Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hey! Me perdoem pela demora, ainda estou sem computador :/ fiz esse capítulo pelo celular, e ele foi necessário antes de acontecer um Grande momento hehe... Agradeço a todos os comentários, e o próximo Cap já está quase pronto.Boa leitura e Desculpem qualquer erro.



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Quinn

Estávamos há alguns minutos em silêncio, cada um perdido nos seus próprios pensamentos.

–Está mais calma? - Ele perguntou para mim.

–Não, vou perguntar mais uma vez... Onde está Rachel? O que fizeram com ela? - Perguntei tentando controlar minha irritação.

O vejo suspirar pesadamente, parecia esta pensando com cuidado o que deveria falar ou não.

–Não cabe a mim te explicar o que aconteceu ontem, ainda não é o momento, mas preciso que faça o que vou lhe pedir agora - Ele dizia andando de um lado para o outro.

Olhei para ele com uma expressão de curiosidade no rosto.

–Você não pode contar a ninguém sobre o que aconteceu ontem - Ele disse simplesmente.

–Como? - Perguntei incrédula.

–Quinn, ouça o que vou dizer com bastante cuidado. - Ele disse sentando-se ao meu lado, a menina Elise ainda estava la, sentada do outro lado segurando minha mão.

–Você pode confiar em mim, não vou te fazer mal algum, só quero ajudar - ele disse tentando pegar minha outra mão livre, eu a afastei no mesmo instante...

–Confiar em você? Eu nem ao menos te conheço - Resmungo ainda irritada.

–Sou amigo de Rachel, ela confia em mim, isso deve bastar, não é? - Ele perguntou com um sorriso amigável.

–Se é amigo dela... então porque a deixou lá sozinha? Deveria ter ido a Polícia, deveria ter ajudado, você está agindo como se nada tivesse acontecido - Falo com raiva.

–Quinn, fique calma - Elise que estava calada durante todo o tempo resolveu falar.

–NÃO ME PEÇA PARA TER CALMA- Grito voltando a chorar...

–Ei.. Shh' tudo irá ficar bem, você só precisa ter calma - O garoto se aproximou de mim, dessa vez eu deixei, ele me abraçou e eu me permiti chorar em seus braços.

–Eu só quero a Rachel - Falei entre soluços.

–Você precisa descansar mais um pouco, conversaremos quando estiver mais calma - O garoto disse me puxando para deitar.

–Não, eu não quero descansar, eu preciso saber o que aconteceu com a Rachel, por favor - Eu falo implorando.

Vejo os dois conversando apenas com olhares.

–Como eu disse antes, eu não posso te falar nada agora. - o garoto resolveu falar.

–Quinn, você vai ter que confiar em nós - Elise diz voltando a pegar minha mão - Eu prometo que logo, logo você vai entender tudo.

–Mas você não pode contar nada a ninguém, muito menos sobre o que aconteceu ontem, você pode fazer isso? - O garoto perguntou-me.

–Quero ver Rachel, se me disserem o que fizeram com ela, eu prometo não contar nada a ninguém - Digo decidida.

Só quero ver minha Rachel pela última vez, não sei se posso confiar nessas pessoas, uma parte de mim me diz que devo ficar bem longe deles, mas outra parte quer que eu fique e descubra o que está acontecendo.

–Tudo bem - Ele disse levantado-se, e me estendendo a mão. Meio hesitante eu acabei aceitando.

Percebi que o quarto em que eu estava fica em um longo corredor, há outras portas no mesmo, outros quartos, talvez.

No final do corredor havia uma porta branca, paramos de frente a ela. O garoto abriu a porta, eu o encarei e ele acenou para que eu entrasse primeiro...Ali na minha frente estava Rachel, estava deitada em uma cama, não mais usava às roupas de ontem, as quais deveriam está completamente sujas de sangue, ela estava com um vestido azul claro bem solto em seu corpo... Alguns detalhes em Branco era perceptível no vestido. Meu coração perdeu uma batida, logo em seguida voltou a bater rapidamente...

Ela esta tão pálida, sem que eu percebesse já estava indo em direção a ela, algumas lágrimas já caia pelo meu rosto. Minha Rachel. Sentei na beirada da cama ignorando a presença das outras duas pessoas que me observavam, peguei uma de suas mãos, está tão fria, passo a ponta dos meus dedos por todo o seu rosto, por seus lábios, todo o corpo de Rachel está completamente frio...

–Desculpa - Sussurro mesmo sabendo que ela não pode me ouvir mais.

–Me perdoa, eu sinto muito, me perdoa por tudo que fiz a você... Eu te amo, te amo tanto, volte para mim, por favor - continuo sussurrando.

Sinto uma dor enorme no meu peito, ela não voltará...Isso ainda é um sonho, sim, é um sonho, um sonho horrível do qual eu não consigo acordar. Fico nessa mesma posição por um tempo, eu não sei exatamente quanto tempo se passou, eu só queria ficar ali segurando sua mão, traçando os dedos por seu rosto, memorizando cada detalhe.

–Quinn? - Ouço Elise me chamar...

–Sim? - Respondo sem desgrudar os olhos de Rachel.

–Venha, ainda precisamos conversar - dessa vez foi o garoto que falou.

