Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oieeee u.u resolvi postar logo hehe para compensar o tempo que não postei, eu espero que agora entendam o que a Rachel é... Eu quero agradecer a todas que comentaram, e Ávila? Eu amei tanto o seu comentário ^^ 😍😍😍 muitooo obrigado... Boa leitura e desculpem qualquer erro.



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Quinn

Estava no meu armário pegando alguns livros para a primeira aula, não queria ouvir e muitos menos ver o que acontecia ao meu redor, andava no modo automático, totalmente perdida em pensamentos.

–Ei, Loira... -Ouvi alguém me chamar, mas preferi continuar no meu labirinto de pensamentos, com sorte a pessoa me deixaria em paz assim que percebesse que não quero conversar.

–QUINN - À ouvi gritar.

Virei-me pronta para matar quem ousou gritar comigo. Era Santana... A raiva dissipou por completo, preciso de Santana nesse momento.

–Sant... - Falei, logo em seguida joguei-me em seus braços, lágrimas rolava sem o menor controle pelo meu rosto. Percebi que algumas pessoas nos encaravam, mas foda-se, não estou dando a mínima para isso.

–Vem, vamos sair daqui - Ela disse puxando-me para ir a outro lugar.

Santana segurava firmemente em minha mão, não sei para onde ela esta me levando, mas desde que seja para um lugar longe de olhares curiosos por mim tudo bem.

–Para onde vamos? - Não consegui segurar a curiosidade.

–Você já vai ver...

Andamos mais um pouco até entrarmos em um corredor vazio, no fim do corredor havia uma porta, vi que Santana tinha uma chave, abriu a porta logo em seguida me puxando para dentro, é o Auditório. Não sabia que havia outra porta que dá acesso ao mesmo, e como Santana conseguiu a chave? Acho melhor não saber como...

Sentamos na beirada do palco, ficamos pouco tempo em silêncio, Santana me conhece bem demais para saber que preciso de um tempo para começar a falar... E ela respeita isso.

Soltei suspiro, ao qual saiu alto até demais, Santana olhou para mim como se dissesse "eu estou aqui para o que precisar"

Dou um pequeno sorriso de lado para ela.

–Aconteceu algo horrível - Murmuro. baixinho, se ela não estivesse tão perto tenho certeza que não ouviria.

–Por isso não veio ontem?! O que aconteceu, Q? Seus pais me ligaram para saber se você estava em minha casa ontem, e perguntar porque você faltou ao Colégio...

–O que disse a eles? - Perguntei baixinho.

–Que você estava, e que ficou cuidando de mim, tive febre e você não quis me deixar sozinha.

–Obrigada, e desculpa por te fazer mentir.

–O que aconteceu? Quero a verdade, Q...

–Na verdade nem eu sei, San... E-e eu não posso falar nada.

–Tudo bem, quando você puder falar eu estarei aqui para você.

–Me abraça? - Murmuro chorando.

Ela nada diz, apenas me envolve em seus braços me apertando fortemente. Não sei por quanto tempo ficamos na mesma posição, creio que tempo o suficiente para perder duas aulas, sai dos braços da Latina e levantei, ela me observou com olhos curiosos.

–Para onde vai? - Ela perguntou franzindo o cenho.

–Assistir o resto das aulas...

–Está melhor? - Santana pergunta preocupada.

–Sim - Minto dando um sorriso forçado.

Tenho certeza que ela não acreditou, mas nada disse, apenas me seguiu para fora do auditório. Se perguntarem qualquer coisa sobre a aula eu não saberei responder, qualquer um que visse acharia que eu estava muito concentrada na aula... Engano total, há coisas demais em minha cabeça para se pensar, então, concentração na aula está fora de cogitação.

Se o tempo passou rápido ou devagar, eu não sei. Há muito que não estou preocupada com o mesmo... Já disse que estou no automático? Pois é, estou me sentindo um robô, fazendo o que é necessário e sem me dá conta de tais ações. Dei uma desculpa qualquer para falta ao treino das Cheerios. Indo direto para casa, tudo que eu quero é a tranquilidade do meu quarto, dormir e nunca mais acordar, viver para que? Qual a graça desse mundo sem a Rachel? Fico repetindo essas mesmas perguntas durante todo o caminho para casa. Já tem dois dias desde o "acidente" e eu não sei por quanto tempo mais eu posso aguentar isso sozinha.

Ao chegar em casa vou direto para o meu quarto, ignoro todos os chamados de meus pais, preciso de silêncio, minha cabeça dói com tantas perguntas.

–Olá - Ouço uma voz no meu quarto, viro-me rapidamente.

