Tentei viver sem ti [HIATUS] escrita por ImDisappointed


Capítulo 11
Décimo Primeiro capitulo


Notas iniciais do capítulo

Hi!!! Aqui está o capitulo tão demorado (Palmas!!!)
Comentários são bem vindos!



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Sentado em minha poltrona do avião, pensava em como pude aceitar a proposta de Eadlyn. Às vezes ela consegue exatamente o que ela quer. Minha irmã e seu poder de persuasão, uma verdadeira sonserina.

Nossas madrinhas, minha e de Ead e o tio Kotta, vieram conosco.

Marlee, minha madrinha, estava um pouco nervosa e cochichava com minha mãe e às vezes olhava para minha irmã e para mim preocupada. Já meu pai tentava convencer Ead a tocar um dos clássicos que ele tanto amava, mas logo desistiu quando viu que ela parou de lhe dar atenção quando viu Celeste aproximar-se perguntando qual vestido usaria na festa, e logo entraram em uma discussão sobre os seus trajes, que sequer tinham visto.

Eu nunca me interessei por musica como minha mãe, meu pai ou minha irmã. Meu pai me ensinou tocar piano, e minha mãe tentou ensinar a mim e a Ead a tocar violino, mas nunca aprendemos, creio que esse seja o único instrumento que Eadlyn não saiba tocar. Eu aprendi um pouco de guitarra com meu tio Gerard, um cientista louco por futebol e guitarras.

Sempre me interessei por humanas e exatas na escola, e ao contrario de Eadlyn eu fiz faculdade. Minha faculdade termina daqui a dois meses, bem a tempo de ir para França. França... ‘Não lhe permito pensar nela’.

Pousamos horas depois no aeroporto de Angeles, onde nos encontramos com duas ex-selecionadas. Uma se chamava Elise e tinha características asiáticas, seu marido também e os dois eram acompanhados de uma menina de cabelos negros e olhos puxados com uns cinco anos, todos os três tinham uma postura nobre. Já a outra família nos cumprimentou e a moça disse ser Tuesday, e nos apresentou seu marido e seus três filhos loiros, o menino mais velho de 15, o do meio de oito e a mais nova de três.

Marlee, Celeste, Tuesday, Elise e minha mãe sentaram para conversar enquanto esperávamos o carro que nos levaria ao palácio.

Duas limusines chegaram e cada um foi dividido desta forma:

Na primeira limusine iria Eadlyn, meu pai, minha mãe, a Celeste e Marlee. E na outra o restante. Meu tio Kotta ficou um pouco nervoso por ir no carro onde não conhecia ninguém, mas mesmo assim foi, pois a tia Celeste lhe olhou como se fosse o comer vivo, mas sussurrou em seu ouvido e logo ele foi de bom grado até o outro carro.

...

No carro meus pais sentaram um do lado do outro e ficaram de mãos dadas enquanto minha mãe olhava pela janela com a cabeça encostada no ombro de meu pai.

Marlee e Ead conversavam sobre Kile, e as duas estavam tentando decidir quem deveria ficar mais tempo com ele, afinal ele não teria de trabalhar por estar como convidado no palácio. Como sempre Ead ganhou, convenceu a tia Marlee de que ela já tinha o Carter e que era muito justo Ead ficar mais tempo com Kile.

Tia Celeste engatou uma conversa comigo sobre a França:

—Quando vai para França querido?

—Daqui a dois meses tia

—Tia não querido, me chame de Céu ou de Celeste, mas e aquela garota? A Helena, ela ainda vai com você?... Lá é um ótimo lugar para conquistar garotas... Muito romântico.

—Não Celeste- disse meio rude- Ela vai se casar, ela não vai mais.

—Ah querido, entenda, talvez fosse melhor assim, ela com outro... Isso deixa o caminho livre para alguém mais especial.

—Sabe Céu- me senti estranho ao chama-la assim, sempre fui muito formal de mais com ela- Às vezes eu sinto que preciso dela, ela meio que se tornou parte de mim.

—Meu caro, se ela fosse parte importante da sua vida, não só como uma companhia, mas um amor, você não estaria aqui, estaria com ela. E sua mãe me ensinou que ninguém pode te completar, apenas você e que por si só você pode conquistar tudo que quiser, sem depender de ninguém, por que por si só você é capaz de chegar onde quiser. - ela observou minha mãe que olhava pela janela com um sorriso nos lábios, mas o olhar vazio.

Nosso carro parou e a porta foi aberta com delicadeza, saímos. Eu, Celeste, Marlee, Meu pai, Minha mãe e Eadlyn, nesta ordem. Assim que vi quem abrirá a porta imaginei o surto de felicidade de minha irmã, e como eu imaginei ocorreu.

