As If It Were The Last Day - 2ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 6
Easier to find a chupacabra.


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse! Consegui postar quinta!
Amei escrever esse cap também. to cada vez mais inspirada swhshswh
Outro capiitulo longo, só espero que não esteja cansativo.
E digo outra coisa: ameeeeeei escrever o final (aquela carinha)



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Marie ajeita as luvas de látex nas mãos, logo depois de prender o cabelo e se curva sobre Carl, respirando pesado ao retirar a bandagem suja de sangue, e com manchas pretas do anticéptico. Está bem limpo, com excessão de alguns lugares ao redor dos pontos dele, Marie embebeda o algodão com água filtrada e limpa, logo em seguida, troca o algodão e o molha agora com água oxigenada e limpa.

Patricia não tirou os olhos do garoto, é sua distração para tentar afastar a constante lembrança de que se marido foi devorado por mortos reanimados infectados. Marie olha para a mulher loira e ergue as sobrancelhas, Patricia maneia a cabeça indicando para ele continuar.

****************

Drake entra no casebre com a faca na mãos, ele força os olhos na escuridão da casa de madeira.

– Sophia? - sussurra e revira os olhos para a resposta que tem:

Um grunhido pesado, como alguém que tem o peito carregado e tosse forte, Drake espera o som se aproximar e quando o morto chega perto dele, com seu hálito podre e seus braços cinzas e murchos esticados, o ex redator do jornal local de Atlanta parte pra cima do cadáver. Com a mão esquerda ele o segura pelo pescoço, arrastando até a parede oposta, o bicho rosna e nesse ato, acaba cuspindo na cara do vivo sua baba preta. Drake enfia a faca no meio da testa do bicho, torce e depois puxa, cortando a cabeça ao meio.

– Filho da puta - murmura, limpando o rosto com a manga da camisa social azul clara, a que usava no primeiro dia de tudo isso.

Ele limpa a faca na roupa do bicho, pisa por cima dele e vai embora.

***************

Já escureceu, Marie está sentada na cerca da casa, fumando seu penúltimo cigarro, ela saboreia o Marlboro black, assoprando para cima a fumaça e vendo-a se dissipar diante de seus olhos. Não falou com Ana desde que ela e Daryl voltaram, não falou com Daryl também e Drake não havia chego ainda.

Ana já estava quase tendo um acesso e dizia para todos que mataria Drake se ele não voltasse… Daryl, tentando acalma-la, diz que vai procurar ele se ele não chegar em meia hora. Mas falar isso de boca cheia de macarrão para Ana é a mesma coisa que falar “foda-se ele” e ela fica brava.

A meia hora se passa e Daryl se levanta para sair e procurar o camarada, mas Glenn diz que não é preciso… Drake está chegando ao longe com sua mochila cheia. Carol fica feliz em vê-lo, mas ele não está acompanhado então…

– Ah… - o coração de Ana se desacelera, e ela sente um frio percorrer seu corpo de alivio, correndo para o amigo e o abraçando - Que bom que você tá vivo.

– E inteiro. É importante estar inteiro - ele retribui o abraço - Nada de Sophia - diz mais baixinho - Mas achei muito água… - Drake olha em volta - Cadê a Marie?

– Lá na casa… Não falou com ninguém a tarde toda.

Os dois caminham para o acampamento do grupo - Ninguém? Como assim?

– Ninguém. Passou a tarde toda lá, cuidando do Carl ou fumando.

Drake começa a fazer contas em sua cabeça e então se sente mal por não ter percebido antes. Ele olha Ana com um olhar triste - Hoje é a… “missa de sétimo dia”... da July.

Ana abre a boca - Ah… Eu sou uma péssima amiga, não percebi…

***************

Rick se levanta e sai da barraca, deixando Lori dormindo atrás de si, ele caminha uma bacia e lava o rosto, olha em volta e vê que o sol nasce agora, e em sua visão periférica vê Marie no alto do trailer com a cabeça baixa, ele anda até lá.

– Ei…

A moça o olha, com o nariz vermelho, os olhos inchados e úmidos - Bom dia, patrão - diz com a voz embargada

– O que houve, Marie? - ele sobe os degraus de trás do trailer e fica ajoelhado ao lado dela.

