Opossite escrita por CEREAL


Capítulo 9
Capítulo 9 - Compras


Notas iniciais do capítulo

Heyyy. Não botei muita coisa, pq to aguardando pra surpresas no próximo.



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—Clovis...— Jhonathan diz chegando na cozinha. — Você poderia me explicar ao certo o que aconteceu na hora do intervalo?

— Ah! Eu explico. — Voluntarie-se Matt — Foi assim: A gente começou a falar de você e Juliet, ai Marlene falou que vocês dois são bonitinhos juntos, eu olhei para ela e Clovis e tirei a conclusão de que eles também formariam um lindo casal. E como eles me amam, resolveram fazer com que meu comentário virasse real. E...Fim.

Matt falou tudo tão rápido que chego a ficar zonzo.

— Nós não estamos namorando. — esclareço.

—Uhum, tá. Acreditamos.

— Acredite no que quiser. Eu tô saindo. Fui!

—Você vai aonde?

— Levar Lene no shopping.

— Depois não quer que pensem que estão namorando. — resmunga ele bem baixo, mas não o suficiente para que eu não ouvisse.

Saio dali antes de responder qualquer coisa.

+ + +

—Lene!! Abre a porta! — grito batendo inúmeras vezes na porta. — Eu vou arrombar a maçaneta de novo!

— Oque?! — diz um voz do outro lado da porta. Uma garota ruiva aparece. — Olha eu não sei quem você pensa que é, mas nós gostamos da nossa maçaneta.

— Ah, desculpa. — falo coçando a nuca, meio constrangido. Eu pensava que não tinha ninguém em casa, a não ser ela. — A Lene já tá pronta?

— Pera. Você é o Clovis? O cara que beijou ela? — pergunta ela rindo, e eu assinto. — Ela passou o dia todo, desde a hora que chegamos em casa, reclamando de você. — ela não aguenta mais o riso e solta uma gargalhada. Sinto minhas bochechas ferverem. — Perai, que eu vou chamar ela. LENE! SEU NAMORADO ARROMBADOR DE PORTAS ESTÁ AQUI!! — grita ela, quase estourando meus tímpanos.

— ELE NÃO É MEU NAMORADO! — outra voz grita.

Marlene aparece na porta furiosa. Ela está vestindo um casaco de lã azul surrado, um short jeans, tênis azuis-arroxados e uma bolsa preta de couros pendurada no ombro esquerdo. Seu cabelo não está tão loiros como estavam, eles estão com uma cor um pouco puxada para o castanho. Deixando-o em uma coloração bonita. Ele está num look meio que “Mendiga Gata”.

O meu já está mais para “Mendigo Acabado”. Eu estou usando um moletom estampado com uma frase, um jeans que eu peguei aleatoriamente e meus velhos tênis. Nada em comparação a ela.

No meio dessa diferença toda, percebo uma coisa semelhante entre nós. Nossos óculos. Eles são iguais.

— Então...vamos? —pergunta ela quebrando o silêncio.

— Claro!

+ + +

Estaciono o carro numa vaga próxima ao shopping. Marlene salta pra fora do carro com uma alegria que eu nunca vira nela.

Entramos no local e Marlene logo correu para uma loja. Segui-la até lá.

— Bem, você pode me esperar aqui fora.

— Tudo bem.

Sento-me num banco em frente a loja, vendo Marlene selecionando algumas peças pra provar.

Meia hora se passaram, e nada de Marlene aparecer. Resolvo entrar lá, e procura-la.

— Bom dia! Será que eu posso te ajudar? — pergunta uma vendedora de cabelos loiros.

— Eu acho que perdi uma pessoa dentro da sua loja. Você poderia me ajudar a encontra-la?

A vendedora ri.

— Claro. Como ela é?

— Bem, ela tem uma altura próxima a de uma anã, cabelos loiros, magricela e que com certeza já deve ter experimentado a loja toda.

Dentro de um vestiário, alguém solta uma risadinha familiar.

— Eu acho que ela deve ter sido sugada por aquele buraco negro de roupas logo ali. — falo apontando para um monte de roupas jogadas num canto.

— Eu estou aqui, idiota. — Marlene diz saindo do vestiário. — E eu já acabei. — Ainda bem. —...nessa loja.

