The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 20
Capítulo 20 - Erros


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bom? Capítulo novo como prometido. Espero que gostem e comentem, porque é muito divertido ler as reviews e os surtos de vcs hahahah



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Quinn estava tentando achar uma solução para sua vida. Ela estava entre o certo a se fazer e o mais fácil a fazer, e os dois eram bizarramente difíceis de optar. Talvez devesse logo admitir para si mesma que gostava de Rachel de um jeito diferente, de um jeito romântico.

Às vezes começava a dizer para si mesma que devia lutar por ela e jogar tudo para o alto. Mas e o resto? E os que as pessoas diriam? Além do mais, não poderia decepcionar Sue, isso seria como assinar um pacto com o diabo, quase como dar total liberdade para ter sua vida tornada em um inferno.

E se Rachel realmente não gostasse dela? Afinal, nunca tiveram a confirmação de que Berry era lésbica, sempre andaram nessa incerteza. Ela não podia controlar os sentimentos da baixinha. Quinn mal conseguia controlar os seus próprios!

Queria confessar logo para alguém maduro tudo que estava acontecendo em sua vida, mas ninguém parecia ser compreensivo o suficiente. Sem Rachel ela via-se sem amigos, num beco escuro e aterrorizante.

E doía estar sozinha.

– Quinnie? – LeRoy chamou, aquele tom ameno e amigável como o usual. – Está tão diferente, tristinha, parece. O que houve? – Perguntou, preocupado.

Quinn deu um suspiro de exaustão. E tal cansaço nem era causado pelos exagerados treinos das Cheerios, ou pela caminhada até em casa. Era algo bem maior e mais intenso que isso.

– Você sabe que pode contar sempre comigo, não é, Quinnie? Você é como se fosse uma filha para nós. – Garantiu o homem.

– Como eu posso explicar isso, Sr. Berry? Tem coisas que não podem ser contadas.

– Eu juro segredo e compreensão. – O homem sorriu e segurou sua mão num ato que lhe passava confiança. A loira respirou fundo, sentindo toda aquela confusão machucando e espetando seu peito. - Me conta o que aconteceu, vai.

– Tudo bem.

[...]

Suspirou.

Ela sentia-se tão errada por estar saindo com Finn Hudson, por estar claramente vivendo uma mentira. Sempre que pensava o quão desonesta estava sendo consigo mesma e com o pobre garoto começava a lembrar de Quinn, lembrar-se das palavras doces que lhe dissera mais cedo.

Droga! Por que não conseguia tirá-la de sua cabeça por um segundo?

Queria sentir algo por Hudson, queria ao menos ter paciência para fingir isso. Queria ao menos tentar tal coisa. Mas as piadas estúpidas do rapaz não lhe tiravam gargalhadas, seus beijos não eram bons e não lhe faziam formigar, não significavam nada. Ele era o garoto perfeito caso quisesse construir uma imagem boa para o McKinley - que era o que ela queria há algum tempo -, e ao mesmo tempo, ele era completamente errado para ela.

Nem os pãezinhos do Breadstix estavam fazendo a noite valer a pena, pareciam ter perdido o encanto, diria. E mesmo sabendo disso Rachel preferiu fingir que teria estômago para dar-lhe uma chance – aos pãezinhos e à Finn.

– Então, Rachel... Minha mãe não estará em casa hoje e... – O garoto parecia ansioso e entusiasmado. Aquilo soou ridículo e patético aos olhos de Rachel, que ponderou e tentou não falar algo muito "ácido".

– Finn. Não, por favor. Vamos com calma. – Pediu. – Eu estou tão confusa ultimamente, as coisas andam uma bagunça. – Desabafou com um semblante de cansaço estampado em seu rosto moreno.

– Desculpe. É que eu realmente gosto de você, Rachel. – Deu um sorriso discreto, de lado, até bonitinho.

– Finn. – Ela mordeu o lábio inferior, franziu o cenho e tentou ser o mais delicada possível. – Vamos com calma.

Ele respirou fundo, impaciente.

O garoto parecia irritado. Não era para menos; ela havia lhe convidado para sair, havia até dito algumas coisas mais cedo que soavam quase como uma chance para ele, havia se mostrado interessada.

Ela até havia dado alguns sorrisos bobos, que Finn interpretara como um sinal, sem saber que o motivo deles era certa loirinha.

– Olha, Berry. Você é legal e eu gosto de você. Eu até gostaria de ver você beijando Quinn, porque isso seria extremamente sexy, mas eu não sou muito fã de poligamia e tal. – Começou num tom de sinceridade; enquanto Rachel lhe lançava um olhar que mesclava ferocidade e confusão. - Qual é, não adianta fazer essa cara. Todo mundo sabe que vocês se pegam, ou pelo menos, que querem se pegar. Sempre que eu falo na Quinn seus olhos brilham que nem criança no Natal e sei lá, talvez você devesse admitir isso para si mesma.

