Vengeance escrita por Taynara Freitas


Capítulo 5
Recomeçar


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, a semana de prova me lotou, mas aqui estou eu novamente. Não me pergunte o que aconteceu com Amberly, minha personagem criou vida própria e agora faz o que bem quer. (risos)
Boa leitura!



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– Bom, o que ela tem pode ser resumido em TEPT, ou transtorno do estresse pós-traumático. Ela passou por uma experiencia muito ruim, de modo que agora vive uma fobia. Ela lembra seu passado e tem medo de revivê-lo. Fiz um relatório, está tudo escrito especificadamente nele. No caso dela, temos um nível avançado dessa fobia com isso ela já não consegue se comunicar com agente. Creio que com o passar do tempo, quando ela se sentir realmente segura comece a falar conosco,aliás essa é uma doença psicológica e só pode ser curada quando a sua mentalidade aceitar as situações corriqueiras do dia a dia sem se preocupar como antes. - A doutora Joy explicava com toda atenção todos na sala de interrogatório sobre a situação de Amberly.

– Em quanto tempo ela começará a falar? - Vengeance arrastava a mão pela cabeça em sinal de preocupação.

– Como eu disse, não há um tempo específico. Pode demorar dias, meses ou até mesmo anos. Tudo depende do desempenho dela. Não podemos apressa-la ou tornar isso opressivo pra ela. Só queremos o seu bem e isso a prejudicaria. - Jay continuava a relatar.

– Não há parentes para contatar? Talvez ela se sinta mais a vontade com sua família. - Justice North argumentava a favor da loira.

– Não há ninguém que ela queira contatar. A única solução que temos é cuidar dela. Ela pode ficar aqui na reserva, eu aposto a minha bunda que Breeze vai adorar paparica-la.

– Vá com calma com suas apostas Joy, amor. - Moon piscou para sua companheira com um sorriso malandro.

– Ela vai pra minha cabana. Eu vou cuidar dela. - Vengeance desencostou da parede que estava e olhou a figura da mulher sentada.

– Não ouviu o que a doutora disse Vengeance? Ela está frágil, traumatizada. Não pode viver com você. Pode visita-la, mas não leva-la e obriga-la a viver contigo. - Justice mais uma vez explicava calmamente a situação.

– Não vou aceitar isso. Ela é minha! Minha!

– Sei que sente que ela é sua Vengeance, mas não é um brinquedo. É uma mulher adulta. Não pode toma-la sem mais sem menos. As coisas não funcionam assim.

Vengeance grunhiu e se aproximou de Amberly. A sua frente ele tocou o rosto de sua amada.

– Diga a eles que quer ir comigo. Não vou machucar você. É minha, e não deixaria ninguém colocar as mãos em você. - A loira sentiu a magnitude das palavras de Vengeance, parecia tenro, mas a insegurança dentro de si não a deixava escolher seu lado.

Tinha sofrido muito ao decorrer de sua vida com Antoni, não iria suportar mais um abuso, não iria aguentar. Mas aquela fera a sua frente, aquele homem, parecia querer tanto cuidar dela, tinha boas intenções, a levara pra um lugar seguro, onde cuidaram dela, lhe deram atenção e afeto, mas o principal não era isso. Era Vengeance, atencioso e intenso. Olhou pra baixo por um instante cabisbaixa, mas logo levantou sua cabeça e enfrentou os olhos do gigante. Já era hora de ser feliz.

Com movimentos leves pegou a mão do nova espécie e por um momento seu corpo se estremeceu todo. Assentiu devagar e se levantou se aproximando de Vengeance. Não era uma boneca de porcelana, não era tão frágil assim, e não deixaria seu medo assumir o controle de seu corpo novamente. Aquele era o primeiro passo para recomeçar. Pode-se ouvir um grunhido baixo de satisfação vindo de Vengeance, e ao lado oposto da sala pode-se ouvir um chiado vindo de Justice, parecia preocupado.

– Tudo bem pessoal, eu não vou interferir, se ela quer isso tudo bem, mas todos estão de testemunha que eu não apoiei isso. - Justice parecia cansado.

– Justice querido, isso pode ser bom, eles parecem se dar bem, dê um voto de confiança a Vengeance. - Jessie lhe acariciava o ombro.

– Só não digam que não avisei. - Justice tensionou a boca em uma linha fina. - Vamos Jessie, temos que ir. Vou avisar a Flame para acompanha-los até a cabana de Vengeance, e eu realmente espero que não tenhamos nenhum tipo de problema entre esse casal.

– Querido, não peça o impossível. - Jessie sorriu de lado e lado e pegou na mão de seu parceiro. - Creio que essa reunião acabou, obrigada pela ajuda Joy, obrigada por vir também Moon, agora é melhor irmos. O casal tem muito o que conversar.

...

