Vengeance escrita por Taynara Freitas


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, nesse capítulo eu dei tudo de mim, espero que gostem e por favor, dessa vez comentem! O próximo capítulo só vai ser postado com ao menos três comentários recebidos. Sei que há mais de três pessoas lendo. Então por favor, me ajudem! Os comentários são o que movem o autor.



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Após uma longa hora, Darkness, Slade, Trisha, Justice, Fury, Vengeance e Amberly já se encontravam reunidos em uma sala privativa no qual o foco da conversa era a loira desconhecida encolhida no canto de um sofá de couro.

– Já fiz os exames, e os revisei, mas parece tudo bem, nenhuma hemorragia interna, sua visão parece perfeita, com certeza ela pode nos ouvir realmente bem e seu peso apesar de estar muito baixo, não comprometeu sua saúde vital. Algumas vitaminas e uma boa alimentação a fará nova em folha com a ajuda de alguns antissépticos. O que eu não consegui entender foi o porque dela não conseguir se comunicar com agente, parece querer falar, mas não consegue. Não entendo o motivo. - A doutora Trisha continuava a tagarelar o diagnóstico da mais nova paciente e tudo que os outros podiam fazer era ouvir.

Apesar de Vengeance estar muito preocupado com sua fêmea, não deixava de ser egoísta por pensar também em seu desejo e malicia contidos para não assusta-la. Cada um naquela sala parecia se preocupar extremamente com sua companheira, o que era bom por sinal, mas a desconfiança da doutora Trisha e dos outros eram evidentes. Achavam que ele tinha machucado a humana, como ele poderia lhe fazer mal? Parecia uma peça de porcelana. Pequena, dócil e embalada em uma caixa escrito frágil em letras gritantes.

– Sei que foi Vengeance que a trouxe, mas não podemos acreditar em sua palavra de que não machucou a mulher se ela ainda não consegue falar. Como saberemos se foi ele quem fez mal a ela ou outra pessoa? - Trisha estava impaciente por Vengeance continuar naquela sala e não em uma jaula vigiado longe da moça. Vengeance rosnou,mas logo se acalmou buscando os olhos de sua fêmea que continuava encolhida no sofá o olhando nos olhos. Era bonita para ele, outros machos provavelmente iriam querer o que é dele, tinha que tomar cuidado dali em diante.

– Se acalme Vengeance, eu espero realmente que você não tenha feito mal a fêmea, mas como Trisha disse não podemos lhe dar carta branca nesse momento, vamos primeiro pensar nela. Por enquanto não há muito o que fazer, mas vou encarregar Breeze e mais algumas das nossas fêmeas para cuidar dela, ficará segura no dormitório feminino. - Justice como sempre parecia achar um método eficaz para a situação, mas sua linha de pensamento foi interrompida pelo rosnar furioso de Vengeance.

– A fêmea é minha! Eu irei leva-la a minha cabana e lá, eu e somente eu cuidarei dela. Ninguém irá tocar no que é meu! - Um Vengeance furioso berrava aos sete ventos sua posse e dominação.

–Não é simples assim Vengeance, não pode a tomar sem que ela queira. Me respeite, sou o seu líder, mas acima de tudo somos uma família, ninguém fará mal a fêmea, e depois que ela melhorar e puder nos informar o que de fato se passou, se, apenas se ela quiser, irá para casa com você. Mas por enquanto a situação vai ser tratada assim. - Justice se levantou abruptamente de sua cadeira como se quisesse impor sua forte presença no lugar. Vengeance grunhiu mais uma ou duas vezes inconformado por não poder leva-la consigo.

– Se me permitir Justice, eu gostaria de interrogar a fêmea, talvez ela apenas não queira falar. - Darkness olhou para Justice em busca de uma permissão.

– Não! Não vai conversar com minha fêmea! Não a toque ou lhe arrancarei a cabeça! Matarei qualquer um que ousar pressionar minha companheira! - Vengeance deu dois passos grandes a frente na intenção de intimidar o moreno musculoso.

