The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 15
A melhor cúmplice que ele poderia ter!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Desculpa a demora pra postar um novo capítulo mas atualmente muitas mudanças em minha vida!
Bem, como prometido, Emily está de volta e o clima entre Oliver e Felicity está ainda mais forte após uma semana sem se verem!

Espero que gostem e muito obrigada pelos comentários e pela paciência!



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A semana se passou relativamente rápida, uma vez que eu tive que me desdobrar em muitas. Com a ajuda de Roy, coloquei a TV de costas para os computadores, fazendo da estante uma falsa parede, assim, se Emily vier em minha direção terei tempo de fechar todas as janelas para ela não ver, Emily é muito esperta, às vezes até me assusto com a capacidade de notar o que está acontecendo. E assim foi na maior parte do tempo eu tomava conta dos arquivos da empresa, dava os medicamentos à Emily e a alimentava da forma mais nutritiva com uma ajuda gigantesca da Sra. Cruz, à noite eu cumpria meu excelente papel de garota e parceira do Arqueiro dando total apoio à equipe e sempre um “disponha” todas as várias vezes que Oliver agradecia minha ajuda.

Roy e Dig sempre ligavam para saber como Emily estava e eu sempre ouvia a voz de Oliver mandando um beijo para Emily, e confesso, achei aquilo lindo, não podia afastar esses dois, nem se quisesse. O sorriso que Emily abria sempre que o nome de Oliver era dito e aquilo fazia meu coração se encher de alegria. Duas vezes nessa semana ela pediu pra falar com ele, disquei o número e entreguei a ela, não sei como esses dois tem tanto assunto, mas ouvi quando Emily respondeu que a mamãe estava bem, mas parecia “tiste” e “tansada”.

Na segunda-feira após a semana de repouso de Emily voltei ao consultório da pediatra e após vários exames ela disse que Emily podia voltar a rotina, mas teria alguns cuidados para evitar uma recaída. Após agradecer a médica, levei Emily para escola e me dirigi à empresa para lidar com uma segunda de reuniões infindáveis e extremamente cansativas. Quando voltei para minha sala para pegar os documentos necessários, vi que só faltava 10 minutos para o horário de saída de Emily, não tive alternativa a não ser apelar para Dig:

– Felicity, Oi!

– Oi, Dig! Você está muito ocupado?

– Pra vocês? Claro que não... Qual o problema?

– É que já está quase no horário de saída de Emily e eu ainda tenho outra reunião, você se incomodaria de pega-la pra mim?

– Felicity, eu estou meio atarefado com algumas ordens de Oliver para a missão de hoje a noite mas prometo que darei um jeito, pode deixar.

Senti um pouco de ironia e uma risadinha antes de desligar, mas eu realmente não estava com tempo de pensar sobre isso, Jerry já me esperava apontando pro relógio de pulso. A reunião ocorreu da forma esperada, o grupo de Central City aceitou fornecer todo equipamento que precisaremos para produzir a tecnologia que permitirá uma energia mais barata aos moradores dos Glades. Voltei para minha sala na intenção de pegar minha bolsa e encontrar Dig para pegar Emily, para minha surpresa, a mesma já estava brincando na minha cadeira e acompanhada da pessoa que eu menos esperava naquele momento:

– Oliver!

– Felicity, como está?

– Bem.

Lhe dei um sorriso cheio de saudades mas logo em seguida desviei meu olhar para uma loirinha rápida que já vinha em minha direção, me abaixei e abracei minha pequena que estava toda empolgada porque Oliver a foi buscar na escola:

– Diggle me ligou pedindo para pega-la e ela insistiu pra te ver, espero não ter feito errado.

– Não, Oliver. Obrigada por trazê-la, espero não ter lhe incomodado.

– De forma alguma, você sabe o quanto gosto dessa pequena.

E acariciou os cabelos de Emily que se encontrava agarrada em minhas pernas, ficamos muito próximos nos encarando por um bom tempo em silêncio sobre o olhar atento de Emily quando fomos assustados por Ray que já entrava em minha sala sem apresentação fazendo Oliver se distanciar e Emily colocando uma carranca enorme de quem pergunta “Quem é esse?”.

– Felicity, eu preciso que você separe...

Quando finalmente ele levantou o rosto foi que pode notar que havia sido mal educado em sua ação:

– Oh, me desculpe eu não sabia que estava ocupada. Oliver, quanto tempo?

– Sr. Palmer, como vai?

– Ou, não! Pode me chamar de Ray!

– Claro... Ray!

Oliver praticamente cuspiu aquele nome o que me deu imensa vontade de rir, desviei meu olhar dos dois e pude notar Emily com os punhos fechados na cintura batendo o pezinho de forma impaciente, foi quando Ray se virou e a notou:

– Ora, e quem é essa linda mocinha?

