A namorada do Poeta escrita por Julius Brenig


Capítulo 10
Um poema para o Poeta


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos, tudo bom? Capitulo novo! ÊÊÊÊÊÊÊ "Tio Julius, por quê demorou tanto?" Err... Então, eu posso explicar... é...Já disse que tem capitulo novo? Pois é, pode ir ler agora. >



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Sophia mal prestou atenção nas aulas daquele dia. A ideia que Chris tinha dado, ficou presa em sua mente. Se ela queria que o Poeta se manifestasse, teria que fazer com que ele soubesse disso. E a ideia de entrar no próprio jogo dele parecia muito boa. Porém, Sophia estava encucada com o que colocar no poema. A garota já havia escrito alguns quando mais nova, para trabalhos ou mesmo para si. Mas nunca tinha escrito um poema para alguém. E de uma forma engraçada, sentia-se estranhamente inspirada, mas eram muitas ideias para organizar.

Depois do término de suas aulas, Sophia foi para casa com os amigos, exceto Lucas, pois este tinha marcado ir na Víbora com seu namorado. Sophia percebeu que teria que se acostumar e aprender a dividir o amigo com o namorado dele. Conversa vai e conversa vem, Sophia fala sobre tentar fazer um poema:

— A único coisa ruim é que não sei o que colocar nele. Quer dizer, eu tenho muitas ideias e não sei qual a melhor. — Diz Sophia sobre o poema — Eu quero mandar algo digno, não um do tipo “batatinha quando nasce...”.

— Fia, é só usar a mesma técnica que o Poeta usa. Pelo que nós podemos notar, o nosso amigo transforma os sentimentos deles em palavras, frases e versos. Faça o mesmo. Transcreva o que você sente para dentro para o papel. Mais importante do que a estrutura ou rimas que você usa, é o sentimento.

— Carol, você sempre sabe o que dizer. — Sophia agradeceu.

— É bem o que a Carol disse. O Sentimento é o que conta. Ainda quero escrever algo para alguém que eu goste.

— Relaxa que essa pessoa vai aparecer Chris, é só esperar.

Os amigos fizeram todo o seu percurso pensando no que a estudante poderia escrever. Eles chegaram a um consenso de que o poema por ela escrito, deveria parecer com um convite. Sophia deveria mostrar para o Poeta que estava disposta a recebe-lo pessoalmente em sua vida e não como uma forma lírica. Caroline sugeriu que ao mesmo tempo que Sophia convidasse o garoto, também mandasse uma mensagem um pouco mais romântica ou sensual. Sophia meio receosa, disse que talvez não colocasse nada sensual e ficou vermelha ao dizer isso. Chegando em frente sua casa, a garota convidou os amigos para entrar, tomar um refrigerante e comer alguma coisa.

— Não Fia, valeu. — Chris dispensou a oferta. — Meus avós ainda não voltaram de viagem, e eu não gosto muito de deixar a casa sozinha. Principalmente agora a noite.

— É Sô. Além do mais, você tem que trabalhar no seu poema, não é mesmo?

— Na verdade eu queria era ajuda nele.

— Isso é uma coisa que você sozinha deve fazer. Algo íntimo. Eu e os outros nem precisamos ler. — Chris encerrou o assunto e deixou Carol em casa, indo para a sua própria residência. Sophia entrou em casa, já largando a mochila no sofá. Foi ao banheiro tomar um banho e botar suas ideias em ordem. Depois do banho, colocou seu pijama e buscou em uma de suas gavetas folhas de papel sulfite branco, que haviam sobrado de um projeto para a faculdade. Pegou por volta de dez dessas folhas e levou até a sala colocando em cima da mesa de centro. De dentro da mochila, tirou uma caneta ponta fina preta e um livro para apoiar melhor o quando fosse escrever. Então começou a pensar em voz alta, como sempre fazia para organizar as ideias

— Ok, o poema tem que ser convidativo, para que o Poeta saiba que eu quero que ele me encontre, então, serei direta e vou começar pedindo que ele me encontre — começou — Acho que vou ressaltar também, o quão melhor seria para esse relacionamento se nós tivéssemos um encontro de verdade. — A garota rascunhou um pouco e chegou num resultado satisfatório, mas ainda sentia o poema um pouco fraco. Em sua mente, surgiu a sugestão de Carol de colocar algo um pouco provocante e sensual. Meio hesitante, Sophia refez o poema adicionando algo do gênero. Depois de ajustar o poema, reescrevendo-o mais algumas vezes, trocando palavras, mudando rimas. Sophia finalmente chegou a um resultado que fez ela se sentir orgulhosa.