Ela vai até a balconista para pagar as peças. Ela me olha esperando alguma reação.

— Clovis?

— Que foi?

— As roupas.

— Que que tem?

— Pagar.

— Paga, ué.

— Você que tem que pagar.

— Ah, é mesmo. Me esqueci.

Pego minha carteira e pago as peças.

Andamos em várias lojas, Lene achou outra, só que dessa vez ela me levou junto com ela.

— Hey, Lene. Porque você não compra esse short aqui. — falo apontando para a peça.

— Clovis! Esse short não tapa nem metade da minha bunda!

— E daí? — pergunto olhando maliciosamente pra ela.

—E daí, que eu faço aula de Q-U-Í-M-I-C-A, lembra? Não de P-R-O-S-T-I-T-U-I-Ç-Ã-O. — reclama ela.

— Tá bom, estressadinha.

— Vamos ver esse vestido aqui.

Ela pega ele e o veste. Ela sai do vestiário para que eu veja. Quase caio na gargalhada.

— Lene, está parecendo que você tá fazendo propaganda do Mcdonalds.

Ela me olha feio, e pega outra roupa.

Esse vestido era rodado, e tomara que caia. Mas a cor era muito forte, e a pele pálida dela ficou ainda mais branca.

— Esse não. Olha a cor disso!

— Agora eu tenho um estilista particular?

— Tem. Agora tira isso, antes que eu fique daltônico.

— Tá, calma.

O outro já é mais bonitinho. Ele é azul claro, rodado e de alça fina. Mas tem um detalhe que eu não gostei muito.

— Lene, ele tá muito curto.

— Mas eu adorei ele. Quero levar.

— Eu não vou deixar.

— Por que?

— De jeito nenhum eu vou deixar namorada minha usar uma coisa tão curta como essa.

Quando termino de falar, percebo a burrada que fiz. Eu a chamei de "namorada". Ela ergue as sobrancelhas, como se quisesse dizer: "Ah vá"

— Eu hein, Clovis.

— Tá, tá, tá. Leva ele.

Ela corre até mim, se jogando.

— Ahhh! Obrigada, obrigadaaa!

— Me larga, maluca. Podemos ir?

— Claro, aproveita e paga logo o vestido.

Pago-o e saímos da loja.

— Clovis? — fala Marlene, doce.

— Que foi?

— Tô com fome.

— Eu também. Vamos comer alguma coisa.

Andamos até a praça de alimentação. Escolhemos uma mesa, e sentamos. Dou dinheiro a Marlene, e ela vai buscar nossos lanches.

Meu celular vibra dentro do meu bolso, pego-o e vejo que Matt mandou uma mensagem,

" De: Matt

E aí, irmãozinho, como vai o seu 'não' encontro com sua 'não' namorada? "

" Para: Matt

1) MATT PARA DE SER BESTA! 2) Tá legal."

" De: Matt

Hum, tô desconfiado desse 'legal'. Tenta não fazer nada, tá bem, safadinho?"

" Para: Matt

Cara, você só pode ser adotado. Eu não sei como eu sou irmão desse pervertido!! "

Marlene chega trazendo um seu Milk-shake e meu Starbucks.

Click.

— Clovis, o que foi isso?

— Eu tirei uma foto sua, oras. Já percebeu que não temos nenhuma foto?

Ela se aproxima de mim.

— Deixa eu ver. — ela pede, e eu o faço.(foto) — Clovis! Você poderia ter deixado eu ajeitar o cabelo. Eu pareço que eu sai do hospício.

— Eu acho essas fotos bem mais bonitas. Sabe, aquelas com gente dando sorrisos falsos. Arghh! Me dão nos nervos.

Ela ri, e nós saboreamos nossas bebidas.

Depois de dois tours por todas as lojas dos shoppings, fomos embora.

— Ai, tudo o que eu quero agora é deitar na minha caminha e dormir o resto do dia... — declara Marlene.

Hã, hã. A senhorita vai tomar um banho, ficar cheirosa, botar uma roupa bonita, passar um pouco de maquiagem. Agora vai lá, tchau! — digo empurrando-a pra dentro de sua casa.


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