As If It Were The Last Day - 2ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 8
Capitulo Extra: Positive result - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho esse cap. há um tempinho e queria segurar ele mais um pouco, mas vai agora mesmo!
Eu achei ele comprido, ainda mais pra um EXTRA, então vou dividir em dois, o próximo eu posto amanhã ou na terça...



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Marie abre os olhos de repente, a primeira coisa que vê é o cabelo castanho de George. Ela se inclina sobre ele para ver o relógio no criado mudo do outro lado.

10:46

– George… - ela mexe na orelha dele, ele encolhe o ombro e não acorda - George… - agora ela beija a mandíbula dele - George.

– Hmm?

– Já é quase onze horas, a July chega meio dia…

– Uhum…

– George Harris! Você entra no trabalho uma hora hoje!

Ele se senta bravo, jogando o edredom pro lado, o movimento empurra a Marie - Puta que pariu, Marie! - ele sai da cama e junta sua camiseta do chão.

– Não vai nem tomar banho?

– Não! Vai que você me apressa? Posso mijar pelo menos?

– Credo, desculpa acordar a bela adormecida às onze da manhã! Se eu soubesse que você ia acordar assim, tinha deixado você perder um dia trabalho.

– O problema é que você sempre me apressa.

– Ah, George, não começa! Você nem me deu “bom dia”, vá se foder!

– E o seu bom dia pra mim foi “vá se foder!” - ele coloca seu converse all star sem cadarço e procura o cinto da calça - Marie, eu tô saindo!

– Não vai nem comer?

– Não. Vou comer numa padaria, por que lá eles não me apressam!

Marie se levanta e ajeita a camisola - Se queria dormir, porque veio pra minha casa?

– Achei que a gente ia transar!

– Não acredito… - ela pasma. Ele nunca falou uma coisa dessas - Achei que era porque queria me ver. Ah, eu sou muito burra.

Ela sai do quarto e em cinco passos está na cozinha, ela pega seu celular no carregador e vê as mensagens da prima.

“Já acordou?”

“Aquela peste já foi embora?”

E responde: “acordei agora. A peste tá indo embora”

George sai do quarto e pega as chaves da moto, a jaqueta de couro e o capacete em cima do sofá.

– Tô indo. A gente se fala.

– É. Quando você estiver mais calmo.

Ele destranca a porta e a bate quando sai. Marie só se curva na mesa-balcão e come puxa um pedaço da pizza de ontem que eles jantaram. O celular vibra e apita ao seu lado.

July “Já foi tarde! Não entendo como vc pode gostar dele”

Marie “Quando ele não tá mal humorado é um príncipe”

July “Então só vejo ele mal humorado”

Marie “Que horas vc vem?”

July “Daqui a pouco”

Marie lê a mensagem e revira os olhos o daqui a pouco da July pode ser daqui a meia hora, ou daqui a duas horas… Ela pega um pedaço de pizza ergue e enfia na boca pela metade, a boca fica cheia e ela não consegue mastigar direito.

Depois ainda come um pacote de um quilo de amendoim e fica jogada no sofá, a barriga cheia e náuseas.

Ela sente a boca salivar mais e o corpo esfriar, quando ela percebe já esta tudo subindo pelo esôfago e ela corre se batendo para o banheiro no final do corredor. Ela vomita na pia mesmo, não ia dar tempo de abrir o vaso sanitário.

Marie fica abre a torneira e deixa a água levar embora o que já foi uma pizza e muitos amendoins. Ela se senta no chão e fica em frente ao vaso, respirando pesado. Não existe coisa pior e mais nojenta do que vomitar.

Marie lava a boca e come uma bala de hortelã depois de escovar os dentes e se joga no sofá, ela fica mal depois de vomitar, desde pequena.

O interfone toca e ela se arrasta para atender.

– Sim?

– July está aqui.

– Pode deixar subir.

Ela espera na porta o elevador chegar, ele indica que ela está no 3… 4… 5… 14… 18… 22… 25. July sai e dá um abraço nela, com um mochila nas costas, a chave do carro e da casa pendurada no dedo e um chaveiro de um stormtropper de vestido pendurado.

– Oi, prima querida!

Marie a abraça - Oi, July!

July se afasta e a olha - Você tá estranha…

– Acabei de vomitar.

– Ai, que nojo! - ela solta os braços da prima e entra no apartamento dela, deixando a mochila no sofá, as chaves na mesa de centro e indo até o balcão da cozinha, procurando pizza na caixa que está vazia - Ah, não deixaram um pedaço pra mim.

– Acabou?

– Aham.

– Tinha cinco pedaços… Eu comi. Ah, foi por isso que eu vomitei. Depois eu comi um quilo de amendoim.

– Acabou com o amendoim também? Você tem comida nessa casa? - ela começa a abrir os armários e a geladeira, se curvando pra dentro dela e pegando um pedaço de torta de palmito.

– Olha quem fala. Quando eu vou na sua casa, eu que tenho que levar comida.

– Eu sou muito ocupada pra ir no mercado… Você vai na festa comigo hoje a noite?

