Love Game escrita por raexgar001


Capítulo 5
Acidente.




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POV   Ralph 

Eu não sabia o que fazer, eu estava sonhando ou realmente a Vanellope havia me beijado? Sonhei com isso por anos e agora eu tinha finalmente provado do seus lábios, e realmente tinha gosto de docinho de menta assim como imaginei. Depois que todos saíram do quarto me levantei ainda envergonhado e com a voz um pouco tremula a chamei:

— Ah... Va-Vane.

— Si-Sim? - Respondeu ela de costas para mim, então constatei que ela deveria estar muito envergonhada.

"Será que ela não gostou do beijo?" - Pensei.

— É.. Eu já vou - Avisei seguindo em direção da porta.

— Tá, até Ralph - Escutei ela se despedi e em seguida fechei a porta. 

No corredor encontrei a Docinho acordada, ela me cumprimentou meio sonolenta e com um copo de água na mão ela entrou no quarto dela. Desci as escadas e avistei de longe algumas pessoas que estavam no quarto jogando dançarem na pista, pelo que parecia a festa ia demorar muito para acabar, então resolvi ir embora, mas antes me despedi do pessoal.

— Ei Ralph, já está indo? - Perguntou Félix sorridente, ele segurava um copo de suco em uma mão e na outra o Junior. O garotinho sorriu pra mim e eu passei minha mão pelo cabelo dele o que fez ele rir um pouco.

— Sim já estou indo, acho que para mim já deu - Respondi sua pergunta enquanto fazia algumas caretas ocasionando risadas no Junior que se divertia me olhando com aquelas caretas.

— Então tá, até Ralph - Ele se despediu, parei as caretas e olhei para ele sorrindo, nunca me acostumaria com o tamanho dele. 

Do lado de fora do castelo a lua brilhava, o céu estava cheio de estrelas enfeitando a paisagem do jogo, caminhei devagar pelas ruas, quando estava chegando perto da ponte de jujuba vi ao longe o filho do Peperman, assim que ele notou minha presença começou a caminhar em minha direção, parei e o olhei curioso.

— Olá? - Ele não falou nada - É Peter não? 

— Você gosta dela? - Perguntou.

— Que? 

— Perguntei se gosta dela! - Falou mais alto.

— De quem? Da Vanellope? Nós só somos bons amigos - Respondi, sabia que ele gostava dela, então, preferi não dizer a verdade, vai saber o que ele pode fazer.

— O que foi aquele beijo? - Fez outra pergunta. 

— Foi o jogo!

— Poderia ter recusado! - Gritou, respirou fundo e com a voz um pouco controlada continuou - Saca só grandão - Falou, só agora percebi que ele era do tamanho da Vanellope, ou seja, eu era maior - Eu vi a Vanellope primeiro, então é melhor cair fora.

— O que? - Aquilo havia me irritado, ele estava me ameaçando? - Quer saber garoto, eu gosto da Vanellope sim, na verdade eu a amo, e outra coisa, eu a vi primeiro, muito antes de você ser fabricado - Comecei a andar, parei no caminhou e me virei para ele que estava parado lá atrás - Ah e antes que eu me esqueça, eu tenho mais chances com ela do que você, otário - E sai caminhando. 

— Isso, vai embora, imbecil, eu nunca vou deixar você ficar com ela, nem que para isso eu tenha que sujar minhas mãos - Sussurrou ele para si mesmo, em seguida foi embora por outro caminho.

POV   Vanellope 


Hoje o fliperama ia fechar cedo, então tivemos muitas corridas, todos queriam jogar Corrida Doce Nova Geração, quando as corridas acabaram e o fliperama fechou as duas da tarde, eu subi no palanque e falei as mesmas baboseiras de sempre, e como esperado alguns foram embora e outros ficaram para me ouvirem falar. Quando desci do palco fui recebida por dois pestinhas eufóricos e dois adolescentes, um preguiçoso e outro chupando pirulito. 

— Vanellope, Vanellope! - Gritavam as crianças tentando pular para o meu braço. 

— Ei! Ei! Calma galerinha - Falei fazendo os dois pararem - O que foi?

— A gente pediu para a Taffyta e o Rancis ensinarem a gente a pilotar - Respondeu Docinho.