– Odeio ter que concordar, mas não é uma boa ideia. Ela parece assustada, e inofensiva, se Darkness a pressionasse poderia agravar a situação. - Uma Trisha mais calma foi substituída por uma eufórica. - Não! Espere! Acho que entendo o que está havendo, se o problema não é físico talvez seja psicológico! É isso! Escute Justice, talvez pudesse mandar a doutora Joyce, companheira de Moon para dar uma olhada nela. Ela é uma ótima psiquiatra, e é de confiança. - Justice sorriu com a confiança da doutora.

– Tenho que admitir Slade, arrumou uma ótima companheira. Nem passou pela minha cabeça essa ideia. Vou providenciar amanha mesmo para que a doutora Joyce venha. - Se virou até por os olhos na loira anônima que continuava a olhar Ven. - Tudo bem se uma das nossas fêmeas de confiança vier conversar um pouco com você? - A loira por um momento desviou os olhos de seu raptor e encarou o felino enquanto assentia lentamente com a cabeça. Ela queria melhorar, tinha que melhorar e iria fazer todo o possível para que conseguisse ser feliz novamente.

...

– Olá, eu sou Breeze. E vou ser sua nova melhor amiga. Bem vinda ao dormitório feminino, tenho certeza que nos daremos super bem. - A Nova Espécie simpática sorria feito louca enquanto a mulher loira retribuía o gesto com um sorriso tímido. Os Novas Espécies ao seu lado pareciam um pouco entediados com todo aquelo monólogo.

– Não seja tão irritante Breeze, vai assusta-la. Bom, vamos lá Ven? Parece que já deu nossa hora. Se despeça da sua fêmea, amanha voltamos para checar se precisa de alguma coisa. - O felino Flame, muito simpático e brincalhão deu um tapinha no ombro de Vengeance que continuava tenso e calado o tempo todo.

Tanto a loira quanto o moreno se olharam, tinham uma conexão e Amberly não podia negar o como ficava mexida com a presença daqueles misteriosos olhos azuis. Ele se aproximou cauteloso e se inclinou o suficiente para sobrar apenas um ou dois centímetros do rosto da fêmea. A moça não se encolheu, continuou ali, parada e prendendo a respiração ofegante que queria liberar. Vengeance se aproximou mais, o suficiente para seu nariz tocar a bochecha esquerda da fêmea e traçar uma linha fina até seu pescoço. Breeze e Flame trocaram um olhar de cúmplices, estava bem óbvio o que acontecia ali. Vengeance estava oferecendo consolo a sua fêmea, lhe transmitindo uma mensagem de que ficaria tudo bem e que ele estava ali para ela, somente para ela. Depois de traçar o lado esquerdo do seu rosto se encaminhou para o colo do peito e em seguida para o lado direito, até tocar por uma última vez o nariz de sua companheira e se afastar.

– Qualquer coisa mande me chamar. Não precisa ter medo, elas vão cuidar e proteger você. - Vengeance se virou para Breeze. - Alimente bem a minha fêmea e lhe dê um lugar confortável para dormir. - Antes de se virar lançou um último olhar a pequena fêmea humana. - Amanha eu volto.

...

A noite foi confortável e Amberly dormiu como uma anjo, aquela cama era macia, quente e grande. Tanto Breeze, quanto todas as fêmeas a cercaram de bajulação. Elas lhe mostraram o dormitório, lhe deram algumas roupas pequenas que por sua vez eram do tamanho das fêmeas presentes, lhe falaram sobre seus costumes e lhe contaram sua história. Se mostraram verdadeiras amigas e logo já não se sentia tão só quanto um dia sentiu. Estava segura ali, tinha certeza disso.

Mais tarde Flame e Vengeance vieram busca-la para conhecer a doutora Joyce, estava um pouco nervosa quanto a isso, mas com um olhar atencioso de seu raptor caminhou até o subsolo de Homeland. Chegaram até uma sala quadrada e neutra, nada sútil e nem um pouco confortável, la dentro havia uma divisão com um daqueles grandes vidros em se podia ver de um lado só e do outro lado havia um grande Nova Espécie que literalmente agarrava uma mulher bem coberta por seu corpo em cima de uma mesa central.