– Somos apenas amigas, Finn! Que saco. – Irritou-se a menina.

– Então qual é o problema de você se entregar num relacionamento? Digo, fazemos um bom par... Mas não quero te sufocar. Já faço besteiras o suficiente, todo mundo sabe que sou meio estúpido, mas você é legal e eu já fui idiota com você uma vez, não quero te prejudicar de novo.

– Quantas vezes vou ter que te falar que eu e Quinn não temos nada? – Exclamou.

– Quando você falar porque está tão distante. Quando você olhar nos meus olhos e disser com todas as letras que não está assim porque está pensando na Fabray. – E por um segundo ele até esperara que Rachel lhe dissesse algo, que ela de fato lhe explicasse algo plausível para sua desanimação, mas ela não o fez.

O silêncio emanou entre eles, mas ele dissera tudo que Finn precisava saber.

– Desculpe. – Murmurou ela.

[...]

– Ok, por onde você quer começar? – LeRoy perguntou, mal sabendo o que viria a seguir.

Quinn estava nervosa, tamborilava o dedo em sua coxa e mordia o lábio inferior copiosamente. Parecia pior do que ir para diretoria sem ter feito nada de errado ou pior do que quando fora a uma psicóloga obrigada pela mãe – após Judy descobrir que ela dera um selinho numa garota a mulher fizera que a filha se consultasse em troca do seu silêncio.

O pai de Rachel e Quinn estavam no quarto de casal, sentados cada um em uma poltrona. Uma era marrom claro enquanto a outra era um branco perolado – as duas cores eram combinadas com o resto da mobília com maestria.

– Do começo é uma boa ideia. – Sugeriu o homem, dando uma risadinha simpática. E Quinn manteve-se quieta, trazendo um clima de impaciência. - Que drama! Não é como se você estivesse perdidamente apaixonada pela minha estrelinha! – Ele riu. Silêncio. – Espera... Não me diga que você...

– Vou ser honesta: talvez você me odeie mortalmente depois de tudo isso. – Confessou, estampando culpa e arrependimento em seu rosto angelical. Puxou ar dos pulmões, pois os próximos segundos exigiam fôlego. – Sue Sylvester me obrigou à seduzir Rachel para destruir o New Directions e eu topei, e fui obrigada à assinar um contrato. – Desembuchou numa rapidez extraordinária.

Fabray pôde ver certa fúria passar pela íris escura de LeRoy, o que fez com que seu coração batesse ainda mais acelerado e toda sua estrutura estremecesse.

– Aposto que ninguém colocou uma arma na sua cabeça. – Rosnou, entre dentes. – Mas prossiga. – Deu, então, o sorriso mais falso possível enquanto Quinn engolia em seco, arrependida por ter escolhido LeRoy para desabafar.

Se você é pai de uma menina tão incrível como Rachel a última coisa que quer ouvir é que a garota que está morando debaixo de seu teto tem o intuito de quebrar o coração da mesma. Quinn sentia-se boba demais por achar que LeRoy poderia lhe entender.

– Ok... Tudo bem. – Resgatou coragem e decidiu, por fim, prosseguir com o desabafo, estava tudo perdido mesmo, afinal. – Eu só aceitei esse acordo porque Sue ameaçou minha posição nas Cheerios e... Soa fútil, digo, é fútil, mas eu me importo com isso... Ou costumava me importar, porque sua filha me fez parar de ligar tanto para essas coisas. Ela me fez dar mais gargalhadas e parar de querer sempre estar por cima.

– Continue.

– Por algumas semanas eu continuei fazendo tudo em prol do plano, mas de repente, as coisas mudaram. Não sei se o senhor me entende.

– Não entendo, nunca assinei nenhum contrato estúpido para quebrar o coração de alguém. – Disse, num tom provocativo e maldoso.

– Eu sei! Eu sei! Por favor, sr. Berry, me desculpe. – Suplicou.

– Prossiga com a história. - Ordenou, aumentando o tom de voz usualmente calmo.

Respirou fundo.

– Hoje, no terceiro período, eu beijei sua filha. Eu beijei Rachel Berry e não foi pelo plano. Digo, talvez na hora eu tenha tentado me convencer que tenha sido pelo plano, mas acredite, não foi. Foi genuíno, sabe? Foi bom pra caramba. – O homem abriu a boca surpreso, engoliu em seco e fez um sinal para ela continuar a falar. – E eu só confirmei o que eu já suspeitava: eu estou gostando de Rachel romanticamente. Mas... Ela não gosta de mim. Ela disse que não poderia ficar comigo porque as pessoas seriam maldosas com a gente, e que ela não gosta de garotas. Deu milhares de desculpas e argumentos para não sermos um casal, e então fugiu.

