Ela disse, Ele disse escrita por Beandrader


Capítulo 28
Pensamentos


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME XINGUEM! eu sei que demorei muito, que perdi minha moral, que vcs devem ter desistido de ler essa fic e que praticamente ninguém nem vai mais lembrar de mim! Eu mereço! Mas uma coisa que eu prometi pra mim é que acontecesse o que fosse eu iria terminar essa fic, e eu irei fazer isso! Aconteceram muitas coisas, santovitti nem mais junto está, msonhos acabou 💔 mas a história ainda vive, e ler fics ajudam a gente e nunca esquecer o quão inesquecível foi essa temporada...enfim, fiquem com esse capitulo que é um gancho pro próximo pq estamos nos aproximando da reta final 💔 boa leitura!



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– Concurso de gastronomia ? - perguntei confusa olhando o panfleto em mãos enquanto esperava em frente a sala o professor chegar

– Sim! Isabella isso é perfeito pra você! Você cozinha muito bem e tinha dado uma parada...se você se inscrever, vai treinar mais e arrasar! - Antônia falava animada. Muito mais que eu até. A verdade é que com tanta coisa acontecendo nos últimos meses, a última coisa que me vinha a cabeça era a culinária. Eu ainda fazia a terapia, estudava e passava o resto de tempo com Pedro e ignorando Bianca. Mas essa era uma boa oportunidade então, porque não?

– Hummmm, não sei não...- eu falei contrariada

– Ah Bells qual é! Você vai participar sim! - Antônia afirmava convicta

– Quem te deu toda essa certeza hein maluca? - perguntei rindo

– Eu! Já te inscrevi no concurso! Você não tem escolha, como eu disse...você vai participar! - ela dizia pulando, e eu rolei os olhos do jeito mais dramático que consegui

– Ah Antônia você não tem jeito! - ela abriu um sorrisinho vitorioso e me abraçou e saiu aos pulinhos de volta a sua sala.

(...)

– Oi dona Dalva! - dei bom dia a avó do meu...cunhado? Não sei se poderia chamá-lo assim, odeio o fato de a Antônia já estar nessa idade de ter até um namorado, mas na verdade acho que é isso que os dois realmente são, o que o classifica como meu cunhado. Pensando nisso nem ouvi a velhinha malcriada me responder e resolvi desfazer a carranca.

– Ô menino boa tarde! E ai o que vai querer? - ela perguntou abrindo um sorrisão e rolando sua cadeira agilmente até a banca

– Um jornal de hoje por favor! - pedi me debruçando no pequeno balcão da banca e assim que ela me entregou eu paguei

– Obrigada! - eu ia saindo quando ela resolveu prolongar o papo

– Ei! Não é você o irmão da namoradinha do meu neto? - ela perguntou com um sorrisinho malicioso

– Ér...- falei coçando a cabeça - Sou eu mesmo...infelizmente

– Ué porquê? Eu gosto da Fom Fom! - ela falou e segurar o riso foi inevitável

– Não dona Dalva! É "TomTom"! - falei dando ênfase ao apelido da minha irmã - Mas acho melhor chamá-la de Antônia mesmo!

– Ah vocês adolescentes acham que só vocês podem apelidar os outros, eu tô velha mas não tô morta! Posso muito bem chamar ela igual a vocês...ah eu adoro aquela menina! Amo quando ela vai lá em casa me visitar! - ela falou e eu arregalei os olhos e entrei numa crise de tosse instantaneamente

– Co-co-como assim te visitar? Ela vai sempre? Sozinha? - disparei a perguntar e a velhinha rolou os olhos teatralmente

– Depois eu é que sou a velha! Vem cá por acaso você é pai dela? - ela perguntou impaciente

– Não mas ela é minha irmã e eu me preocupo com ela! - alterei o tom de voz. Meu sangue fervia só de pensar o que podia acontecer quando Antônia ia até a casa do Duca fazer essas tais "visitinhas"

– Ah moleque sossega esse facho! Ô magricelo vem cá! - ela gritou por João que atravessava a rua da academia tranquilamente e se assustou a ouvindo, ele apontou pra ele mesmo e ela continuou gritando - É! Você mesmo ô esquisito! - ele se aproximou meio receoso e eu fechei a cara e travei o maxilar

– O que foi? - ele disse baixo alternando os olhares confusos entre eu e a Dona Dalva. A verdade é que, desde aquela briga, nós nunca mais nos falamos decentemente, não igual a antes, e eu não fazia a mínima questão. Os "oi's" que eu trocava com ele na sala de aula eram mais que o suficiente. Não sei se seria capaz de perdoar o que ele fez comigo.

– Você acredita que esse guitarrista ai fica pegando no pé da irmã, só porque ela vai visitar meu neto no quarto dele de vez em quando? - eu tossi alto de novo, sem querer realmente imaginar a cena, que ela descrevia avidamente a João que ainda parecia confuso - Você não é um irmão ciumento controlador não é mesmo?

– Bom...eu não acho que posso conseguir controlar com quem o Cobra sai...já passei da fase do ciúme - ele falou divertido e mesmo me segurando deixei escapar um sorriso. Meu amigo brincalhão ainda estava ali. Não. Amigo não. Não somos amigos.