– Se eu não vomitar até o fim do dia, vou.

– Que bom.

– E eu posso chamar alguém?

– A Ana e o Drake né?

– Uhum.

– Chame - ela diz com a boca cheia enquanto balança as mãos e se joga no sofá, Marie se senta ao lado dela e pega o telefone e o papel em ciam da mesa que contém os “números do socorro”, July, pizzaria, Ana, Drake e Jimmy.

– Alô?

– Ana? é a Marie.

– Oi! E aí?

– Tranquilo… Tenho uma festa pra ir hoje, tá afim?

– Que horas?

– Lá pelas 18h.

– Beleza, eu vou.

July cutuca Marie - Fala pra ela vir pra cá, que eu levo todo mundo.

– A July tá dizendo pra você vir pra cá e a gente vai com ela.

– Tá bom.

– Vou chamar o Drake também.

– Isso, dai eu não fico tão sozinha.

– Tá bom, vou desligar. Qualquer coisa me avisa.

– Tá bom, beijo!

Marie aperta o off e disca os números de Drake.

– A… Alô?

– Drake. é a Marie.

– Oi, mãe…– ele ofega

– Drake…?

– Mãe, eu tô ocupado agora… Eu posso te ligar depois, eu tô na academia...

Marie pensa… Drake não faz academia, nunca fez.

– Drake o que você tá fazendo? Tem alguém ai e você não tá podendo falar?

Ele ri antes de responder - Isso mãe… Vou ficar marombado…

Marie arregala os olhos, July se levanta e vai até a geladeira pegar mais torta.

– Drake você tá com uma mulher? Ai, cara!

– Tô… Tô gastando muita energia– ele solta um gemido baixinho.

– Ai, Drake, não acredito! Tá, depois a gente se fala é sobre uma festa hoje…

– Aniversário do tio John? Eu vou… é aonde?… Ah, no asilo?…

Marie dá risada - Você não quer que ela vá né?

– Vai estar cheio de velhas né?

Se com isso você quer dizer garotas gostosas, sim.

– Tá bom.. Eu faço esse sacrifício. Beijo, mãe.

– Beijo.

Marie desliga e encara July que serve de suco agora - Ele tava com uma mulher.

July ri e bate uma mão na outra rapidinho - Praticando o ato?

– Foi o que eu entendi.

– Esse é dos meus!

– July, eu não preciso imaginar essa cena.

– Como se você fosse pura.

Marie olha pra cima e pisca - Como uma princesa da Disney.

As duas dão risada alto.

***************

A festa chega e acaba que nem Ana, nem Drake foram. July conhecia 90% daquele povo e Marie conhecia a July. Mas logo um cara com segundas intenções chega com um copo de vodca pra ela, e ela bebê e depois bebe uísque e mais vodca… e alguém chega com tequila pra ela… e jogos etílicos.

Festa de faculdade nunca presta…

Marie acorda com o vômito quase saindo e corre para o banheiro, dessa vez dá tempo de abrir o vaso.

– Marie?

– July!

July surge na porta, ela usa uma camiseta da Marie do aerosmith e está sem calça - De novo… Não é pra menos também - ela diz se abaixando e puxando o cabelo da prima pra cima - Você bebeu ontem de um jeito que eu nem sabia que era possível alguém beber e não morrer. Você vomitou na festa.

– Eu lembro… - Marie vomita mais um pouco - Só não sei direito como viemos.

– Eu dirigi né… Deu três e pouco da manhã parei de beber.

– Que horas chegamos?

– Seis e meia, não me lembro direito.

– Que horas são?

– Três da tarde.

– Nossa! - ela se levanta e vai para a pia.

– July? Tá tudo bem?

Marie arregala os olhos e encara July, que sorri amarelo.

– July quem tá ai? - ela sussurra

– Um carinha… Tá, sim, Harry!

– Um carinha? Você trouxe um carinha pra minha casa?!

Marie fecha aporta do banheiro e continua encarando a prima.

– Você não tava nem ligando pra isso ontem. A gente entrou e você foi dormir.

– Posso supor que vocês se comeram… Onde?

– Que isso, Marie…

– July você não trouxe ele só pra dormir aqui. Onde?

– No sofá, você ocupou a cama.

– Ai, July, eu quero que ele vá embora. Eu não saio daqui enquanto ele não for embora.

– Tá...

*************

Marie passa o dia seguinte todo se concentrando pra não vomitar, ela está morrendo de medo de ter pego um virose ou algo do tipo. Vomitar depois de uma bebedeira é comum, mas dois dias depois… e antes também já é demais.

Um copo da starbucks surge na mesa da Marie, a fumaça que sai dele tem um cheiro incrível de café.

– Marie, você devia ir no médico, vai e eu te cubro.

– Eu sei, Drake, eu sei.

– Você tem a imunidade alta, pra estar vomitando a três dias pode ser alguma coisa séria.

– Eu vou - ela pega o copo - Depois de tomar meu café.

– O George já sabe que você tá mal?

