Manhattan – New York

- Me serve um Martini duplo.

(A garota que limpava o balcão ergueu os olhos para o cliente. Ela era jovem, com cerca de 22 anos, cabelos cacheados e olhos de um profundo verde. Seria bonita se não fosse seu ar abatido e cansado...)

- Com ou sem gelo?

- Sem.

(A garota colocou uma lata de coca-cola no balcão...)

- Você não desiste, não é Bruce?

- Estou tentando trazer minha melhor amiga de volta a vida. Já faz mais de um ano desde o acidente... Claire, você realmente devia...

(Claire olhou para Bruce com os olhos cheios de lágrimas...)

- Bruce, eu matei a minha família! Você está realmente dizendo que eu devo sair e me divertir com o dinheiro do seguro de vida deles?

(Nesse ponto da conversa todos no bar olhavam para os dois. Claire pegou sua mochila no armário abaixo do balcão e se dirigiu para a porta...)

- Onde você vai?

-Já deu o meu horário. Eu vou pra minha maldita casa, tomar um maldito banho e conviver com a minha maldita culpa!

(Bruce ficou olhando, junto com todos os clientes do bar, enquanto a moça saia, batendo a porta e enxugando as lágrimas...)

30 minutos depois – Casa de Claire - Manhattan – New York

Claire tomava um banho, quando escutou barulhos vindos da cozinha. Ela saiu do chuveiro, vestiu o roupão e foi até lá verificar o que estava acontecendo. O que viu a deixou de boca aberta...
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Estrada de Detroit para Manhattan

(Sam olhava de Dean para Castiel sem acreditar no que ouvia....)

Sam:- Ok, então temos um novo Líder na Parada?

Dean:- É Sammy. Converse com o Mestre Dos Magos ai. É ele quem está no comando da operação “Exterminando a Pequena Sereia”.

(Castiel ficou em silencio, pensando se começava ou não uma discussão por causa da mania de Dean usar referencias que ele não conhecia...)

Sam:- Para onde estamos indo?

Castiel:- Manhattan – New York, temos que encontrar Claire Williams.

Dean:- E quem é essa Claire?

Castiel:- O receptáculo de Ariel.

(Dean revirou os olhos, entediado...)

Dean:- Eu sei, Kojak. Quero saber quem ela é, como você a encontrou, o que ela fez pra merecer isso. Esse tipo de coisa.

Castiel:- Claire Williams é uma mulher com 22 anos de idade. Abandonou a faculdade de medicina a um ano atrás, quando o carro que dirigia foi atingido por um caminhão-tanque. Haviam seis passageiros no carro, todos familiares de Claire, e mais dois no caminhão. Apenas Claire sobreviveu.

Dean:- Então você esta querendo dizer que nós vamos matar uma garota sozinha no mundo, assustada, e que provavelmente se culpa por ter matado a própria família?

Castiel:- Sim.

Dean:- Maravilha! Desde que a Ruby morreu nós não tentamos matar nenhuma virgem...

(Sam olhou com raiva para Dean...)

Sam:- Ei, Cas, como você descobriu que era o receptáculo da tal Ariel?

Castiel:- Pesquisando a árvore genealógica dela. Isso é uma coisa que está no sangue, passada de Pai para Filho. Bastou pesquisar a ascendência dela.

Sam:- Dean, quanto tempo até chagarmos a Manhattan?

Dean:- Umas duas horas.

(Dean ligou o radio, enquanto Sam olhava para a cara séria e entediada e Castiel...)

“Come back baby, Rock and roll never forgets…”

Sam:- Essa vai ser uma longa viagem…

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Casa de Claire - Manhattan – New York

Os olhos da garota se encheram de lágrimas ao pronunciar a palavra:

- Mãe!
(Uma mulher, parada ao lado do fogão, ergueu os olhos das panquecas que cozinhava...)

- Claire, querida, sente-se e venha comer!

(Claire sentou-se observando atentamente os olhos da mulher. Não eram mais verdes como foram os da família inteira, e sim azuis. Um azul intenso e penetrante, que doía olhar.)

-Claire, querida, eu não sou sua Mãe.
- Então quem é você?

-Meu nome é Ariel. Eu sou um anjo. E preciso da sua ajuda.

(Claire, começando a desconfiar que estava sonhando, sorriu desdenhosa e perguntou...)

- Um Anjo?

- Sim. Preciso que você me permita entrar em seu corpo. Preciso que você me de controle sobre sua mente e suas emoções. Eu preciso de você para completar uma missão.

(Agora Claire tinha certeza que estava delirando...)
- E o que eu ganho com isso?

(Ariel olhou intensamente para ela e respondeu...)

-Posso lhe dar tranquilidade, paz e perdão. Posso perdoá-la pelo que aconteceu a sua família.

(Claire sorriu, desejando desesperadamente que o perdão que o Anjo lhe oferecia fosse real, e respondeu...)

-Então sim. Fique a vontade. Meu corpo, minha mente e minha alma são seus.

(O clarão que se seguiu a essa frase foi muito intenso. Tão intenso que pode ser visto pelos três passageiros do Chevy Impala 67 Preto que acabara de cruzar a esquina... )