O reino das rosas. escrita por Lord JH


Capítulo 52
Morte.


Notas iniciais do capítulo

Jennifer, Diana, Meg, Eleanor e Thomas, descobre a terrível verdade dentro das despensas de Miriac.



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O corredor era mais longo e escuro do que Diana e Jennifer imaginara.

Porém, ao avistarem uma luz no meio da escuridão, Jennifer, Eleanor, Diana e Brown, encontraram Meg, segurando uma tocha e examinando uma porta velha, enquanto Thomas tentava fazer força para abrir a mesma.

Ah, aí estão vocês. O que acharam? — Perguntou Diana ao se aproximar e dar um beijo na bochecha direita da baronesa.

Nós achamos essa porta, mas ela está bastante velha e emperrada. — Falou Meg ao entregar a tocha para Jennifer e dá um abraço forte em sua duquesa e sussurrar — Eu sabia que você iria sobreviver...

Eleanor então se aproximou da porta e ao apoiar as suas duas mãos na madeira, falou — Vamos, ajudem! Se todos nós empurrarmos a porta juntos, provavelmente ela vai abrir.

E então, Diana, Eleanor, Thomas, e Jennifer, que devolvera a tocha á Meg, fizeram força e empurraram a porta até que as dobradiças cedessem e o enorme pedaço de madeira decorado com pequenas partes de ferro desabasse no chão.

De início pode-se apenas ver poeira sendo levantada, mas depois que o pó voltou a assentar no chão, a visão diante das crianças se tornou macabra.

Inúmeros corpos de guerreiros e cavaleiros mortos jaziam em pilhas de armaduras de ferro e aço misturados com carne velha e podre.

Vários ossos e espadas formavam cruzes em lápides improvisadas no chão, e alguns corpos jaziam por cima de mesas de madeira e pedra como se estivessem sendo velados antes de algo terrível acontecer.

O que aconteceu aqui? — Perguntou Jennifer horrorizada com aquela terrível cena.

Eles foram mortos. — Respondeu Eleanor séria e calma como sempre.

Dedução brilhante, Eleanor! Agora porque não usa o seu intelecto afiado e nos explica como eles morreram? — Zombou Diana ao pegar uma tocha apagada da parede e cobrir o nariz com a manga do braço direito devido ao terrível odor de morte e carne podre que preenchia o local.

O cheiro é terrível. Acho que eu vou... Arhgh! — Reclamou Jennifer ao se afastar e vomitar por trás de um velho barril cheio de frutas velhas e secas.

Você está bem? — Perguntou Eleanor ao se aproximar e consolar a garota azarada que acabara de vomitar tudo que tinha em seu estômago.

Sim, estou. Apenas fiquei enjoada com o cheiro... — Sussurrou Jennifer um pouco envergonhada.

Esse cheiro, minha doce e bela Jennifer, é o cheiro da morte! Você se acostumaria se fizesse algumas visitas as partes mais profundas do calabouço de meu pai. — Falou Meg que depois de acender a tocha de Diana, agora examinava atentamente os corpos deitados por cima das mesas de madeira.

Nós sabemos o que é cheiro de morte, Meg, mas você não acha estranho que alguns desses corpos foram mortos no chão enquanto outros parecem que foram colocados por sobre as mesas de madeira e pedra? — Indagou Diana curiosa e desconfiada.

É verdade. E ainda existem alguns túmulos espalhados pelo local.... O que significa que nem todos morreram ao mesmo tempo. — Concluiu Meg ao se aproximar de uma espada fincada no chão por cima de um monte de terra onde Brown urinara segundos antes.

Então o que vocês acham que aconteceu aqui? — Perguntou Eleanor ao pegar uma tocha apagada que estava fincada na parede e acender com a tocha que agora estava na mão de Diana.

Eu não tenho certeza, mas eles provavelmente foram atacados enquanto estavam velando esses corpos que ainda estão por sobre as mesas. — Palpitou Meg ao olhar dentro de algumas caixas de madeira e encontrar pão preto velho e roído.

Sim, é o mais provável, pois eles ainda tinham muita comida por aqui para morrerem de fome. — Falou Diana ao checar os barris ainda cheio de alimentos pela metade.

Isso significa que... — Tentou murmurar Eleanor antes de ser interrompida por Thomas que saiu detrás de uma mesa virada de lado, gritando — Minhas senhoras, minhas senhoras! Vejam o que eu achei!

Então, ao receber um pequeno livro de anotações da mão de Thomas, Margaret tremeu ao reconhecer aquele pequeno objeto e acabou deixando cair a tocha que segurava com a sua mão esquerda no chão.

Amor, você está bem? — Perguntou Diana ao perceber o terror e o pavor no olhar assustado de sua amada.

Meg abriu o pequeno livro em suas pequenas mãos e ao começar a vislumbrar rapidamente as várias pequenas páginas do caderno, falou — Esse pequeno livro... Era do meu pai....

