POV Vanellope 

 - Você está melhor Vanellope? 

— Um pouco... Obrigada Ralph - Respondi forçando um sorriso. 

Já havia se passado duas horas desde que o Ralph chegou no hospital, nesse tempo ele não havia saído do meu lado, o que me ajudava a me acalmar um pouco. Agora estávamos em um banco em frente ao hospital.

— Vanellope.

— Sim Ralph? 

— Eu estou curioso, o que aconteceu com a Docinho? - Perguntou, imediatamente abaixei a cabeça triste, eu não queria pensar naquilo agora - Olha Vane, se quiser, não precisa contar - Falou percebendo minha reação. Apenas assenti com a cabeça.

Passamos um tempo em silêncio, eu estava desapontada comigo mesma, eu podia ter feito alguma coisa, mas... Eu não consegui sair do lugar, por que!? 

— RALPH! VANELLOPE!! - Gritou Rancis da porta do hospital.

— O que foi!? - Gritei desesperada, já me levantando do banco. 

— O doutor quer falar com vocês! 

Após ouvir isso tiltei para dentro do hospital parando em frente a Taffyta. 

— Taffy! Onde está o médico? - Perguntei a ela desesperada. 

— E-Ele está na sala dele - Respondeu um pouco assustada por eu ter aparecido do nada na frente dela.

— Vanellope! - Ralph apareceu gritando pelo corredor - Que susto, pensei que tivesse ido embora - Suspirou aliviado.

Olhei para ele me lembrando que havia me esquecido dele ao ouvir o que Rancis falou. De repente uma enfermeira vem nos chamar - Vanellope, Ralph? Por favor me sigam - Apenas assentimos e andamos um ao lado do outro em silêncio, de repente ela para em frente a uma porta e fala apontando para ela - O Doutor Alejandro os espera - E em seguida vai embora. 

Olhei para a porta com medo do que poderia acontecer, Ralph percebendo minha situação da um passo a frente e a abre, ele olha para mim como se disse-se: "Vá na frente Vane, eu estou logo atrás de você". Meio receosa entro na sala me deparando com um senhor que aparentava ter seus 46 anos, cabelos pretos alguns fios brancos, pele morena e um bigode. Ele tirou a sua atenção do bloco de anotações e nos olhou da cabeça ao pés.

— Hum... Vanellope e Ralph? - Perguntou.

— Isso, eu sou o Ralph e ela é a Vanellope - Respondeu Ralph.

— Por favor sentem-se - Disse apontando para as duas cadeiras em frente a sua mesa.

— Então... É, doutor Alejandro, como está a docinho!? - Perguntei desesperada.

— Ela é sua filha? - Perguntou olhando a ficha que eu apostava ser dela. 

— Não, mas todo o povo do meu reino é importante para mim! Principalmente ela e o Swizzle - Respondi a última parte baixinho, mas aposto que o Ralph escutou por estar mais próximo de mim.

— Doutor Alejandro, a Docinho é uma personagem de um jogo, porque ela não se regenerou? - Perguntou Ralph indignado.

— Bom senhor Detona... A Docinho é um programa de jogo diferente, acredito que ela só possa se regenerar se tiver corações. 

— Corações? - Perguntei - Agora entendo porquê apareceram corações no meio da pista de corrida, pensava que era erro do jogo, mas agora percebo.

— Vocês, personagens mais antigos do jogo, podem se regenerar, mas a Docinho não, ela é nova no jogo, seu fabricante poderia tê-la feito igual a vocês, mas preferiu inovar, mudar um pouco as coisas. É por isso que quando o acidente aconteceu ela não conseguiu se curar.

— Como está a situação dela? - Perguntei preocupada.

— Ela chegou aqui bastante machucada, mas passa bem -Respondeu sorrindo.

— Podemos vê-la? - Perguntou Ralph.

— Desculpe, mas o horário de visita já acabou a dez minutos - Respondeu olhando para o relógio de pulso - Daqui a alguns minutos abriram o fliperama, acho melhor voltarem para os seus jogos. 

— Podemos ver ela amanhã? - Perguntei esperançosa.

— Claro, o horário de visitas começam as 02:00 da madrugada e terminam as 05:50.

— Certo, até - Falei saindo da sala acompanhada pelo Ralph. 

— Até - Respondeu o Alejandro.

POV Ralph 

Assim que saímos da sala do Alejandro, fomos para nossos jogos, uma coisa que ainda não contei a vocês, antigamente, eu não precisava dormir, na verdade nem um personagem de Concerta Félix e Corrida Doce precisavam dormi. Agora com essa mudança que ocorreu nos dois jogos, precisávamos dormir; O máximo que conseguimos agora são só passar uma noite acordado, eu já tinha ficado noite passada acordado e agora estava morrendo de sono. 