– Cara, isso é meio desnecessário. - Flame deu três batidas no vidro, enquanto Vengeance notava o leve enrubescer de sua fêmea. O casal a frente se levantaram em um pulo e logo a porta que permitia o acesso ao outro lado do vidro foi aberto.

– Estão meio adiantados, não? - Moon exibia um sorriso sacana ao lado da mulher encolhida em seus braços. Flame riu, e Amberly notou um esboço de um sorriso nos lábios de Vengeance. Foram interrompidos pela entrada principal de Justice North de mãos dadas com uma baixinha ruiva.

– Olá, sou Jessie, prazer em conhece-la. Desculpem-nos a demora, estávamos, hum... Quer dizer, perdemos a hora. - A ruiva ofereceu a mão e Amberly aceitou com um sorriso fechado.

– Podemos começar? - Justice North indicou a porta e logo teve de deixar todos ao entrar na sub-sala acompanhada da mulher que a poucos minutos se agarrava em cima da mesa com o Espécie.

A sala como a outra era bem neutra, e não havia detalhes, uma mesa de provavelmente 6 cadeiras, que só havia duas de lados opostos. A mulher se sentou colocando uma pasta acima da mesa e indicou para se sentar. Amberly também se ajeitou na cadeira dura, não parecia um sessão normal com um psiquiatra.

– Bem, primeiramente meu nome é Joyce, e eu gostaria de pedir milhões de desculpas pela cena, aquele que estava ao meu lado é Moon, meu companheiro, meu marido. Não sabíamos que iriam chegar tão cedo. Eu gostaria de lhe dizer que essa conversa é totalmente confidencial, mas não posso garantir isso. Daquele lado do vidro, Justice, Jessie, Moon e Vengeance podem ouvir tudo o que nós dissermos. Ou eu disser. Flame apesar de ser de confiança entende que isso é particular e não se incomodou em esperar la fora.

– Trisha me passou um seu relatório médico e pelo que eu entendi você não quer ou não consegue falar no momento, por essa razão trouxe comigo esse caderno e essa caneta para você. Sabe escrever? - Joyce lhe perguntou enquanto lhe oferecia o caderno. Amberly assentiu. - Isso é um grande progresso, poderia por favor escrever seu nome nesse papel? - Novamente Amberly assentiu e pegou a caneta enquanto escreveu rapidamente nele.

"Amberly Campbell."

– Amberly Campbell, é um nome lindo. - Joy pronunciou em voz alta e sorriu - Bem Amberly, antes de conversamos mais a fundo, eu gostaria que me contasse sem medo algum, se esses hematomas em seu corpo foram feitos por Vengeance. Não precisa ter medo, apenas preciso saber disso antes de qualquer coisa. Escreva no papel para mim Amberly. - Amberly mais uma vez escreveu delicadamente.

"Não."

– Ótimo. Então não foi Vengeance quem a machucou. - Joy se pronunciou mais uma vez em voz alta. - Pode escrever o que Vengeance fez ou disse a você quando o viu pela primeira vez Amberly? - Amberly não teve que forçar demais sua mente para se lembrar o ocorrido e logo tratou de escrever.

"Eu estava dormindo em um galpão abandonado, pensei que estaria segura lá, então quando acordei me deparei com ele. Vengeance. Não consegui correr ou gritar, apenas o encarei, então ele se aproximou e me disse que não era pra ter medo, que eu era sua companheira e que estava me levandou para casa. Disse também que lá teríamos nosso filhote. Então desmaiei."

– Esses espécies são uns loucos. - Joy riu consigo mesma. - Eu teria gritado, e muito. Escreva para mim Amberly, você não consegue ou não quer falar? E isso aconteceu depois de Vengeance a encontrar ou antes de o conhece-lo?

"Não consigo falar. Muito antes dele, 9 ou 10 meses antes."

– Uau, é bom tempo. Conte para mim Amberly, é casada?

"Não." Escreveu com pesar, não oficialmente.

– Certo, isso é um começo. Tem um namorado? Família? Alguém que queira contatar? - Amberly olhou para o papel cabisbaixa, não gostava de tocar naquele assunto.

