POV Vanellope 

Me acordei no dia seguinte me sentido super animada, nem acredito que o Ralph voltou! Sai da cama e peguei minhas roupas no guarda-roupa feito de biscoito, peguei uma toalha e fui para o banheiro. Depois de fazer minhas necessidades e tomar um banho bem demorado eu sai do banheiro, antes de ir tomar café eu passei no quarto das crianças só para encontrar as duas camas arrumadas.

— Hm... Que estranho - Murmurei para mim mesma, fechei a porta do quarto e desci as escadas.

"Eles só podem estar aprontando..." - Pensei. 

Cheguei na cozinha e arregalei meus olhos.

— Mas o que, que? 

— Ah... Bom dia Vanellope - Docinho me cumprimentou. 

— Bom dia - Falei.

Não acredito que eles estão quietinhos deste jeito, o que está acontecendo aqui? Balancei a cabeça afastando os pensamentos e me encaminhei até a mesa, fiz menção de puxar a cadeira que estava na frente deles, mas parei ao ver eles me olharem ansiosos. Eu já havia visto esse olhar muitas vezes, eles sempre ficavam ansiosos quando aprontavam algo, logo percebi que tinha algo errado com a cadeira então a larguei. Eles mudaram o olhar ansioso para um de decepção, sorri e puxei a outra cadeira ao lado, quando me sentei levei o maior tombo.

— Ai!  

— Hahahahhaha!! - Eles riam apontando para minha cara - Ela caiu mesmo, hahaha. 

— Hora seus pestinhas!  - Tentei me levantar mas parei ao sentir meu corpo dolorido, olhei para minhas mãos meladas de uma espécie de tinta marrom e falei – O que você colocaram nessa cadeira!? 

— Nada só cortamos as pernas da cadeira e a pintamos com tinta marrom - Respondeu Swizzle.

Suspirei aliviada - Ainda bem que não é coco - Falei e eles me ajudaram a me levantar - Agora... Estão de castigo por duas semanas - Falei séria, os dois me olharam com os olhinhos cheios de lágrimas, fizeram um biquinho e juntaram as mãozinhas - Não façam essas carinhas, vocês sabem que eu não resisto - Disse e eles começaram a derramar lágrimas, por mais que essas lágrimas sejam falsas eu não consigo resistir - Ah tá bom vocês vão ficar de castigo só por hoje. 

Eles sorriram animados, confesso que não consigo ficar muito tempo brava com eles. Os dois saíram correndo para o quarto, quando passavam pela porta da cozinha quase derrubaram o Rancis e Taffyta.

— Nossa! - Taffyta exclamou quando me viu - Quem fez isso? 

— Adivinha - Falei irônica. 

— A cada dia que passa essas crianças ficam mais levadas - Comentou Rancis - Anda se troca toma um banho, vamos para a pista de corrida. 

— Não demoro - Falei e corri para o meu quarto.

POV Ralph 

" ALERTA DE FICHA! ALERTA DE FICHA ! " 

Me preparei para mais um dia de trabalho, corri para o meu barraco e logo começou a apresentação do jogo, logo depois de jogarem meu barraco no lixão e o prédio ser construído, o jogo começou, desde que voltamos da fabrica o nosso jogo não para de fazer filas, todos querem jogar Detona Ralph Jovem. Depois de um longo dia e uma longa tarde pude sair do jogo. Fui até o Peperman, enquanto andava pela estação de jogos pude vê o Natan conversar com aquele fantasminha do jogo do Pack - Man.

"Ai tem coisa" - Pensei quando vi o Natan colocar o dedo indicador no nariz do fantasma, até me espantei quando ouvi ele falar: "Para bobinho!". Com certeza ai tem coisa. 

Passei um tempo conversando com o Peperman até avistar de longe a Vanellope entrar no jogo, na mesma hora meu coração acelerou, minhas mãos começaram a suar e eu aposto que corei. Ela me viu e acenou sorrindo, acenei de volta enquanto via ela se aproximar. 

— Oi Ralph! - Me cumprimentou. 

— Oi Vane, o que faz por aqui? - Perguntei disfarçando a vermelhidão do meu rosto. 

— Bem eu vim comprar umas coisas, vou fazer uma festa, hoje é aniversário do Azedo - Falou se sentando do meu lado - A propósito, você e os outros estão convidados.

— Obrigado - Disse e ela entregou um papel ao Peperman, ele olhou por um tempo e assentiu o guardando no bolso. 

— Esteja lá as oito - Falou se levantando, eu não queria que ela fosse, então segurei sua mão, senti o corpo dela se arrepiar ao mesmo tempo que o meu se arrepiava. 

— Não vá! - Disse sem pensar.

