-la e sucumbi-la de uma vez por todas as suas ordens, entretanto não teve forças ao menos para proibi-la de sair estalando seus saltos agulha sobre o linóleo da cozinha.

Emmett soergueu os olhos para o céu após se apoiar na pequenina cama rosada. Sentado ali no chão poderia muito bem passar-se por um homem comum na sociedade a qual estavam inseridos, mas sabemos que aquele homem jamais poderá ser considerado comum. Trazia consigo o peso de dolorosas mortes e um passado tão sombrio quanto o do próprio Edward, entretanto não se privava a pequenas sensações uma delas saborear um pedaço generoso de bolo aos pés de uma linda mulher e uma criança.

— Sabe ragazza. — Iniciou a frase com um sorriso esplêndido. — Devo admitir é fascinante nossa convivência, além de ser uma mulher digna dos olhares de todos. E dos meus admito. — Fez uma pausa, enquanto Isabella enrubescia rapidamente. — É uma cozinheira de mão cheia, não acha Ness?

— Primeira ou segunda parte? — Indagou a criança que se lambuzava com o chocolate. A babá inquiria-se se teriam de lavar os cabelos longos da garotinha. — Por que sim, ela é uma Bella Donna, mas prefiro seu bolo.

As risadas romperam pelo quarto rosado, de forma que o mafioso as escutava no andar inferior, se sentia excluso por não ser requisitado por participar da alegria ou ter ganhado ao menos um pedaço do bolo com trufas. Sentia-se traído por Emmett e Renesmee, mas principalmente pela mulher de olhos encantadores aos quais não conseguia suportar. Maldita, poderia dizer se seus novos e conflituosos sentimentos não fossem outros.

— A pequena signora tem aula de piano hoje. — Emmett disse com olhar discordante, odiava a professora que se intitulava grandiosamente. — Jane Morman, está ouvindo Mooor.. Man como um gato, querida.

— Odeio aquelas aulas. —A criança disse colocando as almofadas que cercavam a cama sobre o rosto. — Gostaria mesmo de ter uma pasta e aprender o inglês das garotas que passam na rua.

— Nascera na família errada querida. — Disse o homem que fitava a janela, e por isto via a figura esguia que a atravessava, esguia ao longe afinal Jane possuía um sobrepeso nada natural. Emmett se chocava com a capacidade da mesma de sentar-se no pequeno banco do piano sem estraçalha-lo. — E lá vem nossa senhora Moooorman. — Disse em um ronronar.

Isabella suspirou antes de levantar-se da cadeira rosada que acomodava uma cadeira de amamentar que ainda ocupava o quarto da garota de forte linguajar e ideologias, mas a idade não condescendente as ultimas características. A mulher se preocupava com tal envelhecimento precoce. Mas em um lar como aquele onde até mesmo os gatos ronronavam sombriamente uma criança comum com os porquês aflorados poderia ser uma bomba corrosiva a todo o esquema de Edward Avanzo. 

— Levanta-te pequena, vamos ver qual a minha próxima aula introdutória por aqui. E acho mesmo que um pouco de musica pode agitar esse lugar.

O olhar de Emmett e Renesmee se cruzaram por segundos, mas a mensagem estava passada: A babá tinha muito o que aprender.

O olhar subversivo de Jane em nada compactuava com sua aparência. A mulher possuía um sobrepeso e um arquear de costas que eram explicados pela presença da bengala, em seus quarenta anos mais parecia uma mulher de sessenta. A gota, Emmett explicava enquanto desciam as sinuosas escadas. Isabella observava-a, a mesma causava arrepios na pequena criança que por vezes errara a 5Th Symphony, uma difícil canção se considerada que tocavam sobre pressão. A palmatória desceu corrosiva na mão da pequena garota, pela primeira vez. Isabella levantou-se e foi bruscamente parada por Jane que apontava a vara em sua direção.

— O primeiro requisito quando assinei com o senhor Avanzo foi sem interferência em minhas aulas, queridinha. E acho que é a única que esta sendo intrusa.

Isabella sentou-se novamente e acompanhou mais dois severos castigos deferidos contra a criança que se mantinha firme sobre o banco do piano.