— E? - Perguntei fazendo ela continuar.

— Eles disseram que a senhora pode nos ensinar. 

Pensei um pouco e respondi sorrindo - Para a fábrica de carros! 

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Passamos pela porta da fábrica, sorri ao me lembrar da primeira vez que entrei aqui. 

"Beleza faça o seu truque, quebra isso" - Falei me aproximando eufórica da porta aonde havia meu rosto desenhado nela.

"Que isso? Você é uma delinquentizinha né?" - Ralph perguntou indignado.

Essa cena se passou pela minha cabeça e eu ri comigo mesma, passamos pelas cortinas e eu pisei em cima do botão vermelho, logo tudo iluminou e as crianças começaram a escolher.

Mais cenas veio em minha cabeça: 

"Que lugar é esse? Cadê os carrinhos?" - Perguntou Ralph passando pelas cortinas.

"Temos que faze-los" - Respondi já começando a escolher o meu.

"Que? Não não não não não, olha pirralha é uma péssima ideia, olha eu não faço coisas eu quebro coisas" - Disse tentando me convencer em desistir.

"Bom então parece que vai ter que sair do feijão com arroz grandalhão" - falei - "Ah, gostei desse aqui!!" 

Ri mais uma vez da minha lembrança, depois de um tempo o Swzzle escolheu um carro igual ao meu.

— Quero esse! - Falou sorridente, caminhei até o carrinho e apertei o botão, assim que a cortina levantou foi como se o passado tivesse voltado e eu fosse um bag, abanei a cabeça para afastar esse pensamento, eu não queria começar a relembrar as partes tristes do meu passado agora.

Bem vindo a confeitaria, vamos preparar um carro. 

A voz da fábrica falou, as crianças correram e eu e os outros fomos atrás, a Taffyta se posicionou atrás daquela roda de biscoito já se preparando para separar os ingredientes. 

Você tem um minuto para ganhar! Vai! misturando, coloque os ingredientes em uma vasilha e jogue fora o que não presta.

O Jogo começou mas a roda quebrou, eu Rancis e Taffyta nos entreolhamos e corremos para aquele treco gigante lá, eu tirava o que não prestava e a Taffyta e o Rancis pegavam o que prestava. 

— Vamos lá, vocês conseguem! - As crianças gritavam.

— Eu mereço - Taffyta comentou baixinho mas acabei escutando.

Acabei sendo acertada por uma caixa de leite e fui jogada para dentro da vasilha levando comigo a Taffyta e o Rancis. A batedeira desceu e nos rodou lá dentro, depois eu e a Taffyta fomos jogadas na forma junto com a massa e o Rancis conseguiu sair todo melado, ele desceu a esteira e correu, em seguida começou a apertar a bombinha para assar o carrinho.

— Meu Deus não faz isso Rancis - Gritou Taffyta desesperada.

— Para Rancis para!! - Comecei a gritar também, a gente ia morrer ali dentro, e foi o que aconteceu, nós morremos e nos regeneramos de novo, a esteira começou a rolar e conseguimos sair junto com o carrinho.

— Eu vou te matar! - Gritou Taffyta pulando para fora da esteira, eu até iria atrás dela mas fiquei presa na massa.

— É.. Pessoal! - Gritei chamando a atenção deles, as crianças morriam de rir.

— Aguenta Vanellope! - Gritaram e foram para o próximo passo.

— Eu vou esperar tá - Falei irônica.

Eles colocaram as rodas do carrinho, quando iam colocar a cobertura começaram a discutir e acabaram acertando o vidro que guardava a cobertura, logo aquilo começou a escorrer me melando toda, o vidro caiu pro lado quebrando todos os outros, nesse momento percebi que o que estava acontecendo comigo, havia acontecido ao Ralph na primeira vez que entrei aqui, só que pior! 

Limpei os meus olhos e consegui ver eles correrem para o outro lado, eu juro que mato aqueles dois! 

Tempo esgotado, parabéns, você conseguiu, e aqui está o seu carro!

A porta se abriu e as coisas começaram a cair, revelando o carro e eu. Caí no chão exausta, eles começaram a rir de mim e me levantei com raiva, mas por incrível que pareça ela sumiu assim que vi o Siwzzle olhar para o carrinho admirado.