— Por quê? - Perguntou ela, seu rosto tinha uma coloração vermelha assim como o meu.

— Bem é que... É que... - Anda Ralph, pensa e alguma coisa! - Você não disse que ia comprar, não está levando nada – O que? Burro, não tinha coisa melhor? 

— Ah isso? Não tem problema agora o Peperman manda o filho dele fazer entregas - Disse sorrindo.

— Filho? - Me espantei, como ele tinha um filho? Eu só fiquei fora por alguns meses e o Peperman já tem filho!? 

— Sim, sabe, alguns jogos também tiveram umas modificações, e bom, agora o Peperman tem um filho - Disse e eu soltei sua mão – Olha! aquele é o filho dele! - Ela apontou para um garoto, ele tinha cabelos pretos assim como os olhos, usava uma calça super folgada da cor cinza e uma camisa apertada da cor roxa, por cima usava um casaco de capuz da cor cinza e um tênis branco, ele deveria ter uns dezessete anos - Ei Peter! - ela gritou chamando sua atenção, ele acenou para ela sorrindo, ela acenou de volta e gritou mais alto - Hoje vai ter uma festa lá em casa, aparece lá as oito!

— Ok! - Ele gritou de volta, apanhou umas caixas do chão e saiu em direção do achados e perdidos.

— Bom Ralph, agora tenho que ir, nos vemos na festa? 

— Claro, até as oito.

— Até. 

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Já passava das 8:10, estava bastante atrasado, todos os Gentilanos e até mesmo o Félix e a Calhoun já tinham saído, saí do barraco e fui correndo para a estação de jogos, sai do meu jogo e fui parado DE NOVO pelo regulador de tenção.

— Nome? - Ele perguntou.

— Detona Ralph.

— De onde está vindo? 

— Do Detona Ralph Jovem.

— Você leva alguma coisa? Fruta talvez? 

— Não, não levo nada - Falei e mostrei minhas mãos.

— Para onde está indo Ralph?

— Corrida Doce Nova Geração.

— Por que está tão cheiroso? Vai encontrar alguém? 

— Não é da sua conta velho - Disse meio zangado, fala sério que cara mais intrometido.

— Mais respeito moleque, saiba que eu trabalho aqui há anos! - Ele disse como se isso fosse me impressionar.

— Grande coisa, eu também estou aqui há anos - Disse. 

— Você não tem educação não? 

— A desculpe esqueci ela no meu jogo, agora se me der licença - Falei tentando passar, mas ele me barrou. 

— Você é muito engraçadinho não moleque? Vamos ver se vai gostar de fazer serviço comunitário - Falou e me entregou um papel. 

— O que é isso? - Perguntei. 

— Uma intimação para vir trabalhar comigo nesse feriado. 

— O que? Passar o meu feriado com você? 

— Agradeça que o feriado só vai ser daqui a um mês - Falou e ajeitou os óculos.

— Mas o feriado vai durar duas semanas! 

— A é, então não me agradeça, agora... Da o fora - Falou e sumiu.

— Filho da puta - Amacei o papel e o guardei no bolso do meu macacão. 

POV Vanellope

A festa estava rolando fazia um tempinho, era tudo tão simples, alias estamos falando do Azedo e não de um adolescente né. Olhei para a pista de dança e ri da Jubillena que dançava desengonçada, Rancis estava do outro lado na mesa de ponche, ele estava com uma garota que ficava se jogando para cima dele, mas ele não tirava os olhos da Taffyta, olhei para ela encostada na parede ao meu lado.

— Ele esta te encarando - Disse, ela tirou o pirulito da boca e falou: 

— Estou nem ai para esse loiro tarado.

— Vocês precisam parar com isso, tá na cara que ele gosta de você e você gosta dele - Falei e ela riu.

— Ele gosta de mim? Conta outra, ele só pensa em fazer...
Aquilo - Ela corou.

— Aquilo que vocês fizeram naquele dia - Falei maliciosa e ela corou mais ainda.

— Ei olha só, não é o Ralph - Desconversou. 

— É ele sim, mas não pense que não vamos continuar essa conversa - Falei.

— Cala a boca e vai falar com ele - Disse e me empurrou. 

Caminhei até o Ralph, ele aprecia está procurando alguém, quando ele me viu abriu um lindo sorriso, meu coração falhou uma batida.

Santo Joystick! Por que ele me faz sentir essas coisas? Ele nem faz esforço pra isso! Sorri de volta.

— Ralph, você veio - Idiota, claro que ele veio você tá cega!? 

— Claro eu não ia perde a festa do Azedo né - Respondeu rindo.

— Claro, claro - Ficamos alguns minutos em silêncio, foi então que uma música começou a tocar.

