The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 44
Capítulo 44 - Papel e caneta


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou de volta, e nem demorei dessa vez.
Algumas novidades legais (e por elas serem legais espero que vocês retribuam com comentários cheios de amor ♥):

— Vai ter segunda temporada. Sou apegada à TFM, de um jeito que cês não tem noção. Mas não esperem algo longo de 50 capítulos, pretendo não passar de 15 ou 20.
— Vocês viram que Lea e Dianna assumiram o namoro?
— Talvez (e isso depende de vocês) tenha uma one-shot ou uma short-fic de Brittana. Um espécie de Brittana Mission, sabe? Mas bem curtinha mesmo, que não passe de 3 capítulos. Vocês leriam?
— Pretendo criar (já criei, mas não arrumei o theme e tal) um tumblr pra divulgar minhas fics e falar delas, lá vocês poderão encontrar a linha temporal de TFM dum jeito mais organizado, gifs, trailers, e tudo de legal relacionado não só à TFM (mas à todas as minhas fics e textos e etc)
— Lembram quando eu falei que se caso vocês precisassem imaginar a Kaitlin de alguma forma podiam imaginar como a Katie Cassidy porque é como ~eu~ imagino ela? Então, calhou de que Katie Cassidy e nosso amado Cory Monteith (amado sim pq o babaca é o finn e não ele) já fizeram par romântico, em Monte Carlo. Daaaaí, só queria falar isso mesmo... Quem sabe né, Kaitlin e Finn... Numa segunda temporada... (até pq agora ele tem só 16/17 anos kakaka) Mas tá, fiquem aí com uma foto de um Universo Paralelo onde Finn e Kaitlin são um casal: http://65.media.tumblr.com/tumblr_lsw17g84MV1qa3c5io1_500.png

Bye, comentem!





PS.: - Kurt já é assumidamente gay em TFM.



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— Essa é a minha casa. Vocês não têm o direito de entrar aqui e se meterem nos meus problemas. Eu sei limpar minha sujeira sozinha. – Rachel rosnou irritada, cerrando o punho enquanto andava pra lá e pra cá ao redor do sofá onde Finn, Brittany e Kurt decidiram sentar-se.

Já não entendia mais nada. Eles sabiam do plano Faberry de Sue? Eles sabiam que ela estava com Quinn a mais tempo do que todos imaginavam? Qual era o grau de conhecimento que eles tinham acerca de seu relacionamento com Fabray? E quem eles pensavam ser pra dar conselhos amorosos a ela?

— Rachel, se acalme. – Kurt pediu, ainda que ele mesmo não mostrasse muita serenidade no olhar. As três palavrinhas eram claramente uma ameaça.

— Não vou me acalmar enquanto vocês não saírem da minha casa. É crime, sabia? Invasão domiciliar. – Retrucou, cruzando os braços e fechando ainda mais a cara. – Eu odeio vocês.

— Santana me disse que você provavelmente reagiria assim, e ela e Lord Tubbington me asseguraram que eu deveria me manter firme e continuar nosso plano. – Brittany decidiu pronunciar-se. – Ainda que eu desconfie que Lord Tubbington estivesse se referindo à sua ligação com a máfia italiana... – Ponderou, pensativa.

— O que eu acho que Brittany quer dizer é que nós sabíamos que você não reagiria bem, mas que mesmo assim precisaríamos te fazer nos ouvir. – Finn corrigiu, ao ver a confusão nos olhos azuis da loirinha.

— É claro que não vou reagir bem com meu ex-namorado de mentirinha que me arrancou do armário e dois dos meus amigos na minha casa querendo consertar meu relacionamento falido com Quinn. Aliás, o quanto vocês sabem sobre Faberry?

Kurt suspirou, cruzando as pernas e balançando o pé direito com certa uniformidade no movimento.

— Sue e Santana nos contaram tudo. Nem sei muito bem o que estou fazendo aqui, devem achar que só porque sou gay eu poderia dar conselhos à altura da situação toda. – Hummel deu de ombros. – O que importa é que estou aqui, e não estou para dramas tolos, Rachel Berry.

— Acho que Sue te escolheu por ser o mais insensível. – Brittany disse, sem a intenção de soar maldosa. – Ou não, suas bochechas parecem a bunda de um neném de tão perfeitas. Eu te escolheria pra presidente só por elas.

— Eu tô aqui porque Santana disse que me castraria no meio do corredor se não seguisse seu plano. – Justificou-se o maior. – E por que... Porque preciso pedir desculpas. Faz duas semanas que tudo aquilo aconteceu e me sinto mal. Pensei que me vingar das duas únicas namoradas que eu tive faria eu me sentir melhor. Idiotice. Não trouxe nenhuma das duas de volta pra mim e nem melhorou alguma coisa.

