Um amor impossível?! escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 33
"A Decisão..."


Notas iniciais do capítulo

OIOIOI AMOREEEEEES! QUANTO TEMPO, HEIN? JÁ ESTAVA COM SAUDADES...
TO DANDO UMA PASSADINHA PRA DEIXAR UM FELIZ NATAL ATRASADO E U UM PRÓSPERO ANO NOVO!!!!!!!!!!!
AGRADEÇO QUEM COMENTOU NO ULTIMO CAPITULO E PEÇO QUE NÃO ME LARGUEM E NÃO LARGUEM A FIC PELA DEMORA... TA SENDO DIFÍCIL DE POSTAR, DESCULPA!
E ENTÃO, BORA LER?!



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No capítulo anterior...

– Já que está tudo às mil maravilhas, está na hora de dar as devidas boas vindas ao nosso novo integrante da família... Seja bem vindo, Bernardo Castillo Vargas!
– Seja muito bem vindo, garotão! -- Brinquei com ele, que devolveu um sorriso banguela.
– Oi, Bê! -- Valentine disse sorrindo sapeca e beijou uma das mãozinhas do bebê.
Eu havia conseguido... Estava sorrindo como aquelas pessoas de hoje mais cedo na sala de espera do hospital.
Era bom saber que depois de tudo isso, nós ainda conseguíamos ser felizes assim. E é quando nossa vida ameaça desmoronar que percebemos o quanto ela é valiosa.

...

Um mês depois...

Estávamos no juizado, tentando resolver o gigantesco problema que Clermont arrumou para mim e minha filha. Ele estava disposto a lutar pela guarda de Valentine, mesmo nunca a conhecendo.
Uma semana antes a justiça mandou que Clermont e Tini fizessem o teste de DNA para terem certeza de que ela era realmente filha dele para assim continuarem o processo. Infelizmente, o teste deu positivo e estamos aqui para resolver isso.
Eu estou com muito medo... Ele sempre conseguiu tudo o que desejava e o que ele quer é acabar com a minha vida, tenho medo de que ele consiga isso. A juíza pediu que Clermont prosseguisse, dando seu depoimento. Ele levantou e sentou na poltrona abaixo na juíza, enquanto meu advogado se levantava para interrogá-lo.

– Sr. August, bom dia. Poderia me dizer por que quer a guarda de Valentine Castillo Vargas?

– Bom dia. Como todos já sabem, Valentine é minha filha biológica. Quero poder ser presente na vida dela desde cedo.

–Mas por que essa procura repentina apenas agora?

– Eu só descobri que tinha uma filha agora. -- Ele mentiu descaradamente -- Violetta me escondeu que havia tido uma filha esse tempo todo e agora não me deixa nem chegar perto da garota.

– Protesto! -- Ouvi minha voz soar desesperada.

– Senhora Castillo, não pode interromper um interrogatório desta forma! -- A juíza disse e eu me encolhi na cadeira, começando a chorar baixo. León, que estava do lado de fora tentando colocar o bebê para dormir, entrou e afagou minhas costas com a mão livre, tentando fazer eu me sentir melhor.

– Ele não pode fazer isso comigo... Não pode! -- Minha voz saiu embargada e León me abraçou de lado enquanto eu secava algumas lágrimas que ainda caíam.

– Ela escondeu a existência da minha filha, me proibiu de chegar perto dela e ainda por cima, me ameaça todo o tempo. -- Agora ele foi longe demais. Eu estava a ponto de explodir de tanto ódio. Ele estava jogando baixo mas eu tinha testemunhas, pessoas que sabiam o que realmente estava acontecendo e que iriam me ajudar jogando limpo.

– Já terminei as perguntas, Meritíssima. -- Meu advogado disse e ela assentiu. Clermont levantou-se e voltou ao seu lugar.

Ouvi meu nome ser chamado. Era a minha vez de dizer tudo o que estava preso na minha garganta a anos. Levantei-me e segui até a cadeira, me sentei e permaneci quieta até que o advogado dele parou na minha frete e me cumprimentou. Fiz o mesmo e a juíza concedeu o direito de proceguirmos com o interrogatório.

