Royal Academy escrita por Shaiera


Capítulo 13
Capítulo 13 – Neve Silenciosa


Notas iniciais do capítulo

Yoo~ o/

Como vocês estão?

Não me matem please... Estava com esse capítulo pronto tinha um tempinho, maaaaas não tinha feito as ultimas alterações nele então não pude postá lo antes...

OMG!!! Eu consegui, mil anos atrás eu disse que um dia eu iria conseguir fazer um capítulo INTEIRO com o POV do Kaito e SIM! Eu Consegui!!! Palmas para mim... Não foi tão difícil como eu imaginei, mas ainda assim trabalhoso kkkk
Agora eu dei uma pausa no monopólio da Meiko, não por muito tempo que capítulo que vem ela estará de volta kkkkk

Ahhh lembram das notas finais do capítulo anterior? Sobre coisas fofas nesse capítulo? Pois bem, elas estão presentes, só que de uma forma meio dramática, mas estão aí.

Ótima leitura para todos e nos vemos nas notas finais ok? ;)



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POV Kaito

Eu fui surpreendido com o beijo da Miku, não estava espera aquilo, mas não vou mentir que não gostei, ela é uma garota legal e simpática além de muito bonita, sim ela é realmente muito bonita, a beleza dela é do tipo fofa, não sei explicar direito, ela também é doce e gentil... É agradável estar com ela, mas não sei se quero ter algo com ela.

Eu sei que tenho sentimentos pela Meiko, mas toda vez que tento me aproximar dela ela me dá o maior corte da minha vida, me trata com ignorância, Meiko também é linda só que de um jeito diferente da Miku.

Assim que a Miku me beijou eu nos separei e olhei para ela intrigado, porém ela me olhou assustada.

Flashback on

– Miku, porque fez isso?

– Kai-kun será que ainda não percebeu que eu gosto de você? – Ela estava com o semblante carregado. Eu já imaginava isso, não sou cego, mas sei lá, acabei por não fazer nada.

– Miku-chan, eu sinto muito... – Ela me interrompeu.

– É por causa dela? – Ela perguntou com raiva.

Ela saiu correndo pelo meio do pessoal e eu saí atrás dela, a alcancei um pouco antes de ela sair completamente de onde estávamos, mas resolvi que era melhor conversarmos sobre isso em um lugar mais calmo.

Então a trouxe comigo e apesar de cabisbaixa ela não mostrou resistência e foi comigo sem demonstrar nenhuma reação contraria, chegando ao pátio interno do colégio sentamos em um banco que estava lá. O local estava vazio, era iluminado apenas pelas luzes e apesar de ser dentro da escola lá não era coberto e nesse momento uma leve e fria brisa soprava, agitando os longos fios de cabelo da Miku que continuava cabisbaixa mexendo nervosamente com seus dedos.

– Miku, não é que eu não goste de você... Você é uma garota muito especial, é muito legal, eu gosto muito de estar com você. – Eu comecei sem saber ao certo o que falar, mas se não começasse a dizer nada, iríamos ficar em silêncio. Ela levantou a cabeça e olhou para mim com um pequeno sorriso nos lábios.

– Poderíamos ficar juntos, eu também gosto muito de você Kai-kun.

Fiquei um minuto em silêncio pensando no que ela havia me dito. Eu nunca havia conhecido uma garota tão legal e bonita como a Miku e mais ainda que dissesse que queria ficar comigo. Ela continuava a olhar para mim esperando por uma resposta que eu no momento não iria conseguir dar.

– É por causa dela não é? Eu já perguntei isso e você não me respondeu, então deve ser verdade. – Ela disse e abaixou o rosto mudando seu foco de visão novamente para suas mãos que estavam inquietas em seu colo.

– Não, não é por causa dela... Somos só amig... – Ela me interrompeu.

– Não precisa mentir eu vejo a forma como olha para ela, percebo como você muda o jeito de agir quando ela esta por perto. Eu só quero que você saiba que ela não muda o jeito dela, ela continua arrogante como sempre... Eu conversei com ela hoje mais cedo... Ela disse que não sente nada por você e que não se importa com o que você faz. – Ela disse agora olhando para frente com o foco de visão em nenhum lugar específico.

Essas palavras me entristeceram, eu sei o que sinto pela Meiko, sabia que ela não costuma ser gentil ou me tratar bem, só quando ela quer (o que é raro), mas não sei... Eu queria que ela sentisse algo por mim também.