— E ai? O que achou? - Perguntei, o carro havia ficado todo verde (cor de menta) com alguns granulados em cima, uma jujuba *farol* da cor vermelha e outra da cor azul.

— Eu amei! Ficou muito bom! - Gritou animado, correu e se sentou no carrinho - Como eu dirijo? - Perguntou animado.

— Primeiro vamos fazer o carrinho da Docinho depois eu ensino a vocês - Falei e ele assentiu sorrindo, Rancis deu a volta no carro e começou a empurrar ele. 

POV   Ralph 

Estava saindo da reunião de vilões quando encontrei o Guilbert me esperando do lado de fora do jogo do Pac-Man, sorri para ele mas ele não sorriu de volta, o que me preocupou muito.

— E ai Guilbert... Aconteceu algo? - Perguntei meio preocupado.

— @#$%¨*& )#'£¬¹¢$#¨&*"!@# - Falou e eu me espantei.

— O QUE!? - Apressado sai correndo de lá, fui em direção a ala dos maiores de 18 anos, nunca havia ido para aquele lado já que me disseram que rola muita coisa ruim como prostituição e venda de maconha. Chegando lá procuro o jogo GTA, assim que eu o encontro corro até ele entrando e ignorando o regulador de tenção, procurei um táxi e entrei nele.

— Para onde? – O cara perguntou.

— Pro hospital - Falei e ele acelerou, chegando lá pedi para ele esperar, estava sem dinheiro e pelo que o Guilbert disse o Félix estava aqui ou seja, ele deveria ter dinheiro, na porta de entrada vi ele me olhando preocupado, pedi dinheiro emprestado, ele sorriu como se já soubesse que pediria aquilo e pegou a carteira indo para o táxi pagar ele. Entrei no hospital procurando por alguém conhecido, logo avistei a Taffyta com a cabeça encostada no ombro do Rancis enquanto ele tentava acalmar ela, olhei mais atento para ela percebendo que ela havia chorado; Me desesperei mais ainda e fui procurar a Vane, ela estava encostada na parede do corredor, segurava um copo na mão e usava o seu capuz, quando me aproximei percebi que ela também havia chorado.

— Vanellope? - A chamei e ela olhou para mim desesperada, por impulso a abracei, ela me abraçou de volta e começou a chorar – O que aconteceu? 

— A culpa foi minha Ralph, eu devia ter feito alguma coisa, eu tenho poderes! Eu devia ter feito algo! - Falou enquanto começava a chorar mais ainda, abracei ela mais forte e alisei seus cabelos tentando acalmar ela. 

— Vai ficar tudo bem Vanellope, a Docinho é forte ela vai sair dessa, você vai ver - Falei baixinho, ela me abraçou um pouco mais forte.

— Obrigada Ralph. 

— Tudo bem, eu faria qualquer coisa por você linda - Respondi e dei um beijo suave em sua testa. Não me pergunte de onde consegui tirar coragem para dizer isso, mas fico feliz que tenha dito algo. 

POV  Desconhecido.

— E então? Você fez? - Perguntou aquele velho idiota metido a rei.

— Sim, fiz do jeitinho que você me disse - Respondeu a loira meio avoada.

— Ótimo, agora retire-se - Falou abanando as mãos, percebi que ela saiu meio a contra gosto da caverna.

— Agora rapazinho, é a sua hora, eu já dei a chance - Falou olhando para mim.

— Tudo bem, eu não vou desperdiçar ela - Falei.

— Ótimo, não se esqueça que depois irei cobrar o favor - Disse.

— Tudo bem velho, estou indo embora.

Antes de ir escutei ele dar algumas gargalhadas de cientista doido, apenas revirei os olhos e fui caminhando para fora daquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Oi gente !! Desculpe a demora é que eu tenho muita tarefa da escola pra fazer então eu fico meio sem tempo. E ai gente, o que será que aconteceu com a Docinho ? E quem será que é essas pessoas desconhecidas ? Alguém tem palpite ? Obrigada por lê até aqui, nós vemos no próximo capitulo, beijos ^_^



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