A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 33
Capítulo 33: Correio pra você.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!! Como vocês estão???
Estou aqui trazendo um capítulo novo para vocês e quero me desculpar por não ter postado esses dias, mas, está sendo semana de provas e trabalhos na escola e está sendo tudo beeeeem corrido, então... Me perdoem!! Mas, muuuito obrigada por terem paciência e continuarem acompanhando.
Espero que gostem do capítulo! Eu não revisei, então, se tiver algum erro de português ou de digitação, forgive me, ok?
Boa leitura :)



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Mais tarde naquele dia, Sean e Pat me levaram para casa de carro. Havia chovido o dia inteiro. Me despedi deles no carro e quando entrei pra dentro de casa, minha mãe estava na sala, lendo uma revista com a televisão ligada.
Ela olhou para mim quando entrei.
– Oi, como foi no hospital? - ela perguntou fechando a revista e se endireitando no sofá.
Era tão estranho receber essa atenção dela.
– Ah... - eu disse enquanto ia me sentar no braço do sofá. - Eu... Estou mais doente do que eu pensava.
Minha mãe franziu o cenho.
– Como assim?
Engoli em seco e respirei fundo antes de falar.
– Eu tenho Transtorno de Boderline.
Minha mãe arqueou as sobrancelhas.
– É um transtorno de personalidade. - expliquei - Vou ter que tomar remédios, como sempre - revirei os olhos - e ir em algumas consultas com a psicóloga.
– Amy eu... Sinto muito. - ela disse. - Olha eu sei que não fui uma mãe exemplar. Nunca fui nem para você nem para Sam, nem para... Dom - ela olhou para mim e suspirou - Eu sei disso. Sei que não te dei a atenção que você merecia, te culpei por coisas que você nem teve culpa - ela deu de ombros - e, eu só queria dizer que sinto muito por isso, muito mesmo! Eu me preocupo com você porque você é minha filha. E... - ela começou a chorar.
Fiquei paralisada com aquilo, sem saber o que fazer.
Minha mãe respirou fundo e limpou as lágrimas com as costas da mão.
– E, eu entendo o porque você me odeia tanto. Acho que depois que o seu pai morreu, eu piorei. Na verdade, tenho certeza disso, mas, agora, eu quero mudar as coisas. Eu quero ser mais presente por você, se você quiser. E quero falar que eu estarei aqui para o que você precisar, Amy.
Eu não sei o que me deu, mas eu simplesmente abracei ela e fiquei abraçada com ela por um instante. Quando soltei-a respirei fundo e disse:
– Obrigada.
Levantei-me do sofá e subi as escadas. Entrei no meu quarto e fechei a porta. Meu Deus, que dia!
***
Mais tarde, perto de dar meia noite, eu estava deitada na minha cama, quase dormindo quando meu celular começou a vibrar. Peguei-o e olhei na tela. Sorri e deslizei o dedo por ela.
– Achei que já estivesse dormindo. - Sean falou.
– Eu estava quase. - falei.
– Só queria saber como você estava. Você estava triste hoje de manhã.
Suspirei.
– Estou... Chateada. Eu... - fiquei silêncio olhando para o teto. - Por que não me disse antes que você desconfiava sobre a doença? - perguntei.
Tudo estava em silêncio. Sean estava em silêncio e por um momento eu achei que ele tinha desligado o telefone.
– Sean?
– Tô aqui. Eu... Não sou médico pra te diagnosticar e eu não queria falar que eu achava isso. Eu não tinha certeza de nada.
– Ah. - falei e depois fiquei em silêncio.
– Você ficou chateada? - ele perguntou depois de um tempo.
Me virei de lado e olhei para a janela.
– Não. - respondi. - O que você estava fazendo até agora?
– Estou deitado. Pat está dormindo no outro quarto. Ele queria que você tivesse ficado aqui.
Sorri.
– Eu adoro ele.
– Ele também te adora. Demais até! E você dá mais atenção para ele do que pra mim.
– Ah meu Deus! Por favor, diz que você não está com ciúmes do Pat.
– Não estou.
– Que bom.
Ficamos em silêncio por um tempo. Eu podia ouvir a respiração dele.
– O que você vai fazer amanhã? - Sean perguntou.
– Nada. Por que?
– Só queria saber.
– Ficarei no meu quarto assistindo algum filme, provavelmente. - falei.
– Típico de você.
Bocejei e sorri.
– Eu acho que já vou dormir.
– Tudo bem. Eu te amo.
Sorri. Como era estranho ouvir isso dr alguém, ainda mais de uma pessoa que você ama.
– Eu também te amo. Boa noite.
– Boa noite. - Sean disse e eu encerrei a chamada.
Eu estava exausta, fora um dia difícil e estranho e tudo o que eu queria era descansar um pouco. Ouvi os pingos de chuva começando a cair no telhado e logo depois disso, alguns minutos depois, adormeci.
