A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 32
Capítulo 32: Você não é a primeira.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Tudo bem? Espero que sim!! Bom, aqui está um capítulo novinho para vocês. Espero que gostem :)
Boa leitura!



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Eu achei que estávamos indo para a minha casa, mas Sean nos levou para a casa dele. Ele estacionou o carro em frente ao gramado e o desligou. Não estava chovendo forte como antes, agora só garoava. Abri a porta do carro e saí. Os pingos começaram a cair sobre mim. Esperei Sean trancar o carro e contorná-lo. Ele veio para o meu lado, passou o braço por meu ombro e me puxou para perto dele. Me senti um pouquinho mais calma.
– Desculpa. - falei. - Eu estou bem mal humorada.
Ele balançou a cabeça.
– Eu sei lidar com o seu mal humor, não se preocupe.
Ele abriu a porta para eu entrar, parei no pé da escada e esperei ele fechar a porta novamente. Ele se virou para olhar para mim. Arqueei uma sobrancelha.
– Você sabe lidar com o meu mal humor?
– Sim senhora. Eu sei o que fazer para acabar com o seu mal humor. - ele disse, pegou minhas pernas e me jogou sobre seu ombro.
Comecei a rir enquanto ele subia os degraus da escada comigo daquele jeito.
Dei um tapa em sua bunda.
– Ah você vai pagar por isso. - ele disse e eu ri baixinho.
Entramos no quarto e ele pediu para que eu fechasse a porta. Fiz isso e ele andou até a cama e me jogou na nela.
Sorri suavemente para ele. Ele estava me olhando.
– Eu te amo. - falei e me sentei.
Ele tirou o tênis olhando para mim e subiu na cama. Ficou de joelhos em cima do colchão para me beijar. Prendi as suas pernas nas minhas e puxei sua camisa para cima enquanto nos deitávamos com Sean sobre mim.
***
Eu estava deitada na cama enquanto Sean estava sentado, fumando um cigarro. Eu estava com um pouco de sono.
– Você já terminou de ler o livro? - perguntei.
Ele olhou para mim e balançou a cabeça negativamente. Sorri.
– Eu não vou te dizer o que acontece no livro. - falei.
Ele revirou os olhos.
– Eu já esperava isso. Você é má. Mas, acontece que eu já entreguei o trabalho.
Franzi o cenho e ele continuou.
– Quentin me contou o que acontece depois de onde você parou de ler comigo.
Empurrei sua perna com o meu pé.
– Isso não é justo! Eu ia terminar de ler com você, se você não tivesse sumido.
Ele apagou o cigarro no cinzeiro e se curvou para ficar cara a cara comigo.
– Você pode continuar lendo pra mim. - ele disse e me deu um beijo rápido e se levantou da cama.
Fiquei observando-o enquanto ele pegava uma roupa no guarda-roupa.
Ele olhou para mim e disse:
– Eu vou ir tomar um banho.
Assenti e ele entrou no banheiro fechando a porta.
Fiquei encarando a porta do banheiro e me peguei pensando em todos os absurdos que havia acontecido até aquele dia entre Sean e eu.
Depois de alguns minutos, ouvi a campainha lá embaixo sendo tocada. Franzi o cenho e sentei-me vestindo a blusa de moletom do Sean que eu sempre vestia.
Abri a porta do quarto e desci as escadas correndo. A campainha tocou novamente.
– Já vai! - falei chegando no último degrau da escada.
Peguei na maçaneta e girei a chave. Abri a porta e congelei. Era a mãe de Sean e Patrick. Ela me olhou de cima a baixo e franziu o cenho. Ela estava vestida com um vestido preto até os joelhos, um scarpin preto e uma bolsa pendurada no seu braço. Patrick correu e abraçou minha cintura. Desviei meu olhar para ele.
– Oi Amy. - ele disse e sorriu para mim com os seus dentes tortos.
Eu estava tão atordoada com o olhar dela que eu tive que forçar um sorriso para Pat.
– Oi Pat, tudo bem?
Ele assentiu ainda com os braços ao redor da minha cintura.
– Você pega um refrigerante pra mim?
Olhei para ela que entrou e fechou a porta. Dei um passo para trás e olhei para Patrick novamente.
– Ah... Claro. Eu vou ver se tem.- falei.
Ele largou a minha cintura e sentou-se no sofá pegando o controle da televisão. Olhei para Margareth.
– Você quer beber alguma coisa? - perguntei.
Ela revirou os olhos.
– Eu sei onde fica a geladeira, querida. - ela disse e passou por mim indo até a cozinha.
Respirei fundo sentindo minhas mãos tremerem. Olhei para Pat no sofá que olhou para mim e sorriu com os seus dentes tortinhos. Sorri e fui em direção a cozinha.
Entrando na cozinha, vi Margareth parada encostada no fogão e fumando. Desviei o olhar e abri a geladeira procurando por uma latinha de refrigerante. Graças a Deus tinha uma latinha de Pepsi. Virei-me e vi ela me olhando. Abaixei a cabeça e saí da cozinha indo levar o refrigerante para Pat. Ele me agradeceu e abriu a latinha. Voltei para a cozinha e sentei-me numa cadeira.
