The Only Exception escrita por Gina Lerman


Capítulo 13
Heart of Glass


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo!!
Eu quero fazer uma coisa nova para vocês, vou tentar postar (se tudo der certo...) capítulos seguidos, então amanhã já tem outro!
E obrigada pelos comentários do capitulo passado, fico mega feliz em saber que vocês estão gostando, o apoio de vocês é super importante!!
Beijos *3*



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~Scorpius

Ouvi certa vez que existem pessoas com corações de vidro, elas são frias e não demonstram sentimentos. Desde de pequeno nunca deixei transparecer minhas emoções, optando por esconde-las e não deixar ninguém saber o que se passava em minha cabeça, e assim isso tornou-se parte de mim. Mas tem o problema em ter um coração de vidro é que quando se quebra não há ninguém para juntar os cacos.

Passei a noite acordado pensando sobre o que havia acontecido, tinha quase beijado Rose Weasley, e isso estava me matando. Era uma coisa diferente, que agarrava meu peito e me sufocava. Aquilo me deixava furioso e ao mesmo tempo eu não sabia dizer o que estava sentindo. Não era como se ela tivesse mudado algo em mim, e eu não ia deixar assim, se eu estava passando por isso, ela também iria passar.

Levantei praticamente antes de todos os Sonserinos, precisava pensar em outra coisa, mesmo assim me peguei pensando em maneiras de irritá-la, quando ela ficava brava... droga, de novo, balancei a cabeça.
Fui para o salão principal, e esperei o café, quando me dei conta todos os alunos já estavam ali comendo, menos ela.

– O que você tem? Não para de olhar a mesa da Grifinória. - Erick falou enquanto comia um prato de bacon com ovos, revirei os olhos e continuei esperando, mas ela não veio para o café.

Andei pelos corredores esperando encontrá-la, não sabia o porque de querer tanto vê-la mas sentia algo tomar conta de mim. E aquilo estava acabando com a minha cabeça.

Ao virar mais alguns corredores encontro o que desejava, mas de uma forma que eu não esperava.

Minha primeira atenção foi para ela, que parecia ter se esquecido de dormir, seus olhos pareciam distantes e ao vê-los senti aquela sensação de novo. Mas logo ao lado dela estava quem menos eu espera ver, o filhinho do professor, contrai meu pulso apertando minha mão, ele não devia estar ali.

– O que você esta fazendo com ela? - Perguntei ele me olhava por cima, estava no mínimo bravo, Rose então me encarou, ela observava silenciosa, estava pensando, conhecia aquele olhar, o mesmo que me atormentou a noite toda.

– Ela não pertence a você, Rose pode estar com quem quiser! - O babaca começou, não estava com tempo pra isso, queria falar com ela, não me importava mais nada, ignorei o comentário.

– Vem! Quero esclarecer as coisas com você! - Peguei o pulso dela, comecei a andar, mas Frank me parou, me segurei para não fazer nada.

Continuamos a brigar, e tentei não levar aquilo para o lado pessoal, mas a raiva me subia a cabeça, só queria levar Rose para outro lugar bem longe dali. Percebi que o estava acontecendo, o porque dele não deixá-la ir, o filho da mãe gostava dela, estava explicado. Continuei a falar e não me dei conta que estava apertando ela até Rose gritar.

– Meu pulso! - Olhei para minha mão apertando a dela e soltei na hora, senti meu rosto queimar, o que eu estava fazendo?

Ela me olhava aflita e então desviou os olhos e respirou fundo.

– Scorpius... Eu não vou com você, vou ficar aqui com Frank! - Ela falou baixou.

Parei, parei de pensar em tudo o que estava me cegando, o que era aquilo? Eu sou um Malfoy, e o que eu estava fazendo me rebaixando a tal ponto? Um coração de vidro, eu era aquilo, duro e frio, a única coisa que me importava era eu mesmo, apenas eu mesmo.

– Uhm, certo... - Balancei a cabeça, e fui embora. E mais uma vez senti aquele vazio, aquele que todos querem passar longe, mas desde de pequeno, quando todos me olhavam com aquela cara e eu o sentia, só eu parecia ir em direção a ele.

Quem iria catar os pedaços?



~ Rose


– E ela aceitou, Rose, ela aceitou! - Albus exclamava em minha orelha, tentava dar um sorriso convincente, eu devia estar feliz, Alice e Albus estavam finalmente juntos, mas não, eu não estava, não parava de pensar em Scorpius.

Fazia alguns dias que eu havia dito aquilo, e ele não me procurou mais e nem tentou mais nada, as únicas vezes que o via era quando tínhamos que ir para o salão principal comer, mas ele estava indiferente e ocupado de mais colado em Camille, e não me olhava na cara, e eu apenas sentia dor ao vê-lo com outra pessoa.

Mas o que eu estava reclamando finalmente estava livre dele, nós não somos nada um do outro e nós dois temos o direito de ficar com quem quiser, certo. Como eu odiava Scorpius, e pensar que eu quase cairá no jogo dele.
Que mentira, eu tinha caído no jogo dele sim, e doía, porque eu sabia que não queria admitir o que estava sentindo.

– Fico feliz por vocês. - Falei, Al parou de sorrir e colocou a mão sobre meu ombro, ele me encarava profundamente com preocupação nos olhos.

– Qual o problema? É por causa do Malfoy? - Ele falou sério, eu queria contar, falar tudo o que eu estava pensando e tudo o que eu queria gritar, mas eu iria estragar a felicidade dele e era tudo o que eu menos queria, não queria deixá-lo preocupado ainda mais.