Emily correu em direção a Oliver que a pegou no colo, Ray olhou assustado apontando pra eles e antes que pudesse falar alguma besteira, Oliver se adiantou:

– Emily, o nome dela é Emily Smoack, não é princesa?

Disse isso fazendo cosquinhas nela que logo abriu aquele sorrisão balançando a cabeça afirmando, no mesmo instante, Ray se virou em minha direção fazendo cara de espanto:

– Sua filha?

– Sim!

– Nossa, não sabia que você tinha uma filha, desde quando?

– Ray, com todo respeito eu não lhe devo satisfações de minha vida pessoal e essa pergunta é no mínimo inoportuna, você não acha?

Disse isso indo em direção à minha mesa para pegar minha bolsa e notei um sorriso satisfeito de Oliver, mas preferi ignorar. Emily por sua vez, não aceitou nenhuma brincadeira de Ray mesmo permanecendo nos braços de Oliver que a fazia rir com cosquinhas e coisas que ele sussurrava em seu ouvido, só espero que ele não esteja incentivando ela a ser mal educada. Nos despedimos de Ray e fomos em direção ao elevador, quando entramos no carro, comecei o sermão que toda mãe é obrigada a fazer mesmo quando não quer:

– Emily, a sua atitude foi muito feia, sabia? Essa não é a educação que a gente espera de você. Você é uma menina doce e comportada, nada do que foi agora a pouco com o Sr. Palmer.

– Mas mamãe, eu nom dosto dêie. (Mas mamãe, eu não gosto dele.)

– Emily, temos que ser educados, gostando ou não das pessoas, sabia?

Me assustei por ouvir aquilo de Oliver mas me senti grata por ele está colaborando. Emily fez biquinho e prometeu não fazer mais aquilo, me virei para Oliver que estava ao meu lado, no banco do motorista:

– Oliver, estamos indo almoçar e eu posso entender caso tenha algo melhor para fazer.

Ele sorriu da forma mais charmosa do mundo:

– Felicity, eu realmente não consigo imaginar algo melhor do que um momento com vocês duas.

Sorri agradecendo e indiquei o local que costumávamos almoçar, mas ele disse que faria uma surpresa e diferente de mim, Emily adora surpresa. Me derreti por completa com aquele momento “família” mas sabia que tudo uma hora teria que mudar pois ainda não havíamos conversado. Chegamos ao restaurante e confesso que nunca havia estado em um local tão agradável, na verdade nem sabia que Starling tinha um restaurante tão lindo, ficava em uma esquina bastante arborizada, com o piso e o teto de madeira escura, com mesas e cadeiras envernizadas e logo, um local muito convidativo para as famílias e casais apaixonados.

Fiquei tão encantada que acabei ficando para trás vendo Oliver e Emily de mãos dadas com ele levantando ela a cada degrau que subia a fazendo rir e ele rindo muito também, me apressei e peguei em sua outra mão ajudando e recebendo um sorriso caloroso de Oliver. Nos sentamos e logo fomos atendidos, Emily ficava cantarolando enquanto que eu afundava meu olhar na paisagem pintada em uma das paredes, tudo menos olhar para aqueles olhos azuis acompanhados de um lindo sorriso tentador. Nossos pratos chegaram e eu me dividi em comer e ajudar Emily que insistia que já era grandinha para comer sozinha.

Oliver e eu rimos muito, ele contava que costumavam vim a esse lugar para o almoço de domingo, pois ele e Thea ficavam brincando enquanto seus pais tinham um momento a dois. Percebi a saudade nos olhos de Oliver e acariciei sua mão por cima da mesa, ele me sorriu e então percebi o olhar atento de Emily com um sorriso que não consegui distinguir, parecia, admiração? Preferi tirar minha mão e notei um sorriso maior em Oliver enquanto ele piscava para Emily que sorria enquanto se escondia por trás das mãozinhas. Quando terminamos e já nos dirigíamos ao carro, Emily avistou um parquinho e então começou com a apelação:

– Pú favô, mamãe. Só um poutinho! (Por favor, mamãe. Só um pouquinho!).

– Emily, você não pode pegar Sol, minha filha!

– Mas o patinho tá na somba! (Mas o parquinho está na sombra)

– É, mas tá muito quente!

– Oivé, pú favô, faia tum a minha mãe, fáia. (Oliver, por favor, fala com a minha mãe, fala).

– Emily, eu não posso fazer nada, você quer ficar doente de novo? Não quer, então é melhor deixar para outro dia.