A música é a arte que a tudo se aplica quando todas as demais explicações foram deferidas e tomadas como ineficazes, a música é aura viva, distância sentida e a melodia da alma sofrida. A musica traduz o que o coração esqueceu-se de subverter a verdade sobre o amor, a música vem como um tudo para os homens que esqueceram seu próprio valor. Isabella lembrou-se da voz que ocupava os cárceres de suas antigas memórias, a voz delicada de Sam, mas Sam havia ficado em seu passado e todas as suas lembranças somente pertenciam a este lugar o passado.

— Acha sinceramente que nunca conseguirei tocar de forma correta? — A garota silabou com os olhos fixos as teclas do piano de cauda. — Sabe Jane pode ser rígida, mas papai a considera excepcional.

A babá foi arrancada de seus devaneios com o ar seco do Tennessee e tudo o que pertencia a seu passado foi sufocado novamente em suas lembranças — onde deveriam permanecer —. Poderia ter consolado a criança se não houvesse percebido as gotículas de sangue que caiam sobre as teclas do piano.

— Mostre-me suas mãos. — Disse rapidamente sem ao menos encarar a criança nos olhos. — Ande, Renesmee mostre-me suas mãos.

A criança ergue as mãos e as pequenas feridas se mostraram abertas a pulsar o sangue formado de um vermelho vivo. Mas antes que pudesse dizer que elas não doíam tanto, Isabella já debandava-se escada a cima a toda a velocidade.

— Onde está Edward? — Exclamou ao capanga que palitava despreocupadamente os dentes no corredor que levava ao quarto do mafioso.

O homem ergueu os olhos e Isabella vislumbrou-o pela primeira vez James Carter, o homem a fez exasperar poderia jurar estar frente a frente com todos os fantasmas de seu passado, entretanto aquele não era Sam, não, não era. Sam morrera há muitos anos em um terrível acidente.

— Não acho que Edward quer ser incomodado. Nem mesmo por você senhorita. — Disse elevando ainda mais os olhos ocre. O corpo era recostado de forma despreocupada na parede que ladeava o corredor. — Digo que o procura quando o mesmo acordar.

Isabella reuniu suas forças ao saltar pelo homem no corredor e caminhar para o quarto do mafioso que ocupava consequentemente o mesmo andar que o seu. Entretanto, a mão de James Carter a segurava com firmeza pela canela.

— Senhorita, não me faça para-la jogando-a escada a baixo tenho ordens restritas para que ninguém passe. — Sorriu de forma derradeira. — Acredite lhe faço um tremendo favor.

Isabella agachou-se de forma a encarar o homem face a face e segurando-lhe o rosto áspero por um barbear mal terminado disse com a voz calma e singela. — Não ouse me segurar, ou farei eu mesma com que chegue ao inferno mais rapidamente. — Fez como Edward fazia. Sua voz não dava margem a indelicadezas e assim o homem a soltou chocado talvez ou somente com o desejo voraz de que a mesma leva-se uma bela punição por adentrar ao quarto de Edward Avanzo.

O homem residia em profundo sono, às armas permaneciam dentro de uma complicada e emaranhada rede que pendurada juntamente ao paletó sobre o cabide deixava-o aparentemente desprotegido. Pobre Isabella enganava-se longamente, afinal o homem a seguia por todo o caminho do quarto e agarrou-a em uma gravata antes mesmo que ela pudesse exasperar, mantinha-a pressa contra o colchão e o peso de seus músculos.

— Diga-me senhorita o que pretende vindo a meu quarto, esperava que o mesmo estivesse vazio? Busca informações? Para quem trabalha?

— Nesse momento? — Disse com os dentes trincados. — Para o senhor e para o torniquete que me aperta.

O homem, no entanto não afrouxou a mão dos pulsos da mulher, contrariamente elevou-os até a cabeceira da cama imobilizando-a totalmente. Os olhos queimavam em uma raiva incontida, ele a observava pela primeira vez e poderia jurar que ela tinha os olhos mais brilhantes do mundo.

— Ainda não acredito em sua palavra. — Injetou as palavras com voz rouca. — O que realmente faz aqui, senhorita?

— Se quer mesmo saber procurava pistas e percebi que seu coldre fica jogado enquanto dorme. Sabe senhor Avanzo, eu poderia plantar lhe uma bala em meio à testa se quisesse.

