A primeira atitude de Bella foi chamar Hanna. E depois de saber pela moça que o marido ainda se encontrava em casa, pediu ajuda para se vestir. Ia conversar com ele, pela segunda vez seria uma conversa complicada. Mas não pretendia fazer isso vestida daquele jeito, com aquela camisola e aquele cabelo desarrumado.

Sentado no escritório Jacob tentava ler o jornal e manter a mente longe da irritação que era a presença da sogra em sua casa. Ele percebia que todas as vezes em que Renée aparecia Bella se mostrava chateada. Pensativa. Calada... desconfiada.

Não tinha ideia do que a mulher dizia para a filha, só sabia que não lhe fazia bem.

De repente Bella cruzou decidida pela porta que ele deixara aberta fazendo-o pensar se estava imaginando coisas. A garota usava um vestido delicado em lugar da camisola, cabelo preso e arrumado e trazia uma expressão fechada nos traços delicados.

Será que estava sonhando?

– Jacob... posso falar com você? – aquela voz era muito real. Não podia ser imaginação.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou ficando em pé, poucos minutos atrás a deixara no quarto, descansando e conversando com a mãe, e agora estava ali, deveria ser sério.

Bella não soube exatamente o que dizer. Se sentia tão segura há poucos segundos, mas bastava vê-lo para que muitas de suas incertezas sumissem.

– Na verdade aconteceu... – falou firme em busca da promessa de sinceridade.

– Então me diga o que foi. – ele ordenou rapidamente.

Aquele jeito do marido. Sempre seguro e firme em tudo, era difícil de ser rebatido. Mas ela tentaria.

– Você omitiu algum dado sobre a visita que fez à... aquela mulher?

Estava claro como água. Bella fora vítima das fofocas, ele disse a si mesmo. E a portadora já imaginava quem poderia ser, Renée. A jovem o observava detidamente, enquanto ele meditava considerando estranho que só depois de tantos dias algo tivesse chegado até sua esposa. Sem falar que só poderiam ser mentiras já que nada acontecera entre ele e Vitória.

Irritado falou:

– Contei a você tudo o que aconteceu. Meu relacionamento com ela, que sempre foi meramente físico está acabado. Nada havia para ser omitido...

Bella respirou fundo e apertou os lábios enquanto perguntava:

– O que você quer dizer com isso de meramente físico? Não é a primeira vez que usa essa palavra, não entendo o que significa!

Droga! Ele disse a si mesmo.

Segundos se passaram enquanto os olhos masculinos se fixaram no chão, sem realmente deter o olhar em nada. Pouco depois ele disse:

– Homens tem certas necessidades Bella... necessidades físicas...

– Necessidades.... - ela repetiu buscando as respostas.

– Sim... – o marido saiu detrás da mesa – Eu pagava para que ela suprisse essas necessidades, é isso. Muitos, a maioria dos homens faz isso.

Nada de clareza. Mesmo assim ela continuou:

– Você pagava a ela... com dinheiro...?

– Algumas vezes com joias. – ele explicou e ela compreendeu que o comentário da mãe não era mentiroso.

– Você a pagou na ultima vez em que esteve com ela? Naquele dia..?

Jacob balançou a cabeça irritado.

– Sim...

– Então ela “supriu” suas necessidades?

Ele se aproximou já esperando por aquela pergunta. No mesmo momento Bella se esquivou, não queria ter a distração da presença dele tão perto. Precisava de respostas.

– Não! – o marquês era firme como se dissesse a verdade - Nós apenas conversamos. Lhe contei tudo o que aconteceu!

– Mas você a pagou! – a voz da esposa saiu embargada.

Mesmo que ele fosse tão firme, ainda persistia o fato de que Jacob dera joias à cortesã.

– Foi apenas uma compensação pelos... anos em que ela me atendeu. – era preciso dizer a verdade.

– Quanto tempo? – Bella insistiu.

– Não sei... nunca me preocupei com isso... Vitória não foi, nem é importante... – ele falou baixo como se dissesse isso para si mesmo.

O rosto da esposa se retraiu mais. Ela não estava gostando das respostas dele. Precisava ser mais claro:

–Isso não importa! Está acabado! Você é minha mulher agora!

