Violette Von Bismarck escrita por Petra


Capítulo 5
Encontros


Notas iniciais do capítulo

Eu tive um enorme bloqueio mental no final desse capítulo, de forma que não consigo acabá-lo de forma alguma.... Eu até tenho alguns capítulos depois deste prontos, mas esse não vai pra frente õ_o
Eu decidi então postar esse como ele está e com um resumo do que deveria acontecer no final dele... Quem sabe um dia escrevo o resto..



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/60191/chapter/5

Violette despertou repentinamente com um movimento a seu lado, já empunhara a adaga quando percebeu que se tratava de Marian levantando-se. O homem só sorriu levemente ao vê-la apontando a arma para ele, se pôs em pé e pediu para que ela se apressasse. Ele saiu da vista da garota.

 

Ela julgou que sonhara – se é que vampiros sonhavam – com o castelo de seu pai e por isso estranhara repentinamente acordar na caverna em que tinham se instalado na noite anterior. Se não fora um sonho, fora um pensamento na iminência de acordar ou um súbito surto de confusão. Enfim, isso com certeza não era a coisa certa para ocupar sua mente naquele momento.

 

Levantou-se por sua vez, verificou o ambiente e se dirigiu para a noite lá fora. O bosque que se seguia era mais ralo que os outros que percorrera e mais a frente se abria em uma pequena clareira, na qual se encontravam inúmeros fragmentos de rochas oriundos da mesma formação da caverna. Marian já se encontrava por lá, juntando madeira para uma fogueira. Ela detestava fogo – e não só por este constituir uma das maiores ameaças para sua espécie, mas também por possuir muito apreço pela escuridão e pelo frio – mas este às vezes se fazia necessário. Para não sentir-se inútil, foi ajudá-lo e em pouco tempo já haviam amontoado o suficiente próximo a uma rocha comprida. Ela permaneceu em pé, imaginando como seria aceso o fogo. Ele se instalou sentado sobre a pedra e encarou a pilha de madeira, pensativo.

 

Ela ficou olhando para o conjunto, indecisa. Ele pareceu murmurar algo, fechou os olhos e após um curto intervalo, uma fagulha crepitou na madeira, logo iniciava-se o fogo. Ele abriu os olhos e encarou o resultado, com um largo sorriso. Olhou para a garota, que encarava a fogueira, um pouco surpresa.

 

- Incrível, não?! Custei a aprender esse truque, mas é bem útil.

 

Ela o encarou.

 

- Confesso que o truque me surpreendeu um pouco, porém o que mais me intriga é o fato de estarmos acendendo uma fogueira em lugar aberto ao invés de nos escondermos ou seguirmos viagem.

 

Ele voltou a mirar o fogo, ainda sorrindo.

 

- Hoje esperamos por aqui por Greta, ela me comunicou que os planos haviam mudado e então nos encontraremos mais cedo.

 

Violette ainda perguntou timidamente como é que Greta havia comunicado isto a ele, mas foi a oportunidade dele de vingar-se, e ele não respondeu. A garota entendeu o silêncio e imediatamente se arrependeu de ter pensado que conseguiria conviver com aquele mensageiro. Sentou-se, frustrada. Ele riu ao perceber a cena.

 

Ficaram os dois contemplando o fogo por um bom tempo, quando então puderam ouvir passos aproximando-se pela relva que crescia rala pela clareira. Levantaram-se e puderam divisar o vulto esguio da ama se aproximando. Marian afastou-se e Violette aguardou em pé no lugar, ambos cumprimentaram-na sucintamente. Greta aproximou-se e sentou onde estivera o homem, pediu que a garota se sentasse também.

 

- Minha querida, sinto tanto que se veja envolvida nisso... Sabe, a sociedade Cainita é tão complexa e cheia de intrigas, as vezes seria tão bom poder ignorá-la! Mas então chega o momento que ela deixa de te ignorar e então você precisa agir, por bem ou por mal, sabe. Seja a favor dela, ou contra ela.

