O entregador de balões escrita por dentedeleão


Capítulo 9
Cap. 9


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores...estou amando escrever para vocês, os comentários são maravilhosos.

Vamos lá....vou entrar em uma polemica nos próximos capítulos, algumas pessoas não gostam do tema e espero não perder nenhum leitor por isso. Há dicas neste capitulo e algumas no seguinte também....por favor, mantenham a mente aberta.

bjs



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Estava impaciente, não havia mais nada a fazer dentro de casa. O apartamento estava organizado, as roupas lavadas e a geladeira abastecida. Tomei meu café da manhã com muita calma e agradeci mentalmente à minha irmã pela indicação da padaria, os pães são realmente incríveis e frescos.

Eu ainda estava de férias e a rápida passada na empresa havia sido apenas para receber Isabella, não havia mais nada a fazer por lá visto que os trabalhos foram delegados perfeitamente entre todos e estávamos em meses calmos. Rose era meu braço direito e tenho certeza que todos permanecerão na linha até meu retorno.

O que eu desejava realmente era estar de volta apenas para acompanhar Isabella em sua rotina e conhece-la melhor. Eu não deveria, duas semanas ainda eram liberadas a minha folga e, de uma forma ou de outra, iria aproveita-las, deixando assim, Isabella mais tranquila para entrar em sua rotina. Foi engraçado observa-la absorver que eu seria seu chefe e dono da empresa, o mais gratificante foi saber, através de Rose, que ela era extremamente competente e estava aprendendo tudo muito rápido.

Cansado de observar os canais da televisão passarem sem realmente me concentrar em nenhum programa segui para a loja de minha irmã, quem sabe poderia ajuda-la em algo ou apenas passar meu tempo ali ao seu lado.

Em menos de vinte minutos cheguei ao local feliz por termos vagas aos clientes em frente a sua loja e as vagas estarem vazias. O valor pago para estacionar nesta região poderiam lhe sugar o sangue se não tomasse cuidado.

“Bom dia beija flor!”

Minha irmã estava com a cabeça baixa e muito concentrada, em suas mãos uma pinça e minúsculos pedaços de seda em diversas cores. Ela estava moldando pequenas orquídeas em torno de um caule marrom, ao lado um pequeno ramo já pronto mostrava o trabalho delicado medido a perfeição. O pequeno galho estava sobre uma almofada e pelos desenhos abaixo deles, toda a pequena almofada seria forrada com as pequenas orquídeas e serviriam de cama as alianças de casamento de alguém.

“Se me chamar assim novamente não será um bom dia para você.”

Sua voz era de pura irritação, não tenho culpa de ter descoberto o apelido em uma hora ruim e o usa-lo para irrita-la sempre que posso.

“Hum Hum...”

“O telefone é todo seu, se veio para ajudar!”

Seus olhos não saíram das pequenas pétalas nem por um segundo e tomei a liberdade de puxar o sem fio para próximo de onde ela estava e me organizar em uma das cadeiras observando a loja. Tudo estava perfeitamente arrumado, arranjos de aniversários, nascimentos e festas, haviam enfeites para todos os gostos e bolsos, seus clientes, em maioria, eram visitantes de suas páginas na internet e apenas ligavam para alguns detalhes como cartões e datas de entrega.

“Soube que contratou Isabella para trabalhar com você. Vai mesmo se envolver com ela?”

Ela agora me olhava de forma avaliativa e sem emoção na voz. Lentamente ela arrumou seus óculos e trocou a pinça para mais uma rodada de flores sobre o caule.

“Pensei que não estavam se falando.”

Ela sorriu faceira, o telefone começou a tocar e o atendi resolvendo um detalhe de um pedido já feito, era apenas uma troca de horário e foi simples de organizar sem incomodar Alice.

“O fato de não estarmos dormindo na mesma cama não quer dizer que não conversamos.”

Ela pisca e eu acabo enrubescendo, mesmo sabendo de seu relacionamento a mais de dois anos eu ainda não conseguia imaginar minha irmã nestas situações. Ela sempre seria alguém para proteger e cuidar e não para manter algo lascivo com outra pessoa entre quatro paredes.

Ela riu e a acompanhei, eu também falava de minha vida sexual com ela e acredite, ela simplesmente amava os detalhes. Eu não deveria me sentir mal por saber algo tão banal quanto uma greve de sexo.

“Acha que não devo me envolver?”

“O ex-marido não parece alguém com quem se deva conviver. Ele apareceu aqui depois que você saiu, homem alto e elegante, mas ao abrir a boca a arrogância acabou com qualquer vestígio de beleza e atração que ele pudesse exercer em mim. Ele gritou e reclamou sem ter nada a exigir realmente. Parecia só querer fazer uma cena e conseguiu, perdi dois possíveis clientes. “

Não parecia ser alguém confiável realmente, acabei me lembrando da cena que presenciei na festa, a pequena menina falando com o pai e uma solitária lagrima em seu rosto. A relação não parecia boa e ela mantinha isso escondido da mãe. Não conseguia imaginar Isabella se envolvendo com alguém com as características citadas por minha irmã e muito menos tendo uma filha com uma personalidade tão ativa e amorosa.

“Ele é o ex-marido a um bom tempo, não acho que poderia interferir em alguma relação que ela tenha por agora e, além do mais, eu apenas simpatizei com ela e quis ajudar.”

Ela me olhou cética.

“Repita isso a você mesmo umas cem vezes e veja se faz sentido.”

E então me jogou um monte de panfletos de restaurantes no colo.

“Estou com fome e não tomei meu café da manhã, seja generoso!”

Observei alguns e optei por massa com peixe em um restaurante espanhol próximo, eles informavam terem porções generosas, mesmo assim, pedi uma porção a mais de peixe apenas para não arriscar. As palavras de Alice ainda rodopiavam em minha mente, teria tempo para conhecer Isabella durante o trabalho, mas valeria a pena me envolver com uma mulher divorciada com uma filha e ainda por cima conviver com o fantasma do ex-marido?

...


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Notas finais do capítulo

Se alguém pegou a dica grita....kkkkkkkkk