A mais Olimpiana escrita por telljesusthebitchisback


Capítulo 11
Brinquedo Raivoso


Notas iniciais do capítulo

desculra a demora, esse capitulo tá um pouco maior. obrigada marcella que me ajudou a ter idéias para a fic.



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- Filha de Zeus, não fuja. – Minha mãe gritou rindo, enquanto corria atrás de mim. Eu estava a toda velocidade correndo em direção a sua bandeira.

Eu poderia odiar e ser péssima correndo, mas quando eu estava competindo e usava os tênis adequados, virava Hermes em pessoa.

-Vem me pegar então, Filha de Poseidon. – Eu berrei, aumentando a velocidade. – Ou você só consegue se estivermos na água?- Eu gargalhei.

Pude a ouvir grunhir de raiva e começar a correr mais ainda. Eu não poderia correr mais rápido, estava no meu limite. Então tive uma idéia digna de Atena.

Joguei-me a minha direita, pegando uma pedra no chão e pulando na copa de uma árvore ficando parada nos galhos.

- Vamos lá. Cadê você, Watchman? – Minha mãe gritou rindo, olhando para os lados. Eu podia vê-la me procurando, com Fênix pronta para me matar.

Joguei a pedra que estava na minha mão em uma árvore do outro lado da minha mãe, bem alto para ela não ver a pedra voando. Assim que a pedra bateu em um galho da árvore, fazendo um barulho como se tivesse uma pessoa ali, minha mãe virou para a árvore. Eu aproveitei e pulei nela, jogando-a no chão e me levantando rapidamente. Apontei Alexis para ela.

- Eu sou sua mãe!- Ela repreendeu tentando se levantar.

- Pensei que na batalha as coisas fossem diferentes. – Eu ri sarcástica dando um chute fraco em suas costas, fazendo-a cair no chão novamente.

- As coisas mudam. – Ela tentou se levantar de novo. Dessa vez eu a empurrei com Alexis.

- Você não pensou nisso 3 segundos atrás quando tentou me matar, não foi?- Eu ri em seu ouvido. – Luke, agora!- Eu gritei floresta acima, me levantando.

- Me deixe levantar, sua covarde. – Minha mãe berrou, mas sem se humilhar.

- Fique fora d’água, Aquaman. – Eu ri diabolicamente.

É claro que quem nos visse, pensaria que nós somos rivais. Mas nós duas éramos extremamente competitivas e estávamos brincando, é claro. Os apelidos ‘ Aquaman’ e ‘Watchman’ eram usados com freqüência, até em casa.

Minha mãe chutou Alexis, fazendo-a cair no chão. Ela se levantou me dando um chute na barriga, eu caí no chão enquanto ela colocava Fênix em meu pescoço.

- Você pode ser mais jovem, mas sua habilidade é uma herança minha, Filha de Zeus. – Ela cuspiu as palavras, se abaixando até mim.

Acho que Aline estava levando essa coisa de competitividade longe demais, mas eu estava adorando.

- Obrigada por me chamar de habilidosa, Quarentona. – Eu dei um murro em seu rosto, ela se levantou cambaleando com uma mão cobrindo a parte do rosto que meu punho atingira.

- Pirralha, eu tenho muito mais experiência que você. – Ela ergueu os braços invocando toda a água do lugar, que não era muita. Não que isso fosse uma grande vantagem, eu sabia quão poderosa ela era.

Eu me levantei rapidamente, fazendo o mesmo movimento. Meus cabelos começaram a voar e um choque começou a percorrer minha espinha sem parar, eu adorava essa sensação. Eu vi raios de energia correndo até mim, até que eu estava envolta por uma fina bolha de eletricidade. Não era o suficiente.

Comecei a invocar eletricidade de dentro de mim. Deu certo, mas isso me deixava extremamente cansada. Minha mãe estava certa, eu não tinha tanta experiência e treinamento quanto ela.

- Wow!- Luke apareceu com uma bandeira vermelha na mão, olhando espantado e fascinado para nós duas.

- Corra Luke!- Eu gritei para ele. Nós estávamos a metros do nosso campo, Luke estava com a bandeira inimiga e ele ficava ali, parado nos olhando.

- Ah, é mesmo. – Ele começou a correr.

- Ah, mas não mesmo. – Minha mãe jogou um jato de água nele, fazendo-o cair no chão.

