A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig


Capítulo 12
Três é Demais.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente peço para que me perdoem pela demora. Fui atingido pelo raio bloqueiocriativizador e não conseguia finalizar o capitulo, além da dificuldade de como encaminhar a história a partir daqui. Enfim, desculpem mesmo e aproveitem o capitulo.



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— Sim, um poema para você. Agora, que tenho que voltar para a aula, ok? — Disse a menina de cabelos cacheados.

— Ok, eu vou ler ele aqui mesmo. Obrigado por me entregar logo. — A menina foi embora, deixando o Poeta e poema a sós. Ele foi ao banheiro e abriu o envelope e leu o que Sophia havia escrito para ele:

Me encontre

Parece até conto de fadas

Mas para ser

Eu deveria estar escrevendo com uma pena

Porém um cavalheiro

Um dia me dedicou um poema.
Nós nunca nos falamos e isso me deixou confusa
Como sem termos intimidade eu posso ser sua musa?
Que tal acabar com a fantasia
Concretizar algo entre a gente
Marcamos um encontro e falamos frente a frente?
Por que ao invés de escrever poemas sobre o seu desejo
Poderá, talvez, fazer um sobre o gosto do meu beijo.

Sophia Dias

O estudante de publicidade ficou pasmo com o que leu. Sophia oficialmente queria sair com ele. Aquele poema exigia uma resposta e ele teria que trabalhar nisso, porém, ainda estava estonteado com as palavras dela. Ele nunca pensou que a garota pudesse escrever um poema assim tão bem. O Poeta lembrou que tinha que voltar para aula. Então guardou o poema de volta no envelope e voltou para a sala.

***

Sophia havia acabado de chegar em casa, vindo direto da faculdade. Como não tinha que trabalhar no dia seguinte, a garota não foi tomar seu típico banho de antes de dormir e sim, jogou sua mochila no sofá e deitou-se nele procurando relaxar. Algo difícil naquele momento, pois, três coisas importantíssimas rondavam sua mente. Primeiro: ela notou que o poema que havia deixado para o poeta, havia sumido de sua mochila e tinha outro envelope no lugar, ou seja, além de ter ganho um poema novo, ela ainda estava ansiosa por saber se o Poeta mandaria um poema resposta logo, demoraria ou se ignoraria o que a estudante mandou.

Segundo: Estava preocupada com Carol. O que Chris tinha falado deixou Sophia extremamente ansiosa. Ela sabia que no dia seguinte, Caroline faria questão de contar tudo para ela, porém, tinha medo do que podia acontecer se a loira criasse sentimentos mais fortes pelo suposto canalha. E terceiro e não menos importante: O casal apaixonado estava chegando de mudança.

Tentando se distrair, Sophia conectou seu celular ao Wi-fi de sua casa para que pudesse navegar na internet. Assim que a conexão feita, várias mensagens chegaram no aparelho, mensagens do período em que Fia esteve offline. Uma delas era de Eduardo. Esta pedia que Sophia ligasse assim que pudesse. A garota temeu, pois sabia qual tema poderia ser abordado nessa ligação e era a medalha de bronze do seu top três de problemas. A estudante ainda tinha esperança que a mensagem tivesse sido mandada cedo, pois assim, ela só ligaria no dia seguinte, com pretexto de não ter ligado por ser tarde da noite. Infelizmente, não tinha três minutos que a mensagem havia sido enviada. Seu irmão ainda estava online e agora os “vêzinhos” azuis entregavam o fato de ter visualizado mensagem. Sem outra opção, ela ligou:

— Alô, Du?

— Oi, Fia, desculpa incomodar à essa hora, mas eu estava trocando mensagens com o Christopher e ele disse que você estava de folga esses dias. É verdade?

— É sim, o chef está resolvendo uns assuntos pessoais fora do estado. Por quê a pergunta? — A garota de cabelos castanhos temia a resposta.

