As If It Were The Last Day - 2ª Temporada. escrita por PrisReedus
Notas iniciais do capítulo
Como eu disse! Consegui postar quinta!
Amei escrever esse cap também. to cada vez mais inspirada swhshswh
Outro capiitulo longo, só espero que não esteja cansativo.
E digo outra coisa: ameeeeeei escrever o final (aquela carinha)
Marie ajeita as luvas de látex nas mãos, logo depois de prender o cabelo e se curva sobre Carl, respirando pesado ao retirar a bandagem suja de sangue, e com manchas pretas do anticéptico. Está bem limpo, com excessão de alguns lugares ao redor dos pontos dele, Marie embebeda o algodão com água filtrada e limpa, logo em seguida, troca o algodão e o molha agora com água oxigenada e limpa.
Patricia não tirou os olhos do garoto, é sua distração para tentar afastar a constante lembrança de que se marido foi devorado por mortos reanimados infectados. Marie olha para a mulher loira e ergue as sobrancelhas, Patricia maneia a cabeça indicando para ele continuar.
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Drake entra no casebre com a faca na mãos, ele força os olhos na escuridão da casa de madeira.
– Sophia? - sussurra e revira os olhos para a resposta que tem:
Um grunhido pesado, como alguém que tem o peito carregado e tosse forte, Drake espera o som se aproximar e quando o morto chega perto dele, com seu hálito podre e seus braços cinzas e murchos esticados, o ex redator do jornal local de Atlanta parte pra cima do cadáver. Com a mão esquerda ele o segura pelo pescoço, arrastando até a parede oposta, o bicho rosna e nesse ato, acaba cuspindo na cara do vivo sua baba preta. Drake enfia a faca no meio da testa do bicho, torce e depois puxa, cortando a cabeça ao meio.
– Filho da puta - murmura, limpando o rosto com a manga da camisa social azul clara, a que usava no primeiro dia de tudo isso.
Ele limpa a faca na roupa do bicho, pisa por cima dele e vai embora.
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Já escureceu, Marie está sentada na cerca da casa, fumando seu penúltimo cigarro, ela saboreia o Marlboro black, assoprando para cima a fumaça e vendo-a se dissipar diante de seus olhos. Não falou com Ana desde que ela e Daryl voltaram, não falou com Daryl também e Drake não havia chego ainda.
Ana já estava quase tendo um acesso e dizia para todos que mataria Drake se ele não voltasse… Daryl, tentando acalma-la, diz que vai procurar ele se ele não chegar em meia hora. Mas falar isso de boca cheia de macarrão para Ana é a mesma coisa que falar “foda-se ele” e ela fica brava.
A meia hora se passa e Daryl se levanta para sair e procurar o camarada, mas Glenn diz que não é preciso… Drake está chegando ao longe com sua mochila cheia. Carol fica feliz em vê-lo, mas ele não está acompanhado então…
– Ah… - o coração de Ana se desacelera, e ela sente um frio percorrer seu corpo de alivio, correndo para o amigo e o abraçando - Que bom que você tá vivo.
– E inteiro. É importante estar inteiro - ele retribui o abraço - Nada de Sophia - diz mais baixinho - Mas achei muito água… - Drake olha em volta - Cadê a Marie?
– Lá na casa… Não falou com ninguém a tarde toda.
Os dois caminham para o acampamento do grupo - Ninguém? Como assim?
– Ninguém. Passou a tarde toda lá, cuidando do Carl ou fumando.
Drake começa a fazer contas em sua cabeça e então se sente mal por não ter percebido antes. Ele olha Ana com um olhar triste - Hoje é a… “missa de sétimo dia”... da July.
Ana abre a boca - Ah… Eu sou uma péssima amiga, não percebi…
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Rick se levanta e sai da barraca, deixando Lori dormindo atrás de si, ele caminha uma bacia e lava o rosto, olha em volta e vê que o sol nasce agora, e em sua visão periférica vê Marie no alto do trailer com a cabeça baixa, ele anda até lá.
– Ei…
A moça o olha, com o nariz vermelho, os olhos inchados e úmidos - Bom dia, patrão - diz com a voz embargada
– O que houve, Marie? - ele sobe os degraus de trás do trailer e fica ajoelhado ao lado dela.