— Você realmente cogitou que eu ou Quinn voltaria pra você depois de nos tirar do armário? – Rachel indagou, incrédula com a confissão de Hudson.

O quarterback deu de ombros, ligeiramente desnorteado.

— Nem sempre eu penso direito, Rachel. Você sabe disso. E dessa vez passei dos limites. – Finn novamente soou honesto, e novamente Berry preparou um alerta para caso o garoto estivesse aprontando. Quando é que passou a não confiar em ninguém? Não que ele fosse confiável, mas o sentimento de insegurança, ultimamente, havia se tornado estranhamente comum. – É como minha mãe diz: não adianta derramar o leite pelo choro. Ou algo assim.

Chorar pelo leite derramado. – Kurt corrigiu.

— Tanto faz.

— Me desculpa. Por favor. Nunca fui tão honesto na minha vida inteira. – Finn suplicou. – E olha que nunca menti nos meus pedidos no McDonalds.

Rachel revirou os olhos, ainda claramente furiosa com a visita dos três, mas finalmente refletindo sobre suas justificativas.

— Olha, por mais que eu te perdoe Finn, e por mais que eu cogite ouvir o que vocês querem dizer... Nada irá consertar Faberry. Talvez realmente não fôssemos feitas uma pra outra. Talvez seja melhor assim.

— Vocês duas brigaram há duas semanas e nem tentaram consertar isso como qualquer ser-humano normal. Por que é tão difícil pra vocês largarem o orgulho e dizerem o que realmente sentem? Pedir desculpas nunca machucou ninguém, Berry. Finn acabou de fazer isso e está inteiro. – Hummel argumentou.

— É... Acho que sim. É, estou. Sério. – Hudson parecia confuso, enquanto Kurt bufava por ter seu discurso interrompido.

— Vocês fazem tão bem uma pra outra, e às vezes fazem um pouquinho de mal também. Não pode deixar que este momento ruim torne-se o suficiente pra apagar todos os outros momentos bons que tiveram. – Brittany complementou. – Lord Tubbington está no vício, de novo... E isso me chateia. Mas eu o amo e estou tentando o ajudar. É assim que relacionamentos devem ser.

— Brittany... – Rachel suspirou, sentando-se na poltrona e mostrando-se mais calma com a presença deles em sua casa. –...Não há nada que vocês possam fazer por Faberry. Mas muito obrigada, mesmo assim...

— Eu não gastei a sola da minha bota pra vir aqui e você dizer que não há nada que possa ser feito. – Kurt retrucou, arqueando as sobrancelhas. – Vamos, pegue um papel e uma caneta.

— Por que eu...?

— Rachel, apenas pegue o papel e a caneta. – Insistiu Finn Hudson, recebendo um olhar mortal da baixinha.

— Você não me dá ordens. – Lembrou. – Com licença, vou pegar o papel e a caneta. Porque eu quero!

[...]

— Vocês duas só podem estar malucas. Trazer ela pra minha casa? – Quinn exclamava, após puxar Sue e Santana para dentro da dispensa minúscula ao lado da cozinha. – Ela vem aqui pra visitar minha mãe, por qualquer outra razão ela pode ser dispensada.

Kaitlin Fabray havia conseguido adentrar na casa da progenitora e da irmã caçula após certa insistência e, no momento, estava sentada no sofá da sala de estar – ouvindo a voz de Quinn reclamando sobre sua presença no cômodo ao lado.

Antes não ser bem-vinda por parte da irmã era nada mais do que normal, ela realmente não se importava com o que Quinn achava ou não de sua presença. Agora, por algum motivo, algo doía dentro de seu peito por tamanho desprezo.

Bom, ela estava colhendo o que plantara por tantos anos.

— Apenas a escute. – Santana pediu, enquanto certa impaciência já se instalava em sua íris escura. – E depois, nos escute. Isso é para o seu bem. E para o bem de... – Pigarreou. –... Faberry.

— Vocês por acaso comeram meu cupcake de maconha? Porque essa é a única solução que consigo pensar pra chegarem aqui cheias de minhocas na cabeça. – A Fabray mais nova bufou, como uma criança saindo irritada da loja de brinquedos. – Saiam da minha casa e levem minha irmã diabólica junto. – Ordenou.