Marie funga alto, os lábios tremem, mas ela respira fundo e se recompõe, as mãos dela se abrem e ela mostra a Rick a foto das duas na pizzaria, Rick a segura e olha com tristeza.

– Fez uma semana, de ontem pra hoje…

– Lamento. Por tudo, por você perde-la, por não ter tido a chance de conhece-la e por não estar lá. Talvez pudéssemos ter evitado.

– Não. Ela dizia que as coisas acontecem por um motivo. Ia acontecer, Rick… Ai - ela ergue a cabeça e respira fundo de novo, o rosto pálido se ilumina na luz colorida do sol nascente e ela sorri - Vai lá ver seu garoto, ele tá acordado.

Rick assente e sai, não antes de olhar uma última vez para a foto das primas quase gêmeas e depois desce, correndo para a casa dos Greene, onde o filho repousa.

***************

Ana, meio dormindo, meio acordada, prende os cabelos embaraçados e caminha até onde Drake está, os olhos azuis mais abertos ainda, tentando se focar. Drake ri enquanto ela se aproxima.

– Nossa senhora, você tá linda. Ou não.

– Vá se foder, Drake. Cadê a Marie?

– Tô aqui. Porque?

Ana se vira para o trailer, Marie está na porta, com o rifle de assalta nas costas, Ana suspira e vai até ela para a apertar num abraço.

– Me desculpa. Quero que saiba que sinto muito mesmo, e que… Se ajuda… Posso rezar com você.

– Sabe que July não era religiosa… Shane me chamou, dá licença - ela passe pela amiga e por Drake sem ao menos olhar para ele.

– Ela tá brava porque não lembramos ontem…

– Bom dia pessoal - diz a voz poderosa de Rick que vem seguido por Shane que aidna manca - Vamos andando, temos um bom chão pra cobrir.

Todos o seguem até a caminhonete da Carol, onde ele abre um mapa no capô, Marie fica um pouco mais atrás, Drake e Ana se esgueiram por ali cima do carro para ver o que Rick aponta

– Tá bom… Todo mundo vai ficar com novas áreas de busca hoje…

Daryl passa por Marie usando uma regata e segudano na ourtra mão uma camisa de flanela e a besta, ele toca as costas dela num “bom dia, como vai você? tudo certo? to bem, também” sem palavras.

– … Se ela conseguiu chegar na casa da fazenda que Daryl e Ana acharam, ela pode ter ido mais à leste--

– Eu quero ajudar - diz outra voz, todos o olham, é o garoto que mora com os Greene, Jimmy - Conheço bem a área.

– Hershel concordou?

– Aham. Ele disse… Pra eu perguntar pra você...

Mentira. Pensa Ana olha Drake de relance que encara o garoto com uma sobrancelha erguida.

– Tudo bem, obrigado.

– Eu acho que nada do que eles acharam pode ser da Sophia - diz Shane sentado no banco do carona. Qualquer um poderia ter ficado escondido naquela casa da fazenda.

Ana abaixa a cabeça no vidro do motorista - Qualquer um, incluindo ela.

Shane lhe lança um olhar penetrante. Ana revida, erguendo as sobrancelhas e inclinando o rosto. Depois volta a sua posição inicial.

– Quem dormiu no armário não era mais alto do que isso aqui - Daryl diz gesticulando co mas mãos à altura da sua cintura, depois volta para a difícil batalha que é fechar a camisa de botão.

– Boa - diz Andrea

– Talvez possamos rastrear de novo.

– Talvez que nada… Vou pegar um cavalo. E ir por essa ponte aqui, deve dar pra ver essa área toda. Se estiver lá, eu vou achar - ele se espreme para Dale caber ao seu lado e Marie do outro.

O velho deposita as armas no carro e dá um passo pra trás, Marie se debruça olhando o mapa e depois Daryl.

– Boa ideia - ela diz se virando pra ele e “sorrindo com os olhos” - Quem sabe não encontra seu chupa cabra também?

Rick franze a testa rapidamente - Chupacabra?

Daryl fuzila Marie com um olhar e ela sorri sensualmente para ele. Ana dá uma alta gargalhada.

– Não ouviu falar disso? - Drake pergunta - Daryl nos disse que essa coisa toda lembra a ele a vez que foi caçar esquilos e viu um chupacabra… - a frase termina com ele rindo e levando um tapa na cabeça do dito cujo.

Marie também ri. E Jimmy aproveita e ri também.