–O que esta fazendo aqui? E como entrou aqui? - Pergunto completamente assustada.

–Preciso conversar com você - Ele falou ignorando todas às perguntas.

–Ian, como você entrou aqui?

–Isso não vem ao caso agora... Chegou a hora de você saber a verdade.

Olhei para ele esperando que continuasse.

–Mas não aqui, vamos conversar em outro lugar.

–Por que não aqui? - ainda não confio totalmente nesse cara.

–Você precisa ver algumas coisas para entender também, pode confiar em mim, nada de ruim vai te acontecer, eu prometo.

–Tudo bem... - Disse e virei-me para procurar as Chaves do carro.

–Te espero no carro - Ele disse, quando virei-me ele não estava mais no quarto.

–Como? - Perguntei ao nada completamente assustada.

Como ele saiu assim do quarto? E por onde ele saiu? Janela? Mas foi tão rápido.

Desci as escadas lentamente, pude ouvir conversas no andar de baixo; meus pais deviam está na cozinha...

–Para onde vai, Quinnie? - Ouvi mamãe perguntar, congelei no mesmo lugar. Virei-me lentamente para encara-lá.

–Santana está precisando de mim...

–Ela ainda está doente? Os pais dela sabem? - Mamãe pergunta meio desconfiada.

–Ela está melhor, mas ela esta precisando de mim para outra coisa... É particular, mamãe - Digo tentando evitar seu olhar.

–Ah, tudo bem, vem jantar em casa?

–Talvez, qualquer coisa eu aviso.

Mamãe veio em minha direção deixando um beijo em minha testa, e voltando logo em seguida para a cozinha.

Ao chegar próximo ao carro vejo Ian encostado no mesmo...

–Como foi que saiu tão rápido do meu quarto? - Perguntei curiosa.

–Entra no carro, eu dirijo - Ian disse ignorando minha pergunta.

–Como?

–Eu dirijo, relaxa, Quinn... Já disse para confiar em mim, às Chaves, por favor - Ele disse estendendo a mão.

Acabei entregando as Chaves meio desconfiada. Todo o caminho foi feito em silêncio, mais uma vez eu estava lá completamente perdida em meus pensamentos.

–Quinn? - Ian chamou minha atenção.

–Sim?

–Chegamos - Olhei para fora do carro e vi que era a mansão.

Descemos do carro e fomos em direção a mesma... Ao entrarmos nos deparamos com alguns garotos que estavam discutindo sobre algo que não entendi.

–O que está acontecendo aqui? - Ian perguntou chamando a atenção dos garotos.

–Gustavo acabou distraindo-se na ronda ontem, e quase um dos Reve's de Alec chegou perto da.... - O garoto parou de falar assim que pousou seus olhos em Quinn.

–Depois conversamos sobre isso.

–Quinnie - Mal tive tempo de processar algo, vi apenas uma cabeleira ruiva correndo em minha direção, senti braço rodearem minha cintura, demorei alguns segundos para corresponder o abraço.

–Hey! Lise!? - Falo meio sem jeito.

Ela afasta-se de mim, e tenta esconder parte do rosto usando o cabelo, parece esta com vergonha pelo jeito que agiu comigo.

–Por que me trouxe aqui? - Pergunto olhando para Ian.

–Vai contar para ela? - Elise perguntou para Ian.

–Sim, ela merece ver e saber a verdade - Ele disse sem me encarar.

–Do que vocês estão falando? - Perguntei sem entender nada.

–Você vai ter que vim comigo, vamos ver a Rachel - Ele disse meio risonho.

–Ver a Rachel? Ela ainda esta aqui? Mas ela está morta, e vocês a deixaram o tempo todo lá no quarto? Achei que iam enterra-lá, é o certo, mesmo que não queiram dizer a ninguém... O que acho completamente errado e injusto. - Solto tudo de uma vez só.

–Quinn, só venha comigo, vamos te explicar tudo - Quando ele viu que eu não ia me mover segurou-me pelo braço, me guiou escadas acima. Mais uma vez entramos naquele imenso corredor, paramos de frente a porta branca, Ian a abriu e indicou para que eu entrasse; assim o fiz.

Minha reações foram de pavor, incredulidade, susto, felicidade, amor... A minha frente estava Rachel, e está VIVA, está sentada com às costas apoiada no travesseiro, não usava mais o mesmo vestido, esse era de um amarelo claro. Meu coração saltou em meu peito, por um momento esqueci como se respira.

–R-Rachel? - Gaguejei - É você? - Ela virou-se para mim com uma expressão surpresa em seu rosto, alternava em olhar de Ian para mim.

