You Found Me escrita por Juli06


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelos comentários, gente! Espero que continuem gostando, agora é o momento que Jane e a mulher misteriosa se conhecem. hahaha xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609412/chapter/4

Capítulo Três

Malibu – 4:00 p.m.

12 de outubro de 2011

Angela chegou em casa e avistou o carro de seu marido e achou estranho, ele não costumava está em casa nessa hora, geralmente ele almoçava e voltava para o escritório e só retornava para casa à noite.

Assim que abriu a porta viu o cãozinho deitado e tranquilo, mas não viu a filha, intrigada ela deixou as bolsas e sacolas no corredor e foi em direção à cozinha. Porém, algo lhe chamou a atenção... ela ouviu vozes sussurradas no quarto de hóspedes. Quem será que tinha aparecido? Ela não tinha parentes próximos e Patrick era filho único e seus pais estavam mortos. Curiosa ela abriu a porta e viu o marido e a filha conversando numa poltrona e ambos apontavam para a cama, olhando nessa direção ela ficou surpresa ao avistar uma mulher.

“Patrick, quem é essa?” Ela perguntou e ciúmes apertou sua garganta.

“Ei, Baby”. Ele falou e levantou, se aproximou dela e deu um beijo. “Podemos conversar lá fora? Charly, não perturbe a moça, está bem?”

“Ok, papai”.

Saindo do quarto e levando a esposa junto, Patrick a levou até a cozinha. Sentou na mesa e pegou dois copos de suco.

“Estou esperando a explicação, Patrick”. Ela disse impaciente.

Respirando fundo Patrick a olhou e sorriu.

“Você está com ciúmes?”

“Não mude de assunto. Quem era aquela mulher?”

“Não sei...”

“Como não sabe? Você trouxe uma desconhecida para nossa casa e acha isso divertido?” Perguntou ela chocada e assistiu ele sorrir ainda mais. “Tire esse sorriso do rosto, Patrick. Eu estou falando sério, nossa filha está no quarto com uma desconhecida e você nem parece ligar”.

“Angela, pare de drama. E se você me deixasse explicar eu diria o motivo de está sorrindo”. Ele falou e ficou sério. “Primeiro de tudo eu estava rindo de Charly, Ok? Estávamos conversando, eu gosto de passar um tempo com minha filha, isso me deixa feliz. Segundo, a moça que está naquele quarto, estava caída nas pedras, primeiro achei que ela tinha escorregado, mas pelo que eu vi ela foi meio que... jogada lá. Eu não tive tempo de levá-la ao hospital e trouxe ela para cá”.

“E como você sabe que ela não precisa de um médico, você mesmo disse que ela estava jogada nas pedras. Ela pode ter alguma concussão ou ter quebrado alguma coisa”.

“Eu pensei nisso também. Chamei o Ethan aqui”. Falou ele e bebeu um gole do suco. “Ele falou que aparentemente ela estava bem, só com alguns arranhões e sem concussão. Ele disse que não precisava removê-la, ela acordará em três dias e irá embora. Não precisa se preocupar. Ficaremos bem”.

“Não sei, Patrick. E se ela for alguma criminosa e quiser fazer algum mal para a nossa família?”

“Então vamos esperar ela acordar e descobrir”. Disse ele e se levantou da mesa com o copo vazio.

Derrotada ela suspirou e concordou. Saindo da mesa ela passou por ele beijou-lhe os lábios e saiu da cozinha:

“Eu vou tomar uma ducha e depois jantamos”. Ela disse e subiu.

Sorrindo Patrick balançou a cabeça e voltou para o quarto, ao chegar lá viu sua pequena na cama segurando a mão da estranha e com um livro infantil no colo lendo para ela. Sorrindo ele pegou o celular e tirou uma foto. A cena na sua frente era tão tocante que era impossível não a imortalizar numa foto. Admirado e sorrindo ele esperou até que Charlotte terminasse a história, deu um passo em frente e parou quando sua pequena sussurrou:

“Fica boa logo, Bela. Para gente poder brincar”. E surpreendendo Patrick ela se aproximou da moça deitada na cama e deixou um beijo delicado em sua testa.

Patrick ficou de boca aberta e olhos arregalados, sua pequena só tinha 6 anos, mas mostrava naquele gesto uma maturidade surpreendente.

“Papai? Você está com cara de assustado, o que foi?” Perguntou ela inocente.

“Oh.. é que... nada não”. Patrick estava um pouco perdido naquela situação toda. “Vamos para cozinha, sua mãe já deve estar esperando para jantarmos”.

“Posso levar o Dolly?” Perguntou ela enquanto saltitava pelo corredor.

“Não, Dolly já comeu”. Ele disse sorrindo. “Charly, por que chamou a moça de Bela?”

“Porque ela parece com a Bela da ‘Bela e a Fera’. Eu não sei o nome dela e eu não ia ficar chamando ela de moça o tempo todo, né papai?” Ela falou como se fosse o óbvio.

Rindo ele assanhou o cabelo dela e saiu correndo para cozinha, sabendo que ela estaria logo atrás para pegá-lo.

“Papai... não assanha meu cabelo”.

Os dois chegaram na cozinha ofegantes e gargalhando. Angela já estava na mesa os esperando.

