Entre erros e escolhas escrita por I am Gleek


Capítulo 6
5 - In the woods somewhere


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Como foi a semana?



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– Vamos lá Quinn, você pode fazer melhor.

– Eu preciso de um tempo. – Quinn pediu se jogando na cama da garota – Você com a voz é como a Brittany na dança.

– Não entendi.

– Nenhuma das duas cansa. – disse e Rachel riu.

– Como você tá? – a judia perguntou sentando ao lado da loira.

– Não tive mais febre. – Quinn sentou e abaixou a cabeça, suspirando – Obrigada por ter me ouvido.

– Amigos são pra isso.

Rachel sorriu e Quinn permaneceu de cabeça baixa por alguns segundos, antes de dar um fraco sorriso para a judia.

– E você? O que tem para contar?

– Nada. – Rachel deu de ombros.

– Como não? Vamos lá, Rachel. A vida nessa cidade não pode ser tão chata.

– Não é. – A judia revirou os olhos – Só... Não tenho nada pra contar.

– Claro que deve ter! Me diz... Alguma fofoca que está rolando na escola?

– A maioria é sobre mim. E são mentiras.

– Hum... Namorado?

– Estou solteira.

– Alguma paquera?

– Não.

– Alguma coisa de diferente que aconteceu na escola?

– Não. As raspadinhas continuam vindo todo dia.

– Raspadinhas?

– É. Quem é do coral e não é jogador ou líder de torcida leva um banho de raspadinha quase todo dia. Ou vai parar no lixo. Às vezes nem os jogadores e as lideres escapam do suco na cara. E eu pareço ser o alvo favorito. – Quinn franziu a testa e Rachel levantou – Tudo bem, você teve seu tempo. Vamos voltar a ensaiar.

***

– Fabray, na minha sala. Agora! – Sue gritou, interrompendo a coreografia que as lideres de torcida treinavam e quase fazendo Quinn cair.

Quinn simplesmente correu atrás dela, sem falar nada.

Sue entrou em sua sala, deu a volta na mesa e sentou, apontando a cadeira a sua frente para Quinn.

O silencio durou alguns segundos.

– Você é uma decepção Fabray.

– Eu... Posso saber por quê?

– Primeiro, faltou ao meu treino anteontem.

– Eu te mandei uma mensagem.

– Era você? Pensei que fosse um chimpanzé que tinha roubado um celular de algum visitante de zoológico desatento, apertado algumas letras e me enviado sem saber o que estava fazendo.

– Em fim, eu...

– Não me interessa. Além disso, você também entrou para o clube dos cantores.

– E daí?

– Você é minha capitã. Sua obrigação é dar um banho de suco gelado em um deles na hora em que entram e mandar os jogadores, que tem mais musculo do que cérebro, jogar outro no lixo quando vocês estiverem saindo. É assim que mantemos a ordem nessa escola.

– A transformando em um lugar onde pessoas que tem talento são colocadas para baixo, para que pessoas sem cérebro se divirtam enquanto tem uma falsa sensação de poder e comando?

– Quase. O coral não tem talento.

– Acho que as coisas vão começar a mudar, então.

– Eu já estou louca pra te expulsar, Fabray. O que acha que vai fazer?

– Expulse. – Quinn deu de ombros – Eu nunca quis estar nas cherrios.

– Se eu te expulsar...

– Olha só treinadora, eu vou esclarecer uma coisa pra você: eu não tenho medo. Não importa o quanto você vai me ameaçar, ou o que está pensando em fazer. Se quiser me atingir de verdade, vai ter que arranjar outro jeito. Vou continuar no coral e na torcida enquanto achar conveniente. E em qualquer outro grupo que eu queira entrar. Vou mudar o jeito que as coisas funcionam por aqui. Inclusive o fato de você mandar e desmandar nessa escola. Se o diretor não faz nada, tá na hora dos alunos fazerem.

– Olha aq...

– Eu não terminei. Você acha que pode tudo, mas a verdade é que você está na palma da mão de cada uma dessas lideres de torcida. Inclusive na minha. Metade das coisas que você faz é contra as regras da competição. Então, ou as coisas mudam por bem, ou eu vou mudá-las do jeito mais difícil e desagradável.