–Quinn? - Ela falou sem reação.

–Oh Meu Deus, é você mesmo - As lágrimas caiam livremente pelo meu rosto, corri em seu direção e sem pensar duas vezes joguei-me em seus braços...

Rachel correspondeu ao meu abraço, mas pela sua expressão ela não estava entendendo nada.

–Quinn, o que está fazendo aqui? - Ela perguntou, ela ainda estava meio pálida, mas não mais fria.

–Como? Como você está viva? Eu vi você morrendo, depois tive a certeza quando a vi nesse mesmo quarto totalmente sem vida - Eu falava chorando, acabei por ignorar sua pergunta.

Rachel olhou para Ian, depois para mim.

–Ela precisa saber, Rachel - Ian fala.

–Eu preciso saber de que? - Pergunto confusa, ainda estou nos braços de Rachel e é tão bom senti-lá viva novamente.

–Eu não posso coloca- lá em perigo, Ian. - Os dois estavam ignorando minhas perguntas.

–Ela já esta, Rachel, Alec tem mandado Reve's para cá e eles estão atrás dela - Ian falava com uma raiva contida.

–O que está acontecendo? - Perguntei mais uma vez.

Vi Ian olhar para Rachel de um jeito diferente... Rachel suspirou pesado e me encarou.

–Quinn... - Ela começou - O que vou te dizer agora você não vai poder dizer a ninguém, nunca, pode prometer isso?

–S-Sim - murmurei sem pensar direito.

–Bom, eu não sei bem como contar isso, mas, hã... Ian, você pode começar? - Ela perguntou a ele.

–Talvez seja mais fácil se deixarmos a Quinn perguntar o que ela quer.

–Eu vi a Rachel morta, toquei nela, então... Como ela está aqui? - Perguntei, se eu não ter essa resposta sei que vou ficar louca.

–Estou feliz que esteja começando com uma pergunta fácil - Ele inclinou-se em minha direção - A resposta certa seria... Nós somos zumbis -Ian escancarou bem a boca e arreganhando seus dentes.

Olhei para ele com uma expressão de incredulidade, e medo?! Sim, o cara me faz ter medo fazendo essas expressões...

–Pare de assusta-lá, Ian... É zoeira, Quinn - Elise diz entrando no quarto.

–Mas não, é sério, somos zumbis - Ele disse sério dessa vez.

–Nós não somos zumbis - Repetiu Elise.-O termo correto seria, hum, ah, morto vivo -, Elise disse .

–Fantasmas - Ian diz sorrindo maliciosamente.

–Parem com isso, Ian? - Rachel falou séria.

–Quinn, é muito mais complicado que isso, nós nos chamamos de Revenants.

Eu olhei para todos eles sem entender nada.

–Ruh - Vuh - Nahnt -, Ian pronunciou devagar.

–Eu conheço a palavra, quer dizer "fantasma" em Francês - Minha voz vibrou pela quarto.

–Se você voltar à origem da palavra, na verdade significa "aquele que retorna" ou "aquele vem de volta" - Rachel disse olhando para mim.

Eu a olhava totalmente confusa, não estava entendendo nada.

–Isso é brincadeira, não é? Você não me perdoou por tudo que fiz a você, e agora está fazendo essa brincadeira estúpida como uma espécie de vingança - enquanto eu falo aponto o dedo para Rachel, já estou chorando, tenho a certeza quando minha visão fica embaçada por conta das lágrimas.

–Ok, caíam fora -...- não me levem a mal, mas prefiro eu mesmo falar com a Quinn. Vocês só estão complicando ainda mais.

–Impossível, você esta muito fraca ainda, então vamos ficar para te ajudar a contar toda a verdade - Ian fala decidido.

Eu olho para eles sem acreditar, tudo que eu quero é ir embora, não acredito que a Rachel fez isso comigo... Eu achei que me amasse, mas é claro que não e ela nunca esqueceu todas as coisas que a fiz passar.

–Tudo bem, mas se comportem.

De repente eu fiquei muito calma, como se nada de ruim pudesse acontecer comigo, estranho.

–Tudo bem, Quinn, primeiro de tudo você está me tocando, então não sou um fantasma. - Olhei para nossas mãos ainda entrelaçadas.

Oh Meu Deus, eles vão continuar com essa brincadeira estúpida?

–Rachel, eu não estou gostando dessa brincadeira, eu já entendi que você não me perdoou e que está fazendo isso para vingar-se de tudo que a fiz passar.

