Opossite escrita por CEREAL
Notas iniciais do capítulo
Heyyy. Não botei muita coisa, pq to aguardando pra surpresas no próximo.
—Clovis...— Jhonathan diz chegando na cozinha. — Você poderia me explicar ao certo o que aconteceu na hora do intervalo?
— Ah! Eu explico. — Voluntarie-se Matt — Foi assim: A gente começou a falar de você e Juliet, ai Marlene falou que vocês dois são bonitinhos juntos, eu olhei para ela e Clovis e tirei a conclusão de que eles também formariam um lindo casal. E como eles me amam, resolveram fazer com que meu comentário virasse real. E...Fim.
Matt falou tudo tão rápido que chego a ficar zonzo.
— Nós não estamos namorando. — esclareço.
—Uhum, tá. Acreditamos.
— Acredite no que quiser. Eu tô saindo. Fui!
—Você vai aonde?
— Levar Lene no shopping.
— Depois não quer que pensem que estão namorando. — resmunga ele bem baixo, mas não o suficiente para que eu não ouvisse.
Saio dali antes de responder qualquer coisa.
+ + +
—Lene!! Abre a porta! — grito batendo inúmeras vezes na porta. — Eu vou arrombar a maçaneta de novo!
— Oque?! — diz um voz do outro lado da porta. Uma garota ruiva aparece. — Olha eu não sei quem você pensa que é, mas nós gostamos da nossa maçaneta.
— Ah, desculpa. — falo coçando a nuca, meio constrangido. Eu pensava que não tinha ninguém em casa, a não ser ela. — A Lene já tá pronta?
— Pera. Você é o Clovis? O cara que beijou ela? — pergunta ela rindo, e eu assinto. — Ela passou o dia todo, desde a hora que chegamos em casa, reclamando de você. — ela não aguenta mais o riso e solta uma gargalhada. Sinto minhas bochechas ferverem. — Perai, que eu vou chamar ela. LENE! SEU NAMORADO ARROMBADOR DE PORTAS ESTÁ AQUI!! — grita ela, quase estourando meus tímpanos.
— ELE NÃO É MEU NAMORADO! — outra voz grita.
Marlene aparece na porta furiosa. Ela está vestindo um casaco de lã azul surrado, um short jeans, tênis azuis-arroxados e uma bolsa preta de couros pendurada no ombro esquerdo. Seu cabelo não está tão loiros como estavam, eles estão com uma cor um pouco puxada para o castanho. Deixando-o em uma coloração bonita. Ele está num look meio que “Mendiga Gata”.
O meu já está mais para “Mendigo Acabado”. Eu estou usando um moletom estampado com uma frase, um jeans que eu peguei aleatoriamente e meus velhos tênis. Nada em comparação a ela.
No meio dessa diferença toda, percebo uma coisa semelhante entre nós. Nossos óculos. Eles são iguais.
— Então...vamos? —pergunta ela quebrando o silêncio.
— Claro!
+ + +
Estaciono o carro numa vaga próxima ao shopping. Marlene salta pra fora do carro com uma alegria que eu nunca vira nela.
Entramos no local e Marlene logo correu para uma loja. Segui-la até lá.
— Bem, você pode me esperar aqui fora.
— Tudo bem.
Sento-me num banco em frente a loja, vendo Marlene selecionando algumas peças pra provar.
Meia hora se passaram, e nada de Marlene aparecer. Resolvo entrar lá, e procura-la.
— Bom dia! Será que eu posso te ajudar? — pergunta uma vendedora de cabelos loiros.
— Eu acho que perdi uma pessoa dentro da sua loja. Você poderia me ajudar a encontra-la?
A vendedora ri.
— Claro. Como ela é?
— Bem, ela tem uma altura próxima a de uma anã, cabelos loiros, magricela e que com certeza já deve ter experimentado a loja toda.
Dentro de um vestiário, alguém solta uma risadinha familiar.
— Eu acho que ela deve ter sido sugada por aquele buraco negro de roupas logo ali. — falo apontando para um monte de roupas jogadas num canto.
— Eu estou aqui, idiota. — Marlene diz saindo do vestiário. — E eu já acabei. — Ainda bem. —...nessa loja.