A caminhada foi curta, Flame ao decorrer do caminho tagarelava sobre suas experiências de vida enquanto Amberly e Vengeance seguiam logo atrás. Amberly se sentia nervosa, todo aquele medo se espalhou novamente por seu estômago. O que é que ela estava fazendo indo morar com um desconhecido só porque sentia estar fazendo a coisa certa. Desde quando começara a agir com o coração em vez da cabeça? Soltou o suspiro estrangulado. Ah Deus, me ajude.

Logo, logo pareciam ter chegado a cabana de Vengeance. Não se parecia com uma cabana, pelo contrário, era grande e parecia aconchegante. Longas estruturas erguiam a casa de maneira quase mística. Ficou maravilhada com o lugar verde que cobria a área. Se virou para observar Vengeance, mas foi surpreendida pelo par de olhos azuis que lhe fitavam. Um pouco corada olhou para baixo e depois para casa.

– Então é isso, chegamos ao fim de nossa pequena viagem. Tenho certeza que logo vão se acertar, até mais pessoal. Ei Vengeance amigo, se lembre das minhas dicas. - Flame piscou para Amberly e Vengeance grunhiu baixinho, atrevido.

Chegando a porta da casa, Amberly se impressionou por não estar trancada. A porta se abriu e Vengeance cedeu espaço para ela entrar primeiro. Assim que Amberly entrou pode sentir o lugar agradável ao seu redor. Janelas grandes cobertas por cortinas finas de luz, um sofá macio, uma aparelho de Tv, pequenos vasos de plantas pela casa, mas o melhor ainda era que ao canto reservado tinha uma grande lareira, daquelas que sempre sonhara em ter. No apartamento em que vivia não tinha uma e muito menos em sua casa de infância.

Era quente e acolhedor, se perdeu em pensamentos imaginando por um segundo o corpo de Vengeance entrelaçado ao seu no sofá acolhedor em frente a lareira enquanto lá fora uma fina camada de neve cobria a paisagem.

...

Vengeance não sabia bem como interpretar as reações de sua fêmea, mas pode notar sua expressão de satisfação ao conhecer sua casa. A casa deles. Longe dali imaginou qual seria sua reação, se acharia muito simples, ou pacata de mais, mas para seu orgulhou Amberly parecia gostar o suficiente de lá.

Tocou sua mão de leve e iniciou uma caminhada curta rumo a escada, queria lhe mostrar os quartos. Infelizmente tinha a consciência de que ela não iria querer dormir em sua cama, o que lhe traria longos banhos frios, mas estava disposto a esperar. Leu o relatório que a doutora Joy lhe entregara. Pode entender que Amberly não queria tão cedo um homem lhe tocando novamente, e por mais que isso estivesse o matando, estava conformado em aguardar.

Precisava acomodar sua fêmea em primeiro lugar, para depois buscar sua vingança. Uma vez lhe tiraram sua fêmea, mas sua morte fora vingada. Agora não deixaria em vão a dor de sua companheira, mataria o maldito que lhe forçara a aceita-lo. Enriqueceu por um momento, porém teve de se acalmar para não assustar Amberly.

Chegaram ao topo da escada onde haviam três quartos. Pegou exitante na mão de sua fêmea e caminhou ao quarto mais afastado, abrindo a porta esperou Amberly vagar os olhos pelo recinto.

– Esse é apenas um dos quartos, aqui são três. Vou lhe mostrar os outros dois. - Entraram dessa vez na porta do meio e dessa vez foram mais adentro, assim como o outro quarto era amplo e acolhedor. - Esse será o seu quarto, por enquanto. - Vengeance deixou sua parceira sorri e acompanhar cada detalhe do quarto com os olhos. Amberly foi surpreendida quando o gigante puxou levemente sua mão saindo do recinto, e se dirigindo a última porta.

O nova espécie olhou para ela com um sorriso fechado e lhe incitou a abrir a porta. Amberly sabia, que provavelmente aquele era o quarto dele, e se sentiu envolvida quando o peito do gigante quase tocou suas costas. Abriu devagar a maçaneta e entrou num folego só. Era grande, o quarto mais grande da casa, Havia móveis neutros feito de madeira boa e uma cama enorme no centro dele. A cama deveria ser a mais alta que já viu em sua vida, mas pela estatura de Vengeance era perfeita para ele.

– Esse é o meu quarto. Nossos banheiros são interligados, então se quiser evitar surpresas trave a minha porta. Lá em baixo tem a área de estar, cozinha e copa, atrás da cozinha há uma pequena varanda, mas não recomendo que fique andando lá fora sozinha. Não há muito perigo, mas você não leva o meu cheiro e consequentemente outros novas espécies vão querer possui-la. Não precisa se preocupar, já lhe prometi que não farei mal a você e nem deixarei ninguém toca-la. Se tiver algum problema ou quiser companhia, não exite em vir ao meu quarto, a qualquer hora. - O corpo de Amberly tremeu, sabia o que aquilo significava, mas estava feliz pelo nova espécie respeita-la. Banheiros interligados, estremeceu, aquilo não soava uma boa ideia.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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Obrigado pela atenção, leitores fantasmas interajam!
Beijinhos,
Taynara Freitas



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