O homem jogou a cabeça para trás em uma gargalhada antes de segurar o maxilar da mulher com os dedos em um aperto substancial. Mantinha-a abaixo de seu corpo, quase como em uma posição sexual — pensariam os olhos alheios —. 

— Então por que não o fez quando entrou no quarto? O salário que lhe pagam é pouco ou receou-se de me pegar desprevenido?

A babá poderia procurar forças ocultas dentro de seu subconsciente para arrancar as garras de Edward de seus pulsos, mas ressentia-se profundamente por ver que o homem tão pouco confiava em seus funcionários. Tanto que nem ao mesmo acreditava na mulher que habitava o mesmo teto que ele por quase um mês e meio, cuidando de sua filha, vestindo-a e secando suas lágrimas. Isabella fitava-lhe os olhos em fúria queimariam lhe a pele caso aquilo pudesse ocorrer.

— Senhorita Isabella. — Começou com a voz rouca visivelmente abalada.

— Não me interesso por suas desculpas, senhor Avanzo. — Disse levantando-se da cama e ajustando o vestido perceptivelmente amassado. — Entretanto agradeço-lhe por mostrar-me que confia visivelmente em meu trabalho, a vaga estará à disposição de interessadas nesta tarde. Mas se quer mesmo saber por que entrei em seus aposentos devo-lhe adiantar que os motivos foram os mais nobres.

Os saltos da mesma tilintaram pelo quarto, queria ela nada dizer. Deixar Edward ali e sair pela porta a fim de arrumar seus pertences e jamais vislumbrar a face de tal desgraçado, odiava-o com tal vigor que seu corpo doía em resposta. Entretanto, sabia que a pequena criança dependia de seus cuidados, já havia sido abandonada uma vez pela própria mãe e sem perceber antes de dormir por algumas noites beijava a face da baba e dizia calmamente: “ Eu lhe amo, mamãe.” 

— Renesmee foi visivelmente castigada por Jane, se quer saber o sangue de sua filha esta gotejando nas teclas do piano enquanto me prendia em sua cama. — Lançou antes de açoitar a porta com toda a força que pudera atrás de si, nem as paredes ao menos ficariam sem sentir a fúria dos habitantes da casa.

•••

Os preceitos de um mafioso sempre são cumpridos a risca, não obstante as leis eles marcam seu território com o sangue de seus adversários... Edward Avanzo não era exceção à regra. Esperara de tocaia juntamente com seus capangas diretos que as luzes do bairro se apagassem e nenhum radio toca-se mais nenhuma balada. Esperara com os olhos em chamas e a fúria que queimava lhe como brasa a garganta. Receava-se por ter que estar ali para cumprir um papel como aquele: Eliminar Jane Morman, mas a mesmo atravessara em longos passos a linha tênue que separava as mãos do mafioso de seu pescoço branco, ferira a carne de um dos seus, de sua própria filha. Receava-se por Isabella, por duvidar de suas ações e por saber que a mesma estivera sobre seu toque em uma situação tão constrangedora. Odiava a si mesmo, concluiu por fim.

— O irmão de Jane está indo jogar pôquer agora. — James disse com um sorriso de gato pregado no rosto, todos os ocupantes do carro sabiam bem que Oliver Morman mantinha um caso com Joseph Aragon há quatro longos anos, os dois professores obrigavam-se a manter as aparências e quem desconfiaria de um jogo de pôquer com janelas fechadas? Era a lei seca e todos tinham algo para esconder.

— Vamos acabar logo com isso. — O mafioso silabou enquanto apagava o cigarro no compartimento do carro a fumaça tremulou no ar enquanto o mesmo abria a porta que jogava uma rajada quente sobre seu rosto.

A campainha foi acionada duas vezes e logo a mulher rançosa foi ouvida a se aproximar, carregava consigo uma bengala.

— Edward, não esperava que aparece-se a essa hora, problemas querido? — Disse com um sorriso plantado em seu rosto esponjoso. O lábio pendia como um visco caído após as festas natalinas. 

— Preciso que assine uma papelada. — Disse levantando os papeis com o melhor sorriso de mocinho. — São coisas banais um acordo médico, lembra-se daquele que prometi para sua gota?