– Do que você tá rindo ai, ô… babaca?

– Você acredita num cão sanguessuga?

– E você? Acredita em mortos andando?

Jimmy fica quieto. Marie pega sua arma e põe nas costas, junto com a ruger e a faca que vão para o cinto, Ana apanha a sua e põe no coldre. Jimmy pega o rifle sniper e Rick tira da sua mão.

– Ei, ei, ei. Já atirou com uma dessa antes?

– Se eu vou junto quero uma.

Drake e Ana bufam juntos e saem.

Daryl põe a besta nas costas - Você quer uma e quem tá no inferno quer sorvete - diz e vai embora.

Marie toca o braço de Rick - precisa de mim aqui?

– Pode ir.

Ela concorda e sai, andando na direção contrária que Ana e Drake foram e seguindo Daryl.

– Hoje você deixa eu ir com você?

– Não.

– Então eu vou sozinha.

– Não.

– Então eu vou com você.

– Fica aqui. Ou vai com o Drake e a Ana.

– Eu vou ficar aqui então…

Daryl franze a testa, mas continua nadando para o estabulo. Marie corre para o outro lado, pulando a cerca de divisória e entrando na mata sozinha.

Eu mando em mim mesma.

***************

Drake coloca o ouvido na porta do trailer, eles ouve grunhidos e batidas. Olha para Ana e sinaliza “dez” com os dedos.

Ana olha em volta e troca a faca pela arma, encaixando o silenciador. Drake cerra os dentes e balança a cabeça.

Ana o puxa para alguns passos afastados do trailer - A gente precisa saber, Drake. Se a Sophia… - ela para e cancela a imagem que surge em sua cabeça - Dez errantes, Drake. A gente pega eles. A gente saber.

– Tá. Vamos. Eu abro a porta, você me dá cobertura.

Ela concorda. Drake para atrás da porta e segura o fecho, aperta o gatilho de trava e puxa de uma vez só, Ana ergue a arma e dispara dois tiros sem som, Drake mata um com a faca e corre para o lado dela, sacando a arma e dando tiros.

Ele atira oito vezes e Ana dez, resultando em vinte e oito errantes. Quando acaba eles se encaram, Ana sorri irônica.

– Só dez?!

– Você que pediu pra abrir!

Ana entra no trailer, matando um errante preso ao cinto de segurança e continua andando, sem encontrar nada. Ela sai e balança a cabeça.

– Vamos continuar.

***************

Marie anda tão dispersa que não vê em que terreno está andando… Um terreno úmido e fácil de cair. não percebe que deixou um coelho sendo comido por um errante passar batido e, óbvio, não percebe quando o morto se levanta e começa a segui-lá.

Quando ela escuta os barulho, jé é tarde, ele está logo atrás de si, e se joga sobre ela, com a boca aberta pronta para morder seu braço, Marie se vira e ele morde…

… O cano da espingarda portuguesa…

Um centímetro para frente e ele teria mordido o bíceps dela, mas ela conseguiu se mover sobre o terreno úmido e cai, se ralando e cortando o braço num arame farpado que gruda em seu braço esquerdo, rasgando a pele.

O morto que um dia foi um velhinho, talvez avô de alguém se joga sobre ela que ergue as mãos e o segura pelos ombros, a mandibula dele estala enquanto ele move a cabeça para todos os lados, tentando morder os braços dela. Marie deixa um grito sair. Sua faca tão próxima nunca esteve tão longe. Ela solta a mão esquerda e tenta pegar a faca na coxa direita, sustentando o bicho com o braço forte e não cortado.

Um sorriso aparece quando ela alcança e ela puxa a lâmina, com o mesmo movimento ela enfia na têmpora esquerda do cadáver, a faca toda, até o cabo, que congela com a boca aberta e os olhos vidrados. um fio de sangue preto grosso escorre pela lateral do rosto do bicho e suja a faca por inteiro.

Marie joga o bicho pro lado e se senta, segurando o braço esquerdo, o arame está cheio de sangue e ela estremece ao próprio toque. A francesa encara o bicho morto.

– Viu só… Vou ter que voltar, arrombado do caralho.

***************

– Com aconteceu? - pergunta Hershel enquanto limpa o braço anestesiado e já sem arame da hóspede.