– O meu cliente alega ter sido privado de ser presente na vida da filha, Valentine Castillo Vargas pela senhora Violetta Castillo Vargas. Senhora, poderia justificar tal feito?

– Primeiramente, eu não sabia que Clermont era o pai dela. Para mim, ela era filha de um homem, já falecido.
Descobri que Valentine era filha dele meses atrás, quando ele me encontrou e então admitiu que o possível pai da minha filha não podia ter filhos. Eu nunca o privei de nada, ele é que nunca foi presente.

– A senhora não está sendo clara. Poderia se explicar melhor?

– Claro -- Dei uma pausa e respirei fundo -- Há quase seis anos, eu cursava faculdade de arquitetura na Espanha, e foi lá que eu conheci Clermont. Ele era o melhor amigo do meu até então namorado, Taylor. Um dia, ele propôs me levar a um lugar, já que meu namorado não poderia vir jantar comigo naquele dia e eu fui, mas sem saber onde ele me levaria. Eu tenho quase certeza que naquela noite ele colocou alguma coisa na minha bebida. Não me lembro de mais nada daquela noite, apenas de acordar em um quarto de motel na manhã seguinte. Ele me embebedou e então me usou.

– Está dizendo que ele abusou de você enquanto você estava inconsciente? -- A juíza perguntou, interrompendo nosso interrogatório.

– Sim, Meritíssima.

– Podem prosseguir, por favor.

– Senhora Vargas, por que mesmo depois de saber que o Senhor August era pai de Valentine, ele foi proibido de ver a filha?

– Preciso responder essa pergunta? -- Perguntei receosa e olhei para a juíza.

– Sim, Senhora. -- Ela respondeu calmamente.

– Ele apareceu umas semanas atrás e contou toda a verdade pra mim. Disse que ele era o pai de Valentine e que Taylor não podia ter filhos. Ainda por cima me ameaçou e disse que iria lutar na justiça para conseguir a guarda da minha filha. O medo e o nervosismo foram tanto que resultaram em complicações e um parto prematuro no meu segundo filho e eu fiquei em coma por um pouco mais de uma semana. Respondendo sua pergunta, eu estava impossibilitada de fazer qualquer coisa. Não era capaz de proibi-lo de ver minha filha. -- Quando terminei, olhei para a juíza que estava com uma das sombrancelhas levantada. O advogado de Clermont parecia não ter argumento algum, provavelmente porque seu cliente não havia contado essas partes da história... Ele encerrou a cessão de perguntas e eu voltei ao meu lugar, ao lado de León. Um silêncio reinou por alguns minutos, deixando-me apreensiva em relação à conclusão que a juíza estava tomando. A mesma voltou a falar. Disse havia mais uma testemunha e que essa, seria a pessoas com a palavra final no processo. Ouvi as grandes portas abrirem e me virei pra ver quem era a testemunha.
Era Valentine. Ela estava entrando de mãos dadas à uma mulher do conselho tutelar e depois de vários pequenos passos, ela chegou à poltrona.

– Olá, princesinha. -- A conselheira falou com ela e Valentine sorriu tímida -- Vou fazer algumas perguntas e você fai ter que responder, okay? -- Ela assentiu.

– Tá bom.

– O que você acha da sua mamãe?

– Minha mamãe? Eu amo minha mamãe. Ela canta músicas pra eu dormir quando eu tenho sonhos feios e faz penteados de princesa no meu cabelo. -- Ela respondeu animada.

– Você pode me mostrar quem daquelas pessoas é o seu papai? -- A mulher perguntou e Valentine deu uma risada baixa e apontou para León.

– Aquele é o meu papai. O nome dele é León e ele me dá sorvete de chocolate quando a mamãe não tá vendo... Olha, um também tenho um irmãozinho e o nome dele é Bernardo.

– Muito bem... E você conhece aquele homem ali? -- Ela apontou para Clermont e o sorriso do seu rosto sumiu.

– Não gosto dele. Ele é mau! -- Ela cruzou os braços -- Ele é feio e não gosta de mim, nem do meu papai e nem da minha mamãe.

