As If It Were The Last Day - 2ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 7
A Disney movie.


Notas iniciais do capítulo

POOOOOOOOOSTEI MAIS CEDO!
Esse capitulo contém cenas do tipo "UAAAAU"

Esse capítulo é dedicado a uma das leitoras, Bia Nodari, que deixou um comentário lindo, maravilhoso, me contando que o nome dela é Anna, e ela tem duas primas que se chamam (tantantantannnnn) Maria e Julia, quase morri do coração!!!

Bia, espero que você goste e saiba que você tem um espaço no meu órgão que distribui sangue pro corpo s2



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O tio Louis entra na sala, tia Emília chora se apoiando nos braços do marido, e uma jovem os companha. Os pequenos pés de Marie balançam fora da cadeira tentando alcançar o chão. Ela olha os tios e sorri, pouco se importando com a tia chorando.

– Cadê minha mãe?

O tio se abaixa em frente a ela, com a jovem moça e sua pasta amarela, a tia Emília fica atrás secando o nariz num lenço descartável. Louis acaricia os joelhos da menina e tenta sorrir, mas lágrimas começam a ocupar seus olhos.

– Marie… A sua mãe e o seu pai não chegaram.

– De novo? - ela pergunta fazendo bico de quem vai chorar - Mas eles já estão fora há muito tempo, eu to com saudade.

Tia Emília funga alto ouvindo a sobrinha falar isso. Louis baixa a cabeça.

– Olha minha querida… Você gosta de ficar comigo e com sua tia e sua prima enquanto os seus pais estão fora né? - o tio pergunta

Ela concorda com a cabeça.

– Querida… Você vai passar muito tempo comigo e sua tia.

– Quando eles voltam?

Emília D’Jacques Barthelemy vira as costas e sai da pequena sala de recreação do prédio do conselho tutelar, não vai conseguir e controlar, acabou de perder seu cunhado e sua cunhada e ganhou mais um filha, isso é muita coisa para uma jovem de vinte e sete anos. Seu descuido com Louis a fez ter July muito cedo, aos vinte e um anos de idade, ela nunca se arrependeu, mas isso era muito coisa pra sua cabeça.

– Marie, eles não vão voltar… Você vai ter que ser forte… O avião que seu pai pilotava caiu.

– Eles estão bem? - ela pergunta com os olhinhos verdes arregalados.

A assistente social sente pena, deveria ser de algum modo proibido uma criança tão pequena ser órfã.

Tio Louis balança a cabeça e seus olhos se enchem de lágrimas, agora elas rolam pelo o rosto, tão doídas quanto navalhas - Querida… Os seus pais morreram.

Marie congela, sua mente inocente se destruindo aos poucos, tenta processar essa informação.

Morrer.

Sempre foi uma coisa tão horrível nas histórias, mas fácil de conviver, era só parar de ouvir, fechar o livro, desligar a TV, algo do tipo, e a morte ia embora. Agora não, ela sentia a morte se apossando de um espaço no seu coração. Bem ao lado da felicidade, e então tomando conta da casa da vizinha que antes a fez rir tanto.

As imagens de seus pais chegando no aeroporto e Marie soltando a mão da tia e correndo para eles que se abaixam para pega-la no colo nunca mais vão se repetir. Sua mãe fazendo um café da manhã liberado na cama no dia do seu aniversário… Seu pai trazendo suvenir de todos os lugares que visitaram… Ainda faltavam tantos chaveiros.

Quem a levaria agora no médico quando acordasse com febre que não fosse sua mãe? Quem faria um chocolate quente com marshmallow quando ela ficasse triste que não fosse sua mãe?

Quem a colocaria nos ombros para andar numa rua cheia de pessoas nas vésperas do Natal, que não fosse seu pai? Quem lhe daria broncas quando ela desobedecesse a mãe que não fosse o seu pai?