Assim que minha irmã colocou cabeça para fora do carro e viu o sorriso enorme de Kile, ela deu um grito de animação e pulou nele e deu um beijo típico de cinema, Kile a girou e Celeste bateu palmas e pulinhos enquanto Cotta beijava seu pescoço. Minha mãe tinha a cintura envolvida por meu pai, e Marlee sorria para o Carter, que a abraçava de lado. Foi uma cena meio deprimente para mim, mas ela logo foi interrompida por um pigarreio atrás de mim. Virei-me de dei de cara com o Rei Maxon, que nos observava sério. Ao seu lado estava a Princesa Angeles e descendo as escadas vinha a Rainha Kriss de braços abertos sorrindo para nós.

—Olá! Sejam bem-vindos ao palácio- Disse ela enquanto se posicionava ao lado do Rei. Minha mãe se aproximou de mim, acompanhada de meu pai e Ead que tinha os dedos entrelaçados aos de Kile. A mão de minha mãe posicionou em meu ombro e ela sorriu para a rainha

—Olá majestades, é um prazer revê-los- disse minha mãe fazendo uma singela reverencia, e assim que se ergueu se assustou, pois recebeu um abraço apertado da Rainha.

—Que é isso Ames, me chame de Kriss, e Maxon não se importa se você o chama-lo pelo primeiro nome, não é querido?- ela disse olhando para o rei que negou olhando para minha mãe- E essa Ames, é minha filha, Angeles.

—Olá- a princesa sorriu e acenou para todos

—E quem são esses?- Perguntou para minha mãe, apontando para minha irmã e eu.

—Esses são meus filhos- disse minha mãe- Eadlyn é a mais velha por sete minutos- e ela fez uma reverencia sem soltar a mão de Kile- E esse é meu filho Ahren- ela disse colocando a mão em meu ombro. O rei olhou para meu pai e as mãos dadas com minha mãe, uma mancha negra passou pelos olhos chocolates do rei- E esse é meu marido Charlie Barcelos.- Meu pai estendeu a mão para o rei que a olhou, e só para não deixar meu pai no vaco apertou a mão dele por um tempo meio longo.

Kriss abraçou minha madrinha e Celeste, o rei apertou a mão de todos os homens e logo depois entramos e a pedido da rainha a princesa nos apresentou nossos quartos.

Todos fomos instruídos a tomarmos banho e nos arrumarmos para o jantar, onde confraternizaríamos com os outros convidados. Foi quase impossível resistir à vontade de deitar na cama e ficar lá, ler um bom livro seria ótimo, muito melhor do que me socializar com a realeza, muitos nesse palácio se odeiam, por exemplo, vindo para cá vi a rainha da Itália, que praticamente odeia nossa família real.

Logo depois de por um terno sem a gravata e dois botões abertos, minha irmã apareceu com seu vestido verde esmeralda e me levou para o salão onde iriamos jantar. As mesas estavam distribuídas por todo o salão, eram mesas redondas e grandes onde havia placas com os nossos nomes. Ead me levou para uma mesa onde havia mais nove lugares além do meu. A minha esquerda sentava-se Ead, Kile, seus pais e depois os meus, do meu outro lado estava vazio três lugares. Não consegui ler quem se sentaria ao meu lado, torcia que não fosse alguém da realeza, olhei em volta e vi o Rei, a Rainha e a Princesa sentados na mesa de Celeste.

Todos estavam sendo servidos quando a porta se abriu e vieram três pessoas, um homem loiro com uma coroa surgiu ao lado de uma mulher alta e loira com uma coroa que estava brilhando no coque e a terceira pessoa era uma jovem loira também que ostentava uma delicada tiara no topo da cabeça, seu vestido era prata.

Eles foram para a mesa do rei e logo foram trazidos até nossa mesa pelo o Rei, todos ficaram de pé, e eu quase tropecei indo para frente quase esbarando no copo de quem se sentaria ao meu lado, ouvi um risinho e virei-me para minha irmã e lhe mostrei a língua. Eles foram apresentados como os regentes da França. O rei Raul e a rainha Daphne e a princesa Camille.

Ao nos sentar-nos novamente vi que a princesa se sentaria ao meu lado, seguido pelo rei e depois a rainha, bem ao lado de minha mãe.

A rainha olhou bem nos olhos de minha mãe e depois sorriu abertamente, e não foi um sorriso de felicidade, talvez orgulhoso e esnobe. O rei se enturmava na conversa e estava a par de cada palavra das pessoas ao redor, a princesa estava concentrada em seu prato e tímida ao olhar para as pessoas na mesa, seus olhos eram azuis claros focados.

Não sei em que momento, mas só sei que o tema da conversa se tornou eu.