– Ah vocês estão é tirando com a minha cara seus bobões! - ela mostrou a língua e saiu rolando a cadeira como se fosse leve como uma pena. João ainda receoso baixou a cabeça parecendo que os pés era o que tinha de mais interessante ali e arriscou uma olhada de canto de olho. Eu o encarei e ele se endireitou e ai se aproximou. Eu retesei e ele pareceu perceber

– Ela é...engraçada né - ele disse baixo meio sem graça

– Ela é maluca isso sim! - falei sério, mas sem o costumeiro tom frio que eu havia passado a usar com ele, isso nas raras vezes que nos falávamos.

– Ahn...Pedro...sabe eu...eu queria saber se...é que eu...- ele se enrolou tanto nas palavras que achei que qualquer hora ele ia ter um ataque

– Fala logo garoto! O que você quer? - travei o maxilar e cerrei os punhos, eu já deveria ter ido embora, o que raios eu ainda fazia ali?

– Você quer ir andar de skate? - ele falou tão rápido que por pouco eu não entendi

– E desde quando você anda de skate? - perguntei grosseiramente

– Bom eu não ando mas...eu achei que você pudesse querer, de qualquer forma eu iria só pra...te ver andando - ele engoliu em seco esperando qualquer resposta minha e eu o encarei tentando entender o que ele pretendia com isso.

– Bom eu não posso, desculpa, marquei de sair com a Bella, tchau! - e saí sem esperar qualquer resposta.

(...)

– Oi pê! - abri a porta surpresa. Não tínhamos marcado nada depois da aula, mas uma visita dele sempre seria bem-vinda.

– Oi linda! - ele entrou e me abraçou forte logo depois me dando um selinho demorado.

– Ta fazendo o que aqui hein? - perguntei risonha depois de nos separarmos e ele me olhou surpreso

– Ta me expulsando é?! olha que eu não volto mais hein! - ele falou fazendo um biquinho fofo

– Claro que não seu bobo! Só tô curiosa...não tínhamos marcado nada...- falei puxando ele pra sentar no sofá ao meu lado - Achei que você tinha Ribalta hoje...a Bianca foi, minha mãe também...

– É eu ia mas...- ele falou coçando a cabeça

– Mas? - perguntei curiosa

– É que eu encontrei o João na praça e ele veio falar comigo...me chamou pra andar de skate essas coisas, eu não quis dizer não mas ir com ele tava fora de cogitação, então inventei que ia sair com você e subi...- ele falou passando as mãos pelos cabelos que agora eu havia reparado que estavam curtos. Ele não tinha me dito que iria cortar, mas o corte valorizou muito mais seu rosto, o deixando muito mais lindo do que já era, os lados haviam sido raspados e ele tinha um leve topete em cima, mas que agora devido a sua agitação estava a bagunça de sempre.

– Entendi...e...- falei receosa, engolindo em seco - porque você não quis ir com ele?

– O QUE? VOCÊ NÃO TA FALANDO SÉRIO NÉ? - ele se levantou exaltado e ficou vermelho, eu respirei fundo, sabia que seria uma guerra expor minha opinião

– Pedro, primeiro de tudo, senta aqui - bati no assento do sofá ao meu lado e ele voltou a sentar-se - segundo, não precisa gritar porque eu fiz só uma pergunta! - falei impaciente com a súbita alteração dele

– Desculpa eu...é só que é difícil de acreditar que você me fez uma pergunta dessas! - ele falou respirando fundo

– Ué e porque o espanto? Vocês eram amigos e...- como eu imaginava seria uma guerra, ele nem me esperou terminar a frase

– Sim você disse certo! Ele ERA meu amigo no verbo do passado que foi não é mais! - eu suspirei e rolei os olhos

– Pedro...eu só acho que você pode estar exagerando demais sabe, eu sei que ele te traiu, duas vezes, mas vocês são amigos desde sempre, será que por causa de um erro desse vale a pena jogar todos esses anos fora? - ele que antes me encarava agora havia baixado o olhar - O João gosta da Bianca de verdade...eles mesmo que discretamente parecem ter algo sério...- terminei meu discurso torcendo pra que ele me ouvisse

– Pê? Você não vai falar nada? - perguntei baixinho e ele levantou a cabeça lentamente e me encarou, os olhos castanhos expressavam apenas dúvida

– Eu...eu não sei Bella...eu...eu preciso pensar...- ele se levantou e eu levantei junto - acho que eu preciso de um tempo sozinho....

– Tudo bem lindo...pensa bem, quem sabe não tem perdão? - ele sorriu de lado e segurou minha cintura acariciando minha bochecha com o polegar

– E você? - ele me olhou curioso

– Eu o que? - não sabia onde ele queria chegar, eu não guardava rancor do João, mas ainda tinha receio com ele por conta de sua proximidade com a Bianca

– A sua prim... - ele tossiu - quer dizer a Bianca, ela não tem perdão? - eu suspirei e não consegui responder

– Não sei...não é como se nós fôssemos amigas e iríamos retomar a amizade, nosso relacionamento sempre foi um tanto quanto conturbado...- falei por vez e ele assentiu e me beijou, um beijo carregado de carinho, do conforto e de toda segurança que eu sentia estando com ele.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Será que Joanca merece uma chance? Espero que alguém leia kkk e espero também que comentem, que me xinguem ou briguem comigo mas que apenas comentem e me digam o que acharam e no que posso melhorar! Duvidas e sugestões, criticas e opiniões estarei a total disposição! Beijo no olho ❤