— Cara eu adoro essa música - Ralph disse animado - Vamos dançar! 

— Eu não sou boa de dança...

— Que isso, vem!  - Ele segurou minha mão e me puxou para a pista de dança.

Ele dançava animado, era impressionante o jeito como ele se mexia no ritmo da música, comecei a balançar o meu corpo envergonhada, logo depois já estava dançando igual a ele, ri quando o Ralph fez o passinho do Machal Jequison todo desengonçado, ele riu de volta e me puxou para dançar mais perto dele. 

Depois de muito tempo de dança nos cansamos e fomos beber algo, ficamos conversando por alguns minutos até o Rancis nos interromper.

— Ei, eu e os outros queremos jogar - Falou - Podemos ir pro seu quarto Vanellope? 

— Por que no meu quarto? 

— Porque é o maior quarto do castelo.

— Mentira o das crianças são maior - Falei.

— Mas eles estão dormindo lá - Respondeu - Anda deixa, olha se quiser vocês podem vir jogar com a gente, o que me dizem? - Perguntou olhando para Ralph.

— Deve ser legal, vamos Vane? 

— Tá, tá bom.

— Isso - Rancis comemorou - Vou chamar os outros.

— Vamos Ralph, vamos para o meu quarto - Disse e ele me seguiu.

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— Verdade ou desafio? - Taffyta perguntou para Peter.

— Verdade - Respondeu ele.

— É verdade que você gosta da Vane? - Perguntou ela.

— É verdade, eu faria qualquer coisa pela Vanellope - Respondeu.

Senti o meu rosto esquentar, o que? Ele gosta de mim? Eu nem sabia disso! Olhei para o Ralph ao meu lado, ele parecia com raiva, olhava para o Peter como se fosse querer mata-lo, não, deve ser só coisa da minha imaginação o Ralph não gosta de mim né? 

Peter girou a garrafa, caiu em Rancis - Verdade ou desafio? 

— Verdade.

— É verdade que você e a Taffyta já transaram? 

Pronto, a Taffyta se engasgou com o pirulito e o Rancis virou uma pimenta, ajudei a Taffy a se desentalar mas não adiantou muito pois ela voltou a se engasgar quando ouviu a resposta do Rancis.

— Sim, nós já transamos - Rancis falou super hiper mega corado.

Todos da rodinha riram, ate o Ralph, afinal a cara da Taffy estava super engraçada. Rancis pegou a garrafa e a girou, droga!! caiu em mim.

— Verdade ou desafio? - Perguntou ele dando um sorriso maroto.

— Desafio - Respondi firme, como se estivesse certa do que queria, infelizmente era o contrario, só falei desafio porque até agora ninguém teve coragem de fazer um.

— Eu desafio você a.. Beijar o Ralph, na BOCA! 

— Seu filho da... desgraçado, corno safado - Falei sentido o meu rosto corar intensamente - Ok, eu faço - Olhei para o Ralph, estava morrendo de vergonha e ele também. Me aproximei devagarinho, ele era mais alto do que eu e então teve que abaixar um pouco a cabeça, faltava centímetros para que nossos lábios se encontrassem, parei um pouco para olhar nos seus olhos, ele engoliu em seco. Me aproximei e o beijei. 

Senti todo o meu corpo se estremecer e meus joelhos ficarem moles, meu coração falhou varias batidas enquanto o dele batia muito forte, dava para ouvir, mas... Poxa vida, era tão bom, seus lábios eram quentes e macios, tinha gosto de chocolate, por mais que ele odiasse o chocolate. Ficamos um tempo assim até eu tomar coragem de me separar dele, eu tremia de medo, e se ele não gostou? A meu Deus! 

Quando nos separamos percebi que todos nos olhavam com sorrisos maliciosos, nós dois coramos muito, pelo canto do olho vi o Peter fechar a cara. 

— E então? - Rancis perguntou.

— E então o que? - Perguntei, cara que vergonha.

— Como foi?  - Perguntou Taffyta.

— Se é para ficar perguntando essas coisas é melhor todos irem embora - Respondi me levantado - Vamos a festa acabou, vasa - Falei e todos saíram reclamando.

— Ainda vamos falar sobre isso - Avisou Taffyta antes de sair, dei língua e ela riu.

— Ah... Va-Vane - Era Ralph, meu Deus como vou encarar ele agora? Estava tão envergonhada que respondi de costas pra ele.

— Si-Sim? 

— É.. Eu já vou - Ele falou, sua voz parecia meio falha. 

— Tá, até Ralph - Falei e fiquei de costas até escutar a porta do meu quarto se fechar. Suspirei aliviada, fui caminhando até a cama e me joguei nela, ainda sentia o meu coração acelerado.