Uma nova questão surgiu: Onde deixar o poema de fácil acesso ao Poeta? A estudante raciocinou que já que o seu admirador sempre deixava poemas dentro de sua mochila, talvez encontrasse o poema dela no mesmo local que sempre ele deixava: um bolso sem zíper onde geralmente Sophia guardava os papeis de bala que ela não jogava na rua. Então, ela delicadamente dobrou seu poema em quatro partes e quando foi depositá-lo dentro do bolsa, ela viu um envelope lá e mesmo sem ter lido, já sabia que era um poema. Deixando o seu próprio poema sobre a mesa, Sophia pegou o envelope e abriu-o, achando um cartão de uma cor azul bebê. E nele estava escrito:

Imaginação

Seu beijo, seu cheiro, seu toque
Tudo que admiro em sua perfeição
Sua fala, seu sorriso, seus cabelos
É combustível suficiente para acende-lo
E fazer queimar o fogo de minha imaginação.

O Poeta

Sophia logo entendeu que aquele poema era referente ao momento em que os dois se esbarraram. Pois ele falava do toque dela, e o único contato físico que os dois tiveram foi esse. Pelo menos era o único momento que ela tinha consciência disso. Antes de ficar relendo o poema, resolveu guardar o poema dela no mesmo envelope que ele tinha enviado esse, porém, para que o Poeta não achasse que havia ignorado aquele poema, a estudante escreveu no envelope - De: Sophia Para: o Poeta -, assim ele saberia que pelo menos nesse momento, os papéis tinham se invertido.

****

Sophia mal tinha dormido a noite. Ela estava ansiosa para contar aos amigos sobre o sucesso em ter escrito um poema e também mostrar o novo que havia recebido. A jovem realmente havia gostado desse último poema, porém ao analisa-lo melhor, viu que este tinha um quê de pevertido, já que a imaginação pode ir longe. Ela enrubesceu ao pensar nisso. Porém ela tinha que ir trabalhar e não ficar fantasiando coisas que a deixassem constrangida.

A garota chegou no trabalho e estranhou que este ainda não estivesse aberto para os clientes, pois sempre que chegava, às portas já estavam abertas pelo segurança de lá. Ela deu a volta na quadra, para que pudesse entrar pela porta dos funcionários, mas só encontrou o citado segurança na portaria. Leandro fazia o porte de segurança clichê. Alto, com músculos definidos, pele morena, ombros largos, cabelos bem curtos, olhos negros. Vestia uma caça preta com coturnos e uma camisa um pouco justa demais, na opinião de Sophia. Ele dirigiu-lhe o sorriso e cumprimentou-a.

— Bom dia.

— Oi Léo.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou o segurança.

— Não sei se você saber, mas eu trabalho aqui. — Brincou a garota.

— Então você não deve ter recebido a mensagem. Parece que uma sobrinha do chef morreu de acidente. Ele teve que viajar para Minas e disse que era para deixar a loja fechada, já que ele ia fazer o pedido para o estoque e não fez. Então, até isso passar, vocês liberados. — O celular de Sophia deu um toque e ela checou.

— A mensagem acabou de chegar, um pouco atrasada. Muito triste isso, nunca é fácil perder alguém. — ela guardou o celular — Ok, então, eu vou indo.

Voltando para casa, Sophia pensou no que podia fazer com esses dias livres, apesar que ela não estava no clima para algo muito animado. A notícia da morte da sobrinha de seu chefe tinha mexido com ela, mesmo não a conhecendo. Então, ela pensou em visitar Christian trabalhando, coisa que nunca tinha feito. Seria uma surpresa para ele. E também, ela poderia aproveitar para fazer umas compras, pois estava precisando. Enquanto se dirigia ao supermercado onde seu amigo trabalhava, seu telefone tocou e do outro lado da linha uma voz familiar, no sentido bem literal, pois era alguém de sua família.

— Alô, Edu?

— Oi, Sophia. Podemos falar um minuto?


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Notas finais do capítulo

Pessoal, chegamos ao décimo capitulo da história! Podemos até dizer que estamos começando uma fase dois em ANP, pois muita coisa mudou desde o inicio. Agora já sabemos que o Lucas tem um namorado, que o poeta tem uma amiga que que entrega os poemas para ele e no capítulo passado tivemos até um ponto de vista dele! Por isso, eu quero que vocês deixem aí nos comentários o que vocês tem achado da história de uma maneira geral até agora. Os pontos fortes e fracos e o que pode ser melhorado. Conto com vocês, hein? Ah, e o que será que o Eduardo quer falar com a Fia? Descobriremos no próximo capitulo! Quer dizer, vocês irão descobri, eu já sei.



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