“Vocês já lavaram as mãos?” Perguntou ela e fez cara feia quando os dois negaram. “Vão logo, antes que a comida esfrie”.

O jantar decorreu em brincadeiras e risadas até que a campainha foi escutada. Logo em seguida Mandy apareceu com uma mulher do seu lado:

“Sr. Jane, essa é Srta. Robson, a enfermeira que o Dr. Moore enviou. Ela disse que está com os resultados do exame e com alguns materiais para a hidratação da moça”.

“Pode deixar que eu a levo ao quarto, Mandy. Obrigado”. Disse Patrick e se levantou.

“Patrick, você nem terminou seu jantar”. Falou Angela emburrada.

“Terminei sim, amor”. Ele falou e sorriu. “Só deixei o brócolis’.

Sorrindo e dando uma piscadela cúmplice para a filha ele guiou a enfermeira até o quarto.

“Não ligue para minha esposa, ela só está enciumada”. Ele sussurrou “Então... Prazer, sou Patrick Jane”. Estendeu a mão e esperou o cumprimento.

“Natalie Robson”. Ela disse e apertou a mão dele de volta. “Dr. Moore informou que ela foi vítima de um acidente. Na praia, correto?”

“Sim, eu a encontrei nas pedras”.

“Pois bem, era para ela está num hospital, mas o doutor disse que ela está bem, só um pouco desidratada. Eu trouxe soro e os remédios necessários para o tratamento. Os exames não apresentaram nada de anormal, as taxas estão boas e só precisa mesmo se hidratar”.

“Bom, ela está no quarto, a aquecemos e esperávamos por você”. Ele disse simpático. “Mas, eu queria mesmo falar com Ethan, precisamos saber se tem alguém procurando por ela”.

“Oh... o Dr. Moore pediu para que eu entregasse esses papeis para o senhor”. Ela disse e tirou um envelope pardo da maleta.  “Se me der licença vou preparar tudo para a paciente”.

“Oh, não... claro, claro. Pode ir. Depois eu volto”.

Indo para a sala ele sentou no sofá e abriu o pacote, dentro havia vários papéis timbrados. O primeiro era da polícia e outra do cartório, um terceiro documento era exames de sangue e... DNA? Nossa, isso foi rápido, pensou Patrick.

Por último estava um recado para ele:

“Patrick,

 

Sabendo que você estava ocupado eu mesmo tomei a liberdade de procurar sobre a jovem moça que você encontrou. Na cidade não tem ninguém que a está procurando, não deram falta em nenhum hotel e ninguém lembra dela. Fui até a delegacia e falei com Ed, não emitiram nenhum alerta pela região ou em nenhuma cidade da Califórnia. Tenho um amigo promotor e que tem alguns contatos, ele pediu favores e passaram a descrição dela nos bancos de dados de desaparecidos e pelo que vi ninguém procura por ela em todo território nacional e o exame de DNA não acusou nada. Só nos resta esperar até que ela acorde. Por enquanto é como se ela não existisse.

 

Quanto a saúde dela tudo está bem, não acusou nada no sangue que coletei. Só tenho preocupação com uma possível concussão, mas esperemos o melhor.

 

Seu amigo, Ethan”

Voltando até o quarto verde ele avistou Natalie saindo e aproveitou a privacidade e entrou. Sozinho ele pôde admirar mais a beleza da mulher, estava um pouco mais corada, mas ainda aparentava estar doente. Ele sentou na cama e olhou bem para a face dela, tirou uma mecha de cabelo do rosto dela e ajeitou a franja. Tocando sua face suavemente ele sussurrou:

“Quem é você?”

Três dias depois...

Ela se sentiu flutuando, como se estivesse no mar ou numa piscina. Então ela escutou vozes, uma era infantil, disso tinha certeza. Depois mais uma, um pouco mais grossa. As vozes riam e estavam sussurrando, ela não conseguia ouvir direito o que falavam. Tentou abrir os olhos, mas não conseguiu, se sentindo exausta ela deixou a escuridão puxá-la novamente.

Duas horas depois ela enfim acordou, abriu os olhos devagar e olhou para o teto. O teto era verde, as paredes também, ela começou a olhar ao redor, tinha uma mesinha e uma cômoda. Ao voltar seu olhar avistou uma menina, tinha grandes olhos azuis e cabelos loiros e cacheados. A pequena sorria para ela e depois desviou o olhar para o lado dela, curiosa a estranha fez o mesmo e deu de cara com outro par de olhos azuis.

“Olá” Disse o dono dos olhos. “Você está se sentindo bem?”

“Sim”. Ela falou rouca. Pelo visto não usava a voz há algum tempo.

Percebendo o incômodo dela o homem lhe ofereceu um copo com água. Tomando um gole generoso ela sentiu o frescor do líquido pela garganta e suspirou satisfeita. Sorrindo o homem a olhava curioso. Sem saber o que dizer ela esperou...

“Oh, desculpe. Sou Patrick Jane”. Ele estendeu a mão.

“Prazer. Eu sou...” Ela parou por um instante.

“Você é...” Instigou ele.

“Não sei”. Ela sussurrou. “Eu não me lembro”.

Encarando-a com surpresa Patrick falou em igual sussurro:

“Oh Deus...”

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continuem com as reviews, só assim saberei se acertei em alguma coisa. xD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You Found Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.