Eu sou? Ela se perguntou enquanto ele fazia uma nova tentativa de aproximação. O que aquilo queria dizer?

Mesmo sem que as perguntas tivessem saído pela boca de Isabella, Jacob as respondeu:

– Vitória é passado. Tudo o que contei naquele dia, sobre minha conversa com ela, era verdade. Prometi sinceridade e como lhe disse uma vez, não sou homem de descumprir o que prometo.

Um segundo de silêncio pesou entre eles.

– Você é a minha mulher agora. – ele repetiu naquele tom que a fazia se perder.

Bella ficou calada enquanto Jacob chegava cada vez mais perto. De repente as mãos grandes seguraram as suas. Estavam quentes.

Lentamente ele a puxou para perto.

– Você entende o que isso significa Isabella?

A voz rouca sussurrada ecoou dentro dela, estavam tão próximos que Bella podia sentir o aroma que emanava do corpo masculino.

– Significa que há somente você... qualquer coisa que outras pessoas digam não passa de fofoca.

Ah, acreditar nisso era como segurar numa tábua de salvação para alguém que estava se afogando em desconfiança. Ela não respondeu, as palavras faltaram, Jacob se aproximava mais, olhava diretamente para seu rosto. O coração saltou descompassadamente acelerado.

A face masculina estava muito perto agora, ela podia vê-lo em cada detalhe. Nos olhos escuros seu rosto refletido. Lentamente os lábios deles se encontraram. Gradual e gentilmente Jacob passava a boca sobre a dela, de maneira carinhosa, diferente daquele dia no labirinto.

O peito inflou a respiração quase sumiu, o corpo estremeceu. Mesmo assim Bella não soube exatamente o que fazer, não podia recusar aquele beijo, entretanto as mãos ficaram presas, apertando o tecido do vestido, enquanto Jacob a puxava cada vez mais para perto.

Os lábios dela eram macios exatamente como lembrava. O corpo se moldava ao seu e ele podia sentir a pressão dos seios femininos contra seu abdômen. Apesar do próprio corpo quase doer pedindo por mais do que aquelas carícias e beijos delicados, Jake sabia que não poderia ser afoito. Deveria manter a calma, Bella ainda se mostrava rígida sob seus toques.

Desceu as mãos pelo pescoço dela e sentiu um estremecimento leve, primeiro sinal de retribuição. Se tivesse paciência ela cederia e ele poderia ir adiante, afagou as costas enquanto com a língua tentava uma brecha entre os lábios.

Os pensamentos escaparam da mente feminina quando o marido finalmente conseguiu cruzar pela boca e sugou o lábio inferior. As pernas pareciam formigar, os seios estavam sensíveis, devagar ergueu uma das mãos para colocar sobre o peito dele. Desta vez não tinha a intenção de afastá-lo. Aquilo era o que estava esperando há semanas.

Jacob fechara os olhos e ela lentamente fechou os seus. Foi como se as sensações se intensificassem. Havia um tambor no lugar do coração, a pele estava tão sensível que Bella podia sentir toda a extensão do tecido que recobria seu corpo.

Ele a puxou mais enquanto a língua inspecionava a boca dela. Com uma mão segurava a cabeça feminina, a outra contornava a cintura fazendo um cerco justo impedindo-a de se afastar.

Eram as melhores sensações que Isabella já experimentara na vida. Mesmo que seu coração parecesse prestes a explodir, nada se comparava aquilo.
Lentamente a boca dele abandonou a sua, mas as mãos continuaram onde estavam. Mantendo-a presa no mesmo lugar.

– Você é minha esposa... – ele falou baixinho.

– Sim... eu sou... – ela confirmou quase sem ar.

– Não há mais Vitória... não importa o que as pessoas falem... entende?

Não estava acostumado a isso. Pensar mais na outra pessoa do quem em si mesmo. Bella não fazia ideia de como era difícil segurar a vontade de arrancar aquele vestido ali mesmo e terminar com aquela maldita abstinência que quase o levava à loucura.

– Preciso que confie em mim...

– Confio... – ela disse baixo. Ele poderia dizer qualquer coisa. Ela acreditaria sempre. Principalmente se continuasse a beija-la daquela forma.