***
De manhã no dia seguinte, eu me espreguicei logo ao acordar, sentindo-me preguiçosa e ainda cansada. Olhei no relógio em cima do criado mudo. Se passavam das nove da manhã.
Sentei-me na cama e espreguicei-me de novo. Levantei-me e fui para o banheiro.
***
No andar de baixo, eu podia sentir cheiro de panquecas sendo feitas. Quando cheguei na cozinha, Sam estava sentado na mesa comendo e minha mãe fazendo mais panquecas.
– Oi. - falei ao entrar na cozinha.
– Oi. - minha mãe disse. - Está com fome?
– Um pouco. - falei me sentando numa cadeira perto de Sam. Ele olhou para mim e eu o analisei por um momento. Ele estava usando una regata branca apesar de estar frio. Ele estava forte. Quando ele tinha mudado tanto assim?
–Onde está o Clint? - perguntei quando minha mãe colocou três panquecas no prato a minha frente.
Ela e Sam trocaram um olhar.
– O que? - perguntei.
Minha mãe pigarreou.
– Clint e eu vamos nos separar. Não está dando certo. Ele já pegou as coisas dele, a grande parte. Ele vai embora.
Fiquei boquiaberta com a notícia.
– Eu... Ia mentir se falar que eu sinto muito. - falei e dei de ombros.
Sam reprimiu um sorriso e olhou para minha mãe que deu de ombros.
– Tudo bem. Estou bem.
Continuamos a comer o café da manhã, em silêncio. Depois de terminar, Sam se levantou e disse:
–Eu vou ir correr um pouco pelo bairro.
Ele passou por trás da minha cadeira e se dirigiu para a porta de entrada. Olhei para meu prato e olhei para minha mãe que parecia estar distante.
– As panquecas estavam boas. - falei.
Ela sorriu amareladamente.
– Que bom, Amy.
– Amy, tem um embrulho aqui para você. - Sam entrou com uma pequena caixa de papelão fechada com fitas. Havia um cartão branco em cima com o meu nome.
– Obrigada. - eu disse franzindo o cenho.
Será que foi o Sean? Quem me mandaria qualquer coisa?
Levantei-me e disse:
– Eu vou subir para o meu quarto.
Minha mãe assentiu. Peguei a caixa com as duas mãos e saí da cozinha. Subi as escadas e entrei no meu quarto fechando a porta. Vi meu celular vibrando quando coloquei a caixa em cima da cama.
Peguei-o e deslizei o dedo na tela.
– Oi. - falei. - Você me mandou alguma caixa ?
– Eu não, por que?
– Acabou de chegar uma caixa pra mim aqui em casa.
– Quem te enviou?
– Não tem nome. - falei. - Está tudo bem?
–Sim, só liguei para saber se você estava bem.
– Estou e você? - perguntei me sentando na cama abrindo a caixa. Havia um CD dentro dela e um papel.
Peguei o papel com letras datilografadas e li "Aqui está toda a verdade".
Franzi o cenho.
–Ah... Posso te ligar depois? - perguntei.
– Tudo bem. - Sean disse um pouco desconfiado.
– OK. - falei e desliguei o telefone.
Peguei o CD e o coloquei-o o notebook.
O reprodutor de vídeo abriu e uma filmagem começou a rodar. Na filmagem, tinha Sean e uns amigos.
– Ela parece esquisita. - uma voz disse, não aparecia a pessoa na filmagem. - Eu duvido que você consiga dormir com essa, Sean.
Sean riu.
– Eu não vou fazer isso.
– Por que? Você não é homem?
– É porque ela é esquisita. - um dos meninos que aparecia na filmagem disse.
Sean balançou a cabeça e sorriu.
– Não, não é isso. Mas não quero nada.
– Vocês viram o jeito que ela se veste? É muito esquisito.
Todos riram.
– Sean, eu aposto com você que você não consegue chegar nessa garota. Como é o nome dela mesmo?
– Amy. - Sean disse. - Para de filmar! - ele disse olhando para a lente da câmera.
– Eu só vou parar se você for dar em cima da esquisita.
Todo mundo riu e Sean balançou a cabeça.
– Ah qual é? - ele disse.
– Eu aposto com você que você não consegue pegar essa.
– Claro que consigo!
– Então convide ela pra sua festa de aniversário.
–OK, vou convidar!
Todos começaram a gritar e assoviar. Eu fechei o notebook, pasma e engasgada, com a visão embaçada. Tudo isso tinha sido uma... Aposta? Um joguinho?


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? O que vocês acharam do capítulo? Tenho que dizer para vocês que estamos chegando na reta final da história, está bem pertinho de acabar.
Espero que vocês tenham gostado do capítulo e se vocês quiserem comentar e me falar o que vocês estão achando ou acharam, fiquem a vontade.
Espero poder postar com mais frequência, mesmo semana que vem ainda tendo provas. Um grande beijo pra cada um de vocês. Vocês são pessoas maravilhosas e eu amo vocês very very very muuuuch



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