Um amor impossível?! escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 32
"Quero tê-la de volta à vida..."


Notas iniciais do capítulo

Oi amoreeeees! Calma que eu não morri, okay?
Bom, não estava tendo muito tempo pra postar, mesmo de férias eu to um pouco ocupada. Eu sei que estou desapontando vocês com essa demora toda, e é por isso que eu peço que comentem porque é nos comentários que vocês me contam o que estão achando de tudo isso... Também estou triste de não conseguir portar antes :(
Espero que esse capítulo anime vocês kkk
Quero agradecer às minha princesas que comentaram no capítulo anterior. Sem o comentário lindo de vocês eu não sou nada!
E então bora ler?



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No capítulo anterior...

– Mas eu quero ver ele agora!
– Se você puder esperar um pouquinho até amanhã, princesinha... -- A voz da médica encheu o cômodo.
– Como assim, doutora?
– Ele sairá da encubadora amanhã mas ficará no berçário por mais um ou dois dias para termos certeza de que ele está bem para ter alta. Creio que ela ficará feliz em ver o irmão mesmo que atrás de um vidro, por enquanto.
– É uma ótima notícia. Queria que minha Violetta estivesse acordada para escutar essa novidade.
– Tenha fé, León. -- Ludmila disse baixo, afagando meu ombro. -- Ela sairá dessa o quanto antes e então vocês poderão ser felizes com seu novo bebezinho.
– Eu só queria que ela estivesse acordada agora, chorando de alegria ao saber que nosso bebê está bem. Eu só queria minha Violetta de volta...
...

Dez dias depois...

O dia estava claro e a brisa que soprava era reconfortantemente refrescante. Levantei-me do banco de praça onde estava sentado e segurei o bebê conforto que carregava meu pequeno. Olhei para o relógio e vi que marcava quase a hora de visitas do hospital. Chamei Valentine que estava brincando com outra criancinhas e ela veio correndo em minha direção. Eu não precisava dizer para onde iríamos, ela já sabia.
O parque ficava quase que em frente ao hospital, tivemos que andar um pouco mas chegamos adiantados. A médica estava com um sorriso largo no rosto enquanto conversava com os familiares de outro paciente. Fiquei a imaginar o quê de tão bom aconteceu àquele paciente para deixá-la tão feliz e qual foi o milagre da vida recebido por ele para emocionar todas as pessoas daquela família. Eu queria aquele enorme sorriso no meu rosto também. Não ficava feliz fazia muito tempo, queria sentir aquilo novamente.
A médica olhou em volta e seu olhar cruzou com o meu e imediatamente veio falar comigo.
– Sr. Leonard Vargas, é bom vê-lo novamente! E esse garotão? Está dando muito trabalho?
– Sem Violetta por perto fica tudo mais complicado mas eu estou conseguindo me vira bem cuidando dos dois. -- Sorri fraco.
– Acho que o senhor vai gostar de saber que temos novidades...
– Que tipo de novidade? -- Perguntei fazendo um esforço para demonstrar um pouco de felicidade na pergunta.
– Os novos resultados dos exames mostram que há mais atividade cerebral do que antes, o que significa que ela provavelmente esteja acordando aos poucos. Não sabemos, mas em alguns casos o paciente já consegue ouvir e sentir.
– E-Eu nem estou acreditando... Minha Violetta está acordando! -- Disse animado. Senti meus olhos arderem e então respirei fundo. Minha Violetta estava voltando!
– Papai, a mamãe melhorou?
– Um pouquinho assim... -- Fiz um gesto com dois dedos.
– Ela já pode falar comigo? -- Ela perguntou com um biquinho triste.
– Ainda não, mas daqui a pouquinho você vai poder falar com ela. A mamãe vai estar te escutando, isso não é legal?
– Eu quero a mamãe acordada! -- Ela gritou e começou a chorar.
A médica segurou o bebê conforto para que eu conseguisse pegá-la no colo. Acariciei levemente seus cabelos lisos enquanto a embalava devagar. Talvez se ela dormisse, ficaria mais calma depois. Em poucos minutos ela já dormia profundamente em meu colo.
– Quer deixá-los no berçário para ver sua esposa?
– Quero sim, acho melhor não levar Valentine para visitar a mãe hoje, pode ser muito estressante pra uma criança ver a mãe "dormindo" por mais de uma semana.
– Concordo. Eles vão ser muito bem cuidados lá, garanto ao senhor.
Agradeci e levei-os para uma sala onde algumas enfermeiras cuidavam de poucas criancinhas. Alguns médicos brincavam com com seus filhos, que ficavam lá para que os pais pudessem trabalhar sossegados e outros se divertiam ao ouvir uma história de uma moça. Valentine, que já havia acordado, correu para um canto onde encontrou blocos de montar e uma ajudante levou o bebê para o berçário. Segui até a médica e ela me levou até o quarto onde estava Vilu. Eu já sabia onde ficava mas ela sempre fazia questão de me acompanhar e dar uma olhadinha rápida em minha esposa.
Adentrei sozinho ao cômodo e me deparei com a Violetta que eu já estava acostumado. As máquinas faziam um barulho baixo mas muito irritante e o quarto branco e melancólico dava arrepios. Ver Violetta ligada a tantos fios acabava com qualquer resquício de vontade de viver que ainda existia em mim. Sua boca, antes rosada, estava pálida e rachada. Seus cabelos estavam bagunçados pela falta de cuidados e suas olheiras escureciam mais a cada dia. Eu não sabia mais o que fazer. Aquela era a gota d'água. Eu não aguentava mais acordar à noite e perceber que só tinha eu na cama e lembrar onde Violetta estava. Odiava pensar em algum nome para o bebê sem que Violetta estivesse comigo para ajudar. Me sentia péssimo quando mentia para Valentine sobre a mãe. Eu queria minha Violetta de volta. Eu precisava de Violetta de volta na minha vida urgentemente.
Dei alguns passos em direção à cama dela e me sentei na beirada como sempre fazia. Lembrei do que a médica havia me falado sobre a melhora dela, então peguei sua mão e acariciei levemente. Aproximei meu rosto ao dela e depositei um beijo em sua testa. Eu não sabia se ela me escutava ou sentia algo mas eu não aguentava mais, tinha que pôr tudo o que me agoniava para fora.
– Oi amor! -- Disse baixinho -- Eu não sei se você consegue me ouvir mas eu só preciso falar algumas coisas. Sinto que se eu não fizer isso, irei explodir... -- Suspirei e continuei -- Eu estou sentindo sua falta. Todos estão... Valentine não para de me perguntar quando você irá acordar para poder brincar de bonecas com ela. E não consigo escolher um nome para o nosso bebê. Ele acorda quase todas as madrugadas e as vezes eu não sei o que fazer porque você não está lá para me ajudar. Eu preciso de você, Violetta. -- Um nó surgiu em minha gargante e eu dei uma pausa -- Dez dias... Dez dias que eu não como direito. Dez dias que eu não durmo direito. Dez dias que eu não vivo direito. E sabe o por quê? Porque você não está acordada, não está comigo. Eu sinto sua falta a cada segundo da minha vida. Quero nossos beijos quentes e amorosos de volta. Quero poder passear no parque com você e com os nossos filhos novamente. Você tem que ser forte, tem que acordar! Eu te amo tanto! Quero você de volta pra mim, Violetta... Volte pra mim!
Lágrimas começavam a rolar devagar e eu respirei fundo. Minha mão sentiu uma pressão fraca e eu fiquei em choque.
– Bernardo...
Ouvi uma voz rouca e meu coração começou a acelerar. Olhei para Violetta e seus olhos estavam entreabertos e sua boca formava um fraco sorriso. As lágrimas que desciam devagar começavam a rolar mais rapidamente. Minha Violetta estava de volta!
– Amor, o que disse? -- Perguntei emocionado, com o maior sorriso do mundo no rosto.
– Bernardo... Eu gosto desse nome. -- Sua voz saiu um pouco menos rouca e seu sorriso aumentou.
– Você está de volta e eu nem acredito! -- Dei um beijo demorado em seus lábios. -- Vou chamar a doutora, espere um pouco!
– León... -- Ela disse baixinho segurando a minha mão antes de eu levantar.
– O que foi?
– Cadê o bebê? Ele está bem?
– Ele é lindo e veio ao mundo cheio de saúde. Ele está no berçário junto a Valentine. Vou trazê-los aqui, tudo bem?
Ela apenas assentiu e eu corri à procura da médica. Encontrei-a assinando algumas papeladas perto da recepção. Contei tudo o que havia acontecido e ela se alegrou, indo vê-la em seguida. Fui até o berçário e busquei os dois. Valentine correu pelos corredores do hospital o mais rápido que ela conseguia e abriu a porta do quarto. Foi em direção à Violetta se aconchegou nos braços da mãe. Violetta chorava e ria ao mesmo tempo, acariciando seus cabelos lisos. Ela dava vários beijinhos em seu rosto tentando sanar a sensação de medo de não ter mais sua vida de volta enquanto em coma. Depois de algum tempo seus olhos, antes fixados nos encantadores olhinhos azuis da filha, encontraram o pequeno embrulho em meu colo. Ela não disse nada. Mordeu o lábio inferior e levou as mãos ao rosto tampando a boca delicadamente. Começou a chorar novamente. O tempo parecia não passar, tinha a sensação de que tudo estava passando em câmera lenta enquanto eu andava em direção à ela. Calmamente, ajeitei o bebê em seu colo e ela o abraçou devagar em sinal de proteção. Aproximou o nariz da cabecinha dele e respirou fundo.
– Oi, príncipezinho! Eu sou sua mamãe, Violetta. -- Ela sorriu e secou uma lágrima -- Ele é lindo... Parece com você!
– Parece sim. -- Sorri e sentei ao seu lado, colocando Valentine sentada no meu colo -- São seus olhos, amor.
– Não, são seus. Estou certa, não é amor? -- Ela perguntou para Vale, que ria das cócegas que Violetta fazia nela.
– São castanhos.
– Não está vendo que são verdes...
– Estou enxergando cast... -- Fui interrompido pelo chorinho do bebê.
– Nossa, que chorinho forte! Acho que não vamos nos preocupar em não acordar se ele chorar à noite... -- Ela riu enquanto tentava acalmá-la -- É por isso que eu não dormia quando Valentine era menor e você reclamava que eu tinha que descansar...
– Ei, não fala assim do meu irmão! -- Valentine gritou emburrada e se ajeitou no meu colo pra ficar mais perto dele.
– Não estamos falando nada demais, querida. É que quando você era do tamanho dele chorava muito baixinho. -- Vilu falou calmamente e ela pareceu entender.
– Como eu amo vocês! -- Exclamei e Violetta olhou para mim sorrindo.
– Eu amo muito vocês também, viu? -- Tini disse baixinho, meiga como sempre. A abracei mais forte e Violetta deu um beijo em sua bochecha e outro na cabecinha do bebê.
– Estamos todos bem... Felizes e muito saudáveis. Não tem felicidade maior do que essa que eu estou sentindo agora! -- Falei animado e Violetta entrelaçou sua mão na minha.
– Já que está tudo às mil maravilhas, está na hora de dar as devidas boas vindas ao nosso novo integrante da família... Seja bem vindo, Bernardo Castillo Vargas!
– Seja muito bem vindo, garotão! -- Brinquei com ele, que devolveu um sorriso banguela.
– Oi, Bê! -- Valentine disse sorrindo sapeca e beijou uma das mãozinhas do bebê.
Eu havia conseguido... Estava sorrindo como aquelas pessoas de hoje mais cedo na sala de espera do hospital.
Era bom saber que depois de tudo isso, nós ainda conseguíamos ser felizes assim. E é quando nossa vida ameaça desmoronar que percebemos o quanto ela é valiosa.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Gostaram do nome do novo integrante da família Castillo Vargas? Comentem o que acham, favoritem e recomendem também!
Até a próxima!