Jacob se aproximou mais uma vez, desta vez o beijo já começou intenso. Bella tentou corresponder, queria fazer o que o marido esperava que fizesse. Mas principalmente levá-lo a esquecer de Vitória ou de qualquer outra mulher que tivesse passado por sua vida.

As mãos dele passavam suavemente pelas costas, em busca dos botões que mantinham o vestido fechado. A boca desceu pela linha do pescoço e atingiu o ombro que estava quase nu. Bella arfou perto do ouvido dele fazendo seu corpo incendiar.

Um botão, dois botões e o vestido se afastou dos ombros da garota. A boca masculina desceu em direção à cavidade do peito, pouco acima dos seios. Quase sem querer ela enterrou as mãos nos cabelos fartos e escuros dele. Desta vez Jacob gemeu, estava pronto para levar aquelas carícias adiante, mas aquele não era o lugar adequado para que tivessem sua primeira vez.

Com muita dificuldade se afastou novamente, Bella o olhou aturdida. Os lábios úmidos e inchados, os seios estavam quase de fora, ele podia ver a pele macia a atraí-lo. Cuidadoso puxou o vestido de forma a cobrir o que ainda não fora totalmente descoberto. Se aproximou para um beijo delicado.

– Venha...

Pediu, segurando-a pela mão, saindo do escritório. O corredor estava vazio, subir um lance de escada seria seguro e rápido se Bella compreendesse o que pretendia fazer.

Chegar ao quarto da esposa foi mais rápido e mais fácil do que Jake imaginou. Assim que cruzaram pela porta ele a trancou passando a chave. Bella parou no meio do aposento, de costas para o marido.

Em que ela estaria pensando? Ele se perguntou.

Na mente feminina, havia perguntas. Aquilo que estava acontecendo entre eles era o que deveria acontecer? Era o que sua mãe tentara explicar? Era o que ela deveria esperar dele? Mas então por que o marido não mandara que se deitasse? Isso não importava. Concluiu, o que importava era que seu amado finalmente a buscava como ela queria ser buscada.

Jake ficou parado a espera. Segundos passaram antes que Bella se voltasse e o observasse com um sorriso estampado nos lábios. Pouco mais do que dois passos foram necessários para colocá-lo diante dela novamente.

Sem rodeios a garota ergueu as mãos, passou a ponta dos dedos no queixo dele, desenhou a boca. Ah, ela não fazia ideia de como ele se sentia, e parecia brincar com seu desejo como um gato brinca com o rato. Sem piedade.

Com um único puxão ela esteve outra vez entre seus braços. A boca colou na sua, finalmente os braços delicados circularam seu pescoço unindo-os. Jacob puxou o vestido com cuidado, conduzindo-o para baixo, os ombros ficaram nus, prontos para seus beijos.

A seu modo, ainda retraída, Isabella tentava devolver as carícias que o marido fazia. Jake caminhou lentamente, trazendo-a consigo, se aproximando da cama. Quando esteve bem perto, afrouxou as mãos que a seguravam permitindo que os corpos se distanciassem. Mas continuou na tarefa de desabotoar o vestido, enquanto sedutoramente a encarava.

O tecido ia ficando cada vez mais solto ao redor do corpo dela. De repente desceu pelos braços, trancando acima dos cotovelos, deixando-a apenas com a roupa íntima que pouco ou quase nada escondiam.

Ele pode ver a beleza suave sob o tecido fino e translucido e chegou a acreditar que aquele era o momento mais difícil pelo qual já passara. Mal conseguia se controlar, mal conseguia realmente vê-la, mas se sentia exatamente como nos sonhos, sabia quem era aquela pessoa, sabia que a desejava, sabia que nunca se sentira assim.

Vendo o vestido escorregar e cair aos seus pés, Bella teve seu primeiro momento de timidez, mas ao observar o rosto do marido compreendeu que aquilo era realmente o ponto alto de seu casamento. Talvez, fosse a partir daquele instante que eles finalmente se tornariam marido e mulher.

Jacob puxou a jaqueta, Bella compreendeu o que o marido faria e se aproximou para ajudá-lo com os botões do colete. As mãos dos dois se entrelaçavam na tentativa de cumprir a missão com rapidez, o que os levou a risos baixos e beijos rápidos. Quando finalmente ele se viu apenas com a camisa esta foi retirada sem a preocupação de ser desabotoada. O peito bronzeado e liso surgiu diante dela e Isabella descobriu que o corpo de um homem poderia ser belo.