— Então, eu vou ter um tempo livre amanhã de tarde. Eu poderia levar nossas coisas para aí? Tulipa está ansiosa para que façamos logo essa mudança, já que assim eu poderia procurar o local definitivo mais rápido.

— Claro, estarei aguardando. — Não tinha mais volta e Sophia não conseguiria dizer não à essa altura. Afinal, ela tinha confirmado com antecedência.

— Te vejo amanhã. — Essa foi a última palavra trocada naquela noite.

Fia mal conseguiu dormir, pensando naquilo e nos outros dois tópicos. A madrugada entrou e o sono forçou-a a apagar em sua cama, porém não foi uma de suas melhores noites. Ela acordou mais cansada e com o corpo dolorido. Era muito stress acumulando de uma vez. Era por volta das dez quando levantou, e no celular já tinha mensagens do irmão dizendo que as uma da tarde, estaria indo para sua casa. Havia também uma mensagem de Carol, dizendo que varia uma visita ainda pela manhã, Sophia imediatamente respondeu-a dizendo que fosse para lá, assim poderia conversar com Caroline e tentar fazer ela cair em si sobre o seu novo interesse amoroso. A loira respondeu que já estava indo e minutos depois Sophia ouve alguém batendo no portão.

Ao abrir o portão, ela logo vê Carol, com um largo sorriso no rosto e atrás dela, segurando a cadeira de rodas estava um rapaz alto, um pouco magro, tinha cabelos negros e artificialmente arrepiados. Esse também tinha um sorriso no rosto, que não despertou em nada a simpatia de Sophia. Sophia então, fez um gesto para que entrassem. Ela não esperava que Carol fosse levar o garoto até lá, agora a estudante não podia falar nada na presença do sujeito. Ao adentrarem na residência, Caroline fez questão de fazer uma apresentação formal:

— Sophia, esse é o Thiago. Thiago, Sophia.

— É um prazer conhece-la. — Disse o rapaz.

O resto da conversa, foi uma tentava de Carol introduzir o garoto à turma, começando por Sophia. Sophia não estava muito prestando atenção, mas conseguiu pegar alguns pontos chave da conversa. Como o fato deles terem se conhecido quando o pai de Thiago, junto com o mesmo, foi fazer uma visita ao pai de Caroline. Fia podia perceber que o garoto só estava ali para fazer média com a loira e que não estava nem um pouco interessado em interagir. Tanto que foi ele que sugeriu ir embora, inventando uma desculpa qualquer. E assim que foram Sophia recebeu uma ligação.

— Alô?

— Oi, Fia. — Era Edu. — Só estou ligando para dizer que Tulipa está indo na frente, enquanto eu estou resolvendo um lance aqui do caminhão de frete. Ela já saiu daqui, acho que daqui uma hora no máximo ela chega.

Essa hora chegou rápido demais. Sophia ouviu alguém batendo timidamente no portão, quase inaudível. Ela pensou em fingir que não tinha escutado, porém cedo ou tarde ela teria que abrir, resolveu fazê-lo logo. Indo ao portão, deu de cara com Tulipa.

— Fia! — “Desde quando temos essa intimidade? ”, pensou Sophia. Sem esperar convite a menina com nome de flor adentrou para o quintal e foi na frente dirigindo-se para a casa. — Nossa, aqui é realmente um bom lugar. Quintal grande, a casa é bonita. Eu e o Du vamos adorar morar aqui.

— Morar? — Disse Sophia pensando alto demais. Vendo que sem querer havia ganhado a atenção da cunhada, resolveu prosseguir. — Achei que só fosse ficar por um tempo. — Sem nem ficar sem graça, Tulipa respondeu:

— Sim, é verdade. Ficaremos até Dudu encontrar um lugar melhor. Mas duvido que ele ache um melhor que esse. — E seguiu para a casa.


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Notas finais do capítulo

É só eu ou alguém mais odeia "A menina com nome de Flor"? :v. Não esqueçam de deixar opiniões e comentário, pois incentiva muito eu continuar escrevendo. Fantasminhas, eu não mordo, apareçam. É isso. Até!



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