– Eu estava a alguns quilômetros daqui já… Culpa minha. Um desses desgraçados apareceu e--

– Não os chame assim…

– Infelizes?

– Assim está melhor… Seu braço não foi tão machucado, vai ficar bom amanhã, é só limpar bem.

– Tudo bem. Obrigada.

– Tome mais cuidado, garota - diz Shane se encostando na porta entre a sala e a cozinha.

– Consegui me virar sozinha, não consegui?

– Dessa vez.

– Ei… Não duvide de mim - ela sorri

– Nunca.

Ela sorri largamente para o colega.

– Já pode ir - Conclui Hershel se levantando - Quero conversar com Rick… Beth, chame ele pra mim?

Marie sai da casa no e para na varanda ao ver bem longe, Ana e Drake chegando.

– O que… a Marie… fez... Agora? - diz Drake dando enfase a cada palavra vendo a amiga com o braço enfaixado, dobrado em frente ao corpo, uma faixa presa ao pescoço o sustenta pelo pulso e ela ergue a outra mão fechada, fazendo pose de campeã.

Os dois se aproximam dela.

– O que você aprontou? - pergunta Ana olhando a amiga de baixo, no pé da escada da frente da casa

– Eu cai. Num arame farpado.

– Por que não veio com a gente?

– Eu ia com o Daryl, mas parece que ele só gosta da sua companhia.

Ana revira os olhos dando um sorrisinho - Há! Vai por mim, ele gosta da sua companhia…

– Por que enfatizou o “gosta”?

Drake olha Ana - Também quero saber.

– Ah… Meu jeito, ué.

Marie desce as escadas e os dois a seguem até o acampamento, Andrea está no alto do trailer com o file ainda.

– Posso tomar meu posto já?

Andrea fica em pé - Pode…

– Valeu.

– Mas e esse braço?

– Eu consigo…

– Acho melhor eu continuar aqui.

– Você gosta daí né… Beleza então!

Andrea sorri se vira para frente, sentando novamente, Marie dá as costas com Drake e Ana.

– Mas o que exatamente… - começa Drake…

– Errante! Errante!

Todos se viram, seguindo o olhar de Andrea para a criatura que se arrasta para a fazenda. Andrea apanha a arma e mira.

– Andrea! - chama Drake - Não, é só um!

– Drake, espera! Hershel quer lidar com eles- grita Rick

– Esse é o hobbie desse velho? A gente dá um jeito.

– Merda! - Rick pega a arma no trailer e corre com Glenn logo atrás.

Marie e Ana olham em volta se assegurando de que é só um mesmo.

– Andrea… - impede Dale

– Ah, me deixa! - ela deita no trailer e mira novamente.

O grupo para em frente ao zumbi e o zumbi para também e quando Ana percebe é tarde demais. A arma estoura e o alvo cai no chão um milésimo de segundo depois.

– NÃO! - gritam Ana e Rick juntos.

– Não! Não! - continua Rick.

As pernas de Ana amolecem, Marie se agita sem entender o que aconteceu.

Ana já sabe o que vem a seguir, o grupo volta com o corpo dele, morto. E Marie se desfaz em chorar, perdeu a prima e agora Daryl. Ela começa a tremer e então encara Marie e continua olhando para o horizonte.

– Marie?

Marie a encara, os olhos enchendo de lágrimas - Eu sei… - ela diz com a voz já embargada.

Drake e Rick erguem Daryl nos braços, ele é pesado e escorrega.

– Eu tava brincando - ele murmura

Andrea e Dale vêem correndo.

– Meu Deus! Meu Deus, ele está morto?

– Inconsciente - diz Rick

– Mas o que aconteceu com ele? - pergunta Glenn - Ele tá usando orelhas!

Drake olha o peito ensanguentado do amigo e vê um cadarço com quatro orelhas presas por furos. Ele arranca aquilo e enfia no bolso da calça - Isso fica entre a gente!

– Ei pessoal - chama T-Dog atrás deles. O pessoal vira o rosto - Isso não era da Sophia?

Drake pasma olhando aquela boneca, ele se lembra de junta-la uma vez, quando Sophia a derrubou no acampamento ainda.

Caçador de chupacabra filho da mãe! Pensa dando um leve sorriso.

Drake vê os lábios da amiga dos olhos verdes tremerem enquanto eles se aproximam, e um sensação ruim toma conta dele, odeia ver alguma das duas chorando. Ele encara Ana que tampa a boca com as mãos.