Ela vai até a balconista para pagar as peças. Ela me olha esperando alguma reação.
— Clovis?
— Que foi?
— As roupas.
— Que que tem?
— Pagar.
— Paga, ué.
— Você que tem que pagar.
— Ah, é mesmo. Me esqueci.
Pego minha carteira e pago as peças.
Andamos em várias lojas, Lene achou outra, só que dessa vez ela me levou junto com ela.
— Hey, Lene. Porque você não compra esse short aqui. — falo apontando para a peça.
— Clovis! Esse short não tapa nem metade da minha bunda!
— E daí? — pergunto olhando maliciosamente pra ela.
—E daí, que eu faço aula de Q-U-Í-M-I-C-A, lembra? Não de P-R-O-S-T-I-T-U-I-Ç-Ã-O. — reclama ela.
— Tá bom, estressadinha.
— Vamos ver esse vestido aqui.
Ela pega ele e o veste. Ela sai do vestiário para que eu veja. Quase caio na gargalhada.
— Lene, está parecendo que você tá fazendo propaganda do Mcdonalds.
Ela me olha feio, e pega outra roupa.
Esse vestido era rodado, e tomara que caia. Mas a cor era muito forte, e a pele pálida dela ficou ainda mais branca.
— Esse não. Olha a cor disso!
— Agora eu tenho um estilista particular?
— Tem. Agora tira isso, antes que eu fique daltônico.
— Tá, calma.
O outro já é mais bonitinho. Ele é azul claro, rodado e de alça fina. Mas tem um detalhe que eu não gostei muito.
— Lene, ele tá muito curto.
— Mas eu adorei ele. Quero levar.
— Eu não vou deixar.
— Por que?
— De jeito nenhum eu vou deixar namorada minha usar uma coisa tão curta como essa.
Quando termino de falar, percebo a burrada que fiz. Eu a chamei de "namorada". Ela ergue as sobrancelhas, como se quisesse dizer: "Ah vá"
— Eu hein, Clovis.
— Tá, tá, tá. Leva ele.
Ela corre até mim, se jogando.
— Ahhh! Obrigada, obrigadaaa!
— Me larga, maluca. Podemos ir?
— Claro, aproveita e paga logo o vestido.
Pago-o e saímos da loja.
— Clovis? — fala Marlene, doce.
— Que foi?
— Tô com fome.
— Eu também. Vamos comer alguma coisa.
Andamos até a praça de alimentação. Escolhemos uma mesa, e sentamos. Dou dinheiro a Marlene, e ela vai buscar nossos lanches.
Meu celular vibra dentro do meu bolso, pego-o e vejo que Matt mandou uma mensagem,
" De: Matt
E aí, irmãozinho, como vai o seu 'não' encontro com sua 'não' namorada? "
" Para: Matt
1) MATT PARA DE SER BESTA! 2) Tá legal."
" De: Matt
Hum, tô desconfiado desse 'legal'. Tenta não fazer nada, tá bem, safadinho?"
" Para: Matt
Cara, você só pode ser adotado. Eu não sei como eu sou irmão desse pervertido!! "
Marlene chega trazendo um seu Milk-shake e meu Starbucks.
Click.
— Clovis, o que foi isso?
— Eu tirei uma foto sua, oras. Já percebeu que não temos nenhuma foto?
Ela se aproxima de mim.
— Deixa eu ver. — ela pede, e eu o faço.(foto) — Clovis! Você poderia ter deixado eu ajeitar o cabelo. Eu pareço que eu sai do hospício.
— Eu acho essas fotos bem mais bonitas. Sabe, aquelas com gente dando sorrisos falsos. Arghh! Me dão nos nervos.
Ela ri, e nós saboreamos nossas bebidas.
Depois de dois tours por todas as lojas dos shoppings, fomos embora.
— Ai, tudo o que eu quero agora é deitar na minha caminha e dormir o resto do dia... — declara Marlene.
— Hã, hã. A senhorita vai tomar um banho, ficar cheirosa, botar uma roupa bonita, passar um pouco de maquiagem. Agora vai lá, tchau! — digo empurrando-a pra dentro de sua casa.
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