Cheguei no meu jogo dois minutos antes do fliperama abrir, o que para mim é um enorme alívio, caminhei devagar até o meu barraco e me deitei na cama, já pegando no sono. Do nada senti algo mexer meu barraco e percebi que o jogo já tinha começado, devagar e sem animação, coloquei minha cabeça para fora da janela e murmurei:

— Ei! Para onde pensa em levar meu barraco!? 

Depois o jogo continuou. Depois de muitas horas de trabalho fui para o meu lixão, desesperado me joguei na cama já me cobrindo, quando estou caindo no sono escuto batidas na porta.

— Quem é? - Pergunto de olhos fechados.

— É o Félix Ralph! 

— Pode entrar tá aberto. 

Escuto a porta abrir e se fechar, logo a voz do Félix invade meus ouvidos.

— E ai Ralph, como a Vanellope está? 

— Ela tá um pouco melhor, daqui a pouco vou pegar ela no castelo - Murmurei com os olhos ainda fechados.

"Ah! Como queria poder dormi ao menos alguns minutos!" - Pensei.

— É uma pena o que aconteceu com a garotinha não é? 

— Sim... Félix, o que aconteceu com a Docinho? 

— O Rancis disse que eles estavam na fabrica de carrinhos quando do nada o teto desabou, Rancis disse que ele estava do lado de fora junto com aquele garotinho... Qual é mesmo o nome dele? 

— Swizzle.

— Isso, então, A Vanellope estava construindo um carrinho para a Docinho quando do nada o teto desabou, Taffyta disse que tentou tirar a menina de lá mas não chegou a tempo, por sorte a Docinho não se machucou muito, a Vanellope a empurrou levando todo os escombros em cima de si, de qualquer modo, ela se culpa por não ter tirado a menininha antes que alguma coisa a tivesse machucado.

 - Entendo - Falei, eu já estava sentado em minha cama, mas com o lençol por cima de mim.

— Bom, acho que eu vou com você - Falou, eu o olhei como se pergunta-se o que ele estava falando - Eu vou com você para o jogo da Vanellope, o Rancis perguntou se eu poderia conserta o teto da fabrica.

— Ah, claro - Disse bocejando - Vamos lá então - Calcei os meus sapatos e sai do barraco.

POV Vanellope

Estava no castelo junto da Taffyta e do Swizzle, estávamos esperando o Ralph a alguns minutos, de repente alguém bateu na porta e o Azedo foi atende-la, era o Ralph e o Félix.

— Oi gente - Cumprimentaram.

— Oi. 

— Vamos pro hospital? - Perguntou Ralph, assenti e me levantei do sofá. 

— Vanellope! - Escuto uma vozinha infantil me chamar e algo agarrar a minha perna - Por favor Vane, me deixe ir com você! Eu quero ver a Docinho!

Suspirei cansada, em seguida me abaixei ficando na altura do Swizzle - Desculpe Swizzle, mas agora não posso levar você, eu tenho que resolver umas coisas por lá, eu prometo que assim que a Docinho tiver acordado e estiver um pouco melhor eu te levo tá bom? 

— Mas... Vane - Ele começou a chorar - Por favor... 

Não aguentei e o abracei, eu não poderia deixar ele vê-la agora porque ela ainda estava machucada, mal conseguia abrir os olhos direito; Claro você deve esta se perguntando como eu sei, claro que eu não ia esperar para vê a Docinho então tiltei para o quarto dela.

— Desculpe... Mas vai ter que esperar - Disse e dei um beijo no topo de sua cabeça.

— Não, por favor não!!  - Ele começou a chorar mais ainda, fiz um sinal para a Taffyta e ela o pegou no colo o levando para o quarto.

Ao sair do castelo observei o céu estrelado, a rua estava um pouco escura e poucas pessoas passavam por ela, senti uma mão tocar o meu ombro, já sabia que era o Ralph, não hesitei em me virar para ele e o abraçar já começando a deixar escapar as lágrimas. 

— Tá tudo bem Vane, eu estou aqui - Falou me abraçando mais forte. 

— Eu sei que esta - Respondi entre soluços.

POV Desconhecido.

Cheguei perto do castelo para visitar a Vanellope e ao longe a vi com aquele maldito, filho da puta! Esse bastardo só me atrapalha!

Meu plano era perfeito, era eu que deveria estar consolando-a! Argh! Agora terei que apelar para aquele velho de novo.