Vengeance escrita por Taynara Freitas


Capítulo 6
Corações em Conflitos


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, por favor, não me matem. Acabei de sair da segunda semana de prova do pimeiro trimestre. Então estava na correria habitual de completar caderno, preparar as apresentações e trabalhos pendentes, e estudar muito para as provas. Perdoem-me por favor. Gostaria de agradecer a todos os leitores que sempre estão acompanhando a história e comentando. Eu não seria nada sem vocês. Tivemos 11 comentários no último capítulo e graças a vocês, espero que continuemos assim. Fiz o melhor que pude nesse espaço de tempo livre que tive agorinha. Boa leitura!



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Após uma boa temporada de silêncio entre o casal, uma batida na porta da sala soou despertando-os do clima constrangedor que pairava sobre eles. Vengeance com um suspiro indicou que iria descer para atender a porta e logo Amberly desceu atrás dele. A corrida leve pela escada desmanchou o terrível incômodo que se rebatia sobre o corpo de Amberly. Vengeance abriu a porta e por ela entrou a simpática Breeze.

– Olá pessoal, vim trazer um lanche. Não sabia que queria ficar aqui com ele, poderia ter me dito Amberly. Mas sem ressentimentos, não guardo mágoas, aliás, vou ficar por aqui por um tempo, mas não se preocupem estou satisfeita com o sofá. Trouxe alguns filmes também, vamos ser uma família bem feliz, é. Vamos nos dar bem. – Breeze se dirigiu para a copa colocando as sacolas em cima da mesa e trabalhando as mãos enquanto tirava de lá três marmitas prontas. – Está com um cheiro ótimo, a comida de Homeland é a melhor.

– Espera aí. Você não vai morar na minha casa, não mesmo. Só há espaço para minha fêmea e eu. – Vengeance reclamou enquanto arregalava os olhos em desespero.

– Pois então escute o que eu tenho a dizer. Justice North me deu permissão para morar por aqui enquanto ela permanecer nessa casa.

– Pois bem, Justice North não mora nessa casa, eu moro, e eu digo que não há um pingo de possibilidade de você morar conosco. – A essa altura Breeze rosnava baixinho e Vengeance parecia ter crescido alguns centímetros a mais. Amberly se encolheu, não queria que brigassem. Dirigiu-se a mesa e pegou uma das marmitas, abriu, pegou seus talheres, sentou-se no sofá e se pôs a comer. O recado era claro, que se dane. Se eles queriam brigar, que brigassem, mas não podia ignorar a crescente fome em seu estômago. Breeze sorriu e pegou seu almoço. Virou-se para Vengeance.

– Eu gosto dela.

...

Vengeance não tirou os olhos de sua fêmea por toda a tarde. Breeze tagarelava e Amberly sorria, parecia divertida com a situação. Justice não poderia ter permitido aquela criatura ficar na sua casa. Enfureceu-se, não confiavam nele, temiam que fizesse mal a pequena loira.

As duas assistiam risonhas a um programa qualquer que passava na TV. As mulheres são tão complicadas de entender, ora estavam tristes, ora felizes, queria conhecer mais de sua Amberly, mas com a morena tomando a atenção de sua fêmea ficava cada vez mais difícil de se aproximar.

– Ei Ven, vem aqui grandão, não seja tão chato, esse seriado é legal. Aposto que você vai gostar. – Breeze deu dois tapinhas do lado da loira e piscou. Seu olhar buscou alguma confirmação da pequena humana e ela sorriu assentindo. Tomou fôlego rapidamente e se aproximou, sentando consequentemente no espaço apertado ao lado de Amberly. Breeze se levantou e sorriu.

–Missão cumprida por aqui, até mais crianças. Não fiquem até muito tarde vendo TV. Já deu minha hora. – Vengeance curvou uma sobrancelha, confuso, Breeze não tinha insistido que iria ficar por lá? – Não me olhe assim, Amberly já sabia, eu estava apenas brincando, tenho um encontro e preciso me arrumar, se comporte ou arrancarei suas bolas. Flame trará o jantar mais tarde, Jessie disse que iria cozinhar algo realmente bom hoje pra vocês, como presente de... Ah, vocês sabem. – Piscou e saiu porta afora. Ótimo, enganado por uma fêmea dos seus.