– Com quem acha que está falando?

– Com uma pessoa que não é nada sem uma boa imagem pública. E eu posso acabar com a sua em um minuto, Sue. O combinado foi eu entrar no seu grupo, mas isso não significa que você mande na minha vida.

Quinn levantou e saiu da sala deixando Sue para trás de boca aberta.

***

Quinn estava andando tranquilamente pelos corredores da escola, procurando por Rachel, quando viu um grupo de pelo menos cinco jogadores em um meio círculo. Era óbvio que, seja lá quem estivesse entre eles e os armários, estava em apuros.

– Hey! – Quinn chamou, se aproximando deles.

– Fabray. – um dos garotos sorriu.

– Como sabe meu nome?

– Todos já sabem seu nome. – o garoto sorriu – Sou David. David Karofsky.

– Ótimo. Mas não te perguntei.

– Hey, Fabray. Quer fazer as honras? – um dos garotos estendeu a raspadinha para Quinn e a loira a pegou com um sorriso no rosto, vendo Rachel se encolher contra um dos armários.

– Por que não?

Antes que o garoto percebesse, o líquido escorria por ele.

– Pirou garota?

– Não. Eu vou dizer como as coisas funcionam a partir de agora. Um desse em alguém, qualquer um que seja, e você vai pedir para não ter nascido.

– Você tá ferrada loira.

– Chega perto de mim, e você vai estar ferrado.

– Calma ai, Azino. Acho que ela ainda não sabe como funcionam as coisas por aqui.

– Eu sei sim, projeto de ser humano. E se não quiserem problemas, especialmente com o diretor, é melhor darem no pé! E que a coisa pare agora!

– Aquele velho nunca fez nada. Não vai ser agora que vai fazer.

– Ele pode não fazer. Mas eu faço.

– Você comprou uma briga que não era sua Fabray.

– Vou adorar ferrar sua vida, garoto.

David se aproximou de Quinn erguendo o copo de raspadinha e Quinn riu.

– Lerdo de mais. – Quinn disse batendo no fundo do copo do garoto e fazendo o líquido virar sobre ele.

Os jogadores se afastaram xingando a loira, que riu e se virou para Rachel, arqueando a sobrancelha.

A judia riu fraco, e Quinn sorriu.

– Eles vão fazer da sua vida um inferno.

– Não se eu fizer a deles primeiro. – piscou.

***

No dia seguinte, assim que Quinn entrou na sala do coral, as pessoas do grupo que já estavam ali começaram a aplaudir a loira.

– É isso ai Fabray! – um dos garotos gritou e Quinn riu.

– Posso saber o porquê de tudo isso? – Will perguntou, entrando na sala.

– Eu também gostaria de saber. – Disse a loira indo para o seu lugar.

– Quinn Fabray simplesmente acabou com as raspadinhas que levávamos. – Dani respondeu.

– Como fez isso? – Will perguntou se virando surpreso para ela – Eu tentei e nunca consegui.

– Bom, uma discussão para tentar da forma mais pacífica possível me rendeu uma troca de roupa hoje de manhã, então, dei um jeito dos dois imbecis que fizeram isso serem expulsos do time. Mas, eu não sabia que tinha resolvido.

– Não só resolveu como me rendeu um pedido de desculpas de uma das lideres. – Rachel riu.

– Isso porquê você é a namorada. – Mercedes disse.

– O quê?! – as duas perguntaram ao mesmo tempo.

– Bom, é o que estão todos dizendo.

As garotas olharam uma para outra e Quinn suspirou.

– Quer que eu acabe com isso ou ­­vamos deixá-los perceber sozinhos?

– Não me importo. – Rachel deu de ombros – Não é como se isso fosse atrapalhar minha vida.

– Ela quer seu corpo, Fabray. – Santana sussurrou no ouvido da loira, que gargalhou.


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Notas finais do capítulo

http://letras.mus.br/hozier/in-the-woods-somewhere/traducao.html

Bom pessoal, eu sei que tem varios de vocês ai, então, comentem, por favor! (sim, estou quase implorando para saber o que vocês estão achando) A opinião de vocês é importante pra continuação da história.
Em fim, feliz pascoa pra todo mundo! (eu aceito reviews no lugar do chocolate ;) )



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