–Quinn, isso não é brincadeira, eu já perdoei você, perdoei no instante em que entendi meus sentimentos por você. - O olhar dela mostra tanta sinceridade.

E se for verdade? Mas isso é loucura, é impossível, não pode ser real.

–E não somos zumbis de verdade - Ian falou nos trazendo para o foco da conversa - Se não já teríamos comido seu cérebro.

Rachel o ignorou - Não somos vampiros, não somos lobisomens ou qualquer outra coisa que te assuste - Rachel fez uma pausa e suspirou - Nós somos Revenants, não somos humanos, mas não vamos machucar você - Ela disse por fim.

–Então todos vocês estão todos... Mortos, mas vocês parecem tão vivos.

Rachel estava séria...

–Ian, você pode contar a sua história para a Quinn? É provavelmente a melhor maneira de explicar. - Rachel falou encarando Ian...

Ian prendeu o meu olhar e não o deixou.

― Beleza, Quinn. Eu sei que isso irá soar inacreditável, mas eu nasci em 1897. Em uma pequena vila não muito longe de NY. Meu pai era médico e minha mãe uma parteira.Mostrei talento artístico e meu irmão Adam também, então aos dezesseis anos eles nos mandaram para estudar pintura em Paris, meu irmão foi para estudar música. Nossos estudos foram interrompidos quando fomos recrutado para a guerra, em 1914. Lutamos contra os alemães por dois anos, até que, em setembro de 1916, fomos mortos em ação. Batalha de Verdun.

― E esse seria o fim da nossa história... se não tivessemos acordado três dias depois.

O quarto ficou em silêncio enquanto eu tentava embrulhar minha mente em volta do que ele tinha dito.

― Vocês acordaram? ― finalmente falei. O rapaz que eu encarava não parecia nem ser mais velho que vinte, mas estava afirmando ter mais de cem anos de idade.

― Tecnicamente, eles “animaram” ―, Falou Elise, segurando para cima um dedo para fazer seu ponto. ― não “acordaram”.

― Nós voltamos a vida ― Ian clareou.

― Mas como? ― perguntei em descrença. O aperto de Rachel na minha mão sustentou minha coragem. ― Como vocês poderiam simplesmente voltar à vida? A não ser que não estivessem realmente mortos em primeiro lugar.

― Oh, estávamos mortos. Sem dúvidas quanto a isso. Você não pode ficar em tantos pedaços e viver depois disso. ― O sorriso de Ian tornou-se um olhar de arrependimento quando me viu pálida.

― Dê um tempo à ela ―Fala Elise. ― Nós estamos despejamos tudo isso sobre ela de uma só vez. ― ela olhou para mim.

―Tem esse especial... Como eu deveria chamar? Que não soe muito Twilight Zone, mas “lei do universo”, certo? Ela diz que se, sob algumas circunstâncias, você morre no lugar de outra pessoa, subsequentemente irá voltar à vida. Você fica morto por três dias. E então acorda.

― Anima ―, corrigiu Rachel.

― Você acorda ―, insistiu Ian ―, e, exceto por estar tão faminto como o inferno, você é exatamente como era antes.

― Você já ouviu falar alguma vez de TMI, Chucky? ― Elise perguntou, apertando as mãos em exasperação.

― Quinn ― Rachel disse suavemente -morrer e animar são realmente difíceis no corpo humano. É um tipo de nos dar um pontapé dentro do nosso ciclo de vida. “Animado” é uma boa maneira de colocar, na verdade. Nós somos tão animados que ficamos sem dormir por três semanas, só dormimos se quisermos... Nosso corpo desliga-se e caímos em uma dormência por três dias, quando acordamos podemos ficar mais três semanas sem dormir.

–Você tem mais de cem anos - afirmei olhando para Ian.

–Tenho dezenove - Ele disse.

–Então vocês não envelhecem? - Perguntei.

―Depois que animamos, nós envelhecemos no mesmo ritmo de qualquer outra pessoa. Contudo, cada vez que nós morremos, subsequentemente reanimamos com a mesma idade em que morremos da primeira vez. Ian morreu quando ele tinha dezenove, portanto, cada vez que morre, começa novamente aos dezenove. - Rachel disse olhando em meus olhos.

–O que você quer dizer com "cada vez que nós morremos"? - Perguntei.

– Vamos apenas dizer que existe um grande número de pessoas que

precisam ser salvas - Rachel disse simplesmente.

Eu a encarei, lutando para entender o que ela estava sugerindo, meu olhos se arregalaram...

–Você me salvou - ofeguei.

Ela apenas confirmou com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Prometo não demorar para postar o próximo Cap. Bjs :D