Marie funga alto, os lábios tremem, mas ela respira fundo e se recompõe, as mãos dela se abrem e ela mostra a Rick a foto das duas na pizzaria, Rick a segura e olha com tristeza.
– Fez uma semana, de ontem pra hoje…
– Lamento. Por tudo, por você perde-la, por não ter tido a chance de conhece-la e por não estar lá. Talvez pudéssemos ter evitado.
– Não. Ela dizia que as coisas acontecem por um motivo. Ia acontecer, Rick… Ai - ela ergue a cabeça e respira fundo de novo, o rosto pálido se ilumina na luz colorida do sol nascente e ela sorri - Vai lá ver seu garoto, ele tá acordado.
Rick assente e sai, não antes de olhar uma última vez para a foto das primas quase gêmeas e depois desce, correndo para a casa dos Greene, onde o filho repousa.
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Ana, meio dormindo, meio acordada, prende os cabelos embaraçados e caminha até onde Drake está, os olhos azuis mais abertos ainda, tentando se focar. Drake ri enquanto ela se aproxima.
– Nossa senhora, você tá linda. Ou não.
– Vá se foder, Drake. Cadê a Marie?
– Tô aqui. Porque?
Ana se vira para o trailer, Marie está na porta, com o rifle de assalta nas costas, Ana suspira e vai até ela para a apertar num abraço.
– Me desculpa. Quero que saiba que sinto muito mesmo, e que… Se ajuda… Posso rezar com você.
– Sabe que July não era religiosa… Shane me chamou, dá licença - ela passe pela amiga e por Drake sem ao menos olhar para ele.
– Ela tá brava porque não lembramos ontem…
– Bom dia pessoal - diz a voz poderosa de Rick que vem seguido por Shane que aidna manca - Vamos andando, temos um bom chão pra cobrir.
Todos o seguem até a caminhonete da Carol, onde ele abre um mapa no capô, Marie fica um pouco mais atrás, Drake e Ana se esgueiram por ali cima do carro para ver o que Rick aponta
– Tá bom… Todo mundo vai ficar com novas áreas de busca hoje…
Daryl passa por Marie usando uma regata e segudano na ourtra mão uma camisa de flanela e a besta, ele toca as costas dela num “bom dia, como vai você? tudo certo? to bem, também” sem palavras.
– … Se ela conseguiu chegar na casa da fazenda que Daryl e Ana acharam, ela pode ter ido mais à leste--
– Eu quero ajudar - diz outra voz, todos o olham, é o garoto que mora com os Greene, Jimmy - Conheço bem a área.
– Hershel concordou?
– Aham. Ele disse… Pra eu perguntar pra você...
Mentira. Pensa Ana olha Drake de relance que encara o garoto com uma sobrancelha erguida.
– Tudo bem, obrigado.
– Eu acho que nada do que eles acharam pode ser da Sophia - diz Shane sentado no banco do carona. Qualquer um poderia ter ficado escondido naquela casa da fazenda.
Ana abaixa a cabeça no vidro do motorista - Qualquer um, incluindo ela.
Shane lhe lança um olhar penetrante. Ana revida, erguendo as sobrancelhas e inclinando o rosto. Depois volta a sua posição inicial.
– Quem dormiu no armário não era mais alto do que isso aqui - Daryl diz gesticulando co mas mãos à altura da sua cintura, depois volta para a difícil batalha que é fechar a camisa de botão.
– Boa - diz Andrea
– Talvez possamos rastrear de novo.
– Talvez que nada… Vou pegar um cavalo. E ir por essa ponte aqui, deve dar pra ver essa área toda. Se estiver lá, eu vou achar - ele se espreme para Dale caber ao seu lado e Marie do outro.
O velho deposita as armas no carro e dá um passo pra trás, Marie se debruça olhando o mapa e depois Daryl.
– Boa ideia - ela diz se virando pra ele e “sorrindo com os olhos” - Quem sabe não encontra seu chupa cabra também?
Rick franze a testa rapidamente - Chupacabra?
Daryl fuzila Marie com um olhar e ela sorri sensualmente para ele. Ana dá uma alta gargalhada.
– Não ouviu falar disso? - Drake pergunta - Daryl nos disse que essa coisa toda lembra a ele a vez que foi caçar esquilos e viu um chupacabra… - a frase termina com ele rindo e levando um tapa na cabeça do dito cujo.