"Não há ninguém importante para contatar. Meu pai morreu quando eu tinha 11 anos, somente minha mãe permanece viva, mas para ela não faz diferença. Não tenho um namorado, não mais."

– Amberly, nos dias de hoje não é comum uma mulher ser encontrada em galpões abandonados. Porque você estava naquele lugar?

"Eu fugi."

– Fugiu de quem Amberly?

"Dele."

– Ele é a pessoa que te machucou? Foi ele quem te feriu Amberly? - Ela apenas assentiu sentindo a falta de ar nos pulmões. - Preciso que me diga quem é ele, o que foio que ele fez com você para fugir. Escreva pra mim, por favor, sei que não é fácil, mas é necessário.

"Depois da morte de meu pai, mamãe começou a exigir muito de mim, era só eu e ela. Vivemos uma vida modesta, sem muito luxo, mas não existiu a sarjeta para mim. Eu estudei, fui a faculdade e me formei em literatura inglesa. Foi então que conheci ele. Antoni era galanteador, formado em advocacia, era bonito, inteligente e tinha o dom de convencer as pessoas. Minha mãe não gostou, disse que eu não poderia viver com ele sem esquece-la. Foi uma decisão difícil e estúpida. Fomos morar juntos no apartamento dele. Não nos casamos, mas estávamos juntos. Tudo parecia bem até uns quatro meses passados. Ele chegava tarde e me negava atenção. Comecei a desconfiar de tudo que fazia, e quando tive uma prova concreta sobre ele estar me traindo com uma secretária do seu escritório, fui tirar tudo a limpo. Ele negou, ficou furioso, e me bateu. Foi só um tapa, eu gritei com ele e fui me deitar nos quarto de hóspedes chorando. Nos outros dias comecei a evita-lo. E ele começou a ficar mais agressivo com isso. Não tinha para onde ir, minha mãe não iria permitir, ele começou a me bater todos os dias, e quando eu ameaçava de chamar a polícia ele dizia que iria me matar. Ele tinha uma arma, me mostrou algumas vezes, para me assustar, e eu entendi o recado. Ele não me forçava sexualmente, mas seu hobbie secreto era me espancar, não no rosto, apenas no corpo. Ele me disse para abandonar o trabalho, e tive que fazer. Eu usava roupas de frio para os vizinhos não verem. Eu não falava com ninguém por opção, e depois me vi tão sozinha que não conseguia mais falar. Um dia, ele chegou do trabalho nervoso e bêbado, disse que tinha sido demitido e descarregou toda aquela raiva em mim, era normal, mas nesse dia ele me forçou sexualmente. Eu tentei resistir, mas não consegui gritar, então ele me usou, usou meu corpo, depois adormeceu embriagado pela bebida. Eu estava em pânico, não me mexia, mal respirava, foi nesse momento que me levantei, vesti um agasalho, peguei todo o dinheiro que tinha e fugi. Passei cerca de 3 semanas em um prédio com a construção embargada, mas logo fui enxotada de lá. Andei bastante até encontrar aquele galpão estava cheio de teias de aranha então deduzi que estava abandonado, estava dormindo lá por volta de 5 dias, foi quando acordei e dei de cara com ele. Vengeance. Travei, não consegui reagir, ele me dizia que eu era dele, e me assustei, depois disso desmaiei e vim parar aqui."

Joy lia a folha com extrema atenção, linha por linha, sentindo a dor e o medo da mulher sentada a sua frente, havia alguns borrões, lágrimas dela que se encontraram com a tinta da caneta. Mais lágrimas foram misturas ao papel, mas dessa vez eram lágrimas de Joy, aquela mulher passou por um inferno, e ainda estava ali. Era acostumada a lidar com casos horríveis, mas nesses dias estava se sentindo muito sensível, sensível o suficiente para desabar em lágrimas. Levantou-se de sua cadeira e abraçou a pequena loira a sua frente. Só havia uma coisa que poderiam fazer por ela, olhou nos olhos inchados da mulher.

– Nós vamos cuidar de você.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Fiz o meu melhor, agora a questão é o que vai acontecer com a pobre Amberly. Beijinhos,
Taynara Freitas



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