- Solte-o!- Eu gritei me preparando para atacá-la. Não havia percebido quão impressionante ela estava.

Uma bola de água a encobria, ondas surgiam da parte de trás de seu corpo e engoliam suas pernas. Uma imagem como um holograma de tridente pairava sobre sua cabeça. Ela estava com a benção de Poseidon.

Quando eu já sabia que ia perder, de repente eu comecei a me sentir mais forte, mais poderosa. A bola de energia que me envolvia ficou mais espessa.

- A benção de Zeus... - Minha mãe murmurou me olhando boquiaberta. Luke aproveitou sua distração e começou a correr.

Ótimo, era uma disputa indireta entre os dois, eles estavam nos usando para disputar quem era o mais poderoso.

Minha mãe lançou um jato de água em mim. Eu tomei um susto, seu movimento foi tão rápido que eu não pude acompanhar. Fiquei toda molhada e cuspi um pouco de água. Mas eu sabia que se eu estivesse esperando por isso, poderia bloquear a água.

- Uma aposta. Quem perder faz as tarefas da outra hoje. – Eu propus confiante.

- Só isso? Você está certa de que vai perder. – Ela riu irônica.

- Não subestime meu parentesco com Atena, mamãe. Eu não vou cair nessa. – Eu dei um meio sorriso triunfante.

- Ótimo, eu aceito. – Ela ficou séria.

Eu ouvi comemorações vindas de trás da minha mãe e Luke e seus irmãos vindo em nossa direção pulando e agitando uma bandeira vermelha.

- Só entre nós. – Eu sussurrei. Esperei ela lançar o jato de água em mim e lancei um jato de energia ainda maior. – Acho que você matou muitas aulas de Química. Água condutora de energia. - Eu ri enquanto ela chacoalhava tomando um choque. Ela parou de lançar o jato e abaixou seus braços, se concentrando em fazer alguma coisa. – É cientificamente impossível você ganhar de mim, eu sou imune a água.

-Você sempre acreditou de mais na ciência, querida. Abra os olhos, você lança jatos de energia de dentro de você. A ciência pode provar o porquê disso? Acho que não. – Ela esfregou na minha cara.

Nessa hora a raiva me atingiu de uma vez e faíscas saiam do meu corpo. Minha mãe sabia que as coisas que eu mais prezava no mundo eram ciência, inteligência, livros, musica e Friends, ela não poderia falar isso e sair sem punição.

- Ciência pode provar qualquer coisa, eu não estou nem ai se eu lanço raios. – Eu murmurei de olhos fechados apertando os punhos. Minha mãe abriu a boca e puxou ar para falar alguma coisa, mas eu interrompi. – CIÊNCIA PROVA TUDO.
– Eu gritei no exato momento em que um fraco, mas perigoso caiu ao lado da minha mãe.

De repente eu senti água batendo no meu rosto e em seguida em todo o meu corpo com tamanha força que eu caí deitada no chão.

- Vê se a ciência prova isso. – Minha mãe riu. – Poseidon 1, ciência 0. – Ela riu mais ainda.

Eu grunhi de raiva, odiava perder mais que tudo, machucava meu ego. Uma luz azul me envolveu e levantou. De repente eu me sentia forte, muito muito forte.

- O que é isso?- Minha mãe murmurou ficando cada vez menor. Todas as pessoas estavam ficando menores, eu estava subindo.

- 1x1 por enquanto. – Eu murmurei séria de punhos ainda fechados. Lançando um raio em minha mãe. Raios caiam por toda parte ao meu lado, raios muito mais fortes do que eu conseguia fazer.

A raiva consumia meu corpo, lançando choques por todo meu corpo, desde a ponta dos meus pés até a raiz do meu cabelo. Eu nunca sentira tanta raiva antes e eu nem tinha tantos motivos dessa vez, não sei por que estava agindo daquela forma. Tentei parar e voltar ao chão, aquilo não era certo. Mas alguma coisa me prendia lá, me fazia olhar para minha mãe como um alvo.

Aquela raiva não era minha, aqueles raios não eram meus, aquele poder e força não eram meus. Eu não era tão poderosa, eu não sabia voar, quanto mais gostaria de matar minha mãe. Eu estava sentindo a raiva de Zeus com relação a Poseidon, meu pai estava me controlando.

