A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig


Capítulo 14
Seu poema foi respondido com sucesso


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo, que é apenas o incicio para uma grande acontecimento na histórria. Boa leitura!



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Enquanto esperavam, os quatro conversavam ali. Já dava para sentir até uma tensão sexual entre Chris e Ana, enquanto Sophia e Bernardo limitavam-se a fazer comentários soltos na conversa. Fia não era de ter muita conversa com Ana, mas o ponto estava praticamente vazio, exceto por ela e seu amigo, seria impossível ignorar os dois. Além do que, já fazia algum tempo que Chris estava a fim da garota de cabelos cacheados. Sophia notou que Bernardo parecia bem espontâneo e brincalhão a princípio, só que de uma hora para outra, como se lembrasse de algo, o rapaz tinha ficado mais retraído e calado.

O ônibus demorou tanto, que quando chegou, o ponto já estava lotado. Assim que que as portas abriram, os quatro estudantes foram carregados para dentro da porta pela enxurrada humana que vinha detrás deles. No percurso até uma cadeira vazia, Bernardo viu-se empurrado contra a mochila de Sophia. Nesse breve momento, ele lembrou-se de estar com o poema em seu bolso de trás. Então, pela primeira vez, o próprio Poeta entregou o poema e de quebra pôde sentir o perfume dos cabelos dela durante toda a viagem, pois acabou sentando-se num banco único atrás dela, que sentou também eu banco único logo atrás do banco duplo onde Ana e Chris conversavam com afinco.

Sophia não via problema em Chris paquerar a garota, afinal, ela parecia estar paquerando-o de volta. Ana era bonita e Chris já vinha procurando alguém desde a última vez que a turma tinha ido na balada juntos. Parecia que já havia passado uma eternidade depois que foram a Víbora, pois já havia acontecido tanta coisa nesse curto período de tempo. Ela já ia começar a se preocupar com seus problemas mais uma vez, então lembrou-se da maçã metafórica de Christopher. Saboreie o presente, ela pensou, olhando aos pequenos detalhes daquela situação que presenciava. Chris estava desencalhando e mesmo estando uma atrasada, ela estava sentada ao lado da janela com um vento morno em sua nuca. Sophia se deu conta de que Bernardo estava atrás dela, tão deslocada quanto a mesma, por causa do casal. Ele parecia nervoso, ficava desviando o olhar toda vez que ela tentava manter um contato visual mais fixo.

Por fim, chegaram no ponto em que desceriam. Saindo do veículo, o quarteto correu para sala, sendo que Bernardo foi o único que prosseguiu para um dos pavilhões mais adiante, pois era lá que era ensinado o curso de Publicidade. Este era o mesmo pavilhão que Lucas ficava em suas aulas de Cinema. As aulas ocorreram normais, na medida do possível, para Sophia. Tirando o fato de Carol não estar lá, nem mesmo Fernando estava, provavelmente, pelo mesmo motivo que Lucas não estava indo ás aulas dele. Chris tinha avisado discretamente para Fia que iria sentar perto de Ana durante essas aulas, de resto foi tudo bem normal.

A volta para casa foi quase igual a ida para faculdade, em questão de companhia. A única diferença é que o Bernardo não estava junto com eles. Ele tinha avisado a Ana que tinha que passar em algum lugar antes de ir embora, ou seja, Sophia era a única vela agora. Chegando ao terminal de ônibus, Ana Paula separou-se da dupla, pois pegava outro ônibus para ir embora, não o eixo. Aproveitando a deixa, Fia aproveitou logo para manter-se informado do processo.

— E aí? Você e a Ana pareceram ter se dado muito bem. — Falou Sophia.

— É que eu sou um conquistador nato. — Disse Chris. Os dois riam. — A Ana é muito legal e se interessa por muito do que eu gosto. Acho que ela pode ser “A garota”.

— Vá com calma, ok?