– Está certo, obrigada Amorzinho. -- A moça ajudou-a a sair da cadeira e ela veio correndo em nossa direção logo em seguida.

– Bom, estamos diante de um caso complicado. O pai biológico não conhece a filha, diz ter descoberto ser pai da menina recentemente e também alega ter sido proibido de vê-la. Já a mãe, Violetta, diz ter sido vítima de um abuso sexual por parte de Clermont August e desmente tudo o que foi dito pelo senhor August. Daremos uns minutos para que a decisão seja devidamente revista e concluída.

Um silêncio assustador reinou e pouco a pouco as pessoas se levantavam e saíam lentamente da sala. Eu estava suando frio, estava nervosa a ponto de quase não conseguir andar de tanto que tremia. Olhei as pessoas conversando em volta, alguns muito animados. Meu olhar encontrou o de Clermont e ele continuou a gargalhar de algo talvez muito engraçado vindo de seu advogado, que tomava um copinho de café descontraidamente junto a ele. Ele não podia ganhar aquilo, Valentine não merecia ser criada por aquele homem nojento.
Peguei Bernardo do colo de León para poder dar de mamar, já que estava na hora. Pedi para que León fosse ver como Vale estava se comportando com a agente social e então me sentei em um banco para dar mais conforto a Bê enquanto ele mamava. Estava acariciando seus finos e poucos fios de cabelo, vendo ele se entregar aos poucos ao sono quando percebi que alguém havia parado na minha frente. Tirei minha atenção do bebê para ver quem era. Como eu já imaginava, era Clermont me olhando com um sorriso estranho no rosto.

– O que quer? Já não basta ter acabado comigo, quer destruir minha família também?

– Hum... -- Ele deu de ombros e riu sarcástico -- Se eu fosse você, iria logo se despedir da sua filhinha.

– Nada e nem ninguém vai tirá-la de mim, ouviu? Tente o que quiser, mas nunca conseguirá...

– Veremos! -- Ele disse quase que em um sussurro e saiu andando.

León voltou e disse que Tini estava se comportando bem. Alguns minutos depois fomos chamados novamente para que dissessem a decisão que a juíza havia tomado. Todos sentaram em seus devidos lugares.
Meu nervosismo era visível, tive que entregar Bernardo para León com medo de que eu o deixasse cair. A juíza começou a falar e eu engoli seco.

– A decisão foi tomada -- Ela disse e eu senti uma lágrima escorrer e limpei-a rapidamente -- Perante as acusações feitas aqui hoje pela senhora Violetta Castillo Vargas, Clermont August perdeu o direito de lutar pela guarda da filha. Portanto, a guarda da menor de idade Valentine Castillo Vargas é de Violetta e Leonard Vargas. -- Um sorriso fraco apareceu no rosto da juíza. Ela sabia o que acabava de fazer... Ela evitou que uma família fosse desfeita -- E além disso, a pedido do advogado do casal Vargas e com o consentimento dos mesmos, o senhor Clermont August deverá permanecer sempre a uma distância de 100 metros da menina. Isso é uma medida de segurança e se o senhor August violá-la irá ser detido. O caso está encerrado! -- Ela bateu o martelo e um sorriso gigantesco brotou no meu rosto e no de León enquanto Clermont me encarava sério. Ele teve o que mereceu.
Minha felicidade aumentou quando ouvi a voz de Valentine adentrando a sala.

– Mamãe! -- Ela correu e eu a peguei no colo, a abraçando e chorando ao mesmo tempo.

– Te amo tanto! -- Exclamei e ela segurou meu rosto com suas mãozinhas.

– Por que tá chorando? -- Ela perguntou inocente e eu funguei.

– A mamãe tá feliz, só isso... -- Só isso?! Estou feliz por ter minha filha de volta mas como ela não entenderia nada do que eu falaria pra ela, é melhor deixar assim.

Eu os amo muito!


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Notas finais do capítulo

FELIZ ANO NOVOOOOOOOOO! COMENTEM, FAVORITEM E RECOMENDEM! NÃO SE ESQUEÇAM QUE NOSSA FIC TA CHEGANDO AO FIM :( MAS NADA DE TRISTEZA, VIU?
ATÉ LOGOOO ;)