- Pare!- Eu gritei olhando para o céu. Um raio passou zunindo em meu ouvido. – Ela não é Poseidon, você a ama!- Eu gritei mais ainda e despenquei no chão.

Acho que nem minha mãe nem ninguém ouviu, pois um redemoinho que me machucaria muito vinha na minha direção. Eu tirei o apoio do meu tronco do meu cotovelo, batendo a cabeça no chão. Toda aquela coisa de levitar e lançar raios me cansara muito, apesar de não ser meu feito.

- Chega, Aline!- A voz brava e séria de Quíron ecoou pela clareira em que estávamos. – Ela já perdeu. – ele colocou uma mão no ombro da minha mãe, a fazendo parar com o redemoinho que começava a puxar meus pés.

- 2x1 Poseidon. – Eu murmurei com os ouvidos zunindo. Um raio caiu entre mim e minha mãe. Sabendo que estava salva, cedi à tontura que a batida da cabeça me causara e minha visão e mente apagaram.


Acordei com uma dor de cabeça de Hades, deitada na enfermaria. Um filho de Apolo e Grover estavam cuidando dos ferimentos na minha cabeça.

- Eu sinto muito, não sei o que me deu. – Minha mãe sussurrou abaixando a cabeça, ao pé da minha cama. - O ódio me dominou, mesmo você sendo minha filha, sinto muito. Eu via você como se fosse um inimigo. –Ela falou pra mim com tristeza.

- Poseidon, foi isso que te deu. Nossos pais estavam nos usando para fazer uma luta indireta. No momento que eu me levantei, eu queria te matar, você era o meu alvo. Mas não era eu quem estava me controlando, era Zeus. Poseidon devia estar fazendo o mesmo contigo. Eles estavam nos usando de brinquedos. – Eu expliquei.

- Isso não é explicação para o modo como eu agi, sinto muito mesmo. Nós nunca mais lutaremos. – Ela continuou triste.

- Ah, até que foi divertido. – Eu resmunguei. Nós começamos a rir. -Tudo bem mãe, não se preocupe. Qual é a tarefa?- Ela olhou pra mim desconfiada, já devia ter se esquecido da aposta. -Aposta mãe, esqueceu? – Disse rindo suavemente.

-A filha não precisa fazer nada – Disse ela triste. Eu sabia que ela ainda estava arrependida por ter me machucado, mais não era sua culpa, eu também queria lutar.

-Não mãe, pode falar, eu sempre cumpro minhas promessas, você sabe disso. – Falei gargalhando lembrando que da ultima vez que nós apostamos. Há alguns meses, estávamos no shopping e ela me desafiou a dar começar a gritar e berrar pela minha mãe na piscina de bolinha.

- Bom, - Ela começou a rir. – eu tinha que lavar a louça hoje de noite, mas já que você insiste, a honra é toda sua. – Ela riu mais ainda.


Se eu tinha que fazer isso, faria me divertindo. Coloquei os fones de meu iPod, olhei para os lados para me certificar que ninguém estava ali, e comecei a cantar, dançar e lavar a louça ao som de Green Day.

-This is the dawning of the rest of our liiiiiiiiiiiiiiiiives, ON HOLIDAAAAAAAAAAAAAAAAAAY. – Eu comecei a cantar toda feliz, usando uma colher de pau como microfone.

- Se divertindo?- Uma voz calma riu de algum lugar, mas não sabia dizer aonde. Me virei e encontrei a imagem de uma garota ruiva uns 2 anos mais nova que eu.

- Ah, Ártemis. - Eu suspirei aliviada e envergonhada, colocando uma mão no coração, abaixando a cabeça e me apoiando na pia.

- E então? Já decidiu?- Ela arqueou uma sobrancelha, mas com uma expressão calma através da mensagem de Íris.

- Ah, isso... - Eu suspirei. – E-eu não sei ainda. Mais algum tempo. – Eu suspirei confusa. É claro que eu amava Apolo, mas talvez isso nunca desse certo.

- Você tem a eternidade, minha jovem. – Artemis sorriu. Eu não respondi, apenas abaixei a cabeça com uma expressão meio cética forçada, tentando esconder a guerra na minha mente. – É mesmo uma pena... – Ártemis suspirou e mexeu a mão na névoa, fazendo sua imagem sumir.

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Notas finais do capítulo

revieeeeeews?