Apenas balancei a cabeça, ele suspirou.

– Eu sei que está acontecendo algo, mas não irei perguntar mais, sei que você me contará na hora certa. - Ele ofereceu os braços, respirei fundo e o abracei e mais uma vez a derrotada Rose estava chorando, mas eu tinha alguém para me confortar e não iria me julgar, senti uma pontinha de felicidade por tê-lo ao meu lado.


...


Era meio de tarde e o sol estava escondido em meio as nuvens, o inverno mudava a paisagem e o clima, juntei o casaco ao meu corpo, estava perfeito para ler um livro junto a uma lareira, mas previa que não seria assim esse meu resto de dia.

Ia rumo a biblioteca para entregar alguns livros que tinha terminado e precisava devolver, quando um grupo de alunas surgiu no corredor. Ao me verem começaram a dar sussurros e a rir, algumas me olhavam com cara de nojo, ignorei e continuei a seguir em frente, mas elas não deixaram.

– Aonde vai com tanta presa, querida? - Uma delas perguntou, ela era pequena e tinha olhos negros, enquanto falava ela o resto fazia uma roda em volta de mim, bufei pra mim mesma, elas não iriam querer me ver irritada e se fosse preciso estava pronta par tacar alguns livros na cara delas.

– Como você pode ver, tenho que devolver esses livros, agora se vocês me derem licença preciso ir. - Ia começar a passar por um buraco na roda quando uma delas bloqueou o caminho.

– Mas nós só queremos conversar, sabe bater um papo de garota. - Uma na ponta falou, reconheci aquela voz, era Camille, ela tinha um olhar perfurador.

– Eu não tenho nada pra conversar com vocês, me deixem passar. - Falei ríspida, elas olharam torto, havia mais gente no corredor, que começaram a olhar curiosos.

– Não seja bobinha... Vem vamos conversar em outro lugar. - Elas percorreram o corredor, levei minha varinha a mão, mas deixei-a escondida. - Aqui é perfeito! - Entraram em um banheiro desativado me levando junto, percebi que assim não haveria ninguém para as perturbar.

– O que vocês querem? - Perguntei estreitando os olhos, elas deram risinhos.

– Ora Weasley, não está claro, queremos saber tudo sobre você e o Scorpius! - A primeira continuou falando pausadamente enquanto retocava o batom na frente do espelho, gelei ao ouvir o nome dele, mas voltei ao normal logo em seguida só Camille pareceu notar alguma coisa.

– Eu não tenho nada a ver com o Malfoy, quem anda junto dele é Camille não eu! - Falei revirando os olhos, ela mudou de posição balançando o cabelo loiro.

– Achava que você era inteligente, Scorpius e eu somos apenas um... passatempo, pelo menos ao olhos dele, mas você querida, ele nunca correu atrás de nós como fez com você . - Não, Camille estava enganada, ele não correu atrás de mim, e "nos" nunca existiu e nem vai existir.

– Mas fique tranquila, nunca vai durar, você não é o tipo do Scorpius, pode tirando suas patinhas de cima dele, você não é nada, logo ele nem vai lembrar que você existiu Rose.

– Acontece que eu não gosto dele, nós não temos nada junto para durar alguma coisa, e vocês sabem disso. - Bufei, aquilo estava me entediando e me deixando pior do que eu já estava. Elas riam outra vez.

– Não minta, ele pode até não sentir o mesmo que você, mas querida, você não pode esconder seus sentimentos de nós, todas aqui sabemos como é! - Elas começaram a me encurralar na parede do banheiro.

– Esqueça-o, você não é nada! - E começaram a falar cada uma de uma vez. Aquilo me irritou de vez, aquele joguinho havia passado dos limites.

– Quem são vocês pra dizer o que eu devo fazer ou não! - Bradei, elas ficaram quietas, então a de olhos negros começou a sorrir.

– Bom se você não vai esquecer, então nos podemos fazer isso por você! - Ela sacou a varinha dela e ao mesmo tempo eu ergui a minha, mas como elas estavam em maior número me agarram e jogaram minha varinha longe, me prenderam na parede e ela continuou apontando a varinha.

– Agora se você já terminou, vamos ver que feitiço eu uso para perda de memória permanente! - Camille falou rindo enquanto lia um pedaço de pergaminho velho, respirei fundo e pensei, não deixei o medo tomar conta de mim, elas não iriam fazer isso comigo, eu não iria deixar. Com um minuto de insanidade me livrei das garotas que me seguravam e com a mão vaga bati na varinha, que fez o mesmo movimento que minha.

– O que você fez com a minha varinha? Sua vadia! - A que segurará a varinha bradou e me jogou no chão, senti uma pancada na cabeça.

Senti tudo girar e um zunido passava pelo meu ouvido, eu estava cansada. Um pensamento passou pela minha cabeça, seria bom esquecer tudo, esquecer o que estava doendo tanto, não sentia mais vontade de lutar.

Foi quando ouvi o som da porta se abrindo com tudo e todas as garotas se virando para ver quem era, não conseguia ver, mas o rosto delas se mostravam aterrorizados, era a voz de um alguém gritando, elas começaram a sair correndo imediatamente, senti alguém me levantar delicadamente, pisquei algumas vezes até voltar ao normal e me dei de cara com Frank, seus olhos brilhavam de preocupação e raiva, ele falava comigo mas eu não podia ouvir.

Devagar o abracei forte enterrando minha cabeça em seu peito, ele tinha cheiro de chocolate quente, sorri, me senti confortável e segura outra vez, e fui fechando os olhos, tudo ficou escuro.


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