— Oh Senhor, Avanzo. — Disse colocando a mão sobre os lábios. — Entre, entre e traga os meninos não os queremos parados no corredor. Que tal um chá, queridos?

O senhor Avanzo tem sobre o rosto uma linha a sangrar? Não mas o suor que desce por seu rosto omite que ele lhe esmagou a face com a pá. O senhor Avanzo sabe realmente matar, por que não se senta para um chá? Por que não lhe amarra as cortinas com as mãos no alto como um lustre a balançar? Ah, suas mãos tivera que cortar? Sim, sim relativo. Seus motivos são explícitos? E o papel que deixara sobre a mesa como formalidade do crime que ela não viera a cometer? Envolvida com a máfia! Ah, uma formalidade que a policia não precisaria investigar, eram anos difíceis, sim anos difíceis para um homem que sabe matar. 

— Acha que investigarão um crime tão bárbaro? — James disse queimando as luvas brancas em um latão de lixo a quilômetros de distância do lugar do crime.

Edward baforou a fumaça do cigarro antes de sorrir a cabeça caída para trás, o desejo a pulsar. Ele de certa forma gostava de matar. — Acredita sinceramente que se preocuparão em procurar por mais pistas além das que implantamos?

— Se quer saber, eu quero muito lhe quebrar alguns dentes poderia ter implantado a droga do whisky em mim e trata-la como vendedora de gengibirra.

— Sabe bem que não coloco minhas mãos naquilo, até para o que fizemos a classe tem q ser uma das marcas.

O capanga espalhou certa quantidade de um pó branco sobre o capô antes de abaixar o rosto e sorver o produto rapidamente, fizeram assim com as três carreiras subsequentes. Entretanto, o mafioso ganhava essa luta sobre James nunca se viciara. 

•••

“O crime bárbaro que assolou o bairro de nova cor pode estar intimamente relacionado a máfia, diz a policia, não se sabe ao certo os motivos que levaram a morte de Jane Morman, mas a policia diz ter encontrado provas de uma ligação com o mercado negro que fura a lei seca.”


Edward desligou o rádio que soltava a voz de Carlos Gray para dentro da sala vazia em uma trovoada, e soltando a gravata seguiu para o bar apanhando consigo uma dose de whisky treze anos maturado cuidadosamente em potes de Sherry. Não vislumbrara a silhueta esguia que se movimentava até que a voz comum de Alice soprou a plenos pulmões.

— Esta se tornando campeão em dramaturgia! Não poderia simplesmente ter lhe metido uma bala na testa?

— Alice não saia gritando aos ventos o que fiz. — Silabou a mulher que se aproximava. —Anche un uomo come me segreti nascosti.

Alice mantinha a postura ereta e os olhos claros a perder de vista, mas o mafioso sabia que algo a incomodava.


— O que aconteceu enquanto sai? Sputa il rospo donna.

— Pare com esses seus parlare italianos, pode ser preso simplesmente por ser um italiano nas épocas em que vivemos. — Retrucou enquanto tomava o copo de treze anos do homem e o bebericava lentamente. — Não sei o que esta fazendo com a babá, Edward. Mas a mesma não tem mais o interesse de sua companhia ou da companhia de qualquer um que não seja Renesmee.

— Isabella é uma mulher acida e tem um falar irritante, suas atitudes me enervam. — Começou calmamente, mas a voz já havia subido três tons ao terminar uma frase. —Entrara em meu quarto hoje pela tarde e eu a interroguei.

Lei violentata la tata?

— Estuprar? Está maluca? Sou um mafioso não um maiale de um estuprador, mas agradeço pela confiança em minhas atitudes. — coçou a sobrancelha antes de bebericar o whisky que queimava-o por dentro. — Isabella jamais teria chegado a essa casa se eu ouvisse a mim mesmo, não haveria problemas se Renesmee frequenta-se uma escola para meninas na Itália, não teríamos tido essa casa virada de pernas para o ar.