Ao ouvir as palavras de medo de sua amada Diana se voltou rapidamente para Thomas e perguntou — Onde você achou isso?

Thomas apontou para a mesa virada e falou — Ali atrás! Estava caído no chão, ao lado de um corpo.

Meg tremeu mais uma vez ao ouvir a palavra corpo, mas depois que Diana checou o tal corpo e disse que provavelmente era de um cavaleiro comum do reino dos espinhos, a baronesa se acalmou o suficiente para ir até a última página e começar a ler em voz alta as últimas anotações.

“ Me chamo Teório, e sou apenas um dos quarentas idiotas que ainda estão vivos dentro dessa maldita mina. O Duque e o Conde morreram queimados e devorados ao tentarem derrotar o dragão negro, e agora provavelmente fazem companhia ao Barão que morreu, no que eu acredito ser, alguns dias antes da morte dos nossos dois últimos líderes. (É difícil saber a passagem do tempo na escuridão dessa maldita mina!) Diferente do Barão que morreu devido aos ferimentos, esses dois não poderão receber um funeral digno e provavelmente seus corpos se misturarão aos corpos dos outros homens, assim como o corpo do rei que fora devorado pelo dragão no deserto vermelho. O meu único consolo é essa herança do barão que agora está em minhas mãos, um presente deixado pelo mesmo assim que sucumbiu e foi enterrado embaixo de sua espada. ”

Ao terminar de ler o texto lágrimas de dor rolaram pelas bochechas brancas e macias de Meg; e ao guardar o livro dentro de seu corpete, a baronesa gritou — Achem a espada do meu pai! Ela tem uma esmeralda em formato de gota no cabo!

Porém Eleanor apenas ficou parada, ainda estática com a notícia da morte de seu pai, enquanto Diana, em um repentino ataque de fúria, começara a gritar, xingar e chutar todas as cadeiras e coisas em volta dela.

Assustado, Brown se escondeu atrás de Jennifer, que ao olhar para Thomas, percebeu que as três garotas precisariam de um tempo para processar e desabafar a emoção daquela terrível notícia.

Diana, encontre a espada do meu pai! — Gritava Meg em meio a lágrimas de dor.

Que se dane a espada do seu pai! O meu pai e o de Eleanor morreram e nem corpo nós temos! — Explodiu Diana em ódio e fúria.

Mas o meu pai ainda está por aqui! Nós temos que encontrar o túmulo dele! — Gritava Meg mais alto do que antes.

Então procure! Pois não sou sua escrava e muito menos sua empregada para você ficar me dando ordens, sua putinha egoísta! — Gritou Diana antes de chutar um elmo que estava no chão na direção da perna da baronesa.

Foi naquele momento que Thomas pegou a tocha que estava na mão de Eleanor e gritou — Eu procuro! Não se preocupe, minha senhora, eu vou achar a espada e o túmulo de vosso pai.

Meg que estava pensando em algo muito malvado para dizer para Diana, apenas engoliu a raiva e falou — Eu vou com você. — E junto os dois começaram a procurar pela enorme despensa.

Jennifer, que nunca vira Diana tão brava antes, nem deu atenção para a fúria da duquesa e foi logo abraçar Eleanor que ainda estava estática como se fosse feita de pedra ou gelo.

Eleanor, não chore! Nós vamos encontrar a espada do seu pai também, você vai ver! — Gritava Jennifer ao abraçar e tentar consolar a sua amiga.

Não, Jennifer. Não quero espadas... A única coisa que eu quero agora é sair daqui e respirar um pouco de ar fresco novamente. — Sussurrou Eleanor ao abraçar fortemente a sua amada e deixar uma única gota de lágrima fria e brilhante escorrer pela sua bela e pálida bochecha direita.

Jennifer aparentou concordar, mas ao ouvir a risada de Diana, a garota azarada tremeu.

Hahahaha!... Nós nunca sairemos daqui com vida! Sua nortenha burra e idiota! Ou você já se esqueceu do maldito dragão lá fora? — Ironizou Diana totalmente abalada psicologicamente.

Não, eu não esqueci. Mas nós vamos conseguir sair do mesmo jeito. — Respondeu Eleanor firme como nunca.

Hahahaha!... Você sabe que isso é impossível, não sabe? — Ironizou Diana uma vez mais.

Não é não! — Gritou Meg que aparecera segurando em sua mão direita uma espada com uma esmeralda verde no cabo. — Nós vamos sair daqui, e eu sei como.

Diana sorriu ao perceber que a baronesa recuperara a espada de seu pai, e ao limpar as lágrimas de seus olhos, perguntou — E como nós faremos isso?

Meg que extremamente decidida se aproximou do olhar duvidoso de sua amada, respondeu — Nós iremos pelo rio.

 


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Notas finais do capítulo

Continua...



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