O silêncio e monotonia foi interrompido pelo barulho grudento que saia da tv. Lá um zumbi devorava o corpo de um homem frenético. Argh, Virou-se para Amberly.

– Você gosta de assistir isso? – Amberly sorriu em resposta e soltou uma gargalhada muda pela expressão do Nova Espécie. Parecia frustrado ao ver o seriado The Walking Dead. – Humanos são tão estranhos. – E Novas Espécies não? Amberly se perguntava em resposta.

Fazia um bom tempo que Amberly não se divertia tanto quanto se alegrava nesse momento. Onde é que foi para a minha cabeça? Ela se perguntava distraída pensando nos últimos acontecimentos de sua vida, estava vivendo agora com um Nova Espécie enorme e que lhe chamava de sua fêmea. Chegava quase a ser cômico.

– Gostaria de desculpar-me por como a trouxe até mim. Devo provavelmente ter te assustado bastante. Se fosse uma de nós teria brigado com unhas e dentes, mas você ficou tão... Tão... Quieta, paralisada. Fiquei com medo de ter feito algum mal a você. – Vengeance parou por um momento hesitante e voltou a balbuciar novamente. – Quero que entenda que estou disposto a esperar o tempo que for preciso, e não vou lhe trocar por nenhuma outra fêmea. Sou apenas seu, e você é minha. Vou cuida-la, respeita-la e ama-la, sempre.

Os olhos do gigante apreciou a mulher na pequena sala mal iluminada e buscou devagar tocar sua mão. Amberly nunca tinha ouvido um homem falar tão divinamente do amor, e não entendia como Vengeance podia se declarar a ela tão rapidamente. Mal a conhecia, não sabia da sua procedência familiar, dos seus erros, ou acertos na vida, mas mesmo assim, parecia sincero. Sem a maldade do homem, a ignorância ou o orgulho. Chegava a ser um sentimento cru.

– Não posso mentir, gostaria de tomá-la em minha cama, de ter seus braços a minha volta no silêncio do meu quarto, mas prometo poupa-la da minha luxúria iminente. Sei que as fêmeas humanas são bem independentes, então peço que me permita tocar você eventualmente. Suas mãos, braços, rosto, cabelos. Estar próximo a ti. Abraçar-lhe e oferecer tudo o que tenho. Peço que aceite de coração, pois não vou deixar você ir, agora é parte de mim e vou fazer o meu melhor para que me aceite também com todas as minhas falhas. – Vengeance pensou por um momento em dizer que também lhe daria filhotes saudáveis, mas se lembrou da fêmea de Justice, que queria esperar um tempo até ter seus filhotes. Não entendia esse fetiche das fêmeas humanas, porque querer adiar tanta felicidade, ou até mesmo limita-la a um tanto na ninhada, mas essa conversa ficaria para outro dia, por enquanto já lhe bastava apenas ela.

Lágrimas brotaram nos olhos de Amberly. Queria abraça-lo, aceitar tudo o que oferecia a ela, mas a insegurança em seu peito era demais. Não estava preparada, não estava pronta para dar tudo de si a ele. Uma vez fizera isso e se arrependeu amargamente por esse erro. Com Vengeance poderia ser diferente, seu coração falhou em um soluço apertado.

Não adiantava, se quisesse fazer isso dar certo, teria que aprender a se amar primeiro para depois dar amor a Vengeance, precisava se recuperar, se curar da dor cruciante em seu coração e depois sim poderia ama-lo com todo o seu ser. Enquanto isso aguardaria e idealizaria seu futuro próximo ao lado do Nova Espécie.

Olhou nos olhos sinceros de azul fascinante de seu protetor e se sentiu um pouco mais infeliz do que antes, largou sua mão e subiu as escadas correndo enquanto as lágrimas nublavam sua visão e seu coração.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Então, esse capítulo foi bom pra vocês? Deem uma colher de chá para Amberly, ela está muito frágil e machucada. Desculpe pelo capítulo pequeno, não tive tanto tempo. Perdão.
Beijão, comentem heim!
Taynara Freitas



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