— Não. Nada disso, mocinha. – Sue Sylvester levantou a voz. – Eu estava certa sobre Faberry: são perfeitas uma para a outra. E agora estou dizendo: você precisa escutar Kaitlin. As probabilidades de eu estar certa são altíssimas, Q. Deveria me ouvir novamente.

— Já te escutei demais, treinadora. Por isso que minha vida está uma bagunça! – Lembrou. – Tudo costumava ser mais fácil!

— Costumava? – A voz de Kaitlin emanou pelo local, assustando as outras três. Santana Lopez cutucou Sue Sylvester e foi junto à mulher para o outro cômodo, deixando Quinn e Kaitlin Fabray sozinhas, com suas clássicas sobrancelhas levantadas de forma intimidadora.

A caçula engoliu em seco e tratou de mostrar-se o mais desconfortável possível com a aparição da irmã em seu campo de visão.

Mesmo com as brigas Quinn, no fundo, queria fazer as pazes com a mulher com quem crescera e com quem dividira um quarto por vários anos. Havia sempre aquela pedrinha no seu sapato que lhe lembrava de seus assuntos inacabados com Kaitlin – e a pedrinha machucava.

Ainda que quisesse perdoá-la e parar de odiá-la ela não esperava uma chegada tão repentina. Imaginava sua reconciliação com a irmã daqui uns dez anos – porque sim, achava que seria necessário no mínimo uma década para a progenitora de Jane amadurecer.

Quando vira Kaitlin, mais cedo, – na porta de entrada da sua casa – ela pôde sentir o peito congelar e tudo começar a rodar em câmera lenta como num filme dramático. Vê-la sem seu usual olhar odioso era tão bizarro, vê-la em si lhe embrulhava o estômago.

— Costumava ser mais fácil. – Concordou. – Sem Rachel. Sem brigas com o papai. Sem você com mais um motivo pra me odiar. Sem eu me sentindo culpada por todas as merdas que acontecem no Universo. Sem eu me mudando toda hora de casa.

Kaitlin suspirou.

— Sei que sou a pessoa mais hipócrita pra dizer isso – começou –, mas não costumava ser mais fácil, Lucy... Você só costumava estar mais acomodada. Soa mais fácil, mas não é. É como varrer a casa e pôr a sujeira embaixo do tapete. Ela ainda está lá, mas é mais fácil de fingir que ela não te incomoda... Porque você não a vê.

— Conselhos motivacionais agora, Kaitlin? – Quinn franziu o cenho enquanto a frase saía num tom ligeiramente debochado. – Não acha que assumiu seu papel de irmã mais velha superprotetora e conselheira um pouco tarde demais? Talvez você devesse ter usado suas palavrinhas bonitas uns cinco anos atrás, quando eu era Lucy Canhão.

— Lucy, eu-

­– Meu nome é Quinn. Quinn Fabray.

— Quinn, – corrigiu – pode me desculpar?

— Kaitlin, não é assim que o mundo funciona. Você não pode machucar o sentimento dos outros e achar que um “me desculpa” irá acabar com toda a dor. Não acaba. – Revirou os olhos.

— Eu estou tentando aqui, okay? – A mais velha bufou e cruzou os braços sob o busto. – Sei que não vai me desculpar, não agora, pelo menos. Mas tem que me ouvir, e se mesmo depois de tudo isso você quiser que eu vá embora... Tudo bem. Eu vou.

Eu realmente não me importo com seja lá o que você tem pra falar. – Deu de ombros.

— Lu... Hm. Perdão. Quinn... – limpou a garganta. –...Sei que você deve me achar o pior ser humano possível, eu te motivos, eu sei. E não é como se eu tivesse aberto minha mente em menos de uma semana de forma mágica, tem um monte de coisas que preciso rever e mudar... Mas algo se transformou desde que sua treinadora intimidadora veio falar comigo.

— Legal. Pode ir embora agora? – Levantou a sobrancelha, sem se importar se soava ou não como um bebê irritante.

— Não. Não posso. – Disse, com o tom mais ríspido que pôde. – Pare de ser infantil, Quinn. Sei que não sou o melhor exemplo, mas por hora, pare. Você é bem mais adulta do que eu, afinal. Então aja como uma.        

— Eu não quero te escutar. Eu te dei oportunidades demais para falar, para se desculpar. Desde a época em que nem morávamos em Lima, desde a época em que você espalhou para todo o colégio que tinha uma irmãzinha caçula que parecia uma bola de canhão... Sabe, eu tinha doze anos quando você e seus amigos populares transformaram minha vida num inferno. Eu estava no sexto ano e você no terceiro! Eu era sua irmã, e você me destruiu... E mesmo assim, se no dia seguinte ao dia em que você transformou Lucy Canhão no meu apelido e o espalhou para todo o colégio, se você tivesse pedido desculpas nesse dia seguinte... Eu teria aceitado.

