The last love escrita por Ingrid Lins


Capítulo 9
Capítulo 8: A carta


Notas iniciais do capítulo

Cpítulo da revelação muahahahahahahahahahaha
Acho que tdo mundo já prever a reação do Damon né, ele já provou que é um amor *-*
Tá meio curtinho em relação aos outros mas espero q gostem



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Elena Gilbert

Naquela semana que havia passado, eu tinha constatado que — infelizmente — Damon ainda mexia comigo. Mas isso não era motivo para tirar do meu filho o próprio pai. Eu tinha consciência.

E foi por esse motivo que peguei uma folha e uma caneta, e me pus a escrever as palavras mais difíceis de toda minha vida.

—O que você tá fazendo, Elena? — Matt, meu namorado, perguntou.

—Contando a verdade pra alguém que merece saber.

Em algumas horas lá estava o texto mais sincero e difícil que já fiz em toda minha vida.

Damon Salvatore

Eu estava em casa quando vi um envelope debaixo da porta. Abri e tirei dele um papel dobrado em dois. Prendi a respiração ao ver aquela letra caprichosa que há tempos eu não via. Meu coração falhou uma vez antes de começar a ler.

Engoli em seco e estranhamente me lembrei do menino que eu havia encontrado no Ecologic Park; ele me era estranhamente familiar. Algo em seus olhos, como se eu já os tivesse visto antes.

Olá Damon,

Nas últimas duas horas, imaginei uma forma de escrever a coisa mais difícil que já escrevi em toda minha vida. Talvez você imagine que tudo é algum tipo de brincadeira de mau-gosto, mas sinto lhe informar logo cedo que não é.

Espero que tenha mudado sua lista das “20 coisas que NÃO deve ser feito antes dos 30 anos” ou se não será uma tentativa em vão pro nosso filho.

Sim, nosso filho. E antes que você tenha algum ataque, ou dê entrada num hospital por um enfarto, o nome dele é Jeremy e ele tem 6 anos completos. Quando eu fui pra Yale, estava grávida, carregando dentro de mim um filho seu. Eu tinha realmente a intenção de te contar, mas você apareceu me dizendo que tinha sido aceito na faculdade, e... Acabei não sendo capaz de falar.

No primeiro instante, mil coisas passaram pela minha cabeça. Confesso que inclusive idiotices que me arrependo de ter pensado, mas uma única coisa que nunca pensei em fazer foi voltar e procurar a sua ajuda. Com apoio da minha família e dos meus amigos, consegui praticamente sozinha, cuidar de meu filho e terminar minha faculdade.

Não mereço glória por isso, muito menos parabenização, mas me orgulho muito de nunca ter precisado de você para nada.

Até hoje.

Não sei se é exatamente ajuda, mas...

Jeremy sente falta do pai, apesar de Alex e Tyler exercerem bem o papel de homem em sua vida. Sei muito bem que se você não esteve ao lado do nosso filho durante todos esses anos, foi por culpa minha, porém não se engane pensando que ele também não se magoa com seu “abandono”. Talvez o afete mais do que a mim.

De qualquer jeito espero que seja capaz de exercer seu papel de pai na vida de nosso filho.

Ps: desconfio que esteja querendo falar comigo, então me encontre amanhã no Madison, às 2:30 da tarde.

E.G.

Eu ainda não acreditava nas palavras que eu acabara de ler.

Como assim, filho? Um filho meu com a Elena?

No dia seguinte, contei cada minuto para dar 2:30h da tarde. Cheguei ao Madison uma hora antes do combinado. Tantas coisas fervilhavam na minha cabeça! Coisas que só ela, Elena Gilbert, poderia me responder.

Depois de longos minutos, ela chegou. Estava linda com um sobretudo preto na altura do joelho, e um par de botas de salto alto. Os cabelos estavam soltos, e olhos como sempre, intensos e marcantes.

Ela sentou-se e ficamos nos encarando por um tempo.

—Boa tarde. — ela disse.

—Aquilo na carta é verdade? — disparei.

—Sim. — ela disse calma e serena.

—E você diz assim? Numa carta?

Ela ficou em silêncio por um instante, até responder:

—Foi mais fácil.

Dei uma risada sarcástica. Ela tinha que estar de brincadeira comigo!

—Fácil?! Aposto que ter me contado quase sete anos atrás era muito fácil — eu disse a palavra com certo cinismo — que esconder meu filho de mim!

—Eu não escondi ninguém de você! Eu simplesmente não fiz questão de te fazer saber.

—Você não tinha o direito, Elena! Será que você entende isso? Ele é tão seu filho quanto meu! — gritei inconformado.

Tudo bem que eu só sabia que era pai há algumas horas, mas já existia um sentimento fraternal crescendo em mim. Doía demais saber que ela tinha feito aquilo comigo, porque meu sonho sempre foi ser pai. Pai de um filho dela. E saber que o meu maior desejo tinha sido realizado e ela não havia me contado, como se eu fosse um nada, estava doendo. Ela não tivera o mínimo de consideração comigo nem com a nossa história.

—Olha Damon, eu vim na boa vontade te esclarecer qualquer coisa que você queira saber, mas se você quer gritar comigo... Eu tô indo embora! — ela disse se levantando.

—Então me esclareça isso, Elena. Você teve o mínimo de noção quando resolveu que eu não merecia saber?

—Eu nunca pensei que você não merecia saber. Você tinha acabado de descobrir seu caminho, e tinha sido aceito na faculdade...! Eu não podia simplesmente acabar com tudo!

—Acabar com tudo?! Um filho com você foi o que eu sempre desejei.

—Mas não um filho aos dezoito anos! — ela gritou alterada. Depois respirou tentando acalmar sua cabeça. — Não um filho sem saber nada da vida, sem ter pelo menos um lugar, que não seja a casa dos pais, pra morar! Pelo amor de Deus, Damon, pare pra pensar.

Suspirei. Talvez ela tivesse razão. Ela realmente tinha razão, aos dezoito anos eu era um garoto perdido e nenhum pouco confiável, mas pelo amor que tinha por Elena, eu daria um jeito. Faria o que meu pai tanto queria e trabalharia, seria responsável, eu seria o homem que ela desejava. Eu cresceria por ela e meu filho — mas ela não me deu essa chance.

Abaixei a cabeça:

—Tá bem. Talvez você esteja certa. Mas, Elena se você conseguiu sozinha, porque não conseguiríamos juntos?

Elena não me respondeu. Apenas olhava para as mãos que estavam em cima das pernas cruzadas.

—Você foi embora carregando um filho meu, Elena.

—Eu sei. — ela admitiu de repente chorando. — Eu sei que devia ter te contado, mas... Me desculpa.

Segurei-lhe a mão.

—Me deixa conhecê-lo. — pedi. — Eu quero conhecer o Jeremy. O nosso filho.

Elena Gilbert

O pedido dele não era nada demais, mas eu não convivia com ele há seis anos, e o receio de tê-lo com meu filho era latente.

Refleti por um momento, para logo em seguida responder:

—Sim. Venha almoçar na minha casa no sábado.

Não demorou muito para nos despedirmos, e irmos embora.

Eu estava na casa de Caroline, e acabara de contar da carta, e do encontro no restaurante.

—Car?! Fala alguma coisa.

—Eu tô chocada! Você finalmente contou! — ela abriu um sorriso empolgado. — Vai por mim amiga, vai ser bem melhor pro Jeremy.

—Pois é! Agora tenho que contar pro meu filho que ele vai conhecer o pai.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todas as lindas que comentaram no capítulo passado, amei a recepção de vcs



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