Olhei para a Miku que finalmente me retornou o olhar. Talvez então seja melhor tentar dar uma chance a ela, pelo menos sei que ela quer ficar comigo.

Acariciei o rosto da Miku, minha mão levantou o queixo dela levemente, fomos nos aproximando, vi quando ela fechou os olhos, eu uni nossos lábios pela segunda vez naquela noite, o beijo foi calmo, nossos lábios se moviam tranquilamente, ficamos assim por alguns minutos até que nos separamos ela olhou para mim sorrindo levemente e com os olhos brilhando.

– Então, estamos juntos agora? Eu estou tão feliz! – Ela disse e me abraçou.

Eu não tenho certeza se esta será a melhor opção, mas talvez ela me ajude a esquecer a Meiko, o que eu tenho certeza que será difícil já que dividimos o mesmo quarto, mas é bom tentar.

Depois disso levei ela até próximo do dormitório feminino, a maioria das alunas já estavam nos dormitórios, isso significava que a apresentação já havia terminado, então caminhei de volta para o meu quarto, passando perto do dormitório masculino acabei por encontrar o Kiyoteru que estava caminhando junto com o Yuuma.

– Kaito, nossa que cara é essa? – Ele perguntou.

– Minha cara.

– Sua cara sempre foi cara de retardado, mas nesse momento está pior. – Disse ele novamente.

– Eu estava pegando uma garota. – Eu disse.

– Puts, aí você estava no escuro e descobriu que era a mais feia do colégio, foi isso né? Entendo você, ela deve beijar muito mal também. – Disse Yuuma rindo.

– Não, não é nada disso.

– Então quem foi que você pegou? – Perguntou Yuuma novamente.

– A Miku.

– Hatsune Miku? Aquela garota das maria-chiquinha que tava grudada em você a apresentação inteira?

– Sim, ela mesma.

– Você é vesgo? Ela é linda cara, porque está com essa cara de quem comeu e não gostou? Se fosse eu estava pulando por aí... Mesmo se ela beijar mal, você releva porque é bonita.

– Yuuma não é isso, é porque não to afim dela desse jeito... Não me sinto bem ficando com ela e pensando em outra.

– Quem liga que você não gosta dela? O importante é que você ta com ela.

– Só não começa a fazer igual ao Gakupo, pelo amor de tudo o que é sagrado, mais um como ele esse colégio não vai aguentar. – Disse Kiyoteru.

– Não vou fazer igual ao Gakupo.

– Mas quem é a garota que você está afim? Não me diga que é a Megurine-san também, porque se for, você vai estar ferrado. – Perguntou Yuuma

– Não, é a Meiko.

– A Meiko não parece ser tão inacessível assim, ela é bem descontraída, meio explosiva, mas não é inacessível. – Disse Kiyoteru.

– Pode não ser pra vocês, mas pra mim ela é bem inacessível.

– Como assim? Você divide um quarto com ela, tem como ser mais acessível que isso? – Continuou Yuuma

– Não sei, não é fácil.

– Acho que você está sendo idiota e não está sabendo fazer direito para ela ficar afim de você... Antes de tentar algo com a Hatsune-san é melhor você tentar tudo com a Meiko, porque se desistir agora vai ficar igual ao Gakupo, pegando todas ao redor e no final não consegue pegar quem ele quer. – Kiyoteru disse como se ele fosse a voz da razão.

– Não, eu acho que você deve ficar com a Hatsune, porque ela é fofa e bonitinha, além de você já estar com ela. – Disse Yuuma.

– Valeu, vou pensar sobre o que os dois me disseram.

Flashback off

Quando cheguei ao quarto havia somente uma fraca luz iluminando todo o ambiente, pois a televisão estava ligada e com o som baixo, eu entrei e caminhei até minha cama quando me aproximei, percebi que a Meiko estava dormindo tranquilamente. Então peguei o controle da televisão e a desliguei, pensei em acordá-la para ela ir para a cama dela, mas ela estava dormindo tão profundamente que achei melhor não fazer isso.

Ajoelhei-me próximo a cama, ela estava deitada de lado com o rosto virado para minha direção, algumas mechas do cabelo dela caiam em seu rosto, levemente retirei a mecha de cabelo e a coloquei atrás de sua orelha, agora eu tinha uma melhor visão de seu rosto, tão linda! Os olhos dela mexiam rapidamente e apesar de estarem fechados era possível ver sua íris se movendo, ela deveria estar em um sono profundo e provavelmente sonhando.