— Tem razão, Fia. Devo dar mais tempo antes de tirar conclusões. Amanhã depois do trabalho, eu irei sair com ela, então poderei tirar algumas conclusões a mais.

Quando Sophia chegou em casa, ela só queria descansar. Jogar a mochila no chão e deitar no sofá até seu corpo resolver levantar. Infelizmente, não pôde fazer isso. Quando entrou propriamente em sua casa, a cena que ela viu não a agradou muito. Tulipa estava zapeando os canais sentada no sofá com as penas estiradas sobre a pequena mesa de centro. Sophia tentou se controlar, não queria ser a chata logo de cara, tentava relevar aquilo pelo irmão.

— Sophia! Bem-vinda ao lar.

— Olá. O Edu já chegou?

— Chegou faz algum tempo.

— Cadê ele?

— Na cozinha, fazendo o jantar. Eu fiquei até as seis da tarde arrumando o quarto, estou super cansada, aí o fofo do seu irmão resolveu fazer o jantar.

— São mais de onze da noite, não vai me dizer que esperou esse tempo todo, só para o Du ter que cozinhar?

— É como eu disse Fia, super cansada. — E voltou a zapear os canais.

Sophia foi até a cozinha para não discutir com a garota ali mesmo. Estava indignada, o máximo que Tulipa fez foi dobrar algumas roupas e olhe lá, por que Eduardo já tinha colocado tudo no lugar. Na cozinha, o irmão dela está de pé, em frente ao fogão. Não estava com as roupas de mais cedo, sinal de que pelo menos banho já havia tomado.

— Olá mestre cuca. — Brincou Sophia tentando aliviar a própria tensão.

— Hey, Sô, tudo bem? Seu hambúrguer de siri estará pronto em um minuto. — Ele brincou também.

— Como foi seu dia?

— Como sempre irmãzinha, cansativo, mas prazeroso. Eu gosto do que faço. E não se preocupe, logo conseguirei uma casa. Anda vai descansar, enquanto termino o jantar.

Sophia não questionou, largou a mochila sob sua cama e foi tomar um banho, quando voltou, ainda enrolada na toalha, resolveu checar se em sua mochila havia um novo poema e a alegria veio em forma de um envelope branco. Este era bem simples, nada escrito no verso. Seu papel era fino e dentro podia ver algo rosa dentro, provavelmente um cartão com algo escrito. Quando abriu, viu que o cartão ao invés de rosa, era vermelho o branco do envelope havia destorcido a cor. Em caneta preta, o poema estava assim escrito:

Vou te encontrar

Sim aceito sua proposta

Mas não agora por sensatez

Pois um encontro prematuro pode ser atrapalhado pela minha timidez

Saber descrever seu beijo,

Sim isso é tudo que eu mais quero

Mas por enquanto vamos curtir e aproveitar esse doce mistério.

O Poeta

Sinceramente, Sophia não sabia se ficava feliz ou triste com a resposta. Pelo visto o Poeta era tímido demais para um encontro cara a cara. Pelos menos por enquanto. Se ela pelo menos lembrasse do rosto dele, do dia em que se esbarraram. Acima de tudo, a garota ficou feliz pela resposta do poema, era o primeiro contato direto entre os dois.

Pouco depois Sophia descobriu que na segunda-feira ela deveria voltar ao trabalho, ficou feliz com a notícia, pois ainda tinha a sexta e o final de semana de folga, isso seria algo bem legal. Então teve a ideia de organizar uma festa para o fim de semana em sua casa. Aproveitaria que o irmão estava lá, os amigos e etc, seria legal reunir todo mundo. Decidiu isso. Durante o jantar contou a Eduardo o que planejava e ele disse:

— Uma festa em comemoração à minha chegada? Não precisava, fia. — Os dois riram. Sophia viu que queria saborear o presente com todos que amava em sua volta, ou pelo menos a maioria deles. Quando o dia amanheceu, ela começou os preparativos.


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Notas finais do capítulo

Essa festa promete! Aguardem!



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