Marie começa a chorar, tão intensamente que a faz soluçar alto. Ela nega com a cabeça.

É um pesadelo. É um pesadelo.

Louis a abraça e depois a ergue no colo, ela põe suas pernas na lateral da barriga dele, aperta seu pescoço e molha o ombro dele com lágrimas. Ao saírem da sala seguida da assistente social que no fim não serviu para nada, Emília está um pouco mais controlada e estica os braços para pegar o sobrinha.

– Tia, diz que não é verdade - implora a pequena órfã passando para o colo da tia - Por favor. Eu quero minha mãe. Eu quero a minha… Por favor… - ela perde a voz para o choro.

– Vou levar ela pra casa - escuta seu tio falando com a assistente - Ainda tenho mais um filha para dar a noticia. E… Explicar pra elas que não haverá enterro…

Marie se senta sugando quase todo o ar da barraca, o coração acelerado, o corpo frio e os olhos arregalados. Nunca sonhou uma lembrança. Achava que era impossível. Que era coisa de filme. Ela treme. Foi tão real.

Lágrimas invadem seus olhos e ela tampa o rosto com as mãos.

Passou, passou, passou, Marie. Passou... Sh… Calma.

Ela libera o choro quando percebe que quem fazia isso para ela era sua mãe, quando ela, pequenina e frágil se machucava no parquinho.

Shane reconhece aqueles soluços baixinhos e fungadas de nariz entupido como alguém que chora. Ele para ao lado da barraca da Marie.

– Marie, tá tudo certo?

– Eu já to indo, Shane. Tô bem!

– Ei, garota… Posso entrar?

– Tá tranquilo, Shane - ela funga de novo - Eu tô saindo.

– Eu tô indo lá para o campo, pro treino de tiro. Vá quando estiver pronta.

– Tudo bem!

***************

Três batidas na porta. Daryl grunhe vestindo a camisa.

– Entra!

Ana se coloca na porta - Ta melhor, cara?

– Tô sim, valeu.

– Deu um puta susto na gente.

– Eu sou um bicho ruim.

– É, eu sei… É… Você quase morreu ontem, sem falar com a Marie.

– O que quer dizer?

Ana observa pelo corredor, se assegurando de que não tem ninguém ali e então fecha a porta - Você não tem muito tempo.

– O que?

– A Marie… Acho que está apaixonada por você, mas hoje ela começa a dar aulas de tiro com o Shane e eu sei como ela vai se dedicar à isso, porque lembra July e porque ela ama atirar… Daryl… Ela não vai ter “tempo” pra vocês.

– O que eu faço?

– Nunca assistiu um filme da Disney? Você corre e impede que a mocinha se case com outro porque você é o verdadeiro amor dela!

– O que?

– Vai atrás dela, seu burro! E não deixa ela se apegar às aulas, pro seu bem, pro bem dela, e pro bem de vocês. Ela vai ficar se remoendo em lembranças com a July e… Você viu como ela ficou. Por favor, eu amo muito a Marie… Não quero isso pra ela.

– Tá…

– Tá esperando o que?! VAI!

Daryl passa por Ana, correndo o máximo que consegue, que é quase nada, seu abdome dói e parece que seu corpo está cheio de cacos. É horrível.

É como num filme da Disney mesmo… Daryl corre pulando degraus e deixando pessoas boquiabertas pra trás, como Hershel que ainda lhe dá uma bronca dizendo que ele ainda não está bom. Carl que está com Lori, indo para a aula de tiro, Drake que congela onde está tentando entender alguma coisa. E por fim, Marie que se vira ouvindo passos na grama e dos galhos com sua audição mais apurada. Ela está ao lado do Shane e os dois inclinam o rosto para Daryl.

– Você não pode ir - ele diz sem folego, parando na frente dela.

– Daryl, me diga agora porque você está correndo. Você ainda não está bem.

– Foda-se eu. Você não pode ir.