Marie também ri. E Jimmy aproveita e ri também.
– Do que você tá rindo ai, ô… babaca?
– Você acredita num cão sanguessuga?
– E você? Acredita em mortos andando?
Jimmy fica quieto. Marie pega sua arma e põe nas costas, junto com a ruger e a faca que vão para o cinto, Ana apanha a sua e põe no coldre. Jimmy pega o rifle sniper e Rick tira da sua mão.
– Ei, ei, ei. Já atirou com uma dessa antes?
– Se eu vou junto quero uma.
Drake e Ana bufam juntos e saem.
Daryl põe a besta nas costas - Você quer uma e quem tá no inferno quer sorvete - diz e vai embora.
Marie toca o braço de Rick - precisa de mim aqui?
– Pode ir.
Ela concorda e sai, andando na direção contrária que Ana e Drake foram e seguindo Daryl.
– Hoje você deixa eu ir com você?
– Não.
– Então eu vou sozinha.
– Não.
– Então eu vou com você.
– Fica aqui. Ou vai com o Drake e a Ana.
– Eu vou ficar aqui então…
Daryl franze a testa, mas continua nadando para o estabulo. Marie corre para o outro lado, pulando a cerca de divisória e entrando na mata sozinha.
Eu mando em mim mesma.
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Drake coloca o ouvido na porta do trailer, eles ouve grunhidos e batidas. Olha para Ana e sinaliza “dez” com os dedos.
Ana olha em volta e troca a faca pela arma, encaixando o silenciador. Drake cerra os dentes e balança a cabeça.
Ana o puxa para alguns passos afastados do trailer - A gente precisa saber, Drake. Se a Sophia… - ela para e cancela a imagem que surge em sua cabeça - Dez errantes, Drake. A gente pega eles. A gente saber.
– Tá. Vamos. Eu abro a porta, você me dá cobertura.
Ela concorda. Drake para atrás da porta e segura o fecho, aperta o gatilho de trava e puxa de uma vez só, Ana ergue a arma e dispara dois tiros sem som, Drake mata um com a faca e corre para o lado dela, sacando a arma e dando tiros.
Ele atira oito vezes e Ana dez, resultando em vinte e oito errantes. Quando acaba eles se encaram, Ana sorri irônica.
– Só dez?!
– Você que pediu pra abrir!
Ana entra no trailer, matando um errante preso ao cinto de segurança e continua andando, sem encontrar nada. Ela sai e balança a cabeça.
– Vamos continuar.
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Marie anda tão dispersa que não vê em que terreno está andando… Um terreno úmido e fácil de cair. não percebe que deixou um coelho sendo comido por um errante passar batido e, óbvio, não percebe quando o morto se levanta e começa a segui-lá.
Quando ela escuta os barulho, jé é tarde, ele está logo atrás de si, e se joga sobre ela, com a boca aberta pronta para morder seu braço, Marie se vira e ele morde…
… O cano da espingarda portuguesa…
Um centímetro para frente e ele teria mordido o bíceps dela, mas ela conseguiu se mover sobre o terreno úmido e cai, se ralando e cortando o braço num arame farpado que gruda em seu braço esquerdo, rasgando a pele.
O morto que um dia foi um velhinho, talvez avô de alguém se joga sobre ela que ergue as mãos e o segura pelos ombros, a mandibula dele estala enquanto ele move a cabeça para todos os lados, tentando morder os braços dela. Marie deixa um grito sair. Sua faca tão próxima nunca esteve tão longe. Ela solta a mão esquerda e tenta pegar a faca na coxa direita, sustentando o bicho com o braço forte e não cortado.
Um sorriso aparece quando ela alcança e ela puxa a lâmina, com o mesmo movimento ela enfia na têmpora esquerda do cadáver, a faca toda, até o cabo, que congela com a boca aberta e os olhos vidrados. um fio de sangue preto grosso escorre pela lateral do rosto do bicho e suja a faca por inteiro.
Marie joga o bicho pro lado e se senta, segurando o braço esquerdo, o arame está cheio de sangue e ela estremece ao próprio toque. A francesa encara o bicho morto.
– Viu só… Vou ter que voltar, arrombado do caralho.
***************
– Com aconteceu? - pergunta Hershel enquanto limpa o braço anestesiado e já sem arame da hóspede.