Com as costas dos meus dedos eu acariciei a sua bochecha, a pele era macia e estava um pouco fria, ela devia estar com frio, então coloquei as cobertas até os ombros delas e ouvi quando ela soltou um leve suspiro e eu sorri. Dei um beijo em sua testa e então fui para a cama dela, puxei levemente as cobertas e deitei, sentia o cheiro de seu perfume impregnado nas cobertas... Acho que fiz a coisa errada em ficar com a Miku.

Mal consegui dormir, ainda estava com muito sono quando o despertador no meu celular disparou, desliguei, sentei-me na cama e como sempre a Meiko não havia acordado, então deixei ela dormindo mais um pouco enquanto fui ao banheiro para tomar banho e fazer minha higiene pessoal, coloquei meu uniforme e fui acordá-la.

– Mei-chan, acorda! – Eu disse suavemente e balancei levemente seu ombro, ela abriu os olhos e pareceu estranhar um pouco o local onde estava.

Eu fui até a cozinha e peguei a caixa de cereal matinal e o leite e coloquei em cima da mesa, não demorou muito para ela entrar na cozinha já vestida, Meiko era razoavelmente rápida para se arrumar. Ela se sentou a minha frente.

– Bom dia. – Ela disse e começou a colocar o cereal na vasilha e a adicionar o leite.

– Bom dia. – Respondi.

– Por que você não me acordou para eu voltar para minha cama?

– Porque você estava dormindo profundamente, não quis te acordar.

– As apresentações do clube de canto ontem foram muito boas. – Ela disse entre uma colherada e outra.

– Todos eles cantam muito bem.

– Achei que você e a sua namoradinha fossem cantar lá. – Ela olhou para mim e eu fiquei um pouco tenso.

– Não, nós ensaiamos pouco ainda.

– Uhnn... Ah, você não negou quando eu disse namoradinha, isso significa que... Agora vocês estão juntos mesmo? – Ela perguntou sorrindo.

– Não sei ao certo. – Eu disse um pouco inseguro e ela me olhou confusa. Nós dois estávamos tensos, ela não estava deixando transparecer, mas dava para perceber levemente, de manhã normalmente nossas conversas costumam ser mais descontraídas, mas hoje...

– Como assim?

– Eu não disse que sim nem que não, mas acho que ela está pensando que agora temos algo, mas eu não gosto dela desse jeito, então estou um pouco confuso.

– Você não precisa gostar dela para estar com ela, vocês podem ficar juntos e aprender a fazer isso com o tempo.

– Você acha que eu devo realmente ficar com ela?

– Isso quem tem que decidir é você, não eu.

Terminamos e fomos para a aula, a Meiko estava estranhamente quieta, ela parecia pensativa e aérea. Na aula de educação física fomos para o ginásio, ela disse ao professor que não estava se sentindo bem para jogar, mesmo que ela adore jogar vôlei, ela subiu e ficou na arquibancada olhando os times jogarem. Quando deu uma pequena oportunidade para eu sair, porque o professor resolveu fazer a troca de alguns alunos, eu fui até onde ela estava.

– Você está bem? – Perguntei.

– Não... Eu devo ter ficado maluca, pirado de vez... Sempre soube que um dia isso iria acontecer, acho que agora estou pronta para ser internada em uma clínica psiquiátrica. – Ela disse e eu ri levemente.

– Você só está pensativa.

– Eu cometi uma idiotice e só agora percebi isso.

– É só desfazer a idiotice.

– Não é tão simples, agora não é só eu, tem mais gente envolvida, enfim... Tenho que aprender a viver com isso... Erros acontecem. – Ela disse e forçou um sorriso.

Eu coloquei um braço por cima do ombro dela e a trouxe para mim, já estava esperando um empurrão por parte dela, mas ela só apoiou a cabeça no meu ombro e ficamos assim. Era tão bom ter ela em um abraço que não está sendo forçado, é muito agradável.

Logo que a aula acabou eu decidi que iria procurar a Miku e conversar com ela sobre o termino do nosso... Ahhh não da pra chamar aquilo de namoro, aquilo que nem deveria ter começado!

– Miku, será que podemos conversar? – Perguntei quando a avistei perto da sala de aula dela.

– Claro.