Marie sente as bochechas arderem, todos a encaram - Porque…?

– Você não pode se apegar às aulas só porque lembram a July.

– Não é pela July. É por mim.

– Posso conversar com você? - ele olha em volta - A sós.

O grupo passa reto e continua andando.

– Deve ser algo sério, não podia esperar eu voltar?

– Talvez você não voltasse.

– Não começa, eu só vou ver como eles se saem nos tiros.

– Não foi disso que eu tava falando. Acho que você não voltaria a ser você mesma.

– Nossa! Como assim? Do que você tá falando?

– Da July. Você não pode se transformar numa cópia dela.

– Eu não vou! Credo, eu só vou dar aulas de tiro. Aulas. Entendeu?

– Eu vi ela. Com o Merle.

O cérebro da Marie se confunde mais, ela não entende nada. Viu eles? Como assim? Ela não sabia que eles conversavam.

– Eu fui procurar a Sophia, e cai do cavalo, literalmente, eu alucinei e vi ela e o Merle. Eles me davam broncas e zuavam de mim. Merle falava pra eu ir embora, que eu não tinha o que fazer nesse grupo e July me esnobava, dava risada.

– Ela não faria isso.

– Eu sei. Foi isso que me fez perceber que não era real. Ela dizia que eu era frouxo e que ela conseguiria com a mão esquerda, que você de salto alto era melhor que eu e eu sei disso. Você é uma pessoa muito boa.

– Obrigada.

– E não precisa tentar ser a July só porque a achava melhor que você. Você está aqui, você está sobrevivendo e ajudando os outros, você é forte e gentil e eu… - ele para, olhando nos olhos dela.

Marie tem as sobrancelhas curvadas pra cima, numa cara de angústia, mas gosta do que houve.

– … Eu nem ligava se eu ia chegar inteiro ou pela metade na fazenda, eu só precisa chegar, porque eu sabia que teria você me… Cuidando, sei lá. Eu levei uma flechada de mim mesmo, e um tiro na cabeça por que eu queria te ver… E não quero que vá nessas aulas de tiro, fica aqui me… me cuidando - ele sorri de lado.

Marie nega com a cabeça - Eu não vou te cuidar, pode cuidar de si mesmo.

Daryl junta as sobrancelhas e Marie se aproxima dele colocando as mãos em seus ombros, ficando na ponta do pé e beijando seus lábios.

– Vou ficar aqui te amando.

O coração dele ganha duas batidas extras. Marie sorri.

– Daryl… Eu gosto de você. Eu estou amando gostar de você.

Ele a junta pela cintura e a ergue num abraço com um caloroso beijo.

Ana se encosta na pilastra da casa com Drake ao lado.

– Missão cumprida - diz reprimindo um sorriso.

– Você é uma diabinha - ele diz e então volta a olhar o casal que se beija bem mais a frente - Mas… Bom trabalho.

***************

– Cadê a Marie? - pergunta Rick

Shane olha em volta - Sei lá, ela estava com Daryl… Ela sabe onde estamos, se ela quiser, ela vem.

– Não acho que ela venha - diz Ana entrando no campo de treino com Drake

– Por que?

– Ah… Acho que ela não vem. Acho que vão aproveitar o momento sozinhos pra… - ela olha Drake com um sorriso malicioso - Conversar.

Rick e Shane se entreolham, o ex policial sorri e o ex xerife tenta esconder o sorriso.

***************

Marie entra na barraca de Daryl, puxando ele pela mão e olha em volta. Mesmo sendo todo bruto e nervoso, Daryl é bem organizado.

Ela vê em cima de uma mochila um cadarço com orelhas arramadas e o pega com a ponta dos dedos.

– Nojento.

– Não sei o que deu em mim. Só fiz. Tipo um prêmio.

– De que?

Ele balança os ombros - Sei lá.