– Eu estava a alguns quilômetros daqui já… Culpa minha. Um desses desgraçados apareceu e--
– Não os chame assim…
– Infelizes?
– Assim está melhor… Seu braço não foi tão machucado, vai ficar bom amanhã, é só limpar bem.
– Tudo bem. Obrigada.
– Tome mais cuidado, garota - diz Shane se encostando na porta entre a sala e a cozinha.
– Consegui me virar sozinha, não consegui?
– Dessa vez.
– Ei… Não duvide de mim - ela sorri
– Nunca.
Ela sorri largamente para o colega.
– Já pode ir - Conclui Hershel se levantando - Quero conversar com Rick… Beth, chame ele pra mim?
Marie sai da casa no e para na varanda ao ver bem longe, Ana e Drake chegando.
– O que… a Marie… fez... Agora? - diz Drake dando enfase a cada palavra vendo a amiga com o braço enfaixado, dobrado em frente ao corpo, uma faixa presa ao pescoço o sustenta pelo pulso e ela ergue a outra mão fechada, fazendo pose de campeã.
Os dois se aproximam dela.
– O que você aprontou? - pergunta Ana olhando a amiga de baixo, no pé da escada da frente da casa
– Eu cai. Num arame farpado.
– Por que não veio com a gente?
– Eu ia com o Daryl, mas parece que ele só gosta da sua companhia.
Ana revira os olhos dando um sorrisinho - Há! Vai por mim, ele gosta da sua companhia…
– Por que enfatizou o “gosta”?
Drake olha Ana - Também quero saber.
– Ah… Meu jeito, ué.
Marie desce as escadas e os dois a seguem até o acampamento, Andrea está no alto do trailer com o file ainda.
– Posso tomar meu posto já?
Andrea fica em pé - Pode…
– Valeu.
– Mas e esse braço?
– Eu consigo…
– Acho melhor eu continuar aqui.
– Você gosta daí né… Beleza então!
Andrea sorri se vira para frente, sentando novamente, Marie dá as costas com Drake e Ana.
– Mas o que exatamente… - começa Drake…
– Errante! Errante!
Todos se viram, seguindo o olhar de Andrea para a criatura que se arrasta para a fazenda. Andrea apanha a arma e mira.
– Andrea! - chama Drake - Não, é só um!
– Drake, espera! Hershel quer lidar com eles- grita Rick
– Esse é o hobbie desse velho? A gente dá um jeito.
– Merda! - Rick pega a arma no trailer e corre com Glenn logo atrás.
Marie e Ana olham em volta se assegurando de que é só um mesmo.
– Andrea… - impede Dale
– Ah, me deixa! - ela deita no trailer e mira novamente.
O grupo para em frente ao zumbi e o zumbi para também e quando Ana percebe é tarde demais. A arma estoura e o alvo cai no chão um milésimo de segundo depois.
– NÃO! - gritam Ana e Rick juntos.
– Não! Não! - continua Rick.
As pernas de Ana amolecem, Marie se agita sem entender o que aconteceu.
Ana já sabe o que vem a seguir, o grupo volta com o corpo dele, morto. E Marie se desfaz em chorar, perdeu a prima e agora Daryl. Ela começa a tremer e então encara Marie e continua olhando para o horizonte.
– Marie?
Marie a encara, os olhos enchendo de lágrimas - Eu sei… - ela diz com a voz já embargada.
Drake e Rick erguem Daryl nos braços, ele é pesado e escorrega.
– Eu tava brincando - ele murmura
Andrea e Dale vêem correndo.
– Meu Deus! Meu Deus, ele está morto?
– Inconsciente - diz Rick
– Mas o que aconteceu com ele? - pergunta Glenn - Ele tá usando orelhas!
Drake olha o peito ensanguentado do amigo e vê um cadarço com quatro orelhas presas por furos. Ele arranca aquilo e enfia no bolso da calça - Isso fica entre a gente!
– Ei pessoal - chama T-Dog atrás deles. O pessoal vira o rosto - Isso não era da Sophia?
Drake pasma olhando aquela boneca, ele se lembra de junta-la uma vez, quando Sophia a derrubou no acampamento ainda.
Caçador de chupacabra filho da mãe! Pensa dando um leve sorriso.
Drake vê os lábios da amiga dos olhos verdes tremerem enquanto eles se aproximam, e um sensação ruim toma conta dele, odeia ver alguma das duas chorando. Ele encara Ana que tampa a boca com as mãos.