— Não seja idiota, afinal você não pode simplesmente mandar sua filha para um lugar como aquele. Admita a si mesmo Edward Avanzo você não é somente um pai é um pai mafioso que se apaixonara pela única mulher que o repugnara em toda a vida.
O homem lançou lhe um olhar áspero, mesmo sabendo que a conversa estava perdida. Alice colocara os pontos finais e ganhara facilmente. O mesmo a viu alçar pelas escadas com os saltos a tilintar, mas antes que a ultima luz da casa fosse apagada; Edward ouviu:

— Trate de dormir, temos um enterro pela manhã, meu querido fratello.


Edward abriu a porta em um clique surdo ao entrar calmamente no quarto onde uma figura adormecia, observou a forma como Isabella se jogava contra a cama e a forma como seu rosto se desanuviava quando esta dormia em profundo sono. Deliberou em silencio consigo mesmo sobre os fatores que o levavam a olhá-la dormir. Constatou por fim que era a única hora em que não desejava lhe matar ou simplesmente calá-la de uma forma ou outra. 

— Ragazza, não sei mais o que fazer para que não me quebre mais que o necessário. — Sussurrou enquanto abaixava-se ao lado da cama da mulher retirando assim uma mecha de cabelo que lhe caia sobre a face. — Sua mania de se infiltrar em minha mente me enlouquece e me cativa, como posso amá-la se ao menos consigo suportá-la?

O mafioso fitou a mulher por mais alguns minutos antes de perceber a loucura que tomava-o por completo. Estava no meio da noite perdido no quarto da mulher que praticamente dizia com todas as palavras vindas de seu âmago que o odiava. Pendeu o rosto aos céus e enrubesceu o papel que fazia era ridículo. Levantou-se depois de três piscadelas de olhos e seguiu para o fim do corredor com afinco, jurando a si mesmo economizar na autoflagelação quando estivesse próximo a babá. Edward no entanto não sabia que a mulher o observara desde que o mesmo entrara no quarto e que suas mãos suaram visivelmente enquanto o mesmo estava em um mesmo ambiente, não dormiria mais naquela noite, principalmente quando ouvira que o mesmo ligara o chuveiro no quarto ao lado do seu.

••• 

—Repasse-me o script novamente. — Emmett disse com um sorriso estampado nas faces, o mafioso postado a sua frente fitou-o novamente e agradeceu pela filha estar no outro carro com a babá. Sabia que o irmão adorava o sangue a escorrer por suas mãos muito mais que qualquer coisa no mundo.


— Não me cause problemas, mio fratello ou lhe corto o pescoço. — Disse em tom sério, mas qualquer um percebera a mentira em suas palavras. 

—Não me assusta, mio fratello. — O homem argumentou. — Esta garota vai acabar com você, veja só mal sabe ameaçar um homem.

— Continue a brincar com meu nome e tua boca aparecera costurada ao teto. — Disse com os olhos a faiscar. 

— Agora sim acredito. — O homem gargalhou bruscamente antes de apagar o charuto com a ponta dos dedos. — Pois bem, acho que teremos um espetáculo particular. — Arguiu enquanto apontava para o velório que encontrava-se poucos metros a frente. 


— E o que espera dela? Uma voz soava na cabeça do mafioso como uma sinfonia de uma única nota a perdurar no ar. Enquanto erguia a criança em seus braços notava a mulher que seguia-os a passos ritmados. O vestido de um tecido escuro com bolinhas brancas rodava a cada vez que esta aprofundava o caminhar.

— Papa? — A voz o tirou de seu devaneio. — Homens maus matam pessoas todos os dias, mas como nos devemos nos sentir quando matam aqueles com os quais convivemos?

— Não preocupe vosso coração pequena. — Acariciou a pequena face com as pontas dos dedos e o coração que rapidamente vinha a se auto esmagar, se isso fosse possível, o coração de Edward Avanzo estaria realmente destruído.

Tinha a sua direita a mulher que com sua cabeça estava a brincar e a sua esquerda o irmão que o rosto dissimulado uma caricatura sofrida conseguira criar. O cortejo assim seguia, enquanto a máfia adentrava dentro do espetáculo criado por Oliver Morman, que aos prantos se debruçava sobre o copo de algum licor e mal notava a presença do corpo sem vida abandonado em meio ao velório.

— Sejam rápidos em seu caminhar. — Edward disse enquanto colocava a criança ao chão de forma a ser saudado por Oliver.