– Eu pensei muito essa noite e acho melhor não ter nada entre nós, não quero te magoar ok? Não consigo gostar de você dessa forma. – Os olhos dela agora estavam com um pouco de lágrima acumulada. – Desculpe ter te dado falsas esperanças, mas é melhor assim... Espero que possamos continuar a ser amigos. – Ela não respondeu nada naquele momento, simplesmente saiu andando de volta para a sala dela.

Mais tarde eu recebi uma mensagem dela dizendo que aceitava continuar sendo minha amiga e perguntando se eu ainda iria cantar com ela na festa, respondi que sim e que não via nenhum problema nisso já que somos amigos novamente. Me senti bastante aliviado depois disso.

Depois disso fui para o quarto e encontrei a Meiko mexendo em seu notebook sentada na cama dela.

– Terminei com a Miku. – Eu disse assim que entrei e me sentei na cama dela.

– Jáaa??

– Sim, não acho justo ficar com ela sem gostar dela.

– Entendi. – Ela disse e voltou a mexer no notebook.

Lembrei que essa era a última semana para fazer aquele trabalho de química e nem havíamos decidido qual seria o experimento que iríamos fazer.

– O trabalho de química é pra sexta agora, é melhor a gente dar uma olhadinha em algumas coisas.

– Qual trabalho?

– O que temos que criar um experimento.

– Temos? Ahhh pode começar Kaito.

– Já disse que não vou te dar nota de graça. – Sentei ao lado dela e virei o notebook dela um pouco para mim e abri uma nova guia na página do navegador e comecei a pesquisar sobre vários tipos de experimentos que poderíamos fazer, ela não parou de reclamar um segundo, sobre o fato de não entender química e que todo os experimentos eram difíceis de fazer.

– Esse aqui não é tão difícil e vamos precisar de poucas coisas, o que acha de fazermos esse? – Perguntei.

– Tanto faz, pra mim ele é difícil.

– Quando começarmos a fazer vai ver que não é.

Salvei a página nos favoritos e entreguei o notebook de volta para ela, que voltou a mexer nele tranquilamente.

– Mei-chan, eu não lembro se vi direito porque estava conversando com a Miku naquela hora, mas eu acho que era você fazendo a harmonia para a Gumi e a Rin.

– Você deve ter me confundido.

– Não, eu vi e ouvi bem.

– Impossível, nem dá pra ouvir a voz de quem está na harmonia.

– É claro que dá, eu ouvi sua voz.

– Acho que você deve ter tido uma impressão errada.

– Tenho certeza absoluta que ouvi e vi você, porque fica falando que não canta, Mei-chan?

– Porque é verdade.

– Já cansei de dizer que sua voz é bonita.

– Você só me ouve falando.

– Não, eu ouvi você cantando duas vezes e agora posso afirmar com mais certeza do que antes que sua voz é bonita.

– Foda-se.

– Você não tinha xingado nenhuma vez ainda.

– Você costuma me fazer xingar.

– Lembra da aposta que fizemos e eu ganhei?

– Lembro... Não! Eu não vou cantar.

– Vai sim, eu disse que o que eu decidisse você iria ter que fazer sem reclamar.

– Isso não é legal da sua parte Kaito, eu não consigo mais cantar! – Ela aumentou o tom de voz.

– Por quê? Então quer dizer que você já cantou alguma vez? – Perguntei e ela suspirou, estava ansioso para entender porque ela esconde a voz que ela tem.

– Porra! Eu odeio você, só pra deixar claro, ok? – Ela disse e eu sorri. – Sim, eu já cantei, meus pais tinham fixação por música e desde pequena sempre tive que aprender a tocar vários instrumentos, cantar eu comecei assim que entrei na adolescência, mas isso eles nunca incentivaram, eu gostava de cantar músicas divertidas e eles só queriam saber de música clássicas instrumentais. Eu tinha uma banda em que eu era a vocalista, tocávamos por diversão, mas um dia resolvemos participar de um concurso de bandas, só descobri isso depois que meu irmão me contou, mas meus pais pagaram o jurado principal do concurso para tirar essa ideia de vocalista da minha cabeça e digamos que eles conseguiram.

– Mas o que exatamente aconteceu?

– Ta querendo saber demais.

– E porque simplesmente não continuou cantando depois que descobriu que foram eles que pagaram o jurado?