– Ele não responde minhas mensagens e não atende minhas ligações.

– Um dia que quebro ele na porrada. É falta de cintada.

– Ele é difícil, eu sei.

O celular dela começa a vibrar no bolso da calça, ela puxa e olha o identificador.

– Não morre hoje!

Drake ri e volta para sua baía.

– Oi, George, tava falando de você agora.

Oi… Marie eu quero sair com você hoje, conversar.

– Hm… Tudo bem, que horas?

De noite, quando você sair do trabalho.

– Ah, então, eu vou sair mais cedo, vou no médico.

Você tá com alguma coisa?

– Tô passando mal desde antes de ontem.

Beleza, então vai lá e quando estiver saindo, me liga que eu te busco.

– Tá bom!

Tchau.

– Beij-- o telefone fica mudo.

– E então? - pergunta Drake ao lado

– Sei lá, ele me chamou pra sair.

– Que bom né…

Marie torce a boca, pensando. O modo como ele se despediu foi estranho - É… Acho que sim.

**************

– Marie D’Jacques…

Marie fica em pé e se dirige para dentro do consultório da médica, clinica geral. Ela já está sentada.

– Sente-se...

Marie fecha a porta e se senta em frente a médica.

– Diga-me, o que há?

– Isso que eu preciso saber, eu tô passando mal a três dias, vomitando. E eu tenho a imunidade muito alta.

– Hm… - a médica se levanta e pega um termômetro na primeira gaveta da sua mesa, liga, ajusta e entra a Marie - Coloque embaixo do braço por favor…

Marie faz com o ela pede.

– Abre a boca - Marie faz e ela enfia um palito ali - Não tem placas, não é garganta inflamada… Suas fezes, como estão?

– Normais.

– Seu sono?

– Eu tenho dormido mais.

A médica faz um bico virado para o lado - Sua alimentação?

– Eu tô comendo bem.

– Bem como?

– Bem… Bastante e de tudo.

– Desde quando você tem comido assim?

– Não sei, faz um mês talvez.

– Você tem a vida sexual ativa?

– O que isso tem a ver?

– Moça, você já fez o teste de gravidez?

Marie se curva e vomita no chão, aos pés da médica que ergue o rosto e dá três passos pra trás cobrindo o nariz. A moça se levanta e encara a médica.

– Me desculpa.

– Não a culpo - ela diz ainda com a mão sobre o nariz indo até a mesa de novo, dessa vez ela pega uma caixa rosa dentro da segunda gaveta e entrega a Marie - Muito confiável… Pode usar aquele banheiro - ela aponta para uma porta na outra ponta da sala e Marie vai até lá com a caixa rosa na mão.

A médica sai do consultório e chama as faxineiras.

Marie abre aquela caixinha e retira o produto, parece um termômetro, ela lê o rótulo dinamicamente.

… urine sobre a barra transparente… espere cinco minutos… | negativo… || positivo.

Ela se senta e o xixi não vem, isso a força a abrir a torneira e esperar que a água caindo ajude. Ajuda.

Depois, ela põe o teste em cima do balcão da pia, e fica contando os segundos no relógio virada de costas.

4 minutos e 50 segundos. 5 minutos. Só de garantia ela espera um pouco mais e então se vira.

||

Ela fica encarando aquilo, duas barrinhas, duas porras de barrinhas. É isso que definiu o futuro dela? DUAS BARRINHAS?

Uma noticia tão importante é dada por duas barrinhas, seu bebe é representado por duas barrinhas… Seu bebe…

Meu… Bebe… Meu bebe… Meu bebe… Meu filho… Estou grávida.

Ela pega o teste, recoloca na caixinha e sai, as faxineiras estão limpando o chão e o cheiro já está bem melhor, a médica, encostada num canto a olha com espectativa.

Marie balança a cabeça, pega sua bolsa e sai.

Ela entra no Honda Civic preto dela e aperta o volante, a caixinha no colo, seu bebe no ventre.

Lágrimas enchem seus olhos, ela abaixa a cabeça e encara sua barriga, erguendo um pouco a blusa, não teve alteração de tamanho ainda, mas é só questão de tempo…

– E agora, bebe? O que eu faço?

Ela pega o telefone e entra num dilema… July ou George… Na duvida, ela liga para Jimmy.

– Preciso de uma ajuda.

– Me conte menina!

– Jimmy… Eu… - ela chora de vez agora, sem controle algum - Jimmy, eu tô grávida…

Oh… Minha filha… Quem mais já sabe?

– Só você…

Minha querida… Você precisa contar pra sua prima, ela com certeza vai te ajudar ao último… E pro seu namorado.

– Jimmy eu não sei se é certo ter esse bebe…

Você não pode abortar… Pense nos seus pais e nos seus tios… Como eles ficariam felizes tendo um neto…

Ela chora de soluçar agora.


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Notas finais do capítulo

Pelo menos acabaram as dúvidas sobre a sexualidade do Drake... Certo Bia Nodari? shwshwhsw

Beijo meu povo :*



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