– Quinn! – Frannie gritou, entrando em casa – Quinn!

A Fabray mais velha jogou a bolsa no sofá e foi em direção ao quarto da irmã. Bateu na porta e abriu, encontrando a mais nova encolhida na cama, sob o edredom e com o fone no ouvido.

– Q. – Frannie sentou ao lado da irmã e colocou a mão no ombro da loira – Acorda.

– Não. – Quinn resmungou, se encolhendo ainda mais.

– Como você tá aguentando ficar coberta com esse calor?

– Que calor, Fran? – resmungou – Tá frio.

Frannie colocou a mão na testa de Quinn e suspirou.

– O que diabos você fez pra tá com essa febre? Fica aqui que eu vou medir sua temperatura.

– Pega outro edredom, por favor?

– Não. Fica quieta.

– Não vou me mover. Se fizer isso, congelo.

– Dramática.

***

– É só uma porcaria de febre, Franciele. – Quinn reclamou enquanto a irmã a obrigava a entrar no carro.

– Quarenta graus não é uma simples febre, Lucy.

– Fran...

– Médico.

Quinn entrou no carro bufando e cruzou os braços.

– Se você for um pouco mais infantil, te tiro do McKinley e te ponho no primário. – Frannie riu enquanto entrava no lado do motorista.

***

– Alguém sabe da Quinn? – Will perguntou assim que entrou na sala.

– Aposto que levou a primeira raspadinha e desistiu. – Finn disse.

– Ela não foi ao treino da Sue também. – Santana disse – E duvido que a Fabray desista fácil.

– Tudo bem. Descobrimos depois. E da...

– Desculpe o atraso, Sr. Shue. – Rachel entrou correndo na sala.

– Achou à anã. Hey, Berry. Cadê a Q?

– Como eu vou saber?

– Vocês não estavam se pegando?

– Dessa vez eu concordo com a latina. – Mercedes riu e Rachel revirou os olhos.

– Cresçam. – a judia disse e suspirou – Ela desistiu? – perguntou indo sentar.

– Por que todos acham que a loira desistiu? – Santana reclamou.

– Só se ela desistiu das cherrios também. – Brittany disse.

– Ela não saiu. – os outros responderam em coro. Inclusive Will.

***

– Olá. Hum... A Quinn esta? – Rachel sorriu.

– Desculpe, você é...?

– Rachel. Rachel Berry. Estudo com Quinn.

– Oh! Claro. Entre. – Frannie disse dando espaço para a judia entrar – Eu sou Frannie. Irmã da loira azeda. – disse e Rachel riu fraco – Ela está no quarto. Vamos lá.

Quinn estava deitada em sua cama, com seu pijama favorito – que era azul bebe com estampa de ursinhos –, sob o edredom, assistindo Os flintstones e rindo como uma idiota – o suficiente para engasgar com o chá umas duas ou três vezes – com uma montanha de besteiras como companhia, quando Frannie entrou no quarto sorrindo.

– Hey Q. Você tem visita.

Quinn olhou para a porta e quase caiu da cama tentando levantar enquanto procurava o controle para mudar de canal, o que fez Rachel rir.

– Rachel. – Quinn ficou vermelha e Frannie sorriu.

– Hey. – a judia sorriu.

Quinn encarou Frannie e quis estapear a irmã, parada atrás de Rachel, apontando para a judia e fazendo sinal positivo logo em seguida, enquanto mexia a boca falando, sem som, coisas com “baixinha, mas bonita”, “aprovo”, “parece ser legal”, “quero detalhes depois” e outra coisas que Quinn não entendeu.

A loira estava ficando vermelha e Rachel virou, com uma cara confusa, mas só viu Frannie saindo do quarto – algo que a Fabray fez assim que percebeu o movimento da menor.

– Estou na cozinha, se precisarem. – Rachel virou novamente para Quinn e Frannie piscou para a irmã, que se controlou para não lhe jogar uma almofada.

– Então... Hum... Eu vou conseguir um espaço pra você sentar. – disse pegando os doces e os levando para perto do computador, e Rachel riu.

– Então, você gosta de flintstones?

– Por favor, você poderia fingir que não viu isso?

– Serio Fabray? – Rachel riu – Não vou esquecer isso. Nem esse pijama.

– Poxa. – Quinn fez bico, se jogando na cama – Senta ai.

– Oh! Não. Eu só vim ver como você está. Tenho meu treino de canto agora. É que... Você não foi para a escola... Fiquei preocupada.

– Estou bem. – Quinn forçou um sorriso – Foi só uma febre sem importância. – gritou para Frannie ouvir.

– Quarenta graus não é sem importância! – a mais velha respondeu.

– Quarenta graus? – Rachel a encarou – Você foi ao médico, certo?

– Obrigada! – Frannie respondeu – Quase tive que amarrar e jogar no carro.

– Quinn!

– Não venha brigar comigo também, por favor.

– E o que você tem?

– Nada de mais. – a loira deu de ombros – Ao que parece, só estou passando por muita coisa em pouco tempo.

– Emocional? – Rachel perguntou e Quinn acenou positivamente – Bem, se você precisar conversar...