— Isso foi há meia década. – Kaitlin argumentou, ainda que a culpa pesasse em suas costas ao ver os olhos da irmã, idênticos aos seus, cheios de remorso e más lembranças. Só agora estava começando a realmente perceber o quão ruim fora para Quinn.

— Foda-se, Kaitlin! Poderia ter sido há meio século ou há meio milênio. – Revirou os olhos, aumentando o tom de voz conforme as palavras iam saindo. – Ainda dói, ainda dói lembrar-se da sua risadinha de escárnio pra meu corpo gorducho, pra meu cabelo feio, pra minhas espinhas. E dói ainda mais porque você nunca sentiu um pinguinho de culpa, nem mesmo depois que eu fiz o papai e a mamãe gastarem horrores para minha cirurgia de nariz e pra minhas aulas de balé.

E a postura forte de “nada me atinge” de Kaitlin Fabray desabou. Eu sou um ser-humano horrível, era tudo que sua mente conseguia repetir.

— M-Me desculpa, por tudo isso. Eu sei que pedir perdão agora não vai mudar muito, mas se você deixar... Eu posso tentar compensar tudo isso. Eu posso ser a irmã mais velha que eu deveria ter sido. – Suplicou, pela primeira vez sem preocupar-se em soar desesperada. Ela estava desesperada. Era um fato, afinal de contas. – Eu queria poder mudar todas as merdas que eu te causei, Quinn, mas... Eu não posso. – Uma lágrima rolou por suas bochechas perfeitas.

— Sabia que fiquei três noites implorando pro papai aceitar a oportunidade de emprego em Lima? Só porque queria me mudar logo de cidade, e de todas aquelas pessoas horríveis, por mais que eu ainda fosse ter que aturar uma delas. – Lembrou, permitindo-se chorar também. – E depois, quando ele aceitou, implorei que nos colocasse em escolas diferentes. Fiquei um mês agradecendo a Deus quando descobri que meu Ensino Fundamental seria num colégio diferente de seu Ensino Médio. E, até mesmo quando terminei o oitavo ano, escolhi o McKinley justamente porque sabia que você não havia posto os pés lá.

— Q-Quinn...

— Me deixa terminar! – Implorou, aos gritos. – Há 3 anos, quando te chamaram magicamente para ser jornalista em NY mesmo sem formação acadêmica nenhuma e, muito provavelmente, só porque você está dentro dos padrões de beleza, eu fiquei tão feliz que me permiti a comer três barras de chocolate num só dia! – Riu, com certa tristeza, certa fúria. – Mas não porque Oh, estou feliz com minha irmãzinha tendo sua vida perfeita e blá blá blá. Eu estava feliz porque eu finalmente ia me livrar de você, papai e mamãe finalmente iam focar nas minhas notas incríveis, iam finalmente elogiar minha perda de peso, iam finalmente me notar.

— E eles fizeram isso!

Um pouco. Eles comentavam às vezes que meu jeans caía bem agora que minha bunda não está mais gorda e “horrível”, mas é claro... Meu jeans não caía tão bem quanto na minha irmã. – Quinn suspirou. – Eles me notavam, mas você sempre se tornava comparação. Ah, Kait... Apenas 19 aninhos e já embarcando na carreira de jornalista, além de fazer propagandas para canais locais! E Quinn... Bom, ela tem uma boa estrutura óssea.  

— E, no fim das contas, você é infinitamente melhor do que eu... – Deu de ombros, meio cabisbaixa por se dar conta do inferno que fora a vida da Fabray caçula. E como sua parcela de culpa no inferno particular da irmã era imensa.

Quinn fungou o nariz, implorando que nenhuma lágrima a mais caísse de seus olhos.

— Eu sinto muito. – Foi o máximo que Kaitlin conseguira proferir naquele exato momento onde o silêncio tentara se instalar entre as duas.

— Minha vida toda eu só quis entender porque você me odeia tanto.

— Porque você sempre foi melhor do que eu. Mesmo quando era apenas Lucy. Eu era loira, magra e popular, tudo pra dar certo. E mesmo você sendo meu oposto, você sempre teve piadas melhores, sempre aprendera as coisas mais rapidamente, sempre tivera mais notas altas. Eu fiquei com tanta raiva que minha irmã que era seis anos mais jovem  conseguia fazer todos os seus coleguinhas de turma rirem de uma piada, enquanto eu só tinha amigos porque era gostosa. Eu achei que precisava fazer algo pra amenizar isso.