—Ahren?!- Meu pai me chamou- Diga-nos: Onde mesmo comprou seu apartamento na França?- Me senti corar ao ver que minha irmã tinha me visto observar Camille, que me notou e se interessou na conversa.

—Bem- eu gaguejei – Fica próximo ao palácio de Versailles, creio que na rua de Ecole des Postes, a uma parte do castelo francês que precisa ser restaurado e bem, vai durar em media seis meses para restaurar tudo- disse olhando o rei, talvez ele soubessem do que eu estava falando. Afinal anos depois da monarquia voltar a reinar na França eles voltaram a residir no palácio de Versailles, e ele entendeu.

—Algumas salas secretas foram achadas, e tinham alguns artefatos interessantes-Disse a princesa- Lembra-se pai? Algumas das salas são subterrâneas e podem prejudicar a estrutura do palácio. Mas é arquiteto?- ela disse referindo-se a mim com seu sotaque forte e fofo.

—Não- disse- No inicio tinha muito interesse na arquitetura, mas fiz restauração de artefatos antigos, e história.

Ela me olhou interessada em mais, todos voltou a algum assunto diverso, ela me mandava olhares tímidos e eu bem, ficava vermelho toda vez que via seu olhar azul meio cinza. Em um momento eu a fiz corar, quando a mantei um sorriso de lado, sua bochecha ficou rosada, e no canto dos olhos ficou extremamente vermelha, não podia negar ela é muito bela.

Todos depois do jantar foram para um salão onde não havia mesas e garçons serviram vinho e champanhe, meu interesse na cama que estava no meu quarto simplesmente sumiu. Fiquei andando próximo a família real da França, pois meu pai conversava sobre a musica e cultura francesa. Minha irmã decidiu conhecer o palácio junto ao Kile, mas com toda certeza eles iam matar a saudade que estavam sentindo da garganta um do outro ou qualquer outra coisa (N.A.: imagine o que é essa coisa como quiser).

Uma banda começou a tocar musica lenta, e algumas pessoas conversavam, eu estava encostado a uma janela que descia até o chão, segurava uma taça de vinho e olhava para o jardim do lado de fora, queria chorar naquele momento. Era um lugar tão bonito de se estar com Helena, mas ela não me quis só me basta as lagrimas.

—Eu costumava vir aqui, para Illéa quando era criança. - disse alguém com um sotaque francês forte, ela se aproximou e observou a janela junto a mim- minha mãe não gostava de vir aqui para o palácio, magoa talvez. Ela me dizia para não confiar nos homens daqui, que eles só iludem e partem corações- ela deu um risinho e me olhou- As mulheres daqui também fazem isso?- Ela perguntou, me olhando. Camille me olhava esperando a resposta, e eu sem entender como ela soube, ou se não realmente sabia ou fora um chute.

—Não- disse- Só se apaixonam por outros caras, e se esquecem do quanto eles são babacas ao aceitar o pedido de casamento dele- Falei exasperado, ela riu. Qual era a graça? Bufei- E você? Já teve o coração partido?- Olhei para ela e uma sombra instalou-se em seu rosto. Ela demorava em responder e eu decidi pedir desculpas, quando uma lagrima rolou de seus olhos ela correu e abraçou-me soluçando em meu ombro, mas logo se afastou e pediu desculpa. Ela se recompôs e caminhou até o pai dizendo algo num francês fluente, e me deu um sorriso tímido antes de caminhar até a porta, tentei voltar a prestar atenção do lado de fora, mas não consegui. Larguei a taça em cima de uma mesa e em passos apressados e consegui alcançar a garota de olhos cor de tempestade.

Ela me viu, mas não disse nada, eu a observava tentando entender o motivo de suas lagrimas e assim continuei, tentando entender o que a aconteceu. Ela apenas me olhou algumas vezes e nosso olhar se cruzou em todas.

Chegamos ao seu quarto ela sorriu para mim, quando ela se virou para mim eu disse:

—Por que estava chorando? O que te machucou tanto?- Seu olhar desceu para o chão

—Talvez um dia eu esteja pronta para contar para alguém, mas falar disso agora seria por o dedo na ferida que ainda sangra- eu entendi e assenti.

—Boa Noite. E eu compreendo. - disse e estava indo quando ela puxou meu braço, me sorriu e disse:

—Boa Noite Ahren- ergueu-se na ponta dos pés com as mãos em meus ombros e beijou minha bochecha. Ela entrou e acenou ao fechar a porta.

Fui para o meu quarto e tentei imaginar a sua história, mas nada me vinha à cabeça, só a sensação dos lábios dela em minha pele.


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Notas finais do capítulo

Eaí? Bom? comentem...



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