– Porque aí eu já estava com pânico de palco e de microfone... Só consigo cantar sozinha, quando não tem mais ninguém por perto, mas mesmo assim tenho medo de alguém me ouvir.

– Então agora você imagina que não tem ninguém aqui e canta.

– Nem pensar! Você vai me ouvir, vai começar a rir e os vidros das janelas vão quebrar.

– Não vai acontecer nada disso... Vamos Mei-chan, tenta! – Ela olhou para mim com os olhos tão temerosos, é lógico que eu não estava dando escolha a ela, mas mesmo assim queria muito ouvir a voz dela de novo.

– Você é o pior ser humano desse mundo!

– Estou te ajudando a superar um trauma, então acredito que eu seja o melhor ser humano do mundo. – Eu disse e ela revirou os olhos.

A vi engolir em seco, ela parecia bem nervosa, respirou fundo algumas vezes e em seguida virou de costas pra mim, resolvi não perguntar, pois imaginei que ela estivesse tentando ficar mais confortável. Ela ficou alguns minutos em silêncio... Eu estava ansioso para ouvir claramente a voz dela e quando já estava perdido em meus pensamentos ela começou a cantar.

“Caminhando pela cidade, vendo a neve começar a cair.
Na calada da noite por entre ruas silenciosas, que desfocam a realidade ao meu redor.”

A voz dela era mais incrível do que eu imaginava, ela tinha uma voz firme, forte e tinha um tom agradavelmente lindo, estava admirado... A voz dela soava lenta e calma e a letra da música era extremamente profunda.

“Foi apenas um leve sonho que tive, me lembrei aos poucos com o passar das horas,
Parece que toda doçura foi roubada, rezei por afeto e nada mais.”

Percebi que a voz dela estava ficando um pouco embargada, enquanto ela tentava continuar a música.

“Não resta ninguém sobre esta estrada de cristal, fui deixada para trás nessa solidão,
Existe apenas o meu coração solitário a te procurar com choro lamentoso.”

Pude ver ela tentar enxugar algumas lágrimas que teimavam em cair, a voz dela nesse momento estava bastante emocionada, tive vontade de pedir para ela parar, pois via que ela estava sofrendo muito.

“[...] Ninguém neste mundo vai entender como dói.
Um silêncio mortal cai sobre a noite e meu coração se fecha firmemente.”

Ela não aguentou continuar com a música e começou a chorar, eu me aproximei dela e a abracei, ela chorou em meu ombro, senti suas lágrimas molharem minha camisa, acariciei suavemente seus cabelos.

– Cumpri a aposta, por favor, não me peça para fazer isso de novo. – Ela disse ainda chorando, ela olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas, me senti péssimo por tê-la forçado a cantar.

– Não, desculpe não imaginei que fosse te causar tanto sofrimento. – Disse enquanto a puxava de volta para um abraço. Ficamos assim até ela se acalmar e parar de chorar.

– A música era muito bonita e mesmo que não goste de cantar, saiba que sua voz é incrível. – Eu disse e ela se afastou do meu abraço e se posicionou a minha frente.

– Essa foi uma música que eu escrevi há um ano atrás.

– Qual o nome?

– Silent Snow.

– Desculpe ter obrigado você a cantar.

– De um modo geral a culpa não foi sua, eu podia ter cantado outra música uma que fosse mais alegrinha, mas escolhi logo essa que tem tantas emoções envolvidas, então a culpa não foi sua... Eu precisava cantar pelo menos um pedaço dessa música em voz alta... Desde que eu a escrevi nunca havia cantado, a letra dela sempre ficava vindo à minha cabeça, acho que eu precisava cantar ela nem que seja um pedaço para que pudesse me sentir um pouco mais livre. – Ela disse com um sorriso um pouco forçado no rosto e eu assenti com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Informaçõeszinhas básicas:

A música Silent Snow é uma música original da MEIKO, composta pelo MIJIPIN... Quem quiser dar uma escutada a letra é muito dramática e bonitinha, a Meiko está fantástica cantando ela e eu AMO essa música, não foi atoa que foi ela a escolhida para aparecer aqui... Tem ela legendada em português no youtube ;)

O que acharam? Falem nos reviews

Gente, a partir daqui as coisas vão começar a ficar mais, como dizer, bonitinhas... Ownnnn =^.^=

Era só isso que eu queria dizer, um beijão a todos que leem e nos vemos nos comentários ok?
Fui o/