Ela dá um leve risada e continua andando pela barraca dele, é grande e alta, o forro do chão faz barulho de plástico e ela sente galhos sob seus pés depois que tira os tênis. Daryl só observa. Se senta na cama dele e o encara parado na “porta”. Lentamente, ele tira suas botas também. Marie fica em pé e tira o casaco fino que usa, jogando no chão.

Marie fica em pé e abre o primeiro botão da camiseta, Daryl fixa os olhos nos dedos magros e compridos dela. Mais um botão e outro, e o sutiã azul aparece e o último botão chega. Ela desabotoa os pulsos e então tira a camisa sem tirar os olhos dele, sem abandonar a expressão séria. Ela se aproxima dele, tira seu colete e joga num canto da barraca.

Daryl não se move, parece congelado, apenas fica olhando para ela. Marie pões as mãos por dentro da camiseta dele e puxa, os dedos passam pelo abdome definido… a cicatriz da flechada. Até chegar no peito dele, é quando ele se mexe para tirar a camiseta. Marie cola seus corpos e beija o peitoral dele, depois o pescoço, o queixo e a boca. Ela se afasta um pouco e põe os braços para trás, as mãos abrem o sutiã e ele cai, deslizando pelo corpo dela. Os olhos azuis pequenos de Daryl ficam onde a peça ainda deveria estar.

Marie pega as mãos dele e as coloca em seus seios, ele aperta de leve e acaricia. Marie sorri e se aproxima dele, ela se arrepia ao sentir o peito nu dele contra o seu peito e as mãos dele em suas costas.

– Daryl… Eu quero transar com você… Faça amor comigo - após enlouque-lo com uma frase ela o beija, com certeza não é um beijo delicado, não quando as bocas e as línguas parecem lutar, ele segura a cabeça dela e começa a ditar o ritmo. Marie geme baixinho, se afasta tira o coldre, o cinto e então a calça, sem tirar os olhos dele, o que o excita mais ainda. Ela tira a última peça, uma pequena lingerie de algodão preta e então suas mãos partem para o cinto dele, mas ele tira tudo primeiro, com pressa. Depois ele a admira nua por alguns instantes, e vice-versa.

Marie segura as mãos dele novamente e o conduz para a cama dele que mais parece uma maca. Ela se deita, as pernas afastadas, curvadas num V de ponta cabeça. Ele se deita por cima e a beija, Marie aperta os braços dele e sua perna esquerda acaricia a lateral da perna dele, ela joga as costas pra cima, fazendo seus quadris se chocarem e ela geme com o membro dele latejante tocando sua virilha.

– Daryl… - suspira possuída, queimando pela luxúria, o desejo transborda em seus olhos.

Ele aperta a coxa dela, subindo para as nádegas, a cintura e recomeça a caricia. As mãos dela correm pelo peito dele, para a barriga e desce mais, ela segura o pênis dele e ambos gemem quando ela o guia para dentro de si.

Úmida, quente, confortável… Daryl fecha os olhos ao se sentir dentro dela, ele esperou tempo o suficiente, e deixa um gemido rouco escapar do fundo da garganta, enquanto se empurra para mais fundo.

Enquanto ela, ao toque duro, gelado e ao mesmo tempo macio dele em si, se contorce e geme, sua pele arrepiada, ela quer gritar e arranha-lo e não quer mais sair dali. Ela quer mais.

Ela quer ser dele, se não a vida toda, pelo menos hoje.

E ele quer ser dela.


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Notas finais do capítulo

Hmmmmmm.
E aí?
Gente, quero contar pra vocês que eu não sei o que fazer da vida, queria terminar essa história no Terminus, mas assistindo à série (que por sinal, acabou muito foda) fiquei imaginando meus personagens ali no meio, e uma coisa foi puxando outra e eu pensei "Caralho, quero seguir a série na fic" e agora??

Bjos a todos, e a Bia e suas primas amadas.
Até quarta ou quinta sshwhswh
:*



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