– Ele tá vivo - diz para acalma-las.

Marie suspira e as pernas falham, ela quase cai. Ela encara Andrea com um olhar matador, e a loira só abaixa a cabeça.

Se eu estivesse lá nada disso tinha acontecido. Ela pensa; Ele levou um tiro por minha culpa.

Drake e Rick passam reto por Marie, entrando, Hershel os segue de perto, bravo. os homens o levam para um quarto em frente ao que Carl está.

***************

O assoalho range conforme Rick anda do quarto até a sala, com Shane e Lori junto. Ana se vira ao mesmo tempo que Marie e Drake.

– E então? - o amigo pergunta

Rick olha para Marie e dá um sorriso - Hershel fez o possível, mas ele continua do mesmo jeito difícil de sempre.

– Ai, que bom…

– Chamou por você.

Ela fica em pé e toca a barriga que se contorce tentando controlar as náuseas. Ela engole o enjoo, as famosas borboletas no estomago e se dirige ao quarto. Rick não fala mais nada e segue com Lori pelas mãos até onde Carl está.

Ana olha Shane e Drake - Um tiro na cabeça e não morreu... Vou começar a acreditar em chupacabras.

Shane a olha de relance e baixa a cabeça, mas uma risada escapa. Drake solta uma risada alta e Ana começa a rir baixinho.

Marie abre a porta devagarinho, vai que ele foi anestesiado e está dormindo… Não, não está. Ele está deitado, virado para a direita, uma enorme bandagem no lado esquerdo do abdomen e uma faixa na cabeça.

– Oi… - ela sussurra

Ele a olha rapidamente - Que situação.

– Na verdade… - diz enquanto contorna a cama e se senta ao lado dele - Não mudou muita coisa… Isso foi pra você parar de ser teimoso. Eu me ofereci pra ir junto.

– Ai poderia ter sido com você.

– E você me traria pra cá. Ou, se fosse com você, eu traria você aqui.

Ele solta sua pseudo risada - Me traria…

– Nunca ouviu a frase “o medo nos dá força”? Dá próxima vez…

Daryl franze a testa olhando o braço enfaixado dela.

– … Não vá sozinho e…

Ele se senta abraçando a própria cintura.

– … Nada de ruim vai acontecer… Daryl, deita!

– O que você fez no seu braço?

Marie força os ombros dele pra baixo, sentindo uma leve fisgada no braço esquerdo costurado - Deita!

Ele se deita bravo - O que você fez no braço?

– Eu… Doei sangue pro Carl.

– E precisa de curativo? Você saiu, não foi?

– Eu mando em mim mesma.

– Marie, você tem que parar de ser tão burra! Quando alguem te pede algo… Como “fique aqui”, você fica aqui!

– Não! Eu mando em mim! E eu fui. Me estabaquei no arame farpado. Matei com uma mão, do braço machucado ainda e voltei. E você… O senhor fodão…! Voltou nesse estado.

– Não quero discutir, Marie.

– Eu também não. Só estou falando - ela olha em volta para alguns remédios no criado mudo e lê os rótulos - Dói?

– Não. Acho que o velho sabe o que faz.

Marie se deita na cama ao lado dele - Quando te vi achei que estivesse morto.

– Eu to aqui por você e pra você, não se lembra?

Marie se curva sobre ele e beija sua boca, demoradamente. A barriga de ambos gela, Daryl segura a cintura dela a puxando para mais perto e põe sua mão sobre o peito dele acariciando com a ponta dos dedos e suas unhas ruídas. A línguas se movem sincronizadamente. Daryl se deita virado pra cima e Marie vai por cima, sem soltar seu peso em cima dele, as mãos dele deslizam sobre o corpo dela até suas nádegas, Marie morde a mandibula dele, ele passa as mãos por dentro da camiseta dela e começa a tirar quando ela apoia as mãos no travesseiro acima da cabeça dele para dar sustentação e poder encara-lo.

– Não vamos fazer isso - ela sai de cima dele e se senta ao lado dele de novo - Que bom que você tá vivo.

Com isso ela sai do quarto às pressas, Daryl bufa e passa as mãos nervosamente pelo rosto.


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Notas finais do capítulo

:)
Então até quinta que vem!
Feliz páscoa :*



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