– Ele tá vivo - diz para acalma-las.
Marie suspira e as pernas falham, ela quase cai. Ela encara Andrea com um olhar matador, e a loira só abaixa a cabeça.
Se eu estivesse lá nada disso tinha acontecido. Ela pensa; Ele levou um tiro por minha culpa.
Drake e Rick passam reto por Marie, entrando, Hershel os segue de perto, bravo. os homens o levam para um quarto em frente ao que Carl está.
***************
O assoalho range conforme Rick anda do quarto até a sala, com Shane e Lori junto. Ana se vira ao mesmo tempo que Marie e Drake.
– E então? - o amigo pergunta
Rick olha para Marie e dá um sorriso - Hershel fez o possível, mas ele continua do mesmo jeito difícil de sempre.
– Ai, que bom…
– Chamou por você.
Ela fica em pé e toca a barriga que se contorce tentando controlar as náuseas. Ela engole o enjoo, as famosas borboletas no estomago e se dirige ao quarto. Rick não fala mais nada e segue com Lori pelas mãos até onde Carl está.
Ana olha Shane e Drake - Um tiro na cabeça e não morreu... Vou começar a acreditar em chupacabras.
Shane a olha de relance e baixa a cabeça, mas uma risada escapa. Drake solta uma risada alta e Ana começa a rir baixinho.
Marie abre a porta devagarinho, vai que ele foi anestesiado e está dormindo… Não, não está. Ele está deitado, virado para a direita, uma enorme bandagem no lado esquerdo do abdomen e uma faixa na cabeça.
– Oi… - ela sussurra
Ele a olha rapidamente - Que situação.
– Na verdade… - diz enquanto contorna a cama e se senta ao lado dele - Não mudou muita coisa… Isso foi pra você parar de ser teimoso. Eu me ofereci pra ir junto.
– Ai poderia ter sido com você.
– E você me traria pra cá. Ou, se fosse com você, eu traria você aqui.
Ele solta sua pseudo risada - Me traria…
– Nunca ouviu a frase “o medo nos dá força”? Dá próxima vez…
Daryl franze a testa olhando o braço enfaixado dela.
– … Não vá sozinho e…
Ele se senta abraçando a própria cintura.
– … Nada de ruim vai acontecer… Daryl, deita!
– O que você fez no seu braço?
Marie força os ombros dele pra baixo, sentindo uma leve fisgada no braço esquerdo costurado - Deita!
Ele se deita bravo - O que você fez no braço?
– Eu… Doei sangue pro Carl.
– E precisa de curativo? Você saiu, não foi?
– Eu mando em mim mesma.
– Marie, você tem que parar de ser tão burra! Quando alguem te pede algo… Como “fique aqui”, você fica aqui!
– Não! Eu mando em mim! E eu fui. Me estabaquei no arame farpado. Matei com uma mão, do braço machucado ainda e voltei. E você… O senhor fodão…! Voltou nesse estado.
– Não quero discutir, Marie.
– Eu também não. Só estou falando - ela olha em volta para alguns remédios no criado mudo e lê os rótulos - Dói?
– Não. Acho que o velho sabe o que faz.
Marie se deita na cama ao lado dele - Quando te vi achei que estivesse morto.
– Eu to aqui por você e pra você, não se lembra?
Marie se curva sobre ele e beija sua boca, demoradamente. A barriga de ambos gela, Daryl segura a cintura dela a puxando para mais perto e põe sua mão sobre o peito dele acariciando com a ponta dos dedos e suas unhas ruídas. A línguas se movem sincronizadamente. Daryl se deita virado pra cima e Marie vai por cima, sem soltar seu peso em cima dele, as mãos dele deslizam sobre o corpo dela até suas nádegas, Marie morde a mandibula dele, ele passa as mãos por dentro da camiseta dela e começa a tirar quando ela apoia as mãos no travesseiro acima da cabeça dele para dar sustentação e poder encara-lo.
– Não vamos fazer isso - ela sai de cima dele e se senta ao lado dele de novo - Que bom que você tá vivo.
Com isso ela sai do quarto às pressas, Daryl bufa e passa as mãos nervosamente pelo rosto.
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:)
Então até quinta que vem!
Feliz páscoa :*