–Não, não quero deixá-lá sozinha - murmuro limpando as lágrimas. - Oh meu Deus, os... Os pais dela - arregalo os olhos.

–Como? - Ele pergunta sem entender.

–Você vai avisar aos pais dela? - Pergunto olhando para eles.

–Ninguém pode saber do que aconteceu - Ele diz desviando o olhar do meu.

–Eles tem o direito de saberem...

–Quinn, vamos conversar la fora, por favor - o garoto pede aproximando-se de mim.

Eu apenas concordo, ao sair do quarto eu olho uma última vez para Rachel.

*-*

–Posso saber qual é o seu nome? E para onde está me levando? - Pergunto quebrando o silêncio. Ao sairmos do corredor enorme passamos por uma sala, depois passamos por uma porta que dava acesso ao Jardim...

Era simplesmente lindo, flores de vários tipos, a grama bem verdinha... Havia uma mesa de tons amadeirado próxima a pequena Fonte que jorrava água, na lateral da casa havia uma piscina e espreguiçadeiras próximas a ela.

–Meu nome é Ian, e acho que aqui é mais agradável para se conversar -...-Sente-se - Ele me indicou um dos bancos que estava ao redor da mesa.

Caímos em um silêncio incômodo, não sabíamos exatamente como começar essa conversa. Estava com os olhos fixos em uma flor amarela... Ian por sua vez tinha sua atenção presa a qualquer coisa que não fosse em minha direção.

–E então? - Perguntei cortando o silêncio.

Ian finalmente olhou para mim, ainda assim ficou alguns segundos em silêncio apenas me encarando...

–Quinn... - Começou ele - Você precisa mesmo confiar em mim, olha, eu sei que é difícil para você entender e aceitar tudo o que está acontecendo, mas eu prometo que logo entendera tudo, só precisa esperar a hora certa.

–Hora certa? Eu realmente não estou entendendo, a Rachel está morta e não posso falar com ninguém sobre isso, o que vai acontecer quando as pessoas notarem que ela sumiu? Quando os pais dela forem a Polícia? - Perguntei tentando ficar calma.

–Isso não vai acontecer, já tenho tudo sobre controle - Ele murmurou abaixando a cabeça.

–Por que temos que esconder a morte dela? E espera, o que você fez? O que quer dizer com "já tenho tudo sobre controle"?

–Já disse que todas essas perguntas serão respondidas na hora certa - Ele falava calmamente.

–E até lá? Até essa "hora certa" chegar, o que eu faço? - Pergunto.

–Você volta para casa, age naturalmente como se nada tivesse acontecido.

–Vão fazer perguntas, Deus... Os meus pais vão querer saber onde eu estive.

–Já cuidei disso - Ele falou com um sorriso no rosto, enquanto eu estava nervosa.

–Como? O que você fez? - Perguntei de olhos arregalados.

–Sério, você precisa confiar em mim, não farei nada de mal a você ou a ninguém próximo a você, aliás, eu nunca fiz mal a ninguém.

–Estou tentando confiar em você, mas é difícil quando não se sabe nada do que está acontecendo, a garota que você ama morre, você acorda em um lugar estranho, e esta conversando com um estranho que pede confiança... - Falo rapidamente.

–Nossa, fica calma... Só fiz eles acharem que você estava dormindo na casa de uma amiga sua. Tomei a liberdade de usar seu celular e lhes mandar uma mensagem, mandei uma para sua amiga Santana também.

–Como sabe que Santana é minha amiga? E você mexeu no meu celular? -Perguntei com uma sobrancelha arqueada.

–Cidades pequenas tem suas vantagens, você acaba sabendo de muitas coisas - Ele disse olhando para frente sem um ponto específico. Logo em seguida voltou a olhar para mim, me devolvendo o celular.

–E quanto aos pais de Rachel?

–Isso não vem ao caso agora, você entendeu tudo não é? Não pode falar nada do que aconteceu ontem, e deve agir normalmente.-Eu apenas acenei- Vou te levar para casa agora. - Ele disse já levantando-se.

–O que? Mas eu quero ficar mais um pouco com a Rachel - Falei desesperada. Ele suspirou sentando-se novamente.

–Você não pode ficar aqui, Rachel está morta e não há mais nada a ser feito, você precisa ir para casa. Vamos, por favor...

Diante daquelas palavras eu não sabia mais o que dizer, levantei e o segui silenciosamente. Meu carro estava na garagem da "Mansão". Ian insistiu em me levar até em casa... O caminho foi feito em silêncio, sem que eu percebesse já estava chorando, ainda não consigo acreditar em tudo o que aconteceu.

–Chegamos - Ian disse tirando-me de meus pensamentos. - Você vai ficar bem?

–Sim, obrigado...

–Aqui - Ele disse me estendo um pequeno pedaço de papel com um número. - Me ligue se precisar.

Eu aceitei o papel, e o esperei sair de meu carro, fiz o pequeno trecho perdida em pensamentos até a porta de casa, entrei silenciosamente, ao que parecia não havia ninguém em casa. Soltei um suspiro de alívio, corri logo em seguida para o meu quart, preciso colocar todos os meus pensamentos em ordem.


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Notas finais do capítulo

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