– Ela fala comigo. De você, ela quer outra coisa. – Frannie disse colocando a cabeça para dentro do quarto e Quinn lhe jogou uma almofada, fazendo a mais velha rir, após desviar – Vou sair, mas volto logo. Toco a campainha antes de entrar, pra ter certeza que...

– Some daqui! – Quinn gritou, mais vermelha que pimentão, e Frannie saiu de casa gargalhando.

– O que ela quis dizer? – Rachel murmurou, querendo ter entendido errado.

– Digamos que... Desde que descobriu que eu sou gay... Bem, Frannie não pode me ver conversando com uma garota.

– Ah! – Rachel corou. É, ela tinha entendido certo.

– Mas, esquece ela. Perdi muita coisa? No new directions?

– Um pouco, na verdade. Senhor Shue nos passou duas tarefas. Uma para essa semana, e a outra, ele quer bem elaborada. Nos deu três semanas para preparar. Mas é em dupla e, como você não estava lá, vamos sorteá-las depois.

– E quais são?

– Para a dessa semana, temos que cantar sobre algo que estamos passando e como nos sentimos sobre isso. Temos que encontrar uma musica que se encaixe na vida dos dois.

– E na outra?

– Temos que cantar algo que represente nossa família. Acho que a... – Quinn parou de ouvir o que Rachel dizia, enquanto seu cérebro processava aquilo, e seu sorriso foi morrendo aos poucos. Quinn suspirou e automaticamente Rachel parou de falar... Por alguns segundos – O que houve? Está se sentindo mal?

– Não. É só que... Bem, família.

– Qual o problema? – Quinn abaixou a cabeça e Rachel arregalou os olhos – Você... Você não precisa falar, se não quiser.

– Não é isso, é só que... Você se importa de perder seu treino?

***

Rachel estava indo embora quando Frannie chegou. Acompanhada.

– Hey, Rachel. Já vai? – Frannie perguntou.

– Na verdade, já deveria ter ido faz tempo. – Rachel sorriu – Meus pais vão ficar preocupados se eu não voltar logo. Como vai Cooper?

– Bem Rachel, e você?

– Bem também. Bom à gente se vê por ai. Até amanha Quinn.

– Ate. – Quinn sorriu.

A judia saiu do apartamento e Quinn encarou Frannie.

– Hum... Cooper, essa é minha irmã, Quinn. Loirinha, esse é o Cooper. Trabalha comigo e me deu uma carona hoje.

– Prazer Cooper. – Quinn apertou a mão que o rapaz estendia.

– O prazer é meu, Quinn.

– Você tá melhor? – Frannie perguntou.

– Eu to bem.

– Acho que Rachel te animou. – Frannie arqueou a sobrancelha e Quinn revirou os olhos.

– Eu vou pro meu quarto. Não vale a pena discutir com você.

– Amo você!

– Dane-se!

***

– Vamos aos nomes. – o professor parecia animado.

– Não é melhor só formarmos as duplas? – um dos garotos pediu – Cada um escolhe seu parceiro.

– Não, Mike. Você não vai cantar com a Tina. A não ser que sorteie o nome dela. E sem trocas.

– Tá, quem tira o nome? – Santana revirou os olhos.

– Quem sorteara será Rachel, Blaine, Artie, Santana, Mercedes, Puck, Mike e Joe.

– Quem começa? – Rachel perguntou.

– Vamos por ordem alfabética. Artie. – Will chamou e o garoto foi até o professor, que lhe estendeu um chapéu com pequenos pedaços de papel, onde o nome de metade do grupo estava escrito.

– Kurt. – o garoto leu.

– Blaine. – o professor chamou.

– Tina.

– Não vale fazer um solo, hein garoto gel. – Santana brincou.

– Como você é engraçada. – Tina revirou os olhos.

– Joe.

– Rory.

– Mercedes.

– Sam. – a garota sorriu e correu para sentar no seu lugar novamente, ao lado do amigo.

– Isso ai não vale não. – Puck reclamou.

– Foi à sorte, Puck. Mike, é sua vez.

– Finn.

– Eu canto, você dança. – Finn brincou.

– Pra mim fechou. – Mike riu.

– Minha vez. – Puck praticamente pulou da cadeira – E eu me dei bem, por que só sobrou garota gostosa.

– Se ele tirar você, eu juro que castro o garoto. – Santana murmurou para Dani, que riu.

– Brittany. – Puck sorriu.

– Rachel. – Will estendeu o chapéu para a garota, que pegou o nome sorrindo.

– Quinn.

– Fiquei com a minha garota e vocês não podem nem dizer que foi armação. Ah! – Santana disse fazendo os outros rirem.

– Muito bem, se reúnam e comecem a pensar em uma musica. Quero um dueto, e nada de mash up. Boa sorte.

Nomes de musicas e risadas enchiam o ambiente.

Quinn se aproximou de Rachel e a judia sorriu para ela.

– Já tenho nossa musica. – disse e Quinn arqueou a sobrancelha – Quero dizer, se você concordar, claro.

– Qual a ideia?