The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 19
Capítulo 19 - Escondendo-se


Notas iniciais do capítulo

Prometi na sexta, mas não deu :( Sorry. Quarta tem mais.



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Quinn respirou fundo e começou a afirmar a si mesma que não havia beijado Rachel Berry. Mas então voltara a lhe fitar em sua frente: com os olhos brilhando e os braços ao redor de sua cintura.

A líder de torcida engoliu em seco, enquanto Rachel desentrelaçava-se dela o mais rápido possível. Ambas nervosas com o que acabaram de fazer. Sabiam que aquilo havia sido real, mas não admitiam por nada.

“Ok, Quinn... Diga algo. Afinal, você fez isso pelo plano. Basta continuar. Pelo plano, Q. Pelo plano.” Repetia a loira a si mesma “Você começou, agora termine. Conquiste Rachel Berry. Não foi nada demais, é tudo pelo plano... C-Certo? Bom... Faça algo romântico, Quinn!” ordenava mentalmente.

Com cautela tentou escolher as palavras.

– Você não tem ideia do quanto eu queria fazer isso. – Murmurou a loira, sorrindo bobamente logo em seguida. Deveria estar patética, até porque não dissera mentiras, mesmo que não confessasse tal coisa. – O que foi? Eu fiz algo de errado? – Questionou, preocupada, assim que Berry demorara em responder.

– Bom... Parece que você já cumpriu o desafio de ontem. Beijo pago. – Deu de ombros.

– Espera, Rach! Isso que aconteceu... O beijo... Isso foi real. – Protestou, franzindo o cenho.

– Foi? Digo, você talvez tenha certeza que é lésbica. Talvez os rumores que espalharam aos seus pais seja verdade, e está tudo bem em você ser lésbica, mas... Eu não sou, Quinn. E mesmo que eu tenha gostado de te beijar não é como se fosse algo concreto... Ou algo que possa ir pra frente.

– Como assim? Do que você tá falando?

– Convenhamos, somos amigas – começou – mas, vivemos em mundos diferentes. Você é a garota mais popular do colégio, decaiu um pouco, mas continua sendo a mais popular. Eu? Eu sou Rachel Berry, todos me veem como perdedora. Nos beijamos, foi bom, eu gostei...

–...Mas nunca poderemos ser vistas como um casal. – Completou, parecendo ofendida. – Por que acha isso?

Rachel deu um longo suspiro.

– Porque eu não sou gay, okay? Porque esse beijo é apenas um tipo de pagamento por ontem, porque as pessoas falariam coisas horríveis se soubessem, porque não quero estragar nossa amizade e, vou repetir, porque eu gosto de meninos. – Exclamou repentinamente irritada. Queria dizer a Fabray que era mentira, que sempre sentira essa coisa por garotas, especialmente por ela, mas que as pessoas nunca aceitariam.

A humilhação pelos corredores do McKinley seria ainda pior. Elas virariam as piadas do colégio e Rachel não queria isso de modo algum. Nem pra ela, nem para Quinn.

Depois daquilo veio o silêncio, o tão odiado silêncio. Mas talvez Fabray preferisse que o silêncio continuasse, já que no minuto seguinte a menor fugira em direção ao pátio sem olhar para trás, deixando a garota mais popular e mais bonita de todo WMHS desolada no meio do cinza do concreto, tentando processar o fato de que acabara de levar um fora de Rachel Barbra Berry.

[...]

Santana Lopez e Sue Sylvester assistiam pelas câmeras de segurança o que havia ocorrido entre Fabray e Berry. Primeiro, a latina havia – mesmo que um pouco enojada – comemorado quando Quinn finalmente fizera algo que não fosse uma estupidez. Mas então logo a decepção caiu sobre seus semblantes: Rachel dar um pé na bunda em alguém como Quinn era algo que elas não cogitavam muito.

– Mais isso agora! Era só o que me faltava. – Bufou a morena, começando a andar de forma agoniada pelo gabinete de Sue. - Sério, treinadora, você arranjou as pessoas mais complicadas para “shippar” no mundo.

– Não é como se você e Brittany fossem menos complicadas, Lopez. – A mulher revirou os olhos, irritando a estudante. – Mas enfim, Rachel não é hétero. E mesmo que seja, ela gostou do beijo e ela gosta de Quinn.

Fora a vez de Santana revirar os olhos para tamanha certeza que Sue expressava.

– A senhora sabe que pode controlar o planeta Terra, mas não o sentimento dos outros, né? – Lembrou, num tom provocativo.

– Exatamente, eu posso controlar o planeta Terra se eu quiser. E onde Rachel e Quinn estão? Exatamente: no planeta Terra. Ou seja... – Deu um sorrisinho cínico, colocando os óculos e analisando mais de perto as filmagens. – É só notar os pequenos detalhes, Santana. Foque nos pequenos detalhes.

– Não é preciso focar nos pequenos detalhes quando Rachel está gritando aos quatro ventos que aquele beijo era apenas o pagamento do desafio da noite passada. Dios, ¿Estás sordo? – Insistia a morena, cruzando os braços enquanto Sue lhe lançava um olhar feroz.