O que fazer? Tocar aquela pele lisa?

Como se tivesse adivinhado o que passava pela cabeça dela Jacob ergueu as mãos puxando o tecido que ainda recobria o corpo feminino, deixando a mostra os seios arredondados, o abdômen liso, as coxas roliças cobertas por meias brancas.

Sim, ela devia tocá-lo.

Ela tinha formas de mulher, Jacob disse a si mesmo, voltando a observar o rosto feminino, puxando-a até seus corpos se encontraram. Os mamilos firmes roçaram na pele lisa do peito dele, e se apertaram quando Jacob a ajustou em si buscando os lábios delicados.

Lentamente ele sentou na ponta do colchão, colocando o corpo feminino entre suas pernas, as mãos desceram para as meias que foram retiradas com cuidado, sem que os lábios abandonassem a boca dela. Bella estava nua, e não se sentia mal com aquilo. Nem acreditava que deveria se sentir. Pois aquelas carícias, beijos e suspiros pareciam naturais, além de extremamente prazerosos.

Aquele carinho todo não podia ser errado.

Afagou os ombros largos dele, desfrutando da firmeza da pele, e gemeu alto quando as mãos grandes novamente apertaram suas nádegas. Ele a girou deitando-a na cama e ficou em pé. Com movimentos rápidos se desfez das botas e das calças sem tirar os olhos do rosto da esposa que sorria suavemente.

A menina estava tranquila e agia naturalmente aceitando suas carícias. Os poucos instantes em que percebera timidez no seu olhar foram poucos, e logo desapareceram dando espaço para a retribuição dos carinhos que ele fazia.

Com um movimento ágil se colocou ao lado dela na cama ainda parcialmente vestido da cintura para baixo, passando as mãos pelo corpo alvo. Cruzando pelas coxas até tocarem com delicadeza no espaço mais íntimo da esposa. Bella se retraiu levemente, e ele sorriu para logo voltar a beijá-la.

– Deixe-me mostrar a você que uma esposa é muito mais do que uma boa companheira e auxiliar... – a voz rouca sussurrou perto do ouvido dela antes que os lábios sugassem o lóbulo da orelha delicada.

Uma onda de calor a invadiu, a sensação era quase dolorida e preenchia todo o seu ser. As pernas se abriram para que a mão dele ousasse fazer o que pretendia. E Bella não se arrependeu, espasmos rápidos fizeram a cabeça girar quando Jacob afagou a pele inchada e úmida. Um grito escapou pelos lábios femininos e ele soube que ela estava pronta.

Num novo movimente puxou o que ainda restava de tecido recobrindo seu corpo, a acomodou mais na cama, ficou sobre ela, olhando-a nos olhos. Sim, ela estava pronta, todos os sinais estavam lá. Mas era preciso que a esposa soubesse.

– Essa é sua primeira vez... – de certa forma parecia ser a dele também – Vai doer... mas prometo a você que será apenas desta vez...

Bella não sabia exatamente o que ele queria dizer com aquilo, afinal estava sentindo uma espécie de dor desde o começo. Que outra dor poderia ser? Perguntou-se antes de dizer ao marido que não se importava.

Apenas a inocência dela falava naquele momento ele pensou antes de voltar aos beijos, acelerando o movimento dos dedos entre as pernas femininas. O corpo delicado se retesou sob o toque, as mãos dela apertaram a pele bronzeada. Jacob retirou a mão e lentamente encaixou-se na entrada.

Desta vez foi ele quem sentiu o corpo sacudir, espasmado pelo desejo que finalmente se concretizaria. Moveu-se com delicadeza, apoiando o peso nas mãos que estavam ao lado do rosto dela. Bella gemeu, puxando os ombros dele, praticamente exigindo ser possuída naquele momento. E ele obedeceu, penetrando-a de uma só vez. Como previra ela sentiu dor, os olhos deixaram escapar uma lágrima, mas Bella sorriu. Os movimentos então ficaram ritmados, a dor se esvaia sendo substituída por outra sensação bem mais prazerosa. A garota gritou, e enquanto sentia finalmente seu sêmen escorrer, Jake pode apreciar na realidade o que vivera apenas em sonho.