— Oh Edward, veja que desgraça tenho em minhas mãos. — O homem choramingou enquanto uma palpadela nas costas o reconfortava. — Acredita que a policia a considera envolvida com a máfia?

— Uma investigação provara o contrário.

— Acredita mesmo nos porcos fardados deste país? — Bradou com o copo de licor próximo aos lábios. Mas o mafioso já partira segurando o ombro da criança que tentava encarar o corpo sem vida no caixão.

— Não faça isso, mia ragazza. — Bradou com a voz delicada ao fitar o corpo que possuía marcas roxas em volta dos olhos. A rosa vermelha caiu sobre o caixão e com um baque surdo o homem a viu se espalhar como um sinal surdo de uma ameaça que não mais o perturbaria.

— Não é que ela não esteja no céu. — Explicava Emmett a uma garota que postava-se em meio ao velório. — Só estou a lhe dizer que os caminhos torturantes e quentes do inferno são mais rápidos.

— Emmett. Passegiata, já! — O mafioso cuspiu as palavras malandramente. 

— Um beijo linda ragazza, de olhos azuis. — Ele dizia a mulher que conhecera a pouco, no entanto, o mesmo mal sabia o nome da pequena e esta seria uma de suas mais avassaladoras paixões, seria a ultima.

— Um dia seremos flagrados por que arranja conquistas em todos os lugares. — Edward retalhou com os olhos serenos, era um esforço inviável, pois o irmão nunca o ouvia.

— Deveria fazer o mesmo e conceder espaços a seu coração, nem todas as mulheres vão amá-lo, mas algumas vão desistir de esperar. — Dizia com os olhos fixos a babá postada a frente.

— Sabe papa, ela gosta de música e sabe tocar piano. — A criança laçou-lhe uma piscadela, surpreendendo-o e fazendo com que o mesmo exaspera-se. — Ela adora flores brancas e o cheiro de orvalho.

— De quem fala pequena? — O homem dizia acariciando a face da criança postada em seu colo com delicadeza.

Recebendo o silêncio em troca Edward inquiriu mais uma vez enquanto colocava a criança ao chão, essa retrucou-lhe com um dar de ombros e pequenas passadas até a babá que chegava ao carro rapidamente.

— Não trate a criança como uma idiota, han, ela é uma de nós. — O irmão lhe dizia com rapidez. — Isabella adoraria um almoço no bistrô do Mozz, leve-a e seja um homem decente ao menos uma vez em sua vida. — Emmett acendeu um charuto e tragou profundamente antes de declarar por fim. — Não aja como um idiota, se não há quer em sua vida demita-a, mas se quer ao menos que ela o encare com decência a peça desculpas.

NENHUMA mulher antes, revirara a cabeça do mafioso com tanta astúcia. O mesmo encaminhava-se com rapidez rumo ao carro — parado próximo ao meio fio — .

— Ragazza. — Clamou, com a voz um pouco mais rouca que o comum, — Pode me dar um segundo de tua atenção?

A mulher girou os saltos afim de encarar o mafioso, os olhos eram como gigantescas azeitonas, entretanto, Edward não via sentimentos ali. Na realidade nada via, além de sua imagem refletida.

— Sim, senhor Avanzo? — Dizia complacente, mas seus maxilar era levemente comprimido. 

— Quero que Renesmee vá com Alice no outro carro e que sente-se neste comigo.

— Não é parte de minhas obrigações acompanhar o senhor, espero que saiba. — Disse com um sorriso forçado. — Contudo, sou babá da criança e é com ela que devo assentar-me.

— Assentar-se-a com aquele que a vós emprega. — Emmett disse malífluo, enquanto enlaçava a mão da criança e levava-a para o outro carro.
— E, Bella. Não ouse tentar mudar de carro. Eu a jogaria pela janela.

— Deve entender que não somos realmente amigos. — A mulher disse entrando no carro cabisbaixa. 

— Deve entender que talvez amigos, seja um termo que jamais nos encaixemos. Senhorita, entenda de uma vez, a última coisa que quero que seja é minha amiga. — Edward sorriu derradeiramente, antes de virar-se para o motorista e dizer calmamente. — Leve-nos ao bistrô do Mozz e reze muito para que a senhorita aprecie o passeio, ou todos terão um dia ruim.



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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo, praia com a Bella,então mandem mts reviews