– Zá entendi. (Já entendi)

– Entendeu o que Emily?

– Oivé é meu pai. (Oliver é meu pai)

Eu não sabia o que dizer, jamais pensei que ela me responderia assim, de onde ela tirou isso? Fiquei em pânico enquanto Oliver não tirava os olhos de Emily:

– De onde você tirou isso, mocinha?

– Os pais da minha tóiedinha fazem a mesma toisa... entaum, Oivé só pode ser meu pai, né?(Os pais da minha coleguinha fazem a mesma coisa, então Oliver só pode ser meu pai, né?)

Os olhinhos dela brilhavam com a ideia e Oliver só fazia rir, acredito que admirado com a esperteza de Emily, eu não podia responder nada, minha opção foi fugir dessa situação no mínimo embaraçosa:

– Ok, Emily! Trinta minutinhos e só nos brinquedos que estão na sombra, ouviu? E na hora que eu chamar, nós vamos embora, sem chorinho!

– É, pômeto mamãe! Bóia Oivé, mamãe dexou, bóia! (É, prometo mamãe! Bora Oliver, mamãe deixou, bora).

E assim ela saiu correndo puxando Oliver pela mão que logo a pegou no colo e se apressou para chegar ao parque. Decidir aproveitar o momento e deixei minha bolsa e nossos casacos dentro do carro e troquei meu scarpim por uma sapatilha confortável que sempre deixo no carro. Sentei em uma sombra e fiquei admirando enquanto Oliver ajudava Emily a descer no escorrego, logo ela fez o mesmo que sempre faz comigo, dispensou ele que veio em minha direção e sentou ao meu lado:

– Você parece cansado para um cara que passa a noite correndo atrás de bandidos e pulando prédios.

– De fato, brincar com Emily me deixa mais cansado. Acho que é o receio que ela se machuque que me deixa tenso.

– Oliver, o que você estava cochichando no ouvido de Emily lá no escritório a fazendo rir?

– Desculpe, Felicity. É segredo meu e de Emily.

– Sério? E quem você pensa que é para ter segredos com a minha filha?

– Segundo ela, sou o pai.

Certo, ele fez isso de propósito, ele sabia que eu ficaria vermelha e ele deve adorar isso porque brotou um sorriso enorme em seu rosto enquanto olhava pra mim. Como se ele não já fosse suficientemente lindo. Revirei os olhos sem ter nada pra dizer, e achando pouco, ele continuou:

– Se Emily escolheu lhe chamar de mãe, acho justo você aceitar que ela me chame de pai. Eu estou disposto a ser.

– Oliver eu não vou nem entrar em detalhes sobre isso, você sabe muito bem o quanto que isso é impróprio, daqui a pouco você arranja alguém e Emily está crescendo e ficando ainda mais esperta com o mundo a sua volta, eu não terei respostas para quando ela perguntar porque não moramos na mesma casa e coisas do tipo.

– Felicity, você sabe que só depende de você me perdoar por ter escondido o fato que Helena estava livre e finalmente seremos uma família, não sabe?

Nossa, nem notei o quanto que ele estava próximo, minha respiração ficou acelerada e eu podia sentir meu coração bater muito forte cada vez que ele se aproximava mais e mais, e já não tendo como ser mais forte, só havia uma opção pra mim:

– Emily, vamos amor, já tá tarde!

Me levantei alisando o vestindo e olhando em direção a Emily com a cabecinha baixa, Oliver foi em sua direção e cochichou algo pra ela que logo riu, definitivamente eu preciso descobrir que segredo é esse desses dois. Entramos no carro em silêncio e deixei Oliver em frente ao prédio que ele mora com Thea, ele deu um beijo em Emily e me deu um até logo. Quando chegamos a casa, Emily foi tirar a roupa para tomar banho e então recebi uma mensagem de Oliver:

“- Sua filha já me ama e você já tem o meu amor, o que mais você precisa para se convencer que já somos uma família?

P.S.: O beijo que você me negou mais cedo será cobrado e com juros, Srta. Smoack”.

Sorri e logo fui tirada de meus desvaneios e o corpo inteiro entrando em combustão ao lembrar os beijos de Oliver por uma Emily que gritava do banheiro que já estava pronta. Se eu já estava perdida nos braços de Oliver, imagina agora que ele tem como cúmplice minha própria filha? Não tem jeito, vou acabar cedendo.


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Notas finais do capítulo

Uau, e essa mensagem, hein?
Nossa, matou!
Não me odeiem, tudo está se encaminhando para o melhor, questão de bem pouco para Felicity ceder ao amor e deixar o orgulho de lado!
Comentem por favor, todo comentário é super bem-vindo!
Bjos!



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