– Continue com esse pessimismo e irei lhe enviar dentro de um envelope para a América do Sul. – Retrucou. - Agora, que tal parar de me obrigar a ouvir sua voz insuportável e focarmos em Faberry? Isso seria de muita ajuda.

Santana bufou.

– Rachel quis isso, basta olhar como ela se envolveu. Não é preciso ser uma adolescente de 16 anos para saber que não é assim que se paga desafios. – Argumentou enquanto Santana era obrigada a concordar.

– Ok, você tem um ponto. Mas como saber se Quinn está apaixonada ou se está apenas seguindo com o plano? – A morena perguntou, receosa.

– Espera... Você realmente cogita a heterossexualidade de Quinn? – Sue gargalhou. – Quinn está babando por Rachel... E eu sei disso desde os olhares que ela lançava à anã naquela festa patética da própria Berry. Naquela onde o Finn “loser” Hudson serviu de algo.

– Bom, ele só foi um idiota como o usual, treinadora. O saco de batatas não é de muita utilidade, apenas quando para for útil ele precise cometer alguma besteira. – A jovem deu de ombros, rindo do próprio comentário. – Tem outra coisa, treinadora Sylvester: eu quero logo meu lugar no topo da pirâmide. Digo, tínhamos um trato! E eu estou fazendo muito por “Faberry” – Protestou.

– Te colocar no topo da pirâmide... Isso com certeza abalaria Quinn... – Analisou Sue, com uma calma bizarramente irritante. -...E é por isso que eu acho que seja uma boa ideia. Só tenha um pouco de paciência, Lopez. – E então um sorrisinho maldoso brotou no rosto da mais velha.

[...]

Rachel andava pelos corredores do McKinley atordoada, ainda pensando no beijo de mais cedo. Estava até amedrontada, e ela raramente ficava amedrontada. Nem mesmo quando via uma das crianças populares vindo em sua direção com um copo cheio de raspadinha ela ficava desse jeito.

Inclusive, se alguém lhe jogasse raspadinha agora não se importaria muito... Precisava realmente “esfriar” as coisas, principalmente aquele sentimento caloroso dentro de seu peito. Precisava jogar um balde água fria naquelas malditas borboletas dentro de seu estômago.

Não queria admitir o quando havia gostado do beijo. E ela havia, ela sabia disso. Havia adorado cada parte dele. Havia adorado sentir Quinn tão de perto, sentir o sabor de cereja de seu gloss, sentir seus lábios, sentir aquela aproximação tão repentina.

Aquele sentimento que, por aqueles curtos minutos, foi definitivamente recíproco.

Ao mesmo tempo as consequências eram jogadas contra sua cara. Se ela mergulhasse com tudo nessa história poderia piorar ainda mais as coisas para o ND, para ela e para Quinn – que não estava com a melhor reputação.

Sabia que se seus pais pudessem ler seus pensamentos ficariam imensamente desapontados, mas ela tinha tanto medo. Tanto. Ela conseguira esconder essa Rachel por tanto tempo que agora sentia as pernas bambas ao ver sua estrutura desabando por causa da garota mais popular do colégio.

Precisava agir rápido, encontrar uma distração para tirar Quinn de sua cabeça.

– Ei, Finn! – Exclamou assim que vira o rapaz passar pela sua frente no corredor lotado. – Preciso falar com você.

– Epa! Epa! Quinn está por perto? Porque não quero levar um soco da sua namoradinha, Berry. – Disse, em tom provocativo.

Rachel estremeceu, controlando a raiva e o nervosismo causado pelo comentário.

– Ela não é minha namorada, de onde tirou isso? – A morena defendeu-se. – Enfim, vem cá! – Puxou-o para uma sala vazia pela gola de sua camiseta, com um pouco de dificuldade, por causa da diferença exorbitante de altura.

– Diga logo o que qu-

E de repente Rachel Berry puxou o garoto para um beijo. Selando seus lábios com força, como se precisasse disso até provar algo, até sentir algo, até conseguir esquecer o outro beijo.

– Wow... O que foi isso? – O rapaz estava desnorteando, ainda que, encantando, após o ato tão repentino da baixinha.

– E-Eu... – Ela não havia sentido nada, absolutamente nada. Sentira a textura dos lábios de Finn, mas nenhum sentimento pipocara em seu peito, nenhum pingo de entusiasmo ou nervosismo lhe levou às alturas, como anteriormente. E agora ela estava ali, com um garoto imbecil e com sentimentos por Quinn que a deixava confusa e com medo. – Quer sair comigo? – Propôs trêmula.

Precisava tentar sentir algo.


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Notas finais do capítulo

Sentiram raiva da Quinn quando ela fugiu do desafio? Bom, podem ter ainda mais raiva da Berry agora. Pegar o Finn pra tentar provar algo? Putz, ela vacilou D= Mas e agora, o que vai acontecer? ASFGH
Beijão gente, a gente se vê quarta, se der.

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