Fiquei olhando para as minhas mãos em cima da mesa e então Margareth quebrou o silêncio.
– Você não é a primeira, sabe?
Olhei para ela e ela continuou.
– Não é a primeira a parar na cama dele e com certeza não vai ser a última, garota.
Eu não disse nada.
– Eu não tenho nada contra você, só te acho muito idiota por estar com ele. Não entende que ele não presta? Ele vai te machucar e você vai bater na minha porta como todas as outras e falar que eu errei na criação em que dei para ele, vai me xingar e falar que ele é um filho da puta e eu vou ser obrigada a rir na sua cara e falar que eu te avisei. Mas é claro, - ela parou de falar e deu uma tragada no cigarro. - que ele me pintou como a vilã da história dele. Acredite, só estou tentando te avisar que ele vai te machucar, garota. Ele é igual ao pai, uma hora ele some da sua vida.
– Por que você odeia tanto ele? Ele é seu filho!
Ela riu e balançou a cabeça.
– Será que você é tão tola assim? Ele é um filho da puta egoísta que só pensa em beber e ficar chapado. Não tem futuro nenhum, não tem o mínimo de respeito pela própria mãe. Escreva o que eu estou te falando garota - ela disse e apontou o dedo para mim. - Ele vai te machucar e você vai lembrar do que estou te falando.
– Que bela surpresa, mãe! Você falando mal de mim. - Sean falou entrando na cozinha e olhou para mim.
Ele estava com uma calça de moletom cinza, camisa pólo verde escuro e chinelo. Seu cabelo estava molhado. Ele passou do meu lado e abriu a geladeira atrás de mim. Fiquei olhando para ela.
Ela sorriu.
– Só estou abrindo os olhos dessa pobre coitada. - ela disse e sorriu. - Mas pelo o que eu vejo, ela está mais cega do que um cego de verdade.
Sean encostou-se na pia do meu lado esquerdo e olhou para mim. Ele tinha pego uma maçã verde. Deu uma mordida nela e olhou para sua mãe.
– Eu só vim para deixar Patrick aqui. Ele disse que queria dormir aqui, então eu o trouxe. Amanhã você leva ele para casa. - ela falou e pegou sua bolsa em cima da mesa. Ela olhou para mim e sorriu balançando a cabeça.
– Olhe para você, parece um passarinho amedontrado. Se eu fosse você, aprendia a voar o mais rápido possível para sair desse ninho.
Não falei nada e fiquei olhando para ela.
– Tola. - ela balançou a cabeça e olhou para Sean. - Sabe, eu me impressiono com a facilidade em que você engana essas pobre coitadas.
– Terminou? - Sean perguntou.
Ela assentiu.
– Já. - ela falou e deu um passo para sair da cozinha. Então, ela parou e se virou. Olhou para mim e disse:
– Ah, espero que me desculpe pelo seu braço. Espero que ele já esteja bom. Eu estava... Um pouquinho bêbada aquele dia. - ela falou e balançou a cabeça. Depois, saiu da cozinha.
Sean saiu da cozinha e eu fiquei sentada ali, sem falar nada. Apenas respirei fundo. Que clima pesado!
Levantei-me e fui até a sala. Sean fechou a porta e se virou. Ele me viu parada com os braços cruzados escorada na parede olhando para ele. Ele veio até mim e colocou as mãos na minha cintura me dando um beijo.
– Sean! - falei empurrando-o. Fiz um sinal com a cabeça em direção a Patrick.
Ambos olhamos para Patrick que estava olhando fixamente para a televisão. Sean me empurrou até a cozinha e me beijou de novo, dessa vez eu não o empurrei. Ele desceu a mão por minhas costas e eu segurei suas mãos na minha cintura. Ele encostou sua testa na minha.
– Pena que Patrick está aqui agora, porque se ele não estivesse... - ele balançou a cabeça.
Sorri de olhos fechados e disse:
– Vou ir tomar um banho.
Ele tirou as mãos da minha cintura e eu olhei para ele.
– Você está bem?
Ele assentiu e respirou fundo.
– O que ela disse para você?
Balancei a cabeça.
– Nada. Não é importante. Vou subir, depois eu desço, ok?
– Ok.
Saí da cozinha deixando Sean sozinho e passei pela sala onde Pat estava deitado no sofá assistindo a um filme. Subi as escadas e entrei no quarto. Peguei minhas roupas no chão e entrei no banheiro trancando a porta.
Tinha sido uma longa manhã. Primeiro, eu havia descoberto que eu estava pior do que eu imaginava e agora a mãe de Sean aparece falando essas coisas... Muito estranho.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acharam? Espero que tenham gostado do capítulo!!! Vou me esforçar para postar todos os dias essa semana, mas, não sei se vai ser possível porque vai ser semana de provas então... God help me!!!
Espero que vocês tenham gostado do capítulo, deixe eu saber o que vocês acharam. Se vocês quiserem comentar e me fazer feliz, eu agradeço.
Um grande beijo para vocês, espero que o final de semana tenha sido bom, que vocês tenham conseguido dormir umas 10 horas de sono (eu consegui) YES!!!! Eu estava bem necessitada kkkkk.
Bem, é isso e até o próximo capítulo.
Amo vocês mais do que vocês imaginam!!



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