Eu era uma criança, pelo amor de Deus! Eu era sua irmã... Como pôde me ver como ameaça? Todo aquele inferno porque eu sabia contar uma piada? Por que eu tinha amigos que não estavam interessados na minha aparência? Por causa disso você achou que deveria tirar todos os meus amigos de mim e fazer a escola inteira rir da minha cara?

— Quinn, eu também era uma criança. Eu agia como uma. Até três dias atrás, eu agia como uma criança birrenta que não conseguia aceitar que sua irmãzinha tinha uma coisinha diferente dela. E essa criança quer amadurecer, com sua irmã caçula ao seu lado...

A mais nova suspirou, sem deixar de encarar a irmã.

— Você era cruel.

— E eu sinto muito. Eu quero te ajudar... Quero compensar um pouquinho do mal que te causei. Sei que vai levar anos até você me perdoar, Quinnie... – A Cheerio estremeceu ao ouvir a irmã lhe chamar por tal apelido. –...Mas quero tentar.

— Ainda que você tente – começou num tom ligeiramente hesitante –, não há nada em que você possa me ajudar. Nem eu mesma consigo limpar minha própria bagunça...

— Okay, Quinn... – Recompôs sua postura e respirou todo ar que seu pulmão conseguia armazenar –...Você está tendo dificuldade em me perdoar porque não pedi desculpas mais cedo, porque esperei demais e mostrei não me importar. Não acha que você deve desculpas à Rachel também?

— Eu... Talvez. — Ela queria ficar irritada por justamente Kaitlin estar lhe ajudando, por ela estar apontando seu erro; mas ela também queria se agarrar à chance de que ela, Sue e Santana podiam limpar sua bagunça gigantesca.

— E por que diabo ainda não foi lá falar com ela? Vai demorar meia década como eu? – Indagou, levantando a sobrancelha, sem soar com a moça que antes estava com os olhos lacrimejando.

— Ela nunca vai me escutar, e eu nem sei o que dizer. Se eu vê-la agora vou gaguejar que nem uma idiota, nem sei direito o que estou sentindo... Tá tudo uma bagunça. – Quinn moveu-se de forma de desconfortável no canto da dispensa, decidindo, posteriormente, rumar para a cozinha e apoiar-se na bancada de mármore.

Kaitlin respirou fundo e seguiu a Fabray caçula em passos lentos, demonstrando a clara falta de intimidade que ainda possuíam, mesmo depois da conversa cheia de carga emocional.

Era algo que a mais velha das duas estava disposta a consertar, com o tempo, se Quinn permitisse. Por hora, entretanto, tinha que focar em guiar a irmã, como deveria ter feito nos dezesseis anos de vida da jovem.

Quem diria que Sue Sylvester seria capaz de lhe levar ao time Faberry em menos de alguns dias. Toda essa coisa de homossexualidade ainda lhe confundia, ainda lhe deixava levemente desnorteada, mas bom... Pelo menos agora ela estava disposta a ficar confusa, e não a condenar algo que nem ao menos compreendia.

— Quinn, papel e caneta. Agora. – Ordenou com sua melhor voz de liderança.

— Oi?

— Sei que em tempos de MySpace e e-mail é algo incomum, mas vamos fazer isso à moda antiga. Apenas pegue o papel e a caneta, e aproveite para chamar Sue e Santana. Ajuda extra é sempre bem-vinda. – Pediu. – Você não vai perder Rachel por causa da falta de diálogo, como eu te perdi. Eu não vou deixar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Então galere, eu nunca gostei nem nunca vou gostar de ser aquelas autoras que colocam metas de comentários e ameaçam não postar e tal, relaxem, MAS dessa vez queria que o máximo de pessoas possíveis comentassem.
Não importa se você é toda vida fantasminha, tira só um minutinho pra me responder rapidão umas coisas essenciais tais quais como:

— Você leria uma short-fic/one-shot/spin-off de Brittana?
— Você leria uma segunda temporada?
— Quantos capítulos, +/-, vocês acham bom pra segunda temporada?
— Gostam da ideia de um tumblr pras fics?

E não esqueçam de comentar sobre:

— Finn gente boa (?)
— Papel e caneta
— Kaitlin gente boa
— Quinn altos desabafos
— Kaitlin era mó naja quando mais jovem
— O que vai acontecer com Faberryyyy



Beijão! E até a próxima.
E não, Lea e Dianna não assumiram o namoro.
— Jubilee