 

A garota ouvia, irritando-se gradativamente ao ver que a mulher se alongava em rodeios. Ela falava lentamente, como se precisasse explicar algo difícil a uma criança. E ainda por cima a chamava de “querida”, tratamento que nunca recebera, nem mesmo do pai – o qual se habituara a chamá-la carinhosamente “pequena” – porque soava tão hipócrita a seus ouvidos. A garota só fitava a fogueira enquanto a ama prosseguia.

 

- Os interesses opostos se alongam por séculos e o poder se reveza... – Começou ela, com um ar sério –Assim sempre será... Porém, no último século, as disputas tornaram-se um pouco mais violentas, e extremamente... desonestas. – Ela fez uma pausa, para enfatizar – Algumas elites da Europa estão dividindo-se em facções: os Orvalium e os Arcangeli, de ideias opostas. Acontece que os Arcangeli pregam a presença de uma legislação, querem aliar-se aos humanos, enfraquecer os vampiros para depois domina-los totalmente. – Violette notou, com sua visão periférica, que a ama fazia uma expressão de desgosto – Nós, da Orvalium, vamos contra isso e por isso somos perseguidos. Queremos a liberdade, a igual...

 

Palavras, palavras, palavras.

 

- Sinto muito, mas não me interesso por política. Gostaria que pulasse para a parte onde entramos eu e toda essa bagunça ao meu redor. - Cortou Violette, com a paciência esgotada. Nunca gostara de política e provavelmente nunca gostaria. Contanto que não influíssem em sua vida ou suas pesquisas, estaria tudo bem.

 

A garota viu pelo canto do olho que Greta estreitara os olhos e estava prestes a dizer algo, mas suspirou e foi direto ao assunto.

 

- Pois então... Acontece que a cerca de quarenta anos atrás ocorreu um incidente importante que envolvia humanos, e seu pai entre eles.

 

Violette sentiu despontar o interesse em si, mas pouco demonstrou, só virando-se para encarar a ama. Tudo que dizia respeito a sua escassa família lhe interessava, e muito. Não sabia explicar o porquê dessa fixação, mas se atinha sempre aos mínimos detalhes de que pudesse se recordar. E sentia um vazio sem explicação, envolvendo a morte não elucidada de seu pai. Lembrava que quem lhe transmitira a notícia fora a mulher que agora se encontrava a seu lado, mas que não acreditara de início. Só absorvera adequadamente a informação quando vira a família chorosa acompanhar o corpo e todo aquele ritual. Nunca soubera a causa de sua morte, fugira antes de poder perguntar.

 

--------------------------------------

Resumo do fim do 5º capítulo (que acho que vou acabar não escrevendo o_O) Greta conta a Violette que os Arcangeli haviam matado o pai de Violette pois este se aliara aos Orvalium. Violette acha a história – como foi contada – meio forçada, mas acredita, interessada em detalhes sobre o pai. Greta parte e diz que voltará no dia seguinte com aliados para partirem. Violette vê Marian se dirigindo até o bosque e o segue. Vê que ele envia uma carta num pombo correio e o questiona. Ele diz que o que Greta contara não era exatamente verdade, e que Lorde Ulrich fora morto por ter sido culpado – por causa da Orvalium – por crimes que não cometeu. Que Lorde Ulrich não havia se juntado à Orvalium. Violette não sabe no que acreditar.

 

No dia seguinte, Greta chega com três aliados e, para surpresa de Violette, são homens muito parecidos com os que invadiram a sua aldeia. A menina, desconfiada, se pergunta se Greta sabe que ela vira os invasores. A ama aparenta estar extremamente amável, mas Violette, que sempre teve sentidos aguçados, se surpreende ao conseguir enxergar, depois de muito observar, uma espécie de aura fraca ao redor da mulher: não é uma cor agradável, é pálida e dá a Violette uma clara impressão de falsidade. Os homens brutos os acompanham ao redor, fazendo com que Violette se sentisse mais uma refém que uma protegida. Seguem para fora do bosque e então se vêem em uma trilha na encosta de um morro.

------------------------------------


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, já me sinto melhor por me livrar dessa parte e poder postar o resto...
 
Postado 29/03



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Violette Von Bismarck" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.