LeRoy ficou em silêncio, refletindo e processando tanta informação.

– Primeiro: Rachel gosta de meninas, sempre gostou. Gostou antes mesmo de eu e Hiram explicarmos que éramos um casal e que algumas pessoas gostam de outras pessoas do mesmo sexo, pra deixar claro. – Esclareceu ele. – Segundo: se vocês se tornassem um casal uma hora ou outra você teria que quebrar seu coração, por causa de suas futilidades e do poder de Sue sobre você.

– Não! Digo, talvez! Quer dizer... Eu poderia enrolar Sue, explicar minha situação e tentar convencê-la a desistir do plano. Eu daria um jeito. – Deu de ombros.

– Então se você não estivesse apaixonada por Rachel quebraria seu coração mesmo assim? – Perguntou de forma intimidadora. – Mesmo ela não tendo feito nada contra você?

– N-Não... Não sei. Sr. Berry, eu preciso de uma solução não de mais culpa pra carregar. - Reclamou, um tanto quanto irritada. - Talvez eu quebrasse o coração dela, mas a História é cheia de talvezes, só que não podemos viver deles... Talvez Rachel acabasse com o coração quebrado, mas ela não vai porque eu não quero isso e é isso que importa. – Disse, tentando fazer com que não parecesse tão babaca aos olhos de LeRoy. – Eu só esperava que o senhor pudesse me aconselhar e entender que acho que estou gostando de Rachel.

– Tudo bem, eu posso te aconselhar. - Garantiu. - Primeiro: admita que gosta de Rachel. Segundo: fale com Sue Sylvester e desista do plano. Terceiro: lute por Rachel. – Falou, quase como se tudo fosse tão simples assim.

Quinn suspirou, aliviada por não ver mais aquela fúria no olhar de LeRoy.

– Que bom que não está me odiando. E obrigada pela conversa.

– Não, espera. Você pode lutar por Rachel, isso não significa que aprovarei essa relação. Você quis quebrar o coração da minha estrelinha e isso é o pior que alguém poderia fazer contra mim. Só porque eu te dei conselhos não quer dizer que eu não queira que você saia da minha casa até o final do dia de amanhã. E isso só porque já está muito tarde para te deixar na rua...

– M-Mas... Sr. Berry. E-Eu...

“Parabéns, Lucy Quinn Fabray. Você acabou de piorar tudo.”

[...]

Ei, Rachel! – Finn chamou quando viu a garota encostada em seu armário, no dia seguinte. A garota lhe olhou e tentou não corar pelo ocorrido da noite passada, sentia-se uma grande babaca.

– Oi. – Falou timidamente.

– Eu estava pensando no que eu disse noite passada. Acho que fui meio idiota em ficar tentando forçar você dizer algo que não te deixa confortável. Olha, se você diz que não tem nada com Quinnie então eu acredito... – Deu um sorriso amigável e Rachel retribuiu. – Ou você tem algo com ela?

Berry desviou o olhar, e sem encará-lo disse baixinho:

– Não. Não tenho nada com ela. – Então o fitou tentando parecer gentil e simpática, tentando olhá-lo com outros olhos, tentando arduamente sentir algo.

– Sabe... Se você quiser podíamos ser, sabe, namorado e namorada. Prometo que vou com calma e não vou ficar insistindo no assunto Quinn Fabray. – Propôs e a baixinha manteve-se em silêncio. – Se você não quiser tudo bem. Vou superar, só achei que poderia ser uma boa ideia.

Ela engoliu em seco.

– Espera... – Disse antes que o rapaz pudesse ir embora. – Eu também acho que possa ser uma boa ideia e... – Sorrateiramente Rachel entrelaçou seus dedos, determinada a dar uma chance ao garoto. Talvez com o tempo aprendesse a gostar dele e aprendesse a esquecer de Quinn. -...Eu aceito ser sua namorada.


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Notas finais do capítulo

VISH VISH VISH ~muitas emoções~ Pra onde Quinn vai? Rachel namorando o Finn? Quinn admitindo pela primeira vez em voz alta que gosta da Rach? Quinn disposta a desistir do plano? ASDFGHJ
Espero que tenham gostado! Fantasminhas, não tenham medo desse mundo maravilhoso das reviews e tal e apareçam. Não esqueçam de COMENTAR SURTAR AMEAÇAR DE MORTE ETC (é brincadeira sobre as ameaças).
A gente se vê sábado! Beijooooos ;*

Twitter: @in_LAmach1ne