Linked By Love escrita por Dianna Lea


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oie minhas lindas :D desculpem a demora, sei que esse capítulo saiu curtinho, mas no próximo juro que vou compensar. Capítulo especial para a Ávila. Ávila coisa lindaaa, eu ameei a sua recomendação, fiquei muitooo feliz, muito obrigado mesmo. Agradeço também a todas que comentaram e também fico feliz que estejam gostando da História. Enfim, boa leitura e desculpem qualquer erro.



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Rachel

Lado bom disso tudo, ela ainda não fugiu, está até aceitando tudo muito bem, estou com medo de que a qualquer momento ela possa ter uma explosão de sentimentos...

–Mas como -...- Você morreu salvando alguém e continua fazendo isso após a morte - Ela finalmente constatou o óbvio, me imaginei naqueles desenhos animados agora, e vi uma pequena lâmpada acesa acima de sua cabeça.

–Essa é toda a razão do que somos - Eu disse olhando em seus olhos - Nós estamos ligados à essa missão pelo resto de nossa existência.

Eu a vi ficar sem reação, tenho certeza que nesse exato momento sua mente esta totalmente em branco.

–Tudo bem, agora me deixem sozinha com ela - Eu falei olhando para Ian e Elise. Vi que eles não se moveram para sair - Agora- disse mais firme e eles obedeceram.

Ficamos em silêncio por tempo, eu a observava e ela por sua vez achou a parede mais interessante que eu.

–Então...- eu disse.

–Então... Você é imortal?

–Temo que sim.

Mais alguns segundos em silêncio.

–Como isso a faz se sentir? - Perguntei quebrando o silêncio.

–Hum. É muita coisa para absorver de uma vez. Mas isso definitivamente explica as coisas. ― Senti seus dedos apertarem os meus. ―O motivo pelo qual não estou com medo agora é porque você está segurando minha mão?

–O que você quer dizer? - Perguntei com um sorriso torto nos lábios.

–Isso é um dos seus super poderes, não é? O que é? O toque tranquilizante ou algo assim?

–Super poderes! - eu comecei a rir.-Um. Sim, senhorita perceptiva. Como você descobriu isso?

–Mais cedo eu estava quase pirando, e de repente sentir uma calma inexplicável.

Eu sorri levemente para ela e afrouxei o aperto em sua mão.

–Entendi, mas não, não estou usando meu toque "tranquilizante" agora... Não acontece toda vez que te toco, tenho que direcionar. Mas aparece que você está lidando muito bem com a situação e por conta própria.

Estou começando a odiar esse silêncio que cai entre nós depois de algumas palavras trocadas.

–Você esta bem? - Ela perguntou, vi preocupação em seus olhos.

–Sim, apenas um pouco cansada, mas não se preocupe, em algumas horas estarei totalmente recuperada. - Dei um pequeno sorriso. - Pode pegar alguma coisa daquela mesa para mim? - Apontei para uma bandeja com frutas, que até então nenhuma de nós havíamos percebido antes.

–Claro...

Quinn levantou-se devagar, mal havia soltado a minha mão e eu já estava sentindo falta de seu calor.

–Obrigada - Murmurei pegando uma maçã.

–Rach? - Quinn chamou minha atenção após algum tempo.

–Sim? - tirei minha atenção das frutas, olhando para Quinn agora.

–Como você morreu? - Ela perguntou sem me encarar.

Eu engoli em seco sem saber o que dizer, passou-se várias coisas por minha cabeça, mas não fazia ideia de como começar a contar isso.

–Bom, foi no dia que perdemos as Regionais... -Comecei lentamente. - Depois que saiu o resultado e logo em seguida todos começaram a me acusar, eu só queria sair de lá... Queria ficar sozinha, pensar na grande merda que eu fiz, não deveria ter beijado o Finn, eu só queria ter certeza dos meus sentimentos, se eu não o tivesse feito, talvez teríamos ganhado.

–Não entendi, queria ter certeza dos seus sentimentos? Como assim? - Quinn perguntou me interrompendo.

–Antes das Regionais o Finn andava sempre atrás de mim, sempre pedindo uma nova chance, mas eu não quis mais voltar com ele, já estava começando a ter sentimentos por outra pessoa, estava me apaixonando por você, Quinn... Eu o beijei para ter certeza que não sentia mais nada por ele. Depois das Regionais, eu realmente soube que estava completamente apaixonada por você e comecei a aceitar isso dentro de mim.

Quinn me olhava com algumas lágrimas nos olhos, foi chegando mais perto de mim a cada segundo, senti sua respiração se misturando com a minha, lentamente fui direcionando minha mão para seu rosto, acariciando levemente, logo em seguida para sua nuca puxando-a rapidamente para vim de encontro a minha boca. O beijo começou lento, logo o desejo aumentou, não era apenas desejo, era saudades, alívio, pedi passagem e ela logo concedeu... Comecei a explorar cada canto de sua boca, sugando levemente sua língua uma vez ou outra, Quinn soltou um gemido quase inaudível, sim, também tenho uma audição muito boa. Nos separamos por falta de ar, deixei vários beijinhos por todo seu rosto antes de nos separarmos por completo.

–Continuando - Eu disse depois de ter recuperado o ar. Quinn sentou - se mais próxima de modo que ficou com as costas apoiada em mim, enquanto sua cabeça descansava em meu ombro.

–Depois que sai para ficar sozinha e pensar um pouco, comecei a andar pelas ruas de NY, estava tão perdida em pensamentos que sequer percebi por onde andava... Parei em um pequeno parque depois de muito andar, sentei-me em um dos bancos e fiquei por um bom tempo ali, até ouvir uma criança chorando, comecei a seguir o som do choro que me levou até um beco imundo, havia uma criança de fato, mas também havia um homem corpulento. - Respirei com um pouco de dificuldade, ainda era muito difícil falar sobre essa história - Ele estava abusando de uma criança, Quinn. Uma criança. Eu não pensei direito, foi impulso... Na hora em que vi ele pegar uma faca para tirar a vida daquela criança, eu já estava indo em direção à eles.

Flashback on

–Não, por favor, não, não...

Eu estava tão concentrada pensando na minha vida, pensando em todos os acontecimentos dos últimos dias que só pude ser tirada deles ao ouvir um choro de criança... Caminho em direção ao choro e paro olhando incrédula para as cenas que está à se desenrolar na minha frente. Uma menina que aparentava ter cinco ou seis anos estava sendo estuprada por um homem que parecia ter no máximo 35 anos, eu não sei o que fazer, devo chamar a Polícia, certo? Mas droga, não estou com celular, ai não, não, por favor. Eu o vi pegar uma faca e já está pronto para matar a criança, a criança chorava e implorava para que o homem poupasse sua vida... De nada adiantou. Ele já ia dá o golpe final, mas ele parou ao ouvir meu grito.

–NÃO...

Ele olhou para mim por alguns instantes, e depois para a criança.

–Dê o fora daqui, antes que tenha o mesmo destino que essa pirralha.

–Não...- Falei firme - Eu não vou deixar você tocar mais um dedo nela.

–Hum, e é você que vai me impedir? - Ele perguntou soltando uma gargalhada de escárnio.

–S-sim - Falei sem firmeza dessa vez - Eu já chamei a Polícia, eles já estão chegando.

–Mesmo? - Ele pergunta com um sorriso maldoso caminhando em minha direção lentamente, senti meu sangue gela, e agora? o que eu faço?

–É... - Ele já está muito perto de mim. Desvio meus olhos dele, olho para a criança que está encolhida em canto do beco, ela olhava fixamente para mim, dei um pequeno aceno para ela, ela entendeu e começou a sair dali silenciosamente, o homem não percebeu... Ela estava cheia de sangue, com vários hematomas pelo corpo. Quando olhei para ele novamente percebi que ele estava me observando, olhando de cima a baixo para o meu corpo, ele passou a língua pelo lábios dando mais um sorriso maldoso.

Flashback off

–Ele fez o mesmo comigo - Falo olhando para Quinn que estava com uma expressão horrorizada no rosto, as lágrimas rolavam sem controle pelo mesmo. - Foi muito rápido, senti uma dor imensa em meu peito, ao olhar deparei-me com a faca cravada em meu peito... O homem limitou-se apenas a levantar-se e sair o mais rápido que pôde do beco. Eu estava sufocando, tentava buscar o ar, mas não conseguia encontrar o mesmo, minha visão estava escurecendo, antes de ser totalmente engolida pela escuridão ainda pude ver o rosto da criança. Linda, foi a palavra que veio a minha mente, como alguém pôde fazer aquela atrocidade com Ela? A garota parecia um anjo, seus grandes olhos azuis, pele branca, cabelos loiros. Um pequeno anjo. Ela havia voltado assim que o homem saiu do beco. Ficou sentada do meu lado, ela segurou minha mão até que a escuridão finalmente me levou.

Voltei minha atenção para o rosto de Quinn que está muito vermelho por conta do choro, limpei suas lágrimas e lhe dei um rápido selinho.

–E como? O que aconteceu depois? -Ela perguntou depois de alguns segundos.

–Eu não lembro, quando "animei" já estava na casa de Adam, ele disse que me encontrou no beco, a garotinha ainda estava la segurando minha mão - Falei com um meio sorriso.

–O que aconteceu com ela? Com a garotinha?

–Ah, ela está com alguns amigos meu em NY.

Quinn se aninhou mais confortavelmente em mim, dessa vez ficamos em um silêncio bem confortável, precisamos desse silêncio, cada uma lidando com seus próprios pensamentos